Espacios. Vol. 33 (11) 2012. Pág. 1


A inserção de inovação e o novo padrão de produção da agroindústria canavieira: estudo de caso na usina Goiasa – Goiás

Inserting new standard of innovation and production of sugarcane industry: a case study in plant Goiasa. Goias

Divina Aparecida Leonel Lunas Lima 1, Júnior Ruiz Garcia 2, Adriana Carvalho Pinto Viera 3 y José Maria Ferreira Jardim da Silveira 4

Recibido: 09-03-2012 - Aprobado: 30-06-2012


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RESUMO:
O setor sucroenergético brasileiro apresenta altas taxas de investimentos com instalação de novas unidades industriais e expansão de firmas antigas, principalmente a partir de 2001. O Estado de Goiás é um dos estados que tem recebido o maior aporte de investimentos deste setor. Neste contexto, este estudo teve como principal objetivo caracterizar a evolução da estrutura industrial sucroenergético do Estado de Goiás a partir de um estudo da Usina Goiasa, instalada no município de Goiatuba. Entende-se que esta nova estrutura produtiva pode ser considerada um novo padrão industrial no setor sucroenergético. A conclusão da pesquisa indica que rota tecnológica de produção de bioeletricidade pelo setor sucroenergético é viável e está inserida na perspectiva de uma matriz energética sustentável e limpa para o país.
Palavras-chaves: bioeletricidade, setor sucroalcooleiro, sustentabilidade

 

ABSTRACT:
The Brazilian sugarcane industry has high rates of investment with the installation of new industrial units and expansion of old firms, mainly from 2001. The State of "Goiás" is one of the states that have been receiving the largest inflow of investment in this sector. In this context, this study aimed to characterize the evolution of sugarcane industry in the State of "Goiás" from a study in the "Goiasa" Plant, located in the municipality of "Goiatuba". It is understood that this new productive structure can be considered a new industrial standard in the sugarcane industry. The conclusion of this research indicates that the technological route of bioelectricity production by sugarcane industry is viable and is inserted into the prospect of a clean and sustainable energy matrix for the country.
Key-words: bioelectricity, sugarcane industry, sustainability


1. Introdução

O setor sucroalcooleiro brasileiro destaca-se como uma das atividades econômicas com as maiores taxas de investimentos. Mesmo com a diminuição dos investimentos a partir de 2008, com a crise internacional, este setor ainda caracteriza-se por um grande número de empresas com investimentos projetos e em instalação no país. As empresas na sua maioria são de grupos tradicionais do setor e de grandes investidores do segmento de energia. Outra característica é que a maioria dos projetos concentra-se na produção de álcool, com projeções após a implantação de efetuarem a produção de açúcar e de energia elétrica. A produção do açúcar é naturalmente uma etapa de evolução de uma destilaria. Os investimentos para a produção industrial do açúcar são maiores do que do álcool, por isso uma característica de evolução das empresas deste setor é a entrada primeiro no mercado de álcool e após um período de rentabilidade da atividade a entrada na produção do açúcar.

A produção da energia elétrica foi uma atividade organizada para garantir a autoabastecimento da empresa, no entanto, com o crescimento das atividades produtivas da própria usina e o aquecimento da economia nacional, a energia elétrica tornou-se um importante produto para o mercado consumidor. Esta nova conjuntura de demanda alta e escassez de energia elétrica possibilitaram uma nova rota tecnológica na produção do setor sucroalcooleiro em direção a produção empresarial de energia elétrica para o fornecimento para consumidores externos.

Este artigo apresenta a discussão desta nova rota tecnológica na produção do setor sucroalcooleiro: a produção de energia elétrica a partir da utilização dos resíduos do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. A produção de cana-de-açúcar no Brasil tem uma expansão acentuada alicerçada no crescimento da demanda por etanol devido a sua utilização como uma das alternativas mais viáveis para a diminuição da pressão sobre a oferta de gasolina. A questão que norteia os estudos desta investigação é qual a viabilidade econômica e técnica da produção de energia elétrica a partir da utilização do bagaço e da palha de cana-de-açúcar. O objetivo geral é analisar a partir do estudo de caso na Usina Goiasa o processo de incorporação da produção da energia elétrica na matriz produtiva da empresa e a contribuição deste novo produto para a rentabilidade da empresa.

O artigo está estruturado em cinco partes principais. A introdução discute e contextualiza a produção de bioeletricidade e os objetivos deste estudo. O segundo item discute a produção de energia elétrica no setor sucroalcooleiro e as características e potencialidades desta nova rota tecnológica para este setor. A terceira seção aborda o crescimento do setor sucroalcoleiro em Goiás, destacando o crescimento da produção de cana-de-açúcar e os investimentos deste setor no Estado. A quarta seção descreve os dados do estudo de caso na Usina Goiasa apresentando a estrutura produtiva da empresa, a sua evolução, participação no mercado estadual e a produção de energia elétrica realizada por esta empresa. A última seção apresenta as considerações finais com as principais análises deste estudo.

2. A nova rota tecnológica do setor sucroalcooleiro: a produção de energia elétrica

A produção de energia elétrica no Brasil considerada um dos modelos mais sustentáveis no mundo por sua concentração em fontes renováveis de energia apresenta possibilidades de incorporar uma nova rota tecnológica com a produção de energia elétrica a partir da utilização de bagaço e da palha de cana-de-açúcar. A expansão da cana-de-açúcar caracterizada no Brasil pela entrada de carros flex fuel em 2005 no mercado brasileiro possibilitou a existência de novas possibilidades de produção no setor sucroalcooleiro. A produção de energia de fontes renováveis é uma característica do novo modelo produtivo que tem sido defendido por várias instituições.

Na Figura 1 apresenta-se a oferta de interna de energia elétrica por fonte para o ano de 2009. Observa-se que o Brasil tem concentrado a oferta de energia renovável na fonte de energia hidráulica que representa 76,9% do total da oferta de energia. A importação que apresenta a segunda maior parcela da oferta também é originária de fontes renováveis de energia representa 8,1%. A biomassa com 5,4% destaca-se como a terceira fonte de oferta mais importante para o país.

As demais fontes de energia têm as seguintes participações: derivados de petróleo 2,9%, nuclear 2,5%, gás natural 2,6%, carvão e derivados 1,3% e eólica 0,2%.

Fonte: Balanço Energético Nacional (2010).

Figura 1 – Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte – 2009.

Alguns estudos brasileiros apontam para a necessidade de redução desta participação em fontes hidráulicas com os respectivos aproveitamentos de fontes alternativas principalmente a eólica que tem uma baixa participação na matriz elétrica brasileira e para otimização da energia da biomassa. No caso da biomassa destaca-se a produção através do bagaço e da palha de cana-de-açúcar, objeto deste estudo.

O setor sucroalcooleiro brasileiro caracterizado pela concentração na produção de açúcar como seu principal produto com a produção do etanol gerou grandes expectativas para a produção sustentável de energia. Na Tabela 1 apresentam-se dados sobre a produção do setor sucroalcooleiro brasileiro.

Estes dados indicam que o crescimento projetado para a produção de cana-de-açúcar entre a safra de 2008/09 e a safra 2020/21 é de 84,70%. Esta expansão da cultura deve-se aos incentivos para a produção de etanol como uma alternativa para substituição e mistura da gasolina para o mercado interno e expectativa da criação do mercado internacional para este produto. A produção de açúcar tem uma taxa projetada de crescimento entre o período analisado de 44,23% e o consumo interno tem uma expectativa de 18,63%, enquanto as exportações deste produto têm a maior taxa de crescimento neste segmento de 56,67%.

A produção de etanol apresenta a segunda maior taxa de crescimento projetada de 141,85%. Este dado indica que o setor sucroalcooleiro tem direcionado seus investimentos para a produção deste combustível renovável. Salienta-se que com a crise financeira internacional em 2008 houve uma redução do ritmo de investimentos neste setor provocando em 2011 uma alta de preços do etano no período de entressafra provocando uma mudança nas diretrizes de regulação deste produto pelo Governo Federal. Há indicações de diversos segmentos que a produção de etanol necessita apresentar taxas de expansão mais elevadas para atender o mercado interno. Na Tabela 1 o consumo interno apresenta uma taxa de crescimento entre o período analisado de 123,42% e as exportações de 227,08%.

Quanto ao potencial da bioeletricidade é a que apresenta a maior taxa de crescimento de 631% entre o período inicial e o final. A participação desta energia na matriz elétrica brasileira tem uma expectativa de evoluir para 14% no final do período. Apresentando um crescimento de 366,67%.

Tabela 1 – Perspectivas para a produção do setor sucroalcooleiro no Brasil.

Safras

2008/09 5

2015/16

2020/21

Produção cana-de-açúcar (milhões t)

562

829

1.038

Açúcar (milhões t)

Consumo interno

Exportação

31,2

10,2

21,0

41,3

11,4

29,9

45

12,1

32,9

Etanol (bilhões litros)

Consumo interno

Excedente para exportação

27,0

22,2

4,8

46,9

34,6

12,3

65,3

49,6

15,7

Potencial bioeletricidade (MWmédio)

Participação na matriz elétrica brasileira (%)

1.800

3%

8.158

11%

13.158

14%

Fonte: Silvestrin (2009, p.4).

A energia elétrica dentro deste sistema produtivo é mais uma oportunidade de rentabilidade para as indústrias, contudo, esta produção diferente da produção de etanol que tem suas práticas conhecidas e de amplo domínio pelas usinas, a produção de energia elétrica é um novo mercado quanto a sua comercialização. Outro incremento que terá a produção de energia elétrica é a utilização da palha em maior proporção devido a diminuição das queimadas nas lavouras de cana-de-açúcar que beneficiará esta utilização no processo de geração de energia. Os dados da safra de 2008/09 segundo a Unica (2011) a porcentagem de utilização de palha é de 5%, a projeção é que possa atingir 70% na safra de 2018/2019.

De acordo com a CONAB (2011, p. 9):

Essa agroeletricidade é o mais recente e promissor produto do agronegócio brasileiro. A nova atividade, cuja importância passou a ser reconhecida nos últimos anos no cenário brasileiro, está bastante distante do padrão convencional do que seja agronegócio e junta duas engenharias que têm quase nenhuma relação entre si: a engenharia elétrica e a engenharia agronômica.

Nitidamente percebe-se que os desafios para a utilização eficiente desta nova oportunidade no setor sucroalcooleiro dependem de investimentos em áreas específicas que não são consideradas tradicionais neste setor, como a engenharia elétrica. Outro desafio é que o mercado de produção de energia elétrica é concentrado em grandes empresas e com alto controle do Estado, demandando por isso a existência de profissionais que possam gerir os processos de transmissão e negociação com as empresas de distribuição do Sistema Elétrico Nacional (SEN).

A produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar é de amplo domínio deste setor há várias décadas. As usinas de açúcar e álcool são reconhecidas pela sua autosuficiência na produção de energia elétrica pela disponibilidade do bagaço em abundância na empresa e em volume acentuado durante as safras desta cultura. A mudança que se apresenta neste novo cenário é a geração de excedentes de energia elétrica que possam ser comercializados. A adaptação necessária se faz na questão da distribuição desta energia e na capacidade de negociação das empresas através de contratos que incorporem as características desta produção. Não há como incorporar ao neste novo mercado as taxas de rentabilidades que as atividades produtivas de etanol e açúcar, por isso a necessidade que as atividades de comercialização de energia sejam mais um componente da receita que possa ser gerada no setor sucroalcooleiro.

De acordo com a CONAB (2011, p.20):

A venda do excedente de energia elétrica como novo negócio, de forma bastante tímida, surgiu no final dos anos 80. Somente passou a ser seriamente discutida como uma fonte alternativa interessante a partir de 2001, quando o país passou por sérias dificuldades de oferta de energia e foi necessária a implementação de um severo programa de racionamento no consumo da energia elétrica e de racionalização de seu uso. As novas políticas públicas editadas a partir dessa época passaram a valorizar as fontes que requerem prazos curtos para instalação e funcionamento dos projetos e fontes alternativas de baixa emissão de carbono.

Segundo Castro (2009) a produção de energia elétrica no setor sucroalcooleiro poderá beneficiar o setor elétrico nacional. Há uma necessidade de complementação do parque hídrico no período da seca que ocorre na mesma época da safra da cana-de-açúcar. Ou seja, quando o setor hidrelétrico apresenta redução na produção de energia elétrica as usinas de açúcar e álcool poderia atuar na produção deste complemento. Para Castro (2009, p. 198) “ao trazer a bioeletricidade para a matriz, tenderíamos a reduzir esse risco de desabastecimento que existe no período seco”.

Ações de financiamento para dotação de tecnologia para as usinas implantarem um programa eficiente de distribuição de energia elétrica tem sido tomadas pelo Governo Federal através de linhas de empréstimos para o setor, principalmente via BNDES. Entende-se que a produção de bioeletricidade é uma oportunidade para a criação de um mercado que contribuirá para a diversificação da matriz energética brasileira e para o fortalecimento dos projetos de MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo).

O setor sucroalcooleiro brasileiro tem características específicas diferentemente dos demais países que tem uma produção sustentada pelo fornecimento de produtores autônomos a produção brasileira tem na integração vertical sua principal característica. A usina é a produtora de sua matéria-prima seja em terras próprias ou arrendadas.

Esta característica garante um maior controle da empresa sobre o processo produtivo diminuindo os riscos de falta da matéria-prima e favorecendo um planejamento mais eficiente da utilização da matéria-prima no processo produtivo. Por isso considera-se que com a consolidação da necessidade de fontes alternativas de energia elétrica o setor sucroalcooleiro brasileiro teria condições de atender estas demandas e gerar um novo produto para compor sua rentabilidade. No entanto, os dados indicam há um baixo aproveitamento das potencialidades deste mercado pelas usinas brasileiras.

De acordo com o estudo da CONAB (2011) a destinação do bagaço para queima como combustível nas usinas brasileiras que vendem energia a terceiros é em torno de 35,4% indicando que ainda existe um amplo espaço para o crescimento do agronegócio da bioeletricidade. O número total de usinas que comercializam energia elétrica no Brasil na safra 2009/2010 foi de 111 unidades em todo Brasil. De acordo com o número total de usinas que segundo a Única (2011) é de 436 na safra 2010/2011, estes dados demonstram a baixa participação e integração da produção da bioeletricidade na rede de distribuição brasileira. Este número representa apenas 25% de todas as empresas do setor sucroalcooleiro.

A expectativa é que com a expansão dos empreendimentos do setor sucroalcooleiro e a necessidade de geração de energia elétrica para o país haverá uma melhoria dos indicadores tecnológicos do setor na bioeletricidade. Esta melhoria está condicionada a criação de uma legislação que incentive a inserção na matriz energética brasileira da bioeletricidade visando minimizar os riscos dos investimentos na implantação das linhas de transmissão.

3. O setor sucroalcooleiro em Goiás

O Estado de Goiás está localizado na região Centro-Oeste é um dos principais estados desta região na produção agrícola e industrial. Sua economia é alicerçada no agronegócio com uma produção integrada para seu beneficiamento através de várias agroindústrias. A produção de cana-de-açúcar a partir de 2005 apresentou neste estado altas taxas de crescimento. Esta expansão foi comandada principalmente pela expansão horizontal, ou seja, a ocupação de áreas agricultáveis. Os dados indicam que em Goiás a expansão da cultura deveu-se ao aquecimento da produção de etanol para oferta no mercado interno. A maioria dos empreendimentos do setor sucroalcooleiro são exclusivamente destilarias 6 para a produção de etanol.

Na Figura 2 e 3 optou-se por demonstrar a expansão da cultura da cana-de-açúcar no Estado de Goiás em dois períodos o ano de 1990 e 2007.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do sistema IBGE-Sidra (2011).
Figura 2 – Participação relativa da cana-de-açúcar (%) na área plantada total em Goiás para 1990.

Observa-se que o número de municípios que a cana-de-açúcar representava entre 65% a 92% da área plantada total era apenas de 1. A maioria dos municípios goianos apresenta no período um participação entre 1% a 5%. Este período é considerado na literatura especializada do setor uma fase de estagnação do crescimento do setor sucroalcooleiro devido às crises de abastecimento do etanol na década de 80. Esta crise provocou uma desaceleração dos investimentos no setor o que diminui a pressão pelo cultivo da cana-de-açúcar.

A Figura 3 apresenta os dados para o período de 2007.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do sistema IBGE-Sidra (2011).
Figura 3 – Participação relativa da cana-de-açúcar (%) na área plantada total em Goiás para 1990.

A comparação espacial entre os dois períodos no mapa de Goiás indica que o número de municípios tem uma participação da cana-de-açúcar entre 65% a 92% eleva-se para 10. No intervalo de 35% a 65% o número é de 18. O aumento de municípios que tem a cultura da cana-de-açúcar com principal cultura deve-se ao número de empresas do setor que foram implantadas no período analisado entre 1990 a 2007.

Na Figura 4 abaixo apresenta-se o mapa das usinas em operação no Estado de Goiás para o ano de 2009.

Fonte: Lima (2010, p.83).
Figura 4 – Usinas em operação em 2009

No mapa destaca-se a região Sudoeste Goiano. Esta região concentra os principais investimentos do setor sucroalcooleiro e ainda agrega as maiores agroindústrias do setor de grãos e de carnes, especificamente de suínos e aves. A concentração dos investimentos nesta região justifica-se pela logística da região ser considerada um das melhores do Estado e pela qualidade da terra disponível para as atividades produtivas. Lima (2010) apresenta um quadro de competição entre as principais culturas na região e uma distribuição espacial com a cana-de-açúcar expandido sobre as áreas de produção de grãos e de pecuária. Os indicativos é que esta expansão no longo prazo mudará a configuração espacial das culturas em Goiás e impactará na oferta de grãos na região.

Para a safra 2009/2010 os dados indicam o funcionamento de 36 empresas do setor sucroalcooleiro na produção de açúcar e etanol.  Deste número apenas 6 usinas comercializam o excedente de energia elétrica. Repetindo-se em Goiás, o cenário brasileiro de baixo aproveitamento das potencialidades de geração de energia elétrica para a comercialização. A participação das empresas que comercializam energia elétrica é em torno de 16%. A análise do setor sucroalcooleiro em Goiás indica uma concentração na produção industrial de açúcar e uma distribuição mais igualitária na produção de etanol conforme pode ser verificado na Tabela 2 que apresenta o ranking das cinco principais empresas produtores de açúcar do Estado de Goiás para a safra 2009/2010.

Tabela 2 – Produção de açúcar (t) do Estado de Goiás e das cinco maiores usinas, safra 2009/2010.

Usina

Produção de açúcar

Participação do Estado (%)

Posição no ranking

Estado de Goiás

1.738.641

100

-

São Francisco Açúcar e Álcool

350.368

20,15

Jalles Machado

182.631

10,50

Vale do Verdão S/A Açúcar e Álcool

165.000

9,49

Goiasa Goiatuba Álcool

151.236

8,70

Tropical Bioenergia

141.980

8,17

Total da participação

_

57.01

 

Elaboração dos autores.
Fonte: SEPLAN (2011).

Os dados da Tabela 2 indicam que as cincos maiores empresas deste setor produzem 57,01% de todo açúcar do Estado de Goiás. Destaca-se neste ramo industrial a participação da Usina São Francisco que tem uma participação de 20,15%. Esta empresa é originária de capitais paulistas do setor sucroalcooleiro, do Grupo São João, um dos maiores do Estado de São Paulo. Esta empresa é uma das entrantes do setor em Goiás. O início de suas operações foi no ano de 2006. (LIMA, 2010).

A Tabela 3 apresenta dos dados da produção de etanol do Estado de Goiás e o ranking das cinco maiores empresas. A comparação entre as Tabelas 2 e 3 indicam que algumas empresas  são as maiores na produção industrial dos dois principais produtos do setor sucroalcooleiro.

Tabela 3 – Produção de etanol (mil litros) do Estado de Goiás e das cinco maiores usinas, safra 2009/2010.

Usina

Produção de etanol

Participação do Estado (%)

Posição no ranking

Estado de Goiás

2.680.604

100

-

Usina Boa Vista

195.306

7,29

Vale do Verdão S/A Açúcar e Álcool

185.000

6,90

Usina Porto das Águas

144.000

5,37

Goiasa Goiatuba Álcool

135.841

5,07

Vale Verde Empreendimentos Agrícolas

135.000

5,04

 

29,66

 

Elaboração dos autores.
Fonte: SEPLAN (2011).

A produção de etanol em Goiás é mais desconcentrada que a produção de açúcar. As cincos maiores empresas deste produto representam 29,66% da produção total do Estado de Goiás. A Usina Boa Vista, Vale Verde Empreendimentos Agrícolas e Usina Porto das Águas atuam apenas na produção de etanol.

Na Figura 5 pode ser observada a evolução da área plantada de cana-de-açúcar no Estado de Goiás para o atendimento das demandas das agroindústrias canavieiras. No ano de 2005 a área plantada com cana-de-açúcar no Estado era de 216.025 ha. Este ano marca o início do novo ciclo de crescimento dos investimentos no setor sucroalcooleiro no Brasil. Conforme salientado anteriormente o Estado de Goiás devido as suas características naturais apresenta uma das maiores taxas de expansão deste setor a nível nacional. Em 2010 a área com cana-de-açúcar foi de 655.201 ha.

Fonte: Canasat (2011).
Figura 5 – Área total cultivada com cana-de-açúcar em Goiás, 2005 a 2010.

Os dados do Estado de Goiás indicam que o setor sucroalcooleiro apresenta um ritmo de expansão e consolidação. O principal produto deste setor é o etanol. As expectativas da continuidade do novo modelo produtivo baseado na utilização de fontes alternativas e renováveis de energia beneficiaram os empreendimentos goianos e favorecia a maior profissionalização destas empresas para o aproveitamento de oportunidades de negócios, como a comercialização de excedentes de energia elétrica. Quanto ao setor sucroalcooleiro goiano percebe-se um crescimento acentuado da produção de etanol, conforme pode ser visualizado na Figura 6.

Fonte: Seplan (2011)
Figura 6 – Produção de etanol (mil litros) e açúcar (t) para o Estado de Goiás, em milhares no período de 2005 a 2010.

A próxima seção apresenta-se o estudo de caso da Usina Goiasa. Esta empresa é considerada um das tradicionais do setor sucroalcooleiro em Goiás é encontra-se na quarta posição do ranking da produção de açúcar e etanol (Tabela 2 e 3).

4. Resultados e discussões do estudo de caso – usina Goiasa

A Usina Goiasa fica sediada no município de Goiatuba. Esta empresa é originária de capitais paulistas que atuavam no setor de construção civil – Grupo Construcap. Os motivos que favoreceram a entrada desta empresa no setor sucroalcooleiro em Goiás foi o Proálcool. A primeira safra da empresa foi em 1991 com a produção de álcool com a moagem de 14,44 milhões. A empresa produz açúcar convencional e orgânico, álcool hidratado e anidro e energia elétrica.

A primeira safra de açúcar convencional foi em 1996 e em 1999 foi produzida a primeira safra de açúcar orgânico. A produção da cana-de-açúcar para o setor de produção do açúcar orgânico é feita em torno da indústria. A Tabela 4 apresenta os dados produtivos da empresa para as duas últimas safras e a estimativa para a safra 2010/2011.

Tabela 4 – Indicadores produtivos da Goiasa, safras 2008/09 a 2010/11.

Indicadores

2008/09

2009/10

2010/11

Moagem (mil t)

1.514

2.700

2.700

TcH (t/ha)

84

96,6 (bis) – 90,5

82,5

Área (ha)

17.939

31.196,82

29.725,14

ATR (kg/ton)

143,28

126,4

145,6

Colheita Mecan.(%)

72,67

67,35

87

Colheita manual (%)

27,33

32,65

15

Plantio manual (%)

68

64,82

47,2

Plantio mecanizado (%)

32

35,17

52,8

Fonte: Goiasa (2009).

A empresa tem adotado uma postura de expansão e consolidação na região com investimentos de reestruturação produtiva e melhoria dos indicadores de produtividade da usina. Além de contar com a expansão para duas novas unidades industriais. Uma, a Goiasa 2, tem previsão de funcionamento em 2013 e fica na Microrregião Meia Ponte e a outra, Unidade São Domingos, tem a previsão de funcionamento em 2014. Para demonstrar a importância da empresa na região optou-se por apresentar os dados do município de Goiatuba quanto à área cultivada com cana-de-açúcar na Figura 7.

Fonte: Canasat (2011).
Figura 7 – Área cultivada (ha) de cana-de-açúcar em Goiatuba, 2005 a 2010.

Os dados do município indicam que quase a totalidade de cana-de-açúcar cultivada na região é para o abastecimento da Usina Goiasa. No setor sucroalcooleiro o transporte acima de 30 km aumenta exponencialmente o custo da cana, por isso uma das características desta atividade é a pequena distância entre os canaviais e a unidade industrial. Devido a essa limitação técnica deduz-se que a quase totalidade de cana cultivada no município de Goiatuba é para o abastecimento da Usina Goiasa.

Os investimentos para a entrada da empresa no mercado de distribuição de energia foi feito em 2003. O valor total estimado dos investimentos foi de R$ 49,88 milhões. Deste valor a empresa teve um projeto aprovado pelo BNDES de R$39,9 milhões, correspondente a 80% do total do investimento. Este projeto previu que a capacidade de produção de energia seria de 36 MW, sendo que 26 MW foram previstos para a comercialização externa. A capacidade em 2003 da empresa para a produção de energia era de apenas 6 MW.

Para a produção de energia elétrica a empresa implantou uma rede de distribuição de 40 km. A comercialização dos excedentes de energia é feita desde 2005. Em 2009, a empresa indicou que 10% do lucro da empresa foi derivado da comercialização de energia elétrica. Entende-se que este dado indica a viabilidade da atividade, pois apesar do curto espaço de tempo de implantação da comercialização de excedentes de energia, esta atividade já representa em 4 anos 10% dos lucros da empresas.

A expansão da produção de energia é um processo derivado do crescimento produtivo da empresa, conforme pode ser observado na Tabela 2. A disponibilidade de quantidades de bagaço e palha para as caldeiras da usina é uma condição essencial para a viabilidade técnica deste tipo de empreendimento.

De acordo com a Tabela 5 destaca-se a produtividade da empresa quanto a produção de toneladas e número de cortes.

Tabela 5 – Produtividade da Usina Goiasa, safras 2008/2009 e 2009/2010.

2008/2009

2009/2010

Produção

TcH

n. corte

TcH

n. corte

Convencional

78,3

2,4

90,5

2,8

Orgânica

83,2

2,8

80,4

3,5

Fonte: Goiasa (2009).

Quanto aos contratos de para o cultivo da cana-de-açúcar a usina salientou que existem contratos até 2016 que são feitos sobre áreas que não favorecem a colheita manual o que impedirá a usina de adotar 100% da colheita mecanizada. A empresa está se estruturando para conseguir que sua produção seja totalmente colhida mecanizada. Esta opção irá aumentar consideravelmente a oferta de outro importante componente para a produção de energia elétrica que é a palha da cana-de-açúcar. Contudo em visita realizada em 2011 foi confirmado que a usina já tem sua colheita toda feita mecanizada. Os avanços tecnológicos da

Todos os contratos para o plantio da cultura da cana-de-açúcar para a empresa são de parceria. A média de duração destes contratos de parceria é de 7 anos. A previsão é que a empresa efetue a seguinte estrutura de utilização das áreas de parceria da seguinte maneira: 4 cortes + 1 + 1 sendo estas possibilidade de acordo com a qualidade do canavial e 01 ano para o plantio da soja, que é a cultura utilizada para a renovação do canavial.

A Figura 7 destaca em 2009/2010 a estrutura da área da usina.

Fonte: Goiasa (2009).
Figura 7 – Estrutura de fornecimento de matéria-prima da Usina Goiasa.

Conforme pode ser visualizado na Figura 7 a área própria da usina representa 10% da sua área total registrando em valores absolutos 3.120,87 ha. A área dos fornecedores é de 5.198,66, participando com 17% e os contratos de parceria têm uma área de 21.950,13 ha, ou seja, 73%. A área total da empresa na safra 2009/2010 foi de 30.269,66 ha. Questionados quanto a questão da terra própria se a empresa tem interesse em aumentar esta área a direção da empresa informou que a compra de terras na empresa nunca foi priorizada pois o sistema de parceria tem sido eficiente para suprir a questão do fornecimento da matéria-prima.

Outro questionamento feito foi quanto a possibilidade de aumento da área dos fornecedores a usina apontou que esta participação na empresa poderá elevar-se até 25%. Ressaltando que segundo as estratégias da empresa um número maior que esse é considerado arriscado pela usina. Este risco é derivado dos problemas que a empresa poderá ter caso não haja a entrega da matéria-prima para a moagem, por isso, não é considerado viável por este empresa expandir este número acima de 25% de participação no fornecimento de cana. A empresa considera que o controle da maior parte da área produtiva diminuiu os riscos de qualquer eventualidade que prejudique a entrega desta matéria-prima por parte da figura dos fornecedores.

Entende-se desta maneira que mesmo com os aparatos legais existentes para a construção de contratos as agroindústrias canavieiras optam pelo fornecimento próprio da cana visando dirimir os riscos do negócio. Esta característica é comum nas empresas deste setor no Brasil como um todo.

A capacidade de produção na safra 2009/2010 da empresa é a seguinte: capacidade de moagem 550 tc/h – 13.200 tc/dia. Capacidade de produção de açúcar é de 16.000 sc/dia. A produção de álcool hidratado é de 800 m3/dia e álcool anidro de 300 m3/dia. A geração de energia está em 32 MW/h – 768 MW/dia. Deste total a exportação de energia é de 21 MW/h e 504 MW/dia. Pode-se destacar que a empresa ainda não atingiu o limite de comercialização previsto no projeto do BNDES que era de 26 MW.

A produtividade da tonelada de cana na usina tem sido para cada tonelada gera 0,98 sacos de açúcar e 45,42 litros de álcool. Para esta safra foi previsto o trabalho em 245 dias mais a possibilidade de 10 dias dependendo do transcorrer nas etapas produtivas durante o período produtivo da usina.

A empresa destaca ainda que 60% da sua área é potencialmente irrigada. Sendo que a irrigação é utilizada em 6.319,67 ha representando 25%. A fertirrigação é feita em 7.448,21 ha, 29,7% e sequeiro em uma área de 11.303,12 há, ou seja, 45,1% de uma área total de 25.071 ha.

Entre os planos de expansão fora a construção das novas unidades industriais no Estado de Goiás a empresa destacou a questão da produção de álcool orgânico. Este processamento industrial por enquanto não seria totalmente desenvolvido dentro da unidade devido a investimentos na parte do processamento industrial. A estratégia a ser adotada seria a transferência da etapa produtiva final para outra empresa no estado de São Paulo que finalizaria o processamento.

Outra mudança na estrutura produtiva da empresa foi a questão do estoque de cana-de-açúcar ser feita em sob rodas, ou seja, a usina extinguiu a parte no setor industrial para estocar a cana colhida. Atualmente a estratégia é a rotatividade dos caminhões carregados de cana nas áreas de entrega da cana-de-açúcar.

A empresa tem atuado na busca de estratégias diferenciadas para a sustentabilidade de sua competitividade no mercado sucroalcooleiro nacional. Entende-se que estas práticas através da criação e aproveitamento de potencialidades do setor, como a produção de energia elétrica, poderá se tornar um importante diferencial para esta empresa. A característica predominante da empresa estudada é a expansão de suas atividades produtivas na empresa matriz e a implantação de novas firmas no Estado de Goiás.

5. Considerações finais

As novas oportunidades para a geração de uma matriz energética sustentável e diversificada para o Brasil apresentam-se como uma excelente oportunidade de aproveitamento do crescimento do setor sucroalcooleiro que é comandado pela produção de etanol. A emergência de um novo modelo de produção de energia renovável com o mercado de combustíveis alternativos e renováveis favoreceu que o Brasil que já detinha tecnologia para a oferta de etanol apresenta-se com o mais importante país dentro desta nova matriz energética.

A expansão da atividade produtiva no setor sucroalcooleiro e o crescimento da economia brasileira com a necessidade de garantia de oferta de energia elétrica criaram a possibilidade de aproveitamento dos subprodutos deste setor (bagaço e palha) para a utilização eficiente para a produção de excedentes para a venda para o Sistema Elétrico Brasileiro. A criação deste novo mercado ainda necessita de uma maior regulação para a venda nos leilões de energia e incentivos para investimentos nas usinas para a obtenção de eficiência técnica e econômica nesta atividade.

O Governo Federal tem indicado através de suas políticas que irá favorecer este crescimento com de linhas de crédito específicos para financiamentos para as usinas que atuarem na transmissão de energia dos excedentes gerados. O Estado de Goiás devido ao número de empresas entrantes no setor sucroalcooleiro com objetivos específicos de atuarem na produção de etanol tem se beneficiado destes incentivos para a implantação de empresas já com capacidade de geração de energia elétrica para o mercado consumidor. Outro fator que beneficia esta produção é que todos empreendimentos aprovados em Goiás não podem utilizar a queimada o que gera um maior oferta do subproduto da palha da cana-de-açúcar.  A grande quantidade de subprodutos gerados viabiliza sua utilização nas cadeiras das usinas e na geração de uma maior quantidade de energia.

A Usina Goiasa é considerada uma das empresas tradicionais no Estado de Goiás. Sua produção industrial é diversificada em produtos com mercados específicos e com características próprias como o açúcar orgânico, conforme destacado anteriormente. A atuação na transmissão de energia elétrica foi um marco para o aumento da rentabilidade da empresa. Os empréstimos do Governo Federal para a montagem das linhas de transmissão da empresa foram importantes impulsionadores para o aproveitamento de sua capacidade produtiva. Estes investimentos tem demonstrado a lucratividade da atividade pois a receita da venda de energia elétrica participa na média com 10% do lucro total da empresa. Considerando a potencialidade desta atividade têm-se a expectativa de que esta participação cresça com a consolidação deste mercado na região.

6. Referências bibliográficas

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CASTRO, Nivalde Jose de. Bioetricidade de cana-de-açúcar: reduzindo emissões, agregando valor. ANAIS OFICIAIS DO Ethanol Summit 2009.  p. 195-200, 1 a 3 de Junho de 2009, São Paulo, Brasil, Única.

CONAB.  A Geração Termoelétrica com a Queima do Bagaço de Cana-de-Açúcar no Brasil: Análise do Desempenho da Safra 2009-2010. Março de 2011. CONAB: Brasília, 2011.160p.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção agrícola Municipal, Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Disponível em <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em 20 de abril de 2011.

LIMA, Divina Aparecida Leonel Lunas. Estrutura e expansão da agroindústria canavieira no Sudoeste Goiano: impactos no uso do solo e na estrutura fundiária a partir de 1990. 2010. 248 f. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010

SILVESTRIN, Carlos R. Bioeletricidade: Reduzindo Emissões e Agregando Valor ao Sistema Elétrico Nacional. PALESTRA DO Ethanol Summit 2009. 20p. São Paulo.

SEPLAN. Goiás em dados. Disponível em <http://www.seplan.go.gov.br/sepin/> Acessado em 10 de março de 2011.

UNICA. Dados estatísticos. Disponível em <http://www.unica.com.br/dadosCotacao/estatistica/> Acessado em 10 de abril de 2011.

USINA Goiasa. Visita e coleta de dados. FAEG, Goiatuba, outubro de 2009. (Visita organizada pela Comissão de Bioenergia da FAEG, 2009).


1 Universidade Estadual de Goiás – UEG e Universidade de Rio Verde - FESURV E-mail: divalunas@yahoo.com.br
2 E-mail: jrgarcia1989@gmail.com
3 INCT/PPED UFRJ e-mail: dricpvieira@gmail.com
4 UNICAMP – Brasil. E-mail: jmsilv@eco.unicamp.br
5 Dados estimados – potencial de mercado de cogeração de bioeletricidade excedente, utilizando o bagaço e palha, considerando 2008/09 utilização de 75% de bagaço disponível e 5% da palha disponível. A partir de 2015/2016, utilização de 75% do bagaço e 70% da palha disponível.
6 Neste artigo o termo destilaria refere-se a agroindústria do setor sucroalcooleiro cujo sistema produtivo é exclusivamente direcionado para a produção de etanol. O termo usina quando for utilizado refere-se ao sistema produtivo que combina a produção de etanol e de açúcar. Os dois sistemas produtivos são autosuficientes na produção de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar.


Vol. 33 (11) 2012
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