Espacios. Vol. 34 (11) 2013. Pág. 16


Desenvolvimento de serviços WEB: proposta de uma estrutura para novos projetos

Development of WEB services: proposal for a framework for new projects

Eduardo SCHERER 1, Diego de Castro FETTERMANN 2 y Márcia Elisa ECHEVESTE 3

Recibido: 10-09-2013 - Aprobado: 23-10-2013


Contenido

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RESUMO:
Modelos referenciais de desenvolvimento de produto podem ser apresentados de forma textual ou gráfica e representam como ocorrem as atividades e fase do processo de desenvolvimento. Esses modelos foram criados para garantir a sistematização das atividades do desenvolvimento de novos produtos e serviços. Os modelos dependem de uma série de fatores como natureza e particularidades de cada setor, contudo, se verifica uma carência de propostas direcionadas para o desenvolvimento de novos serviços web. O objetivo desse estudo é elaborar um modelo de gestão do desenvolvimento para novos e-serviços fornecidos exclusivamente pela web que sirva de referência para o setor. Para tanto, o estudo foi elaborado por meio de uma revisão sistemática da literatura de modelos de desenvolvimento de serviço publicados selecionados com base nos critérios demandados do serviço web. O estudo permitiu a identificação dos critérios de adequação de modelos as particularidades dos serviços web e a elaboração de modelo ajustado ao desenvolvimento deste tipo de serviços
Palavras-chave: desenvolvimento de serviços web; serviços para internet; modelo de referencia.

ABSTRACT:
Reference models on product development can be presented as text or graphics; they show the steps involved in development process activities and phases. Such models were created to guarantee the systematization of development activities for new products and services based on a series of factors such as the nature and the specifics of each sector. However, there is a lack of proposals directed at the development of new web services. The objective of this study is to create a development management model for new e-services provided exclusively on the web, which will serve as a reference. Hence, the study was conducted after a systematic review of existing literature on service development models selected on the basis of criteria required by web services. The study facilitated identification of suitability criteria of models according to web service specifics, and creation of a model adjusted to the development of this type of service.
Keywords: web services development; development reference model; internet services characteristics.


1. Introdução

Em razão do crescimento dos negócios realizados pela internet (Oliveira et al., 2012), a organização e sistematização de seus processos é um assunto recente. Conforme Clark e Fujimoto (1991), a maneira como uma empresa organiza e gerencia o desenvolvimento de produtos, bem como o desenvolvimento de serviços, determinam suas vantagens competitivas. Modelos de desenvolvimento de produtos provenientes da manufatura, tais como: Clark e Fujimoto (1991), Roozemburg e Eekels (1995), Pahl e Beitz (1996), Ulrich e Eppinger (2000) e Rozenfeld et al. (2006) atendem à necessidade de maiores níveis de maturidade do processo de desenvolvimento. Em razão peculiaridades verificadas no setor de serviços (Stefano; Godoy, 2012), se verifica uma necessidade de adaptar estes modelos para o desenvolvimento de serviços.

A existência de um modelo referencial de desenvolvimento de serviços, que seja adequado às peculiaridades do modelo de negócio e que permita a melhoria da maturidade do processo (Tonini et al., 2011) têm importância determinante no sucesso do desenvolvimento de novos produtos ou serviços. Devido a essa necessidade, entre os modelos referenciais de desenvolvimento de serviços existem aqueles ajustados ao setor de consultoria (Fraunhofer IAO, 2008), ao setor financeiro (Alam; Perry, 2002) e ao setor de saúde (Bowers, 1987) entre outros.

Contudo, mesmo com a importância dos negócios que exploram o meio web, existe uma carência de conhecimento direcionado a área de desenvolvimento de novos serviços eletrônicos (Riedl et al., 2009), e consequentemente, para serviços oferecidos pela internet. Esse tipo de serviço, se comparado com produtos físicos, são geralmente mal planejados e desenvolvidos de forma ineficiente (Froehle et al., 2000). A seleção e consolidação de um modelo referencial de desenvolvimento de novos serviços web deve estar baseada em cinco premissas, destacadas em função de demandas características do setor de serviços via web:

  • O modelo deve facilitar o processo de terceirização de etapas do desenvolvimento. Para serviços eletrônicos, a terceirização deve ser facilitada para operacionalizar os serviços não percebidos pelos clientes (Menor et al., 2002).
  • O modelo de desenvolvimento de novos serviços web deve ser flexível, devido à constante necessidade de adaptação tecnológica, consequência do crescimento do mercado de serviços web.
  • O modelo deve promover um time to market reduzido, em razão de que o lançamento acelerado de serviços permite aumentar barreiras de entrada no mercado web (Menor et al., 2002).
  • O modelo deve incorporar o desenvolvimento de software ao desenvolvimento do serviço web. Frequentemente, é dado maior foco ao desenvolvimento do software, sendo que o serviço disponibilizado está descoordenado do software (Meyer; Fähnrich, 2009).
  • O modelo deve permitir a melhoria contínua do serviço no decorrer de seu ciclo de vida (Riedl et al., 2009), a fim de permitir uma rápida adaptação às novas necessidades do mercado.

E-serviços são definidos como os serviços interativos que são entregues por redes eletrônicas (Boyer et al., 2002; Rust; Kannan, 2002), nesse caso incluindo caixas eletrônicos e máquinas de auto-serviço. Esse trabalho tem como objetivo elaborar um modelo padrão de gestão do desenvolvimento para novos e-serviços fornecidos exclusivamente pela web, os quais nesse estudo serão denominados de serviços web. Esse artigo está estruturado em cinco seções. Após esta introdução, é apresentada revisão de literatura e, baseada nessa revisão é desenvolvida a proposta do modelo de desenvolvimento. Por fim, a última seção apresenta as considerações finais.

2. Referencial teórico

Para identificar quais abordagens, métodos e ferramentas atendem às demandas identificadas para os serviços via web, bem como estabelecer quais fases são adequadas ao desenvolvimento de serviços web foi realizada uma revisão sistemática da literatura (Levy; Ellis, 2006). Foram utilizadas as bases de dados: Web of Science, Science Direct além dabusca manual na bibliografia durante o período de julho de 2011 e janeiro de 2012. Foram estabelecidos quatro focos de busca, (i)desenvolvimento de produto, (ii) desenvolvimento de serviços, (iii) abordagens e métodos em desenvolvimento distribuído e (iv) estudos no setor de desenvolvimento de sistemas web, com as seguintes palavras chave: product development e NPD (New Product Development), service development, e NSD (New Service Development), distributed, colaborative, software, web, portal, online, internet, digital.

Foram identificados 438 artigos, sendo selecionados 48 destes. A partir destes artigos, foram incorporados mais 12 estudos citados, totalizando 60 referências. A partir do estudo nestas referencias, foi realizado um levantamento das demandas para o setor, das abordagens recomendadas para o desenvolvimento de serviços web, assim como dos modelos de desenvolvimento com este objetivo. Cada um desses tópicos é apresentado a seguir.

2.1. Demandas para o desenvolvimento de novos serviços web

Foram identificadas na literatura cinco demandas para o setor, que serviram como premissas para o desenvolvimento de novos serviços web, apresentadas a seguir.

2.1.1. Terceirização

A terceirização é cada vez mais presente em empresas baseadas em tecnologia de informação (TI) (Roratto et al., 2013). Este tipo de empresa possuem altos custos fixos, bem como para o desenvolvimento e melhoria de aplicativos (Riedl et al., 2009). Dessa forma, parte dos seus custos fixos estão associados às atividades que não fazem parte de sua operação regular, como o desenvolvimento e melhoria dos aplicativos, o que resulta em períodos de uso normal de recursos, intercalados a períodos de ociosidade. Essa peculiaridade dos serviços web consiste em uma das motivações para a terceirização. Estudos ressaltam a possibilidade de acesso facilitado a conhecimento especializado por meio da terceirização (Aubert et al., 1996). Entre os motivadores da terceirização estão o foco nas capacidades do negócio e a melhoria do desempenho dos processos (Lacity et al., 2009). Entretanto, pela sua própria natureza, a informática está presente em muitos processos da empresa, aumentando o risco potencial dos problemas (Leite, 1995).

Nesse contexto, a utilização de terceirização afeta diretamente na necessidade de recursos humanos, materiais e processuais que a viabilizem (Riedl et al., 2009) (Weiner; Weisbecker, 2011). Dessa forma, um modelo de desenvolvimento que formalize as necessidades de desenvolvimento externo à empresa deve garantir parte das necessidades inerentes da terceirização.

2.1.2. Flexibilização do desenvolvimento

A dificuldade de prever a evolução de tecnologias, assim como a evolução do mercado, devido principalmente à dinâmica acelerada encontrada no ambiente online, são os principais desafios encontrados para a adoção de um modelo referencial de desenvolvimento. Conforme Vlaanderen et al. (2011), durante o desenvolvimento de software, muitos dos processos não podem ser previstos, sendo que seu desenvolvimento deve ser flexível. Essa flexibilidade no desenvolvimento visa responder às constantes alterações durante o período do desenvolvimento (Maccormack et al., 2001).

2.1.3. Time to Market reduzido

Para Porter (2001), na medida em que os consumidores – usuários – se tornam familiarizados com a tecnologia, a sua lealdade aos seus primeiros fornecedores irá diminuir, em razão da percepção do baixo custo de substituição. Nesse contexto, a redução do time to market do desenvolvimento permite aumentar barreiras de entrada de serviços web-based (Menor et al., 2002), além de minimizar o impacto do progresso tecnológico e do surgimento de novas tecnologias (Riedl et al., 2009). Com o propósito de reduzir o time to market, bem como permitir uma correta análise do impacto de funcionalidade do serviço, são necessárias ferramentas adequadas a análise de custo e risco.

Contudo, tentar reduzir ao máximo o tempo de desenvolvimento pode resultar problemas ao desenvolvimento, como a possibilidade de não atender alguma demanda de forma satisfatória. Para reduzir esse risco, como requisito à empresas que almejam desenvolver seus serviços de forma acelerada, existe a capacidade de rápido aprendizado, em especial quando o serviço é focado na distribuição de informações (Oliveira et al., 2002).

2.1.4. Incorporação de Software

O desenvolvimento de novos serviços web muitas vezes se confunde com o desenvolvimento de software, tendo em vista que o resultado visível desses serviços acontece por meio de uma interface de software com o público. Entretanto, o software é utilizado apenas como uma ferramenta para a entrega do serviço, sendo que o valor agregado, para serviços web, está na informação disponibilizada. Conforme, Tien e Berg (2007), softwares fornecem um meio de automatizar inovações e experiências para e-serviços. Nesse cenário, serviços web, que além de apresentar a parte software bem estruturada, apresentam processos corretamente planejados e operacionalizados, possuem maior potencial para prosperar. Para que ambas as partes de novos serviços web – a parte software e a parte de processos – sejam corretamente planejadas, a devida atenção deve ser dada as suas peculiaridades.

Contudo, os investimentos em software são complexos de serem avaliados, já que seus resultados podem ser facilmente copiados por concorrentes (Laat, 2005). Como uma forma de minimizar os riscos envolvidos no desenvolvimento de serviços web, é recomendado que o modelo referencial possua equipes distintas ao desenvolvimento do software e às partes gerenciais e de marketing do projeto. Esta independência permite que cada especificidade do desenvolvimento do serviço seja tratada de forma adequada.

2.1.5. Melhoria Contínua

Para serviços web, a rentabilidade tem foco na expansão de receita ao invés da redução de custos (Rust; Kannan, 2003). A melhoria contínua no processo dos serviços web permite mitigar riscos, tendo em vista o desenvolvimento de novas funcionalidades antes dos concorrentes. Além disso, caso concorrentes lancem uma funcionalidade significativa, rapidamente a implementação dessa pode ser incorporada ao serviço. Com esse objetivo, a utilização de pesquisas de mercado permitem uma constante avaliação da evolução do público-alvo do serviço, além de uma rápida adaptação às novas necessidades.

2.2. Abordagens para desenvolvimento de novos serviços web

Nesse trabalho emprega-se o termo genérico de abordagens para denominar, além das abordagens, também estratégias, métodos e ferramentas aplicáveis ao desenvolvimento de novos serviços web. As abordagens identificadas e analisadas são apresentadas a seguir.

2.2.1. Estratégia do desenvolvimento distribuído

Para que o desenvolvimento de um novo e-serviço com etapas ou atividades terceirizadas seja bem sucedido, a função controle deve ser exercida de forma efetiva. Para isso, uma das alternativas é o uso da estratégia de desenvolvimento distribuído (Heck; Grewal, 2006), sua proposta procura suprir a necessidade de gerenciar equipes geograficamente dispersas.

A utilização de um modelo de desenvolvimento distribuído contribui para a redução do time to market e do custo. Esses aspectos, juntamente com a possibilidade de terceirização, corroboram a importância de seu uso no contexto do desenvolvimento de novos serviços web (Heck; Grewal, 2006). A estratégia de desenvolvimento distribuído é incorporada no modelo de desenvolvimento proposto por Schuh et al. (2006). Nesse modelo, as atividades terceirizadas são separadas das demais, em especial aquelas que exigem conhecimento especializado.

2.2.2. Desenvolvimento ágil

O manifesto ágil teve como propósito acelerar a construção, reduzir o esforço de formalização e flexibilizar o processo de desenvolvimento de software (Abrahamsson et al., 2002). Metodologias de desenvolvimento de produtos que adotam uma abordagem ágil recomendam o uso de métodos informais de controle, em detrimento da abordagem Stage Gates®,adotada em modelos tradicionais (Ottosson, 2004) (Reies, 2011). Para Ottosson (2000), métodos informais de controle são mais objetivos que os métodos clássicos, que dependem muito de relatórios formais.

2.2.3. Desenvolvimento independente do software e do serviço

Uma das dificuldades encontradas no desenvolvimento de serviços web é o foco dado ao software. Esse foco no software pode resultar em problemas no serviço disponibilizado ao cliente (Meyer; Fähnrich, 2009). Para solucionar tal questão, uma alternativa consiste na separação, inclusive como fases do modelo de desenvolvimento, das atividades de âmbito administrativo, de negócio e conceitual das atividades exclusivamente de implementação do software necessário ao serviço. Contudo, dado à complexidade da gestão descentralizada dessas atividades distintas, essa abordagem é indicada apenas a projetos de maior complexidade. Com o intuito de estabelecer critérios para definir qual o tipo de projeto sugere a utilização de fases específicas para o desenvolvimento do software, Meyer e Fähnrich (2009) indica a utilização da estrutura de suporte à decisão, baseada na Figura 1.

Figura 1 : Critério de seleção para co-design serviço/software.
Fonte: Adaptado de Meyer e Fähnrich (2009)

2.2.4. Desenvolvimento cíclico e contínuo

Como forma de enquadrar os modelos de desenvolvimento ao conceito da melhoria contínua, existe a necessidade de constante atualização do software base do serviço web, bem como algumas características conceituais do serviço. Esse aspecto implica em um processo de inovação e renovação do serviço repleto de pequenos ciclos e que permitem que esse seja melhorado rapidamente (Riedl et al., 2009).

Ainda, tendo em vista que não é possível determinar o número de iterações necessárias, recomenda-se que o projeto seja continuamente melhorado, com o propósito de nunca possuir um lançamento definitivo. A adoção desse conceito enquadra os serviços web na categoria de “eterno beta”, termo cunhado por O’Relly (2005) para definir serviços que apresentam alterações constantes.

2.2.5. Desenvolvimento incremental do serviço

O desenvolvimento incremental do produto ou serviço consiste em uma estratégia defendida por Reies (2011). Essa estratégia procura lançar, propositalmente, produtos e serviços com o mínimo de funcionalidades, mas que possa atender as necessidades básicas identificadas na proposta inicial. Essa abordagem está associada à abordagem da constante atualização em pequenos ciclos, pois a partir do lançamento do produto ou serviço, são realizadas constantes alterações até que passe a ser de utilidade significativa para público-alvo estabelecido. Esta abordagem permite reduzir o custo do desenvolvimento, acelerar o prazo de lançamento e testar a maturidade do mercado para inovações (Reies, 2011).

2.3. Modelos referenciais de desenvolvimento de serviços

A fim de identificar propostas que atendam as demandas peculiares ao desenvolvimento de novos serviços web, também foram estudados modelos referenciais de desenvolvimento de serviços, visto que suas fases e atividades são próximas àquelas necessárias à gestão do desenvolvimento de serviços web. Durante a revisão sistemática de literatura foram identificados cinco diferentes modelos de desenvolvimento de serviços, que são apresentados a seguir.

2.3.1. Modelo de Meyer e Fähnrich (2009)

O modelo de desenvolvimento proposto por Meyer e Fähnrich (2009) procura estabelecer, de forma ampla, como gerir o desenvolvimento de novos serviços que possuem tecnologia de alta complexidade. Nesse contexto, Meyer e Fähnrich (2009) se limita a definir as macro fases, do que ele denomina nível de processo. Esse nível do modelo de desenvolvimento é responsável por definir a sequencia lógica de macro atividades, com suas entradas e saídas. Ainda são previstos o nível de módulo e de resultado, responsáveis, respectivamente, por definir as tarefas específicas, onde é permitida grande flexibilidade; e por armazenar os resultados encontrados em cada atividade.

2.3.2. Modelo de Schuh et al. (2006)

O modelo de Schuh et al. (2006) apresenta uma solução para o desenvolvimento em empresas denominadas virtuais, que são empresas com desenvolvimento não centralizado. Para tanto, ele aplica a estratégia do desenvolvimento distribuído, que permite a gestão em separado da parte internalizada e da parte desenvolvida por terceiros do desenvolvimento.

2.3.3. Modelo de Mello (2005)

O modelo de desenvolvimento proposto por Mello (2005) possui atenção especial a serviços de uma forma mais abrangente. Sua análise apresenta a relação entre modelos, na sua maioria, criados antes mesmo da existência de serviços web. Contudo, o conjunto de etapas apresentado pelo modelo proposto é extenso e detalhado, o que permite uma análise mais abrangente do estudo.

2.3.4. Modelo de Alam e Perry (2002)

O modelo proposto por Alam e Perry (2002) possui grande ênfase no desenvolvimento orientado ao cliente e as fases definidas por este modelo referencial são abrangentes. Ao todo, o modelo de Alam e Perry (2002) apresentam dez fases, sendo que para algumas das fases, o autor sugere a possibilidade de paralelismo na sua execução. Tendo em vista o propósito de ter o desenvolvimento orientado ao usuário, em cada fase do desenvolvimento, alguma atividade é desenvolvida pelos consumidores.

2.3.5. Modelo de Shostack (1984)

O modelo proposto por Shostack (1984) é o precursor dos modelos de desenvolvimento de serviços, sendo, entre os apresentados, com menor detalhamento de suas etapas. Seu principal foco é a determinação do processo de execução do serviço. As fases mais abrangentes desse modelo são duas: definição da execução e modificação do serviço. Contudo, cada atividade referente à definição da execução do serviço é implementada de forma recorrente percorrendo boa parte das etapas de modelos contemporâneos.

3. Proposta do modelo de desenvolvimento para serviços web

3.1. Método de pesquisa

Este trabalho é de natureza aplicada e de objetivo exploratório. A elaboração do modelo de desenvolvimento de serviços para web foi concebida em quatro etapas (Figura 2).

Figura 2 : Proposta para construção do modelo de desenvolvimento para serviços web

3.2. Associação entre abordagens e demandas

Para definir se uma abordagem atende uma demanda foi utilizado como critério a citação direta do autor da existência desse vínculo. A Figura 4 apresenta a associação entre as abordagens e as demandas para o desenvolvimento de serviços via web de acordo com a análise das publicações identificadas na revisão sistemática da literatura.

Figura 3 : Associação entre as demandas do desenvolvimento de serviços web e abordagens encontradas na literatura

A abordagem Desenvolvimento Incremental e a abordagem de Desenvolvimento Ágil, contribuem para atender as demandas terceirização, flexibilidade e melhoria contínua, se apresentando, segundo os autores analisados, como as abordagens com maior contribuição para o desenvolvimento de serviços web.

3.3. Associação entre abordagens e modelos de desenvolvimento

Os modelos de desenvolvimento identificados na literatura foram analisados de forma a identificar alternativas para atender as abordagens sugeridas pela literatura. A partir disso, a construção da proposta do modelo de desenvolvimento de novos serviços web procura considerar as abordagens sugeridas na literatura por meio da inclusão das propostas de fases e atividades previstas nas propostas de modelos de desenvolvimento analisadas. Além dos cinco modelos de desenvolvimento, também foram incluídos na análise outros dois modelos de desenvolvimento, um direcionado a novos produtos (Ottossom, 2004) e outro a produtos e serviços (Muller; Stark, 2010).

Os modelos de desenvolvimento foram analisados de forma a identificar a existência de associação entre suas propostas e as abordagens recomendadas para o desenvolvimento de serviços web. A Figura 5 apresenta o resultado da associação entre abordagens e modelos de desenvolvimento. Nos campos que apresentam o símbolo “+” foi identificado que o modelo de desenvolvimento incorpora a abordagem, nos campos com símbolo “-”, não foram identificados indícios da utilização da abordagem no modelo de desenvolvimento, enquanto nos campos com o símbolo “/”, se verificou uma adoção parcial, ou uma possibilidade de adaptação simplificada da respectiva abordagem.

Figura 4 : Associação entre abordagens recomendadas para o desenvolvimento de serviços web e modelos de desenvolvimento

3.4. Identificação de fases dos modelos desenvolvimento de serviços para o atendimento das demandas

Para a definição das fases necessárias ao desenvolvimento de novos serviços web também foram consideradas as demandas particulares desse segmento de serviços. A Figura 6 apresenta quais as fases previstas para o atendimento de das cinco demandas específicas para o desenvolvimento de serviços web.

Figura 5: Demandas para o desenvolvimento de serviços web e sugestões para seu atendimento mencionadas pela bibliografia

3.5. Construção do modelo de desenvolvimento para serviços web

A construção da proposta de modelo de desenvolvimento procura considerar as demandas específicas para o setor de serviços web identificadas na literatura (terceirização, flexibilização do desenvolvimento, incorporação de Software, Time to Market e melhoria contínua), assim como as abordagens recomendadas pela literatura (desenvolvimento distribuído, desenvolvimento ágil, diferenciação entre serviço/software, desenvolvimento cíclico e contínuo, desenvolvimento incremental).

Entre as primeiras demandas para o desenvolvimento de serviços web estão a incorporação de software. O modelo proposto por Meyer e Fähnrich (2009) apresenta a divisão do desenvolvimento do serviço em duas partes: solução, que é o software envolvido no serviço, e plataforma, que é o serviço propriamente dito. Para representar essa característica no modelo proposto por esse estudo, denominado Modelo Cossenoidal (Figura 6), o autor dividiu a continuidade do modelo em duas linhas, uma dedicada exclusivamente às fases do desenvolvimento do serviço, e uma com o propósito de englobar as fases do desenvolvimento de software.

Figura 6 : Visão macro do modelo cossenoidal de desenvolvimento de novos serviços web

Uma solução semelhante foi adotada para dividir as fases desenvolvidas dentro da empresa das fases desenvolvidas por terceiros, denominada no modelo de rede de apoio. Essas divisões foram feitas tomando como base os modelos apresentados por Meyer e Fähnrich (2009) e Schuh et al. (2006). Schuh et al. (2006) que dividem as fases desenvolvidas internamente das desenvolvidas por parceiros, contribuindo para o desenvolvimento distribuído. Já a abordagem adotada por Meyer e Fähnrich (2009), da separação do desenvolvimento entre software e serviço, visa a incorporação de software.

A característica de desenvolvimento acelerado do serviço é atendida pela adoção parcial da visão de Ottosson (2004), que propõe a remoção de validações formais. Contudo, o alto índice de terceirização impede a eliminação total dos Gates de controle. Devido a esse motivo, a terceirização foi estabelecida apenas para as fases de desenvolvimento do software. A característica de flexibilidade do processo implica na impossibilidade de planejamentos longos, pois a demanda de mercado é mutável. Nesse cenário, o modelo propõe a priorização e indicação das demandas que serão atendidas para um lançamento inicial do serviço. Esse ideal, proposto por Reies (2011), visa dedicar a equipe apenas no cerne do negócio, ou aspectos realmente importantes para o atendimento da demanda. O formato proposto no Modelo Cossenoidal permite o suporte as características de desenvolvimento incremental, contínuo e lançamento acelerado do serviço web.

A necessidade do desenvolvimento cíclico e contínuo é tem importância destacada quando os ciclos de evolução são pequenos, como no caso de serviços web. Esse caráter cíclico do desenvolvimento já havia sido adotado em outros modelos (Mello, 2005) (Reies, 2011) (Shostack, 1984), e mantem-se importante para o modelo adequado para serviços web. Para sua representação no modelo proposto, foi utilizado o formato cossenoidal e dividindo o desenvolvimento em ciclos de lançamento. Cada ciclo de lançamento agrega mais requisitos do conceito geral, iniciando o atendimento de novas demandas. A partir dessa definição, é esperado que, a cada iteração no modelo, os ciclos de novos lançamentos tornam-se mais curtos, devido ao atendimento de demandas mais específicas do potencial cliente.

No que diz respeito às fases do modelo proposto, uma abordagem de adoção híbrida das fases apresentadas pelos autores estudados foi adotada. A Figura 7 apresenta a comparação dos modelos referenciais de desenvolvimento de serviços. Devido à amplitude do modelo proposto por Alam e Perry (2002), esse foi usado como delineador da ordem de posicionamento das etapas dos outros modelos.

Figura 7: Comparação dos modelos de NSD estudados e modelo proposto

Na Figura 7, não foi considerado o ordenamento de fases para a comparação, seu propósito é identificar aquelas fases que são utilizadas e necessárias ao desenvolvimento de novos serviços web. A partir das fases propostas para o Modelo Cossenoidal, é apresentado o detalhamento de cada uma dessas fases, com a identificação do objetivo, informação de entrada e saída (Figura 8).

Figura 8: Objetivo, entradas e saídas de cada fase proposta no Modelo Cossenoidal

A seleção de parceiros terceirizados tem destacada importância, pois a alteração do parceiro no decorrer do desenvolvimento implica em um atraso no lançamento inicial do serviço. Cabe a fase de geração e triagem de ideias a priorização de atendimento da demanda, identificando, através de ferramenta apropriada, quais as demandas ou requisitos devem ser atendidos no primeiro lançamento do serviço. Nessa fase é necessário que a equipe de caráter estratégico e a equipe de tecnologia da empresa tenham muitas trocas de informação para que somente as demandas de maior importância e menor tempo de implementação sejam de fato desenvolvidas. Ainda, em iterações posteriores a inicial, a priorização utiliza os requisitos retirados da base de demandas e requisitos e a atualiza informando, dessa forma, a ordem de execução das características resultanes das demandas.

A elaboração de conceito detalhado é uma fase elaborada pelas equipes de tecnologia da informação, marketing e engenharia, e seu propósito é criar documento completo de definição do serviço. No entanto, é através da fase de acompanhamento da rede de apoio que detalhes do software são definidos, podendo apresentar mudanças que implicam em constantes decisões associadas ao comportamento do software.

Figura 9: Modelo Cossenoidal de desenvolvimento de serviços web com fases

As fases delegadas para a rede de apoio podem sofrer alguma alteração de acordo com a empresa terceirizada. Mas para que a característica de flexibilidade identificada neste estudo seja colocada em prática um método de desenvolvimento ágil deve ser utilizado, entre estes RUP e Scrum se destacam. A ‘Avaliação da Performance de Terceiros’ é uma fase de análise mais detalhada do software elaborado pela equipe terceirizada, sendo que durante a fase ‘Acompanhamento da Rede de Apoio’ essa análise também ocorria, mas no sentido de direcionar o desenvolvimento do software para os objetivos.

A etapa de teste do serviço é recomendada para identificar aspectos que podem ser implementados no próximo ciclo e para tanto fornecem dados para a base de demandas e requisitos (backlog). Já a última etapa do modelo visa a lançamento do serviço desenvolvido. Por lançamento é entendido, principalmente, aspectos de promoção necessários para que o serviço seja conhecido pelo público-alvo inicialmente definido.

4. Considerações finais

Esta pesquisa buscou atender a necessidade de um modelo de desenvolvimento de novos serviços web, necessidade encontrada tanto na literatura quanto na prática das empresas. A construção da proposta procura analisar e comparar os diferentes modelos de desenvolvimento de serviços identificados na bibliografia e as abordagens de forma a identificar a sua associação ao atendimento das demandas específicas para o desenvolvimento de serviços web.

O resultado atingido consiste em uma proposta para a sistematização do processo de desenvolvimento de novos serviços web. Sua contribuição vai ao encontro da necessidade de formalização existente no segmento de serviços web. O modelo sistematiza o processo de desenvolvimento das empresas ao mesmo tempo em que permite a adaptação a casos específicos, situação comum em setores emergentes da economia, como o ramo de serviços web.

Recomenda-se como trabalhos futuros a possibilidade de integração do modelo ao levantamento de requisitos por meio de ferramentas web 2.0, feitos exclusivamente para a geração de ideias de forma colaborativa. Devido à importância identificada para a fase de Geração e Triagem de ideias, é recomendada a inclusão de métodos sistemáticos de geração de ideias nessa etapa do modelo. Ainda, se identifica como oportunidade de pesquisa a criação de ferramentas efetivas para as etapas do desenvolvimento adaptadas as demandas identificadas nesse estudo.

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1 Alcançar Informática Ltda E-mail: eduardo@monetize.com.br
2 UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Brasil E-mail: dcfettermann@gmail.com
3 PPGEP - Programa de Pós-graduação em Engenharia da Produção / UFRGS, Porto Alegre, Brasil E-mail: echeveste@producao.ufrgs.br


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