Espacios. Vol. 35 (Nº 2) Año 2014. Pág. 2


A Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental a partir de dissertações em mestrados profissionais do Brasil1

The Statistics in the final years of Elementary school from dissertations in professional master of Brazil

Willian DAMIN 2; Guataçara dos SANTOS JUNIOR 3; Antonio Carlos FRASSON 4; Rudolph dos Santos Gomes PEREIRA 5

Recibido: 02/11/13 • Aprobado: 02/12/13


Contenido

RESUMO:
O objetivo deste artigo residiu em elaborar um levantamento de dissertações desenvolvidas em mestrados profissionais na área de Ensino a partir do ano de 2003 visando analisar e categorizar as produções didático-pedagógicas no que no que concerne ao Ensino de Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa documental e bibliográfica, onde foram pesquisados 55 programas de instituições brasileiras que oferecem mestrados profissionais na área de Ensino. Constatou-se que 13 dissertações das encontradas contemplam a área pesquisada.
Palavras-chave: Ensino de Estatística; Mestrado Profissional; Estado da Arte.

ABSTRACT:
The purpose of this article resided in preparing a survey of professional master's research developed in the area of education from the year 2003 in order to analyze and categorize the productions in which teaching and pedagogical regarding the Teaching of Statistics in the final years of middle school. This work is characterized as a documentary and bibliographic research, which were programs surveyed 55 Brazilian institutions that offer professional master's degrees in the field of education. It was found that 13 of dissertations found include the area searched
Keywords: Teaching of Statistics; Master Professional, State of the Art.


1. Introdução

Dentro dos princípios organizacionais de uma sociedade com características democrática necessário se faz que os cidadãos participem das decisões tomadas por ela, porém para que isso ocorra, é necessário ao público que a incorpora saber ler e interpretar as inúmeras informações transmitidas pelos seus diversos meios de comunicação. Esse processo democrático se realiza e se sustenta mediante a ação do meio educativo, e um dos seus objetivos é tornar os cidadãos letrados estatisticamente, para que assim eles compreendam aspectos sociais, econômicos, políticos e possam exercer a cidadania.

Batanero (2001) destaca que as pesquisas em ensino e aprendizagem de Estatística têm sofrido um aumento significativo e acredita-se, de acordo com Ben-Zvi (2011), que tal fato se deve pela presença da Estatística nos currículos de Matemática das instituições de Educação Básica e também de Ensino Superior, e ainda por ela fazer parte da vida dos cidadãos. Acredita-se que tais aspectos podem ter despertado o interesse nos pesquisadores para novos estudos na área de Estatística.

De acordo com Meneghetti, Batistela e Bicudo (2011), a relevância do Ensino de Estatística é o que impulsionou a inclusão de desta temática nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em 1997. Esta inclusão é considerada como tardia quando se comparado a Itália e França que tiveram a inclusão em 1985 (LOPES, 1998). Cabe salientar que apesar da indicação nos currículos de Matemática desde os anos iniciais “na maioria dos currículos internacionais, não tem sido prioridade na escola ou nas políticas públicas de formação inicial e contínua de professores.” (LOPES, 2010, p. 4). Mesmo após 16 anos da promulgação dos PCN, as pesquisas na área de Estatística não atingem números satisfatórios de publicações nem tampouco a formação de professores é satisfatória.

Ao almejar um ensino de Estatística com qualidade e que desenvolva no aluno um processo de criticidade, de forma a torná-lo um cidadão letrado estatisticamente, requer-se um professor interessado em utilizar metodologias de ensino, bem como pautar-se em instrumentos que o auxiliem no desenvolvimento de suas atividades docentes. Para isso, considera-se necessário a busca por tais subsídios em pesquisas teóricas e práticas desenvolvidas por professores e estudiosos da área de modo que o professor tenha conhecimento do que foi produzido e dos materiais disponíveis.

Meneghetti, Batistela e Bicudo (2011) consideram que é uma impossibilidade humana ter conhecimento de todo material que tem sido produzido na área de Estatística, assim afunilou-se esse tema, concentrando-se apenas em trabalhos desenvolvidos em mestrados profissionais, voltados para o Ensino de Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental.

A escolha dessa área de ensino para a pesquisa se deve ao expressivo aumento de mestrados profissionais na área de Ensino, em especial aqueles que visam a melhora do Ensino de Ciências e Matemática em sala de aula. Pois, em um mestrado profissional, o mestrando além de produzir a dissertação como requisito para a obtenção do título de mestre, faz-se necessário o desenvolvimento e aplicação de um produto educacional. Esse produto deve ser uma metodologia, uma estratégia de ensino, ambientes virtuais, ou qualquer outro produto que possa beneficiar o ensino (MOREIRA; NARDI, 2009). Nessa perspectiva, requer-se preferencialmente um profissional em exercício na Educação Básica ou no Ensino Superior, para que possa aplicar sua pesquisa e, assim,contribuir para a prática de outros docentes e consequentemente para a melhora da qualidade do ensino. Moreira e Nardi (2009, p. 02) ao analisarem este envolvimento apontam que “o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática é uma nova proposta de pós-graduação stricto sensu. Não é uma adaptação, ou variante, de propostas já existentes. Não é um mestrado mais simples; é diferente, isso sim”.

Baseado nos pressupostos teóricos que devem advir, considera-se pertinente o olhar para essa área de ensino, dado o crescimento dos programas de mestrado profissional e a inclusão de conteúdos estatísticos pelas escolas e professores. É possível observar o aumento de pesquisas que tem como foco a formação de professores, sequência de ensino e a utilização de recursos tecnológicos, o que acarreta um avanço no número de publicações com o tema pertencente a área Estatística e com isso geram novas inquietações e questionamentos como: Quais temas têm sido mais abordados? Quais abordagens mais utilizadas? Quais eixos mais precários no Ensino de Estatística?

Assim, conhecer o que tem sido pesquisado na área de Estatística para os anos finais do Ensino Fundamental coloca-se como um ponto a ser problematizado. Sendo assim, o objetiva-se essa pesquisa elaborar um levantamento de trabalhos desenvolvidos em mestrados profissionais na área de Ensino e, a partir disso, analisar e categorizar essas produções no que concerne ao Ensino de Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental, destacando as possíveis contribuições e as lacunas existentes.

2. Estado da Arte

O objetivo de uma pesquisa que envolve o Estado da Arte é analisar trabalhos acadêmicos, que foram desenvolvidos em certo período de tempo a fim de “olhá-los nessa totalidade, sem desconsiderar suas particularidades, procurando congruências e divergências de modo que seja possível produzir uma leitura unívoca de um determinado campo do conhecimento.” (RIBEIRO, 2010, p. 25).

Assim, de acordo com Romanowski e Ens (2006) a pesquisa que envolve o Estado da Arte pode conduzir a uma compreensão mais detalhada do conhecimento em determinada área, mapear e discutir produções acadêmicas. Com base nos dados obtidos e analisados, pode-se dizer quais os temas mais focalizados, anos, locais e em que situações foram desenvolvidas, apontando assim a possível realidade em que se encontra o Ensino de Estatística e os novos aspectos que poderão ser estudados futuramente pelos pesquisadores. Segundo as autoras, estudos nessa área também podem contribuir na construção do campo teórico do estudo realizado. Ferreira (2002, p. 258) entende que pesquisas denominadas Estado da Arte são reconhecidas também, por realizarem “[...]uma metodologia de caráter inventariante e descritivo da produção acadêmica e científica sobre o tema que busca investigar, à luz de categorias e facetas que se caracterizam enquanto tais em cada trabalho e no conjunto deles, sob os quais o fenômeno passa a ser analisado”.

No que se refere ao Ensino de Estatística, a realização deste levantamento pode contribuir para a definição de futuras pesquisas, de modo que estas possam contribuir com as lacunas existentes e apontar possíveis soluções, colaborando com o avanço nessa área de ensino.

Após a análise de alguns trabalhos com objetivos em comum, como o de Cazorla (2004), Guimarães et al. (2009), Ribeiro (2010), Bianchini e Nehring (2012) e Lima et al. (2013), pode-se observar que nessa área de pesquisa, os trabalhos que tratam o tema Estatística são em número reduzido.

Cazorla (2004) apresenta um panorama da Estatística em diversas situações, dentre elas o trabalho de algumas sociedades (e outros grupos) que tem como objetivo promover a disseminação da Estatística no Brasil.

Guimarães et al. (2009) apresentam em sua pesquisa um Estado da Arte das pesquisas sobre Educação Estatística na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no período de 2001 a 2006.  Analisaram 20 anais de congressos e encontraram 51 artigos.  Com relação a periódicos científicos, analisaram 48 revistas (Qualis A e B), e foram encontrados sete artigos. Os autores ressaltam a importância de ensinar Estatística nos anos iniciais, porém percebe-se a ausência de pesquisas nessa área também, que vai de encontro ao colocado por Lopes (2010), que não há uma formação inicial e continuada de forma adequada para o Ensino de Estatística e por esse fato não ensinam.

Ribeiro (2010) em sua dissertação teve como objetivo fazer um levantamento de dissertações e teses que se referem ao Ensino de Estatística e Probabilidade no período de 2000 a 2008 de acordo com o Banco de Teses da Capes. O autor encontrou 43 dissertações e 13 teses, que representam um aumento quantitativo em relação à década de 1990, quando o ensino era ainda mais precário.

Bianchini e Nehring (2012) apresentam um resultado parcial de sua pesquisa nos anos de 2010 e 2011 em que consideraram a produção acadêmica a respeito do Ensino de Estatística e a formação de professores. Destacam 11 dissertações e duas teses encontradas nesses dois anos, sendo a região Sudeste com oito trabalhos, a região Sul com quatro trabalhos e uma produção no Nordeste. Do total de trabalhos, sete produções se concentravam na formação inicial ou continuada do professor e mesmo com esses números, a pesquisas vem a corroborar com a ideia de Lopes (2010), pois os trabalhos com esse tema ainda são em número reduzido.

Lima et al. (2013) fizeram um levantamento das dissertações e teses desenvolvidas  no período de 2001 a 2010. Relatam o número de 53 dissertações e uma tese. Deste total de trabalhos 61% são especificamente voltados para a Educação Básica (Ensino Médio e anos iniciais e finais do Ensino Fundamental). Com relação apenas aos anos finais do Ensino Fundamental, 28% dos trabalhos referem-se a essa área de ensino.

Corrobora-se com esses autores no que diz respeito a duas situações do Ensino de Estatística. Uma delas é que as pesquisas são em número reduzido quando comparados com outras pesquisas no campo da Educação Matemática. Porém, outro fator significante é o aumento de pesquisas nessa área que buscam uma melhora significativa no processo de ensino e de aprendizagem, com destaque as intervenções de ensino e a formação de professores.

3. Metodologia

Para realização deste artigo foram pesquisados 55 programas de pós-graduação na área de Ensino que pudessem conter dissertações voltadas para o Ensino de Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental. Esses programas obtiveram nota igual ou superior a "3" na avaliação da CAPES e que, portanto, atendem ao requisito básico estabelecido pela legislação vigente para serem reconhecidos pelo Ministério da Educação por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE). Na CAPES são incluídos os programas e cursos já oficializados pelo Ministério da Educação como também aqueles cujas propostas foram recentemente aprovadas pela CAPES e estão iniciando seus trabalhos. A pesquisa teve como período de tempo os anos entre 2003 e 2012.

A coleta de dados foi dividida em dois momentos. O primeiro recaiu na busca de dissertações a qual se subdivide em quatro etapas a seguir demonstradas: a) busca por programas de pós-graduação recomendados pela CAPES; b) programas de pós-graduação na área de Ensino; c) programas de pós-graduação com mestrados profissionais; d) dissertações com investigações na Educação Estatística, voltadas para os anos finais do Ensino Fundamental.

O segundo momento se caracteriza pela categorização dessas dissertações em áreas de pesquisa que se diferem na abordagem teórica, metodológica ou instrumentos utilizados. Também se ilustra em tabelas, gráficos e porcentagem as dissertações encontradas, elucidando como está o Ensino de Estatística nos anos finais do Ensino Fundamental a partir das produções encontradas.

4. Análise e discussão das dissertações

No quadro a seguir apresentam-se as dissertações encontradas em programas de mestrado profissional de acordo com uma ordem cronológica do ano de publicação, bem como, a instituição em que foi defendida a dissertação, seguido pelo autor e tema de pesquisa.

Instituição

Ano

Título

Autor

Temas de pesquisa

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2005

O tratamento da informação: currículos prescritos, formação de professores e implementação na sala de aula

Clemente Ramos dos Santos

Formação de professores

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2007

Concepção do Professor de Matemática sobre o Ensino da Estatística

Pedro Alceu Bigattão

Formação de professores

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2007

O pensamento estocástico nos livros didáticos do Ensino Fundamental

Luis Cesar Friolani

Análise livro didático

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2007

A formação de conceitos elementares do conteúdo do tratamento de informação com auxílio de material concreto: uma investigação de ensino

Regina Silva Nascimento

Intervenção de ensino

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO / SP

2007

Leitura e interpretação de gráficos e tabelas: um estudo exploratório com Professores

José Odair Ribeiro

Formação de professores

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2007

Leitura e interpretação de Gráficos e Tabelas: um estudo exploratório com alunos da 8ª série do Ensino Fundamental

Paulo Ramos Vasconcelos

Intervenção de ensino

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2008

A idéia de variabilidade abordada no 8º ano do Ensino Fundamental

Fernanda Mello Garcia

Sequência de ensino para alunos

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2009

A leitura e interpretação de tabelas e gráficos para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental: uma intervenção de ensino

Silvana Pereira

Intervenção de ensino

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

2009

A Educação Estatística no Ensino Fundamental e os Recursos Tecnológicos

Leandro Oliveira de Souza

Recursos Tecnológicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

2010

Jogos de Linguagem e mobilização de cultura matemática no estudo do tratamento da informação em uma classe de educação de jovens e adultos

Cristiano Silva dos Santos

Jogos de Linguagem

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

2010

Validação de sequência didática para (re)construção de conhecimentos estatísticos por professores do ensino fundamental

Fábio Muniz Amaral

Formação de professores

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

2011

Uma proposta de Ensino de Estatística na 8º série/9º ano do Ensino Fundamental

Elisa Daminelli

Sequência de ensino para alunos

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

2012

Contextualização no Ensino de Estatística: uma proposta para os anos finais do Ensino Fundamental

Danieli Walichinski

Sequência de ensino para alunos

Quadro 1 – Lista de dissertações no período de 2003 a 2012
Fonte: Autores

Entre os anos de 2003 e 2012 foram encontradas treze dissertações que se enquadram nas etapas descritas anteriormente. Os anos de 2003, 2004 e 2006 não apresentaram dissertações defendidas. Pode-se observar (Tabela 1) que 2007 foi o ano que mais apresentou dissertações.

Tabela 1 – Publicações de dissertações defendidos por ano no período de 2003 a 2012
Fonte: Autores

Ano

Quantidade de dissertações

Porcentagem

2003

0

0%

2004

0

0%

2005

1

7,7%

2006

0

0%

2007

5

38,4%

2008

1

7,7%

2009

2

15,4%

2010

2

15,4%

2011

1

7,7%

2012

1

7,7%

Total

13

100%

Percebe-se também que essas dissertações  estão concentradas em quatro programas de pós-graduação, sendo em três estados brasileiros, dos quais dez dissertações estão em São Paulo, duas no Rio Grande do Sul e uma no Paraná. Desse total de treze dissertações, nove foram produzidas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), duas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS-RS), uma na Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL-SP) e uma na Universidade Tecnológica Federal do Paraná de Ponta Grossa (UTFPR-PG). A participação da PUC-SP equivale a 70% do total das dissertações enquanto que as outras IES juntas somam 30%.

Em espaço geográfico pode-se verificar que apenas as regiões Sudeste e Sul desenvolveram dissertações na área de Estatística voltada para os anos finais do Ensino Fundamental. Esse aspecto revela que as demais regiões brasileiras sofrem com a falta de trabalhos voltados para a área, o que pode afetar o ensino de Estatística em tais regiões.

De acordo com Lopes (2003) os temas de pesquisa na área de Estatística apresentam investigações sobre o currículo da escola, formação de professores, tecnologias e dificuldades de aprendizagem. Constata-se que essas linhas são as mais procuradas ainda por parte dos professores mestrandos e como essas eram os temas com maior volume de trabalho, definiu-se como categorias tais temas: Sequência de ensino, Formação de professores, Recursos tecnológicos, Análise do livro didático e Jogos de linguagem.

Tabela 2 – Temas de pesquisa das dissertações
Fonte: Autores

Temas de pesquisa

Quantidade de trabalhos

Porcentagem

Sequência de ensino

6

46%

Formação de professores

4

30%

Análise do livro didático

1

8%

Recursos tecnológicos

1

8%

Jogos de Linguagem

1

8%

O tema Sequência de ensino tem sido o mais procurado pelos pesquisadores, o que representa 46% do total de trabalhos.

Foram encontrados seis dissertações com o tema de pesquisa sequência de ensino. Alguns dos autores das dissertações analisadas fazem referência nos títulos de suas pesquisas à intervenção de ensino ou ainda como sequência didática, porém ao desenvolverem o trabalho, os mesmos tratam esses termos como uma sequência de atividades, entendido neste artigo como sequência de ensino 6. De acordo com Estevam (2010) acredita-se que a construção de uma sequência didática para o ensino de Matemática e em especial o Ensino de Estatística, seja capaz de facilitar o planejamento da ação educacional, de modo a atingir o objetivo educacional. Assim, dos seis trabalhos encontrados, quatro deles fazem comparativos entre pré-teste e pós-teste 7 de forma a analisar se houve aprendizagem. Vale ressaltar ainda que duas dessas dissertações analisam também, dois grupos de alunos, um que passa pela intervenção de ensino e outro que não sofre essa intervenção. Esses estudos mostram que após a aplicação da sequência, houve um aproveitamento efetivo na aprendizagem.

Com o tema formação de professores, quatro dissertações tratavam do tema. Dentre essas dissertações, apenas uma delas tinha como objetivo aprimorar a formação do professor, e validar uma sequência didática sobre os conceitos de medidas de tendência central junto aos professores do Ensino Fundamental. As outras três dissertações apresentavam estudos sobre a prática do professor, analisando como eles atuam ou quais as suas concepções a respeito de conceitos e conteúdos de Estatística. Corrobora-se com Ribeiro (2010) que uma das lacunas existentes é a ausência da investigação do uso de computadores na formação e concepção dos professores. Esse assunto ainda é pouco abordado na formação dos professores e isso pode refletir no desenvolvimento estatístico do aluno.

Cazorla (2004) ao discutir a formação estatística dos professores, ressalta que o curso Licenciatura em Matemática forma professores de Matemática, porém eles é que ministram Estatística para os estudantes. Muitos deles tiveram apenas uma disciplina específica desse conteúdo. Para um melhor desenvolvimento na formação dos professores a autora relata que a presença da Didática da Estatística, poderia ser uma disciplina de apoio ao ensino e aprendizagem de conteúdos estatísticos.

Uma dissertação apresentava aspectos relacionados a análise do livro didático. É possível verificar que a maioria dos livros didáticos priorizam os cálculos matemáticos de forma a comprometerem o desenvolvimento do letramento estatístico pelos alunos. Dessa forma, corrobora-se com Estevam, pois não adianta saber calcular medidas de tendência central, sem entender o conceito adequado de cada uma delas. No entanto, os livros didáticos são uma ferramenta de suma importância para os professores, porém não atendem as reais necessidades de uma sala de aula e assim, “não tendo oportunidade e condições para aprimorar sua formação e não dispondo de outros recursos para desenvolver as práticas da sala de aula, os professores apóiam-se quase exclusivamente nos livros didáticos, que, em muitas vezes, são de qualidade insatisfatória” (BRASIL, 1998, p. 22).

Para Estevam (2010) os livros didáticos deveriam conter situações concretas que possam realmente contribuir com a construção do conhecimento por meio de atividades exploratórias de coleta, organização, apresentação e interpretação de dados reais, e assim levar o estudante a relacionar o aprendizado escolar com o seu cotidiano. Borba et al. (2011) apresentam reflexões a respeito do Ensino de Estatística acerca do currículo, da pesquisa e da prática em sala de aula.

Um dos pontos discutidos pelo grupo foi relacionado aos livros didáticos no qual consideram que as pesquisas devem, além de verificar se os conteúdos estatísticos e probabilísticos estão de acordo com as diretrizes curriculares, avaliar como eles estão sendo abordados.

Verifica-se que junto com as mudanças ocorridas na sociedade vinculadas ao campo da Educação percebe-se uma participação mais efetiva das tecnologias. Contudo, na área da Estatística, no campo de estudo escolhido, apenas uma dissertação pôde ser encontrada. Souza e Lopes (2011) defendem que o uso do computador pode expandir a aprendizagem e torná-la mais significativa para o aluno. O uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) visa desenvolver no aluno “seus processos metacognitivos e sua capacidade crítica” (BRASIL, 1998, p. 45). Entretanto, a tecnologia é vista como um instrumento facilitador do processo de ensino e de aprendizagem, no qual o professor se torna mediador da construção do conhecimento pelo aluno (ESTEVAM, 2010). Nessa perspectiva, acredita-se que o Ensino de Estatística associado às tecnologias pode proporcionar aos estudantes uma maior autonomia e torná-los mais capazes de tomar as suas próprias decisões.

Com o tema Jogos de linguagem, foi encontrada uma dissertação que aborda essa temática. Optou-se por deixar essa nomenclatura, pois essa é o termo wittgensteiniano que o próprio autor do trabalho trata, porém o mesmo faz uso de uma proposta didática apoiada nos jogos de linguagem. Destaca-se que esse é o único trabalho voltado para os anos finais da Educação de Jovens e Adultos (EJA), onde os jogos de linguagem figuram-se como um diálogo interativo e os conceitos matemáticos vão surgindo de acordo com a conversa entre os participantes. Esse diálogo buscou unir os conceitos estatísticos com a realidade do aluno de forma a construir significados para eles aproximando-se do caminho da Etnomatemática com as práticas sociais escolares.

Os resultados encontrados nessa pesquisa se aproximam da análise quantitativa desenvolvida por Bianchini e Nehring (2012), onde pôde-se destacar que são poucos os programas que desenvolvem trabalhos na área da Estatística. Nesse panorama a PUC-SP é a instituição com a maioria dos trabalhos desenvolvidosno mestrado profissional. Assim, como consequência a região Sudeste apresenta uma maior quantidade de pesquisas em relação as demais regiões, conforme salienta Lima et al. (2013) em seu trabalho. Outro fator que deve ser considerado é a quantidade de instituições em cada região, sendo que Sudeste e Sul apresentam um maior número de Instituições de Ensino Superior.

Ribeiro (2010) destaca que a maior quantidade de trabalhos desenvolvidos ocorreram em 2005 e 2006, porém em 2007 e 2008 houve uma pequena queda, mas ainda uma quantidade alta quando comparada a anos anteriores. Em contraponto com esse autor e o foco apenas em mestrados profissionais, os resultados dessa pesquisa apontam que 2007 foi o ano com maior número de produções e os demais anos apresentaram baixa quantidade de trabalhos. Cabe ressaltar a importância do mestrado profissional, que tem como um de seus objetivos o desenvolvimento e a aplicação de um produto em sala de aula, que poderá ser utilizados por outros professores.

Guimarães et al. (2009)  relatam que 41% dos artigos encontrados referem-se a pesquisas de intervenção, a maioria com alunos. Verificou-se que essa temática também se estende aos anos finais do Ensino Fundamental, pois grande parte das pesquisas encontradas e destacadas aqui, são voltadas para o ensino de Estatística por meio de uma sequência de ensino.

5. Considerações finais

As dissertações de programas de mestrado profissional produzidas na área de Estatística e voltadas para os anos finais do Ensino Fundamental ainda se apresentam de modo muito tímido em relação as demais produções da área de Educação Matemática e os materiais disponíveis para os professores ainda são escasso, porém foi possível notar a incorporação desta área por parte das escolas e dos professores de modo a trilhar um caminho em direção a um ensino mais significativo.

Foi possível verificar que as pesquisas na área escolhida, quase 50%, estão voltadas para os alunos, utilizando-se de sequências de ensino pautadas, na maioria das vezes, na contextualização visando proporcionar um maior significado para o aluno. Observou-se que por meio dessa intervenção de ensino, aplicando uma sequência é possível construir um ensino mais gratificante, significativo e efetivo, tanto para os alunos quanto para o professor.

Outra parte das dissertações encontradas trata da formação do professor e percebeu-se que ainda há lacunas no que se refere a formação inicial dos professores. Observou-se que o número de professores  que buscam a formação continuada a fim de encontrar subsídios que lhes permitam trabalhar com conceitos estatísticos tem aumentado. Tais trabalhos buscaram compreender as dificuldades encontradas por eles no Ensino de Estatística, aplicando junto a eles um teste diagnóstico. Esses trabalhos mostraram que muitos dos professores ainda se sentem acuados para esse ensino, pois não tiveram uma formação adequada, ou ainda acreditam que esse ensino não seja de muita importância deixando esses conteúdos para o fim do ano e assim não sobra tempo de trabalhar com os alunos. Dessa forma, sente-se carência em trabalhos que ofereçam cursos de aperfeiçoamento a professores, visando capacitá-los para o ensino satisfatório de Estatística. O professor só ensina o que sabe e se não teve formação adequada para o Ensino de Estatística, ele não se sentirá a vontade para ministrar tais conteúdos.

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1 Este artigo é parte integrante de uma pesquisa de mestrado em andamento, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Ponta Grossa, PR.
2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná: daminmatematica@hotmail.com
3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná: guata@utfpr.edu.br
4 Universidade Tecnológica Federal do Paraná: acfrasson@utfpr.edu.br
5 Universidade Estadual do Norte do Paraná: rudolph.matematica@gmail.com
6 Entende-se como sequência de ensino toda atividade previamente planejada e elaborada considerando etapas a serem desenvolvidas com os alunos de forma a construir significado no conteúdo trabalhado.
7 Entre a aplicação destes testes, é desenvolvida a sequência de ensino.


Vol. 35 (Nº 2) Año 2014
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