Espacios. Vol. 35 (Nº 9) Año 2014. Pág. 15


Expansão do setor sucroenergético no sudoeste goiano: evolução e impactos sobre o uso do solo

Expansion of the sugarcane industry in southwest Goiás: evolution and impacts on land use

Divina Aparecida Leonel Lunas LIMA 1; Alexandre Leonel LUNAS 2; Junior Ruiz GARCIA 3; Luis Carlos Ferreira GOMES 4; Pedro Rogério GIONGO 5; Claudecir GONÇALES 6

Recibido: 05/06/14 • Aprobado: 27/08/14


Contenido

RESUMO:
Este artigo tem por objetivo analisar o processo de ocupação das terras da Microrregião Sudoeste de Goiás, estado de Goiás, por lavouras temporárias, a saber, cana-de-açúcar, soja, milho e sorgo. Todas as culturas analisadas estão inseridas em cadeias produtivas a partir das agroindústrias instaladas em Goiás. O estudo observou que essas culturas concentram sua ocupação na Mesorregião do Sul Goiano, que tem sido uma região polarizadora dos investimentos agroindustriais, com destaque para a Microrregião Sudoeste de Goiás. Os dados indicam que essa região tem apresentado uma expansão significativa do número de agroindústrias canavieiras, que se somam à consolidação agroindustrial e de grãos, especificamente soja e milho. A competição pela terra entre 2000 e 2011 indica uma maior utilização do solo goiano na região analisada, com taxas ainda positivas de expansão das lavouras. Os dados coletados sobre o setor agroindustrial de carnes e grãos indicam competição diferenciada pela terra, enquanto no setor de carnes observa-se o aumento das opções de confinamento. O setor de grãos, a partir da COMIGO, tem uma estratégia de otimização e melhoria da infraestrutura disponível para os produtores rurais permanecerem na atividade agrícola. Devido às projeções de investimentos e à consolidação das agroindústrias canavieiras no Sudoeste de Goiás, conclui-se que há a necessidade de políticas públicas de gestão do território, que tenham como meta um desenvolvimento econômico e uma sustentabilidade mais adequados à realidade das cadeias produtivas de grãos e carnes instaladas no estado de Goiás a partir da década de 1990.
Palavras-chave: agroindústria; setor sucroenergético; uso e ocupação das terras.

ABSTRACT:
This article aims at analyzing the process of land occupation by temporary crops at the Southwest Micro-region of Goiás State, namely sugarcane, soy, corn and sorghum crops. All cultures analyzed take part in production chains in the scope of agro-industry settled in Goiás State. The study revealed that these cultures are mainly centralized in South Goiás Mesoregion, which has become a polarizing region for agro-industrial investments, especially Southwest Goiás Micro-region. Data indicate that the region has shown a significant expansion in the number of sugarcane agro-industries, in addition to agro-industrial and grain consolidation, specifically soybean and corn. The competition for land between 2000 and 2011 indicates greater use of soil in the region analyzed, as well as positive growth rates of crops. Data collected on the meat and grain agro-industrial sector indicate a differentiated competition for land, whereas in the meat industry there is increasing confinement options. The grain sector has developed through COMIGO a strategy for optimizing and improving the infrastructure available in order to support rural producers in agricultural activities. Due to projected investments and the consolidation of sugarcane agro-industries in Southwest Goiás, we conclude that there is a need for public policies on land management, aimed at an economic development and sustainability more appropriate to the reality of production chains of grains and meat settled in Goiás State since the 1990s.
Keywords: agro-industry; sugarcane energy sector; land use and occupation.


1. Introdução

A agropecuária e, por conseguinte, o agronegócio tem desempenhado um importante papel no desenvolvimento da economia brasileira. Desde a segunda metade da década de 1990, saltou de um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 648 bilhões, em 1994, para R$ 917,7 bilhões, em 2011, representando 22,2% do PIB nacional, e registrou uma taxa média anual de 2,15% (CEPEA/USP/CNA, 2013). Por um lado, esse dinamismo é resultado dos avanços verificados em diversas cadeias agroindustriais, tais como a produção de carne, soja-milho e cana-de-açúcar (VIEIRA FILHO, 2010; NEDER; CLEPS JUNIOR, 1997). Por outro, a base de sustentação desse dinamismo da produção agropecuária, comandada basicamente pelo aumento da produtividade, verificado no Brasil desde a década de 1960. Contudo, esse processo tem gerado importantes impactos sobre o uso e ocupação das terras em várias regiões brasileiras, em função da ocupação das fronteiras agrícolas, em especial das regiões de Cerrado (SHIKI, 1997).

A competição pelo uso e ocupação das terras em diversos momentos na abertura das novas fronteiras e, mesmo depois, resultou em um intenso deslocamento dos produtores rurais das tradicionais regiões de cultivo em direção as regiões ditas "desocupadas", como o Centro-Oeste e o Norte do país e, recentemente, os Cerrados Nordestinos. Esse processo ganhou força a partir da década de 1960, quando o Brasil começou a ter acesso aos benefícios da chamada "Revolução Verde" (DELGADO, 1985), iniciada no pós II Guerra, nos países desenvolvidos. A expansão das áreas de cultivo sob novas bases produtivas receberam grandes incentivos fiscais e aportes de investimentos públicos e privados com o objetivo de construir um sistema produtivo moderno, baseado no uso de novas tecnologias e sistemas de manejo, na combinação de insumos e máquinas (FREDERICO, 2010).

Por um lado, esse processo evidenciou o potencial de aumento da produção não apenas pela incorporação de novas áreas de cultivo, mas pelo expressivo aumento da produtividade dos fatores de produção (Gasques et al., 2004, 2007, 2011). Os indicadores de produtividade e produção brasileiros demonstram que as novas áreas conseguiram atender aos objetivos definidos na ocupação: a ocupar os ditos "espaços vazios" no meio rural de forma produtiva e com eficiência econômica. (GASQUES, et al., 2010). Por outro, este modelo tem reforçado de maneira direta e indireta a concentração de terra no Brasil, excluindo parcela significativa de pequenos produtores rurais que não conseguem se inserir nesta nova dinâmica produtiva dos possíveis benefícios da integração da agricultura com a indústria processadora, e ainda gerando uma profunda e intensa degradação dos ecossistemas brasileiros, em especial, do Cerrado e da "borda" da Floresta Amazônica, o chamado Arco do Desmatamento (PALMEIRA, 1989; REYDON, 2007), embora os novos sistemas de manejo tenham aprimorado a relação produção e conservação, por exemplo, o sistema de plantio direto.

O estado de Goiás, localizado no Centro-Oeste do Brasil, se tornou um dos mais importantes na produção agropecuária no país. Em período recente, Goiás conta com um diversificado parque agroindustrial que inclui a produção de carne, soja, milho, açúcar e etanol (LIMA, 2010). No entanto, observa-se uma tendência à concentração produtiva na região sul de Goiás, tanto da produção agrícola como da instalação de grandes parques agroindustriais. Esta concentração tem demonstrado sinais de estrangulamento, em particular, devido à forte expansão do setor sucroenergético no estado, de acordo com autora.  Entende-se que o cenário de competição pelo uso das terras na região sul de Goiás está provocando um aumento da pressão sobre todos os setores agroindustriais instalados nesta região, o que pode levar a uma nova organização produtiva.

Desse modo, o objetivo principal deste trabalho é analisar a ocupação das terras e as atividades agroindustriais instaladas na Microrregião Sudoeste de Goiás, em função da importante expansão do setor sucroenergético desde os anos 2000. Na tentativa de evidenciar as mudanças em curso na região, este estudo analisa a dinâmica das agroindústrias do setor sucroenergético e do setor processador de grãos. A partir dessa análise, a pesquisa busca responder as seguintes questões: qual o impacto da evolução do setor sucroenergético no sudoeste goiano sobre o uso e ocupação das terras e sobre as demais cadeias produtivas instaladas nesta região? Como as relações produtivas do setor sucroenergético afetam outras cadeias agroindustriais instaladas no Sudoeste Goiás?

Em termos dos procedimentos metodológicos, a pesquisa utiliza tanto dados primários como secundários para analisar a dinâmica das principais culturas temporárias e das agroindústrias instaladas no Sudoeste de Goiás. Para isso, foram selecionadas as culturas e agroindústrias do setor de carnes, soja, milho e canavieira, uma vez que estes são os setores mais relevantes instalados na região. A principal fonte de dados secundários é o Censo Agropecuário de 1995/96 e 2006. Além disso, o estudo também faz uso de geotecnologias com o objetivo de representar a dinâmica espacial de uso e ocupação das terras no Sudoeste Goiás. O presente estudo  conta, ainda, com o levantamento de informações primárias sobre as influências da expansão da cana-de-açúcar em áreas produtoras de grãos (soja-milho), na região de Santa Helena de Goiás, além das influências do setor sucroalcooleiro sobre a produção de carne (gado). Para isso, ao longo do estudo foram realizadas entrevistas com um produtor de gado de corte e com um dos gerentes de uma das Unidades da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda. (COMIGO).

O trabalho está organizado em quatro seções contando com esta introdução e as conclusões. A segunda seção discute brevemente a evolução do agronegócio no Brasil e a importância do estado de Goiás. A terceira apresenta e analisa os dados coletados das culturas e das empresas agroindustriais para avaliar os impactos da expansão da cana-de-açúcar no Sudoeste Goiás sobre o uso e ocupação das terras e sobre as demais agroindústrias instaladas nesta região. Por fim, nas considerações finais apontam-se alguns elementos que deveriam compor uma agenda de política para a gestão da região Sudoeste Goiás.

2. O agronegócio brasileiro e goiano

A atividade agropecuária tem desempenhado importante papel no desenvolvimento da sociedade brasileira. Estima-se que entre 1994 e 2011 o setor agropecuário tenha representado entre 6% e 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (CEPEA/USP/CNA, 2013). Em 2011, o PIB agropecuário foi da ordem de R$ 264,3 bilhões, representou 6,38% do PIB nacional (CEPEA/USP/CNA, 2013). Para 2013, as estimativas do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária possa alcançar R$ 450,7 bilhões (CNA, 2013).

Em período recente, a agropecuária sustenta todo m conjunto de cadeias produtivas, chamado de agronegócio ou agribusiness [4]. A parcela do agronegócio no PIB brasileiro oscilou entre 26,4%, registrado em 1994 e 2003, e 21,8% em 2010 (CEPEA/USP/CNA, 2013) (FIGURA 1). Em 2011, o PIB do Agronegócio foi de R$ 917,7 bilhões, representando 22,2% do PIB brasileiro (CEPEA/USP/CNA, 2013). De acordo com a CNA (2008), o agronegócio foi responsável pelo emprego e ocupação de 37% da força de trabalho do mercado brasileiro.

Fonte: Preparado pelo autor com base em CEPEA/USP/CNA, 2013.
FIGURA 1 – Evolução e participação do produto interno bruto da agropecuária e
do agronegócio no produto interno bruto brasileiro: 1994-2011

Em 2006, o setor agropecuário nacional era composto por mais de 5,17 milhões de estabelecimentos, os quais ocupavam 330 milhões de hectares (39% do território nacional) (IBGE, 2006). O Brasil ainda possui um importante contingente populacional vivendo na área rural. Segundo IBGE (2010), a população rural brasileira era de 29,8 milhões de pessoas em 2010. Ainda, os dados do Censo Agropecuário de 2006 revelaram que 20,7 milhões de pessoas estavam ocupadas na agropecuária, sendo que 13,1 milhões tinham algum laço de parentesco com o produtor.

Um aspecto interessante ao se analisar o desempenho da agropecuária no Brasil ao longo das últimas três décadas (1980-2010) é que o avanço da produção não ocorreu apenas a partir da incorporação de novas áreas de produção – expansão da fronteira agrícola –, mas esse processo foi acompanhado por um importante aumento da Produtividade Total dos Fatores de Produção (PTF) – conforme destacam os trabalhos de Gasques et al. (2004, 2007, 2011) – que apresentou um aumento de 362% entre 1975 e 2010. No entanto, a expansão da fronteira agrícola e o desenvolvimento técnico-científico vivenciado pela agropecuária brasileira contribuiu para que o estado de Goiás assumisse um importante papel na produção agropecuária do país.

O estado de Goiás apresentou em 2010 um PIB da ordem de 97,6 bilhões, representando 2,6% do PIB brasileiro, sendo que sua participação em 1999 foi de 2,1%. Esse aumento está relacionado à expansão recente do setor agropecuário no estado que, em termos do Valor Adicionado Bruto (VAB), alcançou, em 2010, R$ 12 bilhões, representando 14,1% do VAB estadual e 7% VAB agropecuário nacional (IBGE, 2013a). A participação do VAB agropecuário de Goiás no VAB agropecuário nacional era de apenas 4,8% em 1999, um avanço de 2,2%. Em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP) apenas das culturas temporárias foi de R$ 13 bilhões, correspondeu a 8,34% do VBP nacional dessas culturas (IBGE, 2013b).

Os dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE (2013b) revelaram que a área plantada com culturas temporárias em Goiás aumentou 87% entre 1990 e 2011. Em 2011, o estado tinha 4,9 milhões de hectares em área plantada com culturas temporárias, representando 7,91% da área plantada nacional com esse tipo de cultura. Em 2011, as principais culturas em termos de área plantada verificadas em Goiás foram: soja (2,6 milhões de ha.); milho (960,8 mil ha.); cana-de-açúcar (697 mil ha.). Essas culturas responderam a 86,4% da área plantada total com culturas temporárias em Goiás.

Um aspecto interessante na expansão da atividade agrícola em Goiás é sua concentração espacial na Mesorregião do Sul Goiano (Figura 2). Apenas 5 municípios concentraram 33,7% da área plantada total com culturas temporárias em Goiás – Jataí, Rio Verde, Cristalina, Chapadão do Céu e Montividiu.

Fonte: Preparado pelos autores com base em IBGE (2013b).
FIGURA 2 – Participação relativa da área plantada do município na área plantada estadual de culturas temporárias: 2011

Em resumo, a agropecuária realiza um importante aporte para criação e geração de riquezas no país. Neste processo o estado de Goiás assumiu um papel relevante, contudo, verificou-se que há uma concentração espacial. Assim, a análise da dinâmica e uso das terras no Sudoeste Goiás tem por objetivo identificar a concentração espacial da produção da soja, milho e cana-de-açúcar, e como esse processo gera uma concorrência por terras nesta região, tema do próximo item deste estudo.

3. Dinâmica de uso e ocupação das terras no sudoeste goiano

O estado de Goiás é formado por cinco Mesorregiões: Noroeste Goiano, Norte Goiano, Centro Goiano, Leste Goiano e Sul Goiano. A Microrregião Sul Goiano possui a melhor infraestrutura, e de maior importância, para a produção agropecuária. A base deste desenvolvimento foi a implantação de políticas federais para a interiorização e ocupação dos espaços brasileiros. De acordo com Ferreira e Fernandes Filho (2003, p. 106)

A opção pelo desenvolvimento de uma agricultura comercial na região vai se dar na década de 60 e se consolida na década de 70 em diante, a partir de uma infraestrutura mais adequada, incluindo, além de estradas e meios de transportes, o crédito agrícola subsidiado, o suporte armazenador, e a organização política e econômica do produtor rural.

Esta base econômica fomentou a entrada de empresas agroindustriais de forma acelerada na década de 80, consolidando a Mesorregião do Sul Goiano como a região com maior potencial de atratividade de investimentos produtivos do setor agroindustrial. As primeiras empresas do setor concentram-se no processamento de grãos, especificamente soja e milho (LUNAS, 2001).

De acordo com dados da (Tabela 1) a área plantada com lavouras temporárias entre 2000 e 2011 em Goiás ampliou-se em 59%. As cinco Mesorregiões goianas tiveram um crescimento positivo, indicando um intenso processo de ocupação agrícola do espaço goiano. A Mesorregião Leste Goiano apresentou a maior taxa de crescimento, 129%, seguida pela Mesorregião Norte de Goiás, com 86%. O Sul Goiano, apesar de uma intensiva ocupação agrícola, apresentou uma taxa de crescimento de 53%, saltando de 2,36 milhões de ha para 3,62 milhões. Esta mesorregião incorporou 1,26 milhões de ha em área plantada, mas que significa quase três vezes maior do que a área incorporada pela Mesorregião Leste Goiano que tinha apresentado a maior taxa de expansão.

Entende-se que a ocupação das terras em Goiás, especificamente na Mesorregião do Sul Goiano, tem sido comandada pelo efeito de atração da infraestrutura da região que intensifica a disputa pelas melhores áreas de cultivo. Neste contexto, o setor sucroenergético tem tensionado a dinâmica de ocupação das áreas pelo grande volume de investimentos. A estratégia da maioria das empresas deste setor é o controle direto da produção da matéria-prima, a cana-de-açúcar, e, como conseqüência, o controle sobre a terra [5].

Na (Tabela 1) apresentam-se os dados das lavouras selecionadas neste estudo (cana-de-açúcar, milho, soja e sorgo) para o Brasil, Goiás, Centro-Oeste, Mesorregiões goianas e a Microrregião Sudoeste de Goiás. Os dados foram trabalhados com médias trienais entre 2000 e 2011.

TABELA 1 – Área plantada em ha das culturas analisada, média trienal do período de 2000 a 2011, por região selecionadas

Região/Cultura

Média 00-01

Média 03-05

Média 06-08

Média 09-11

Lavouras temporárias (ha)

Brasil

46.354.328

55.579.150

56.996.534

60.110.778

Centro-Oeste

10.439.933

14.879.477

15.543.613

17.359.866

Goiás

3.213.970

4.093.186

4.048.711

4.589.537

Noroeste Goiano

43.233

68.823

61.059

59.913

Norte Goiano

86.113

111.422

136.645

143.665

Centro Goiano

264.697

305.591

302.966

304.105

Leste Goiano

333.141

474.005

551.713

678.050

Sul Goiano

2.486.786

3.133.344

2.996.328

3.403.804

Micro. Sudoeste de Goiás

1.386.019

1.658.456

1.619.700

1.878.351

Cana-de-açúcar (ha)

Brasil

5.036.329

5.608.689

7.229.401

9.209.068

Centro-Oeste

420.906

514.489

723.568

1.221.790

Goiás

157.597

181.461

310.561

600.134

Noroeste Goiano

398

344

429

1.641

Norte Goiano

1.530

1.023

1.644

3.893

Centro Goiano

51.396

76.242

107.716

128.654

Leste Goiano

7.175

6.952

17.903

28.999

Sul Goiano

97.098

96.900

182.870

436.947

Micro. Sudoeste de Goiás

39.248

38.298

51.660

137.961

Soja (ha)

Brasil

14.686.021

21.185.213

21.302.260

23.044.429

Centro-Oeste

6.084.173

9.554.523

9.638.005

10.404.163

Goiás

1.644.351

2.477.440

2.281.291

2.442.365

Noroeste Goiano

2.225

26.930

23.709

23.187

Norte Goiano

21.578

49.227

68.777

75.083

Centro Goiano

22.584

49.554

35.046

48.455

Leste Goiano

123.984

244.469

278.830

378.883

Sul Goiano

1.473.980

2.107.260

1.874.929

1.916.757

Micro. Sudoeste de Goiás

800.863

1.055.298

970.847

1.014.968

Milho (ha)

Brasil

12.621.794

12.819.310

13.918.486

13.570.927

Centro-Oeste

1.987.206

2.310.148

3.208.748

3.747.932

Goiás

833.577

675.943

811.624

908.448

Noroeste Goiano

17.159

16.247

16.009

15.075

Norte Goiano

40.397

33.819

35.447

31.586

Centro Goiano

109.954

98.985

95.177

76.303

Leste Goiano

118.445

95.910

119.353

128.483

Sul Goiano

547.621

430.982

545.638

657.000

Micro. Sudoeste de Goiás

346.659

291.468

357.043

502.793

Sorgo (ha)

Brasil

528.391

840.588

748.899

744.940

Centro-Oeste

331.814

517.259

459.331

457.578

Goiás

166.346

280.272

254.195

272.466

Noroeste Goiano

60

161

1.828

2.168

Norte Goiano

226

1.539

5.750

10.817

Centro Goiano

2.847

5.990

7.285

4.603

Leste Goiano

6.452

13.502

16.977

18.507

Sul Goiano

156.877

259.080

222.355

236.371

Micro. Sudoeste de Goiás

109.970

179.698

149.017

136.967

Fonte: Elaborado pelos autores com dados do Sidra-IBGE (2013).

Os dados indicam que a Microrregião Sudoeste Goiás tem intensificado o uso das terras com a incorporação de áreas para as diferentes culturas, representando aumento contínuo da área plantada para as diferentes culturas. Observa-se na (Tabela 1) que todas as culturas analisadas demonstram expansão na área plantada, o único recuo verificado para as culturas refere-se à média trienal do período 2006-2008 para as culturas da soja e do sorgo. Este período compreende o surto de investimentos do setor sucroenergético em Goiás com a implantação de novas agroindústrias canavieiras principalmente na Mesorregião do Sul Goiano (LIMA, 2010).

A cultura da cana-de-açúcar em Goiás apresentou uma ampliação na área plantada de de 442,5 mil ha. A Mesorregião do Sul Goiano foi responsável pela incorporação de 339,8 mil há e a Microrregião Sudoeste contribuiu com 98,7 mil ha. Já a cultura da soja incorporou 798 mil ha em Goiás, sendo que 442,8 mil ha foram da Mesorregião Sul Goiano e 214,1 mil ha da Microrregião Sudoeste de Goiás. Os dados do milho mostram uma incorporação de 74,87 mil ha no estado, sendo 109,4 mil ha da Mesorregião do Sul Goiano e 156,1 mil ha da Microrregião Sudoeste de Goiás. Por fim, para o sorgo, que compete diretamente com o milho no período de cultivo conhecido como safrinha, há a menor incorporação, para o estado foi 106,1 mil ha, sendo 79,5 mil ha da mesorregião e 27 mil ha da Microrregião Sudoeste de Goiás.

Na (Figura 3) visualiza-se a localização das usinas sucroenergéticas instaladas em Goiás, demonstrando que a concentração produtiva ocorreu na Mesorregião do Sul Goiano. Das 32 usinas em operação no estado, 24 estão localizadas no Sul Goiano. O número elevado de usinas nesta mesorregião contribui para uma maior pressão pela ocupação do solo e pela utilização mais eficiente deste recurso, a terra, considerado finito e de alto custo pelas empresas agroindustriais. Destaca-se, ainda, que alguns grupos instalados nesta região encontram-se em fase de consolidação e expansão de suas áreas, o que aumentará a pressão pela terra na medida em que as empresas avançarem na produção de etanol e, na segunda etapa, de açúcar.

Fonte: Preparados pelos autores a partir dos dados da SEPLAN (2013).
FIGURA 3 – Usinas sucroenergéticas no Estado de Goiás, 2012.

A consolidação das agroindústrias canavieiras na Microrregião do Sudoeste de Goiás induz a uma nova organização das demais culturais que competem pela terra. Este novo cenário tem elevado de maneira significativa o preço da terra na região, seja para a compra seja para o arrendamento (LIMA, 2010). Outro movimento observado é uma pressão sobre as áreas de assentamentos, no sentido de que sejam realizados plantios de cana-de-açúcar para as usinas próximas. Na Microrregião Sudoeste Goiás estão implantados os maiores parques agroindustriais de carnes (suínos e aves) e de grãos de Goiás. O principal município desta microrregião é Rio Verde, que abriga o maior número de unidades produtivas do setor agroindustrial instalado no estado. Na (Figura 4) optou-se por apresentar os dados das empresas do setor sucroenergético com o recorte espacial da Microrregião Sudoeste de Goiás. Observa-se que a microrregião abriga 9 unidades industriais em operação, com 1 unidade em implantação para 2013/2014 e 3 unidades com provável implantação em 2013/2015. Estes dados indicam que a região abriga o maior número de usinas sucroenergéticas instaladas em Goiás.

Fonte: Preparados pelos autores a partir dos dados da SEPLAN (2013).
FIGURA 4 – Usinas sucroenergéticas na Microrregião Sudoeste de Goiás, 2012.

Os problemas associados à expansão do setor sucroalcooleiro já não estão mais restritos apenas ao estado de São Paulo (Camargo et al., 2008). A expansão da produção de etanol e açúcar em São Paulo, segundo os autores, estimulou o deslocamento dos produtores de gado para o Centro-Oeste e Norte do país. Desse modo, a expansão da cana-de-açúcar não deverá reduzir, em um primeiro momento, as áreas de matas, mas deverá reduzir as áreas já desmatadas destinadas a outras atividades agropecuárias tais como: milho, soja, feijão, laranja e a atividade pecuária, provocando potencialmente, uma pressão para abertura de novas áreas. Essa dinâmica por estimular o avanço para novas áreas, eventualmente com vegetação nativa, tais como o Cerrado e a Floresta Amazônica. Este é um resultado possível da expansão da cana-de-açúcar no Sudeste e Centro-Oeste do país, pois tal expansão poderá induzir o deslocamento da pecuária em direção a novas fronteiras agrícolas das regiões Centro-Oeste e Norte do país (VIEIRA JÚNIOR et al., 2008).

Esse processo já tem sido observado nos últimos anos em Goiás, onde há uma substituição de terras antes ocupadas por pasto pelo plantio de cana-de-açúcar, conforme apresentado nos estudos de Lima (2010) e Lima; Garcia (2011). Vários fatores têm motivado essa mudança, dentre os principais tem-se a valorização das terras e a pressão de produzir a matéria-prima na menor distância possível do local de beneficiamento.

Como citado por produtor de carne da região (MEROLA, 2013), a produção de carne sempre teve oscilações no mercado, autorregulando-se os preços em função da oferta e demanda, como também competindo com outras áreas de produção. Merola (2013) cita que a região de Santa Helena de Goiás continua produzindo carne como nos anos anteriores, porém houve grande substituição das terras com pastagem por áreas de confinamento, onde a produção de carne por unidade de área é alta.

O espaço para o desenvolvimento da pecuária de corte de forma extensiva, em regiões canavieiras, diminuiu significativamente. Merola (2013) argumenta que a consequência disso é a oferta de gado para os confinamentos, pois em épocas anteriores havia leilões semanais na região, mas com a substituição de pastagens pelo cultivo de cana-de-açúcar, ocorreu uma diminuição na oferta de gado. Assim, para manter os confinamentos em funcionamento há a necessidade de se buscar de gado em regiões circunvizinhas que mantêm a produção em área de pastagem, em terras com valor muito aquém daquelas localizadas na região de Santa Helena de Goiás.

Com a valorização de terras na região a viabilidade econômica para o setor de carnes passou a ser unicamente por meio de confinamento e semi-confinamento, utilizando-se subprodutos da agroindústria como componentes da dieta alimentar do gado. Como opção de alimento existe a torta de filtro, bagaço de cana e vinhaça na alimentação de bovinos em confinamento. Estes produtos são oriundos das próprias áreas de plantio de cana que substituíram as pastagens de gado.

O mercado de carne tem se tornado cada vez mais exigente e empresarial, fazendo com que tanto a comercialização quanto o sistema de criação sejam rigorosamente acompanhados, para se tornar competitivo e economicamente viável (MEROLA, 2013). Assim como o setor de carne, também o setor de grãos tem sentido a diminuição de áreas disponíveis para cultivo. Os produtores de soja têm arrendado áreas de produção para produtores ou até mesmo donos de usina para o cultivo de cana-de-açúcar.

Um importante indicativo do comportamento de tendências do setor agroindustrial de grãos da região é dado pela gestão da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda. (COMIGO). Foi realizada uma entrevista com um de seus gerentes [6] para traçar um perfil das ações da empresa para o setor de grãos da região. A cooperativa não se posiciona contra o desenvolvimento da cultura nem contra a expansão desse segmento do agronegócio, até porque está atuando na assistência a seus associados que produzem cana-de-açúcar. Apesar disso, existe uma preocupação no atendimento de seus associados que produzem grãos e/ou exploram a pecuária e, de forma significativa, tem ampliado sua infraestrutura para atendê-los como veremos a seguir as ações no período de 2011-2012 (COMIGO, 2013):

  1. De janeiro a março de 2011: aquisição em Montes Claros de Goiás de uma área do armazém de grãos de 90 mil sacas, bem como da loja agropecuária; compra de uma fábrica de Sal Mineral (antiga Sal Plantel), com capacidade de produção de 3,5 mil sacos/dia; em Rio Verde, reforma do esmagamento de soja incluindo a modernização e troca de equipamentos para otimizar a produção; em Montividiu, inauguração de um armazém graneleiro com capacidade para 1,5 milhão de sacas; e, em Iporá, a realização de um dia de campo com a demonstração de 25 experimentos da COMIGO para incentivar o plantio de soja aos cooperados da região; em Rio Verde, a realização, de 12 a 16 de abril, da TECNOSHOW COMIGO, feira com o objetivo de congregar os produtores rurais e apresentar máquinas, equipamentos e novas tecnologias da área rurícola;
  2. Lançamento em maio de 2011, após pesquisas e testes, de nova ração de gado de corte;
  3. Em Palmeiras de Goiás, em setembro de 2011, foi adquirido de um terreno para a construção de uma loja agropecuária que foi inaugurada em julho de 2012. Esta loja é a 13ª loja agropecuária da COMIGO;
  4. Apresentação de pesquisas aos 300 cooperados que participaram do 10º Seminário do Leite em relação ao manejo, nutrição, programa Balde Cheio, dentre outros;
  5. Em Acreúna, em julho de 2012, foi feita a ampliação da capacidade de recepção e secagem de grãos da unidade armazenadora para 270 t/h.;
  6. Em Montes Claros de Goiás, inauguração da Fábrica de Suplemento Mineral com capacidade de 220 ton./dia, de dois silos graneleiros com capacidade de 300 mil sacas cada um e o início da operação de um secador de 150 t/h;
  7. Em agosto de 2012, em Jataí, foi inaugurada a ampliação da capacidade de recepção, secagem e armazenagem de grãos. A capacidade total do armazém foi elevada de 700 mil para 1 milhão de sacas e a recepção e secagem de 150 passou a 300 t/h;
  8. Em Caiapônia em agosto de 2012 foi inaugurada a ampliação da armazenagem de grãos de 450 mil para 1.050 mil sacas. Já a capacidade de recepção/secagem foi aumentada para 300 ton./hora;
  9. No mesmo período, em Rio Verde, com um público de 500 pessoas, foi realizado o 11º Seminário de Desenvolvimento da Pecuária. Nesta edição foram apresentadas seis estações temáticas voltadas à pecuária de leite e corte. Ainda no mesmo município foi realizado o 11º Workshop CTC de Agricultura que teve como intuito apresentar os resultados das pesquisas conduzidas durante o ano no Centro Tecnológico da COMIGO (CTC) em parceria com empresas e instituições de pesquisa e ensino; ainda em Rio Verde, no Complexo Industrial, foi inaugurado o novo laboratório de análises para produtos alimentícios, matérias-primas e amostras de solos;
  10. A COMIGO tem realizada uma série de investimentos para a estruturação de serviços e processamento agroindustrial dos grãos do Sudoeste de Goiás concentrando esses investimentos no município de Rio Verde que teve a partir de outubro de 2012 as seguintes ações: ampliação da fábrica I de esmagamento de soja; instalação de um tombador com capacidade de 300 t/h; ampliação da unidade de laticínios que passa a produzir, também, leite longa vida; nova fábrica de ração ampliando a capacidade produtiva de 50 para 110 t/h; construção e ampliação de uma nova fábrica de fertilizantes ampliando a capacidade de 110 para 170 t/h; Ainda no município de Rio Verde, na localidade conhecida como Ponte de Pedra, uma área agrícola de assentamento rural, foi realizada a construção de 4 silos com capacidade total de 1 milhão e 200 mil sacas e está em construção 2 secadores com capacidade de 150 t/h cada um no município de Rio Verde. Em Santa Helena de Goiás, outro município da região, foram realizadas as seguintes ações: aumento da capacidade de secagem de 100 para 250t/h; instalação de um tombador automático; nova balança, modernização da antiga balança e das máquinas de limpeza, pré-limpeza e aeração; construção de um silo pulmão com capacidade de 7 mil sacas; no município de Paraúna foram realizadas melhorias nas máquinas de transporte de grãos e instalação de duas balanças. Entende-se que a gestão da cooperativa é baseada na estruturação de prestação de serviços para os agricultores da região em diversas modalidades, incentivando a adoção de tecnologias e continuidade das atividades produtivas do setor agrícola da região.

4. Considerações finais

A análise dos dados indica um processo de concentração dos investimentos no setor sucroenergético instalado na Microrregião Sudoeste Goiás e que estes investimentos têm provocado uma disputa intensa pela terra e mudanças em outros sistemas produtivos, determinando, assim, uma mudança nas políticas públicas municipais quanto à gestão do território. Estes investimentos têm incentivado a expansão das lavouras de cana-de-açúcar na microrregião analisada, gerando uma intensificação do uso do solo.

Outro fator detectado na pesquisa é a intensificação do processo de ocupação do solo goiano com as atividades agrícolas. As principais são as lavouras temporárias que estão em crescimento acentuado a partir da evolução dos investimentos no setor agroindustrial goiano. Os principais grãos analisados neste estudo, soja, milho e sorgo, apresentaram taxas de crescimento na região analisada e para as demais regiões tiveram taxas positivas de expansão, indicando que há uma possibilidade de ocupação produtiva no solo goiano sob as áreas produtivas deste estado.

As culturas de milho e soja apresentam as maiores taxas de expansão comparadas com a cana-de-açúcar, demonstrando que o Estado de Goiás apresenta ainda componentes de ocupação produtiva do setor agrícola, mesmo em regiões consolidadas, como a Mesorregião do Sul Goiano. Esta intensificação da produção pressiona os preços das terras e a eficiência da utilização de tecnologias para poupar este recurso favorecendo que a Microrregião do Sudoeste de Goiás tenha um dos melhores indicadores de adoção de tecnologia e ocupação do solo.

Nas entrevistas realizadas observou-se que os demais setores agroindústrias de carne e grãos construíram estratégias específicas para a competição acirrada pela terra na região. Na pecuária percebe-se a intensificação do sistema de confinamento com a liberação das áreas de pastagens e, no setor de grãos, por meio dos dados da COMIGO, a opção tem sido dotar os produtores de grãos de condições para a sua manutenção na atividade através de uma extensa rede de pesquisas, serviços e produtos. Salienta-se que há a necessidade de uma gestão compartilhada do território goiano alicerçada em uma sólida política pública que privilegie o desenvolvimento econômico do Estado de Goiás.

5. Referências

CENSO Agropecuário 2006. IBGE. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 775p.

CENSO Agropecuário 1995-96. (2013). IBGE. Disponível em ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Agropecuario_1995_96/Goias/ > acessado em diversas datas de 2013.

CENTRO de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (CEPEA/USP), Universidade de São Paulo (USP) e Confederação Nacional da Agricultura (CNA). CEPEA/USP/CNA (2013). PIB do Agronegócio – dados de 1994 a 2011. Disponível em: <http://cepea.esalq.usp.br/pib/>. Acesso em: 06/05/2013.

CNA. Valor Bruto de Produção cresce 18,3%. Disponível em: <http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/vbp_fev13_0.pdf>. Acesso em: 06/05/2013.

CNA. Agronegócio é questão de Estado, por Kátia Abreu. 2008. Disponível em: <http://www.cna.org.br/site/noticia.php?n=20686> Acesso em: 06/05/2013.

COMIGO. Informações disponíveis em < http://www.comigo.com.br/> Acessado em 05 de agosto de 2013.

DELGADO, Guilherme. Mudança técnica na agricultura, constituição do complexo agroindustrial e política tecnológica recente. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, 2(1): 79-97, jan./abr/, 1985.

GASQUES, J. G. et al. Produtividade total dos fatores e transformações da agricultura brasileira: análise dos dados dos censos agropecuários. In: GASQUES, J. G.; VIERIA FILHO, J. E. R.; NAVARRO, Z. A agricultura brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. Brasília, Ipea, 2010. p. 19-44.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2013). Produção agrícola Municipal, Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Disponível em <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em várias datas de 2013.

___. Produto Interno Bruto dos Municípios. 2013a.Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=21&z=p&o=27&i=P>. Acesso em: 07/07/2013.

___. Pesquisa Agrícola Municipal – PAM. 2013b. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pam/default.asp?o=25&i=P>. Acesso em: 07/07/2013.

IBGE. Censo Agropecuário Brasileiro de 2006. 2006. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 15/05/2013.

IBGE. Censo Demográfico Brasileiro de 2010. 2010. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 15/05/2013.

FREDERICO, Samuel. O novo tempo do Cerrado: expansão dos fronts agrícolas e controle do sistema de armazenamento de grãos. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2010

GASQUES, J. G. et al. Projeções do agronegócio mundial e do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Assessoria de Gestão Estratégica (AGE). 2007. Disponível em: <www.sober.org.br/palestra/6/1127.pdf>. Acesso em: 18/02/2010.

GASQUES, J. G. et al. Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. Texto para discussão nº 1.009, Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). 2004. Disponível em: <http://desafios2.ipea.gov.br/pub/td/2004/td_1009.pdf>. Acesso em: 15/02/2010.

GASQUES, J. G. et al. Produtividade e crescimento da agricultura brasileira. Brasília: MAPA, 2011. Nota técnica da Coordenação Geral de Planejamento Estratégico.

LIMA, D. A. L. L. Estrutura e Expansão da Agroindústria Canavieira no Sudoeste Goiano: Impactos no Uso do Solo e na Estrutura Fundiária a partir de 1990. 261p. 2010. Tese. (Doutorado em Desenvolvimento Econômico). Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.

LIMA, D. A. L. L.; GARCIA, J. R.  A evolução da produção de cana-de-açúcar e o impacto no uso do solo no Estado de Goiás. Estudos Sociedade e Agricultura. Rio de Janeiro, vol. 19, n. 2, 2011, p.374-403.

LUNAS, Divina Aparecida L. Constituição do complexo agroindustrial da soja no Sudoeste de Goiás. 2001. 149p. Dissertação. (Mestrado em Desenvolvimento Econômico). Instituto de Economia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2001.

MEROLA, P.  Produtor rural de pecuária de corte. Influencia do setor sucroalcooleiro no setor de carne de gado na região de Santa Helena de Goiás.  Santa Helena de Goiás, Goiás. Entrevista realizada em 08 de julho de 2013.

MOURA, G. S. de. Gerente da UEN – SHEGO (Unidade Estratégica de Negócios de Santa Helena de Goiás). Santa Helena de Goiás, Goiás. Entrevista realizada em 10 de julho de 2013.

neder, h. d.; clesps JUNIOR, J. Agroindústria e sustentabilidade. In: SHIKI, S., SILVA, J. G. da; ORTEGA, A. C.. Agricultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade do Cerrado Brasileiro. Uberlândia: UFU, 1997. p.199-227.

PALMEIRA, Moacir. Modernização, Estado e questão agrária. Estud. av. [online]. 1989, vol.3, n.7, p. 87-108.

REYDON, B. P. A regulação institucional da propriedade da terra no Brasil. In: RAMOS, P. et. al. Dimensões do agronegócio brasileiro: políticas, instituições perspectivas.Brasília: MDA, 2007. p.226-262.

RAMOS, P. (1999). Agroindústria canavieira e propriedade fundiária do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1999. 245p. (Economia e Planejamento; 36; Série Teses e Pesquisas; 21).

SHIKI, Shigeo. Sistema Agroalimentar nos Cerrados Brasileiros: caminhando para o caos? In SHIKI, Shigeo; SILVA, Graziano da; ORTEGA, Antônio César (Orgs). Agricultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade do Cerrado Brasileiro. Uberlândia: UFU, 1997. p. 135-165.

VIEIRA JÚNIOR et al. (2008). Produção brasileira de cana-de-açúcar e deslocamento da fronteira agrícola no Estado de Mato Grosso, Informações Econômicas, SP, p. 58-77,  v.38, n.4, abr. 2008.

vieira filho, José Eustáquio Ribeiro. Trajetória tecnológica e aprendizado no setor agropecuário. In: GASQUES, J. G.; VIEIRA FILHO, J. E. R.; NAVARRO, Z. A agricultura brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. Brasília, Ipea, 2010. p. 67-96.


1 Universidade Estadual de Goiás – Pró-Reitoria de Pesquisa, Doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp – SP – Professora do Mestrado Interdisciplinar Territórios e Expressões Culturais no Cerrado – UEG – E-mail: divalunas@gmail.com
2 Unidade Universitária da UEG de Santa Helena de Goiás – Mestre em Contabilidade pela UNB- DF – E-mail: alexandrolunas@gmail.com
3 Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná – Doutor em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente pelo IE/Unicamp – SP – E-mail: jrgarcia1989@gmail.com
4 Unidade Universitária da UEG de Santa Helena de Goiás – Doutor Educação: Currículo PUC/SP; Mestre em Administração: Planejamento pela PUC – SP – E-mail: luis.gomes@ueg.br.
5 Unidade Universitária da UEG de Santa Helena de Goiás – Doutor Ciências – Irrigação e Drenagem pela ESALQ/USP – SP – E-mail: pedro.giongo@ueg.br
6 Instituto Federal Goiano – Doutor em Geografia pela UFU – MG – E-mail: claudecirg@gmail.com


Vol. 35 (Nº 9) Año 2014
[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]