Espacios. Vol. 35 (Nº 13) Año 2014. Pág. 4

Um Estudo dos APL's de São Bento do Sul (SC) e Arapongas (PR) com a contribuição do Índice de Interação Sinergética

A Study of APL's São Bento do Sul (SC) and Arapongas (PR) witha contribution from the Synergistic Interaction Index.

Edson Souza Muniz FERNANDES 1; Paulo Rogério Alves BRENE 2; Ana Maria Machado CARAVIERI 3; Umberto Antônio SESSO FILHO 4

Recibido: 18/08/14 • Aprobado: 23/09/14


Contenido

Introdução

1. Revisão da Literatura

2. Procedimentos Metodológicos

3. Breve Caracterização Das Cidades, Aplicação Das Metodologias E Análise Dos Resultados

4. Considerações Finais

5. Referências


RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo estimar e analisar o nível de interações sinergéticas através da matriz insumo produto municipal, e avaliar suas contribuições para diferentes metodologias de Arranjos Produtivos Locais (APL´s). Como objetos de estudo foram escolhidos os municípios de Arapongas (PR) e São Bento do Sul (SC) por se destacarem no setor moveleiro. O artigo é desenvolvido em cinco seções, uma introdução, a segunda tem como objetivo fornecer um referencial teórico sobre desenvolvimento e crescimento econômico, concentração industrial expondo a evolução dos APL's. Na terceira seção são apresentadas as metodologias para identificação de APL's e a matriz de insumo produto, e na quarta seção são apresentado os resultados do estudo. E na última as considerações finais.
Palavras-Chaves: Arranjo Produtivo Local; Matriz Insumo-Produto e Interação Sinergética.

ABSTRACT:
This work aims to estimate and analyze the level of synergistic interactions through municipal input matrix product, and evaluate their contributions to different methodologies of Local Productive Arrangements (APL's). As objects of study municipalities Arapongas (PR) and São Bento do Sul (SC) were chosen because they excel in the furniture sector. The article is developed in five sections, an introduction, the second aims to provide a theoretical framework on development and economic growth, industrial concentration exposing the evolution of APL's. In the third section the methodology for identification of APL's matrix and the input-output are presented, and the fourth section the results of the study are presented. And at last the final considerations.
Keywords: Local Productive Arrangement; Input-Output Matrix and Synergistic Interactions.

Introdução

A busca de novas teorias para desenvolvimento econômico tem acarretado o aparecimento de vários modelos. As discussões sobre as questões que envolvem o crescimento e desenvolvimento de regiões vêm se expandindo nos últimos anos. Outro debate desse trabalho que abrange tanto economia regional, economia industrial, geografia e outros, são os estudos do Arranjo Produtivo Local.

Objetivo desse trabalho é investigar as diferentes metodologias tradicionais de identificação APL, e por meio da matriz insumo-produto e o índice de interação de sinergia uma contribuição mais completa na identificação dos APL's. O artigo está divido em cinco seções contando com esta introdução, a segunda seção será apresentada toda a fundamentação teórica que trata dos paradigmas e na evolução históricas da economia regional.

A terceira seção é exposta as metodologias de identificação de APL e o uso da matriz insumo-produto municipal. As metodologias tradicionais são três, Brito e Albuquerque (2002), Sebrae (2002) , e por fim  IEDI  e Suzigan et al. (2003), mencionando como principal mentor das metodologias o Quociente Locacional (QL), sejam eles partindo da análise de empregos e/ou empresas. Em seguida a apresentação da matriz insumo-produto para utilização do cálculo do índice interação sinergética. Na quarta seção serão apresentados a aplicação dos métodos e resultados para a identificação do Arranjo Produtivo Local para diferentes opiniões de autores. Na quinta e ultima seção as considerações finais.

1. Revisão da Literatura

Ao abordar a discussão sobre o conceito de desenvolvimento observa-se uma linha tênue que separa duas visões. A primeira, e mais antiga, destaca o fato do desenvolvimento estar relacionado ao processo de acumulação de capital e incorporação do progresso técnico ao trabalho e ao capital, levando a um aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população (BRESSER-PEREIRA, 2008, p. 1). A medida de tal desempenho está relacionada ao aumento da renda/produto per capita, indicador utilizado por Furtado (2009), em sua obra Formação Econômica do Brasil de 1959, para analisar as diferenças no desenvolvimento das diversas regiões do país no ciclo do café.

Já, a segunda definição, que muda o enfoque de desenvolvimento econômico para humano, comumente utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi desenvolvida na década de 1990 e pressupõe que "para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana" (PNUD, 2011). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é derivado de três relações: renda (medida pelo Produto Interno Bruto/PIB per capita), longevidade (números de expectativa de vida ao nascer) e educação (avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino).

Mesmo com o objetivo de "oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento" (PNUD, 2011), o IDH não se apresenta como um antagônico ao indicador tradicional, mas sim um complemento, ou seja, a finalidade é a mesma – medir o padrão/qualidade de vida das populações nativas, assim como, o indicador básico é o mesmo (PIB per capita).

De qualquer maneira, como já mencionado, o debate central sobre a diferença entre os conceitos de desenvolvimento passa pela relação entre aspectos qualitativos e quantitativos, onde este último pode ser acompanhado pela relação da renda/PIB per capita. Esse fato ficou evidente pelas preocupações com as teorias de crescimento econômico de Harrod (1939), Solow (1956) e Kaldor (1957), até 1960, e Paul Romer (1990) e Lucas (1988), pós 1980. A outra face desta moeda, as preocupações qualitativas, é marcada pela preocupação dos países subdesenvolvidos (terceiro mundo) a partir da II Guerra Mundial (THORBECKE, 2007, p.1).

Contudo, mesmo destacando a evolução das teorias de desenvolvimento a partir de meados do século XX, não se deve perder de vista a importância das discussões que precedem este período, a exemplo da evolução ideológica [5] das teorias de desenvolvimento, das análises clássica e marxista. Nesse sentido, de acordo com Baldwin (1979) as teorias de desenvolvimento econômico que descrevem todos os modelos clássicos até os pós-keynesianos, tem como abordagem principal a acumulação de capital como um processo crucial no desenvolvimento econômico.

A concepção clássica era pautada, para Adam Smith, pelos ganhos com a "Divisão do trabalho" e pela restrição provocada por mercados relativamente pequenos. Já para David Ricardo, a questão do desenvolvimento estaria correlacionada com a crescente dificuldade de fornecer alimentos para a população em expansão [6]- o que finalmente obrigaria o processo de crescimento a uma parada. De qualquer forma, tanto Smith quanto Ricardo, acreditavam no processo de crescimento "autogerado" – equilíbrio de mercado, compartilhada pelos neoclássicos pela natureza gradual e harmoniosa do desenvolvimento (BALDWIN, 1979).

Nota-se que a análise dos economistas clássicos se sobressai, pois mostram como o desenvolvimento econômico pode ser impedido por pressões populacionais juntamente com a escassez de recursos naturais (SOUZA, 1999, p. 123). A contribuição dos escritores neoclássicos, por outro lado, é importante devido seu aperfeiçoamento sobre a economia clássica ao analisar o processo de poupança e investimento e por traçar as repercussões intersetoriais do desenvolvimento, os mesmos também enfatizam os efeitos favoráveis do capital humano e do progresso tecnológico (BANERJEE e DUFLO, 2004). Sobre os efeitos intersetoriais, esses tornam-se mais evidentes quando analisados sobre a ótica regional, outra linha da discussão sobre o desenvolvimento econômico.

Para analisar o desenvolvimento econômico na esfera local é preciso considerar algumas variáveis, entre elas o ambiente econômico, social, político e cultural peculiares da região. Como apresentado por Richardson (1969), embora o estudo de localização remonte do século XIX, "especialmente na Europa central", o interesse pela economia da localização e consequentemente pelo desenvolvimento regional ou local é recente. O desenvolvimento regional trabalha em cima das disparidades setoriais, a questão regional e sua análise parte historicamente das teorias clássicas de localização que foram discutidas e por Von Thunen (1806), Alfred Weber (1909), Chistaller (1933), Auguste Losch(1940), Walter Isard(1933) e teorias de crescimento e desenvolvimento regional.

Nesse sentido cabe ressaltar alguns conceitos, entre eles a diferença entre região e espaço geográfico. Este último é territorialmente contíguo e inserido em espaços nacionais sobre os quais há possibilidades concretas de intervenção e de levantamento de informações individualizadas (Cavalcante, 2007). Já, região é compreendida como um espaço aonde ocorre mudanças com característica essenciais representadas pelas ligações existentes entre seus habitantes. Para Lopes (1995, p. 29), espaço pode ser definido a partir de um conjunto de dados econômicos localizados, pois o que dá unidade ao espaço são as características e a natureza da interdependência.

O desenvolvimento regional trabalha para suprimir todas as disparidades (socioeconômicas) regionais transformando este ambiente em um local aonde todos os fatores da produção são alocados de forma "ótima". As principais correntes teóricas relacionam o desenvolvimento regional discutem a questão da competitividade e a organização industrial (GARCIA e COSTA, 2005). Entre as principais discussões que fazem parte do debate sobre desenvolvimento regional pode-se cita as que estão ligadas as aglomerações, clusters e arranjos produtivos locais (APL´s), observados no século XIX com trabalhos como os de Alfred Marshal (1880).

No Brasil, durante a década de 1950 as teorias de desenvolvimento regional tinham caráter de política de desenvolvimento industrial para algumas regiões que tinham problemas com o desemprego e má distribuição de renda. As políticas tinham como foco incentivar o desenvolvimento de centros urbanos menos desenvolvidos. Essas políticas visavam basicamente à atração de investimentos, principalmente de setores mecânicos e metalúrgicos. Mas atraiu industriais de todos os setores que buscavam os incentivos ficais. (SANTOS, 2003).

Contudo, ainda no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970 a discussão se enraíza a partir da teoria dos pólos de crescimento conceituado por François Perroux (1967), que foram desenvolvidas a partir de 1955 ao observar a concentração industrial na França e na Alemanha. A teoria do pólos de crescimento corresponde a um agrupamento geográfico e por aglomerações de complexos industriais, que são liderados por indústrias motrizes que tem como características, um crescimento acima da média das industriais nacionais, apresenta muitas ligações inter-setoriais, trabalha com a inovação, possui um poder grande sobre as outras indústrias, tem uma forte influência nos preços e sua produção direcionada tanto para o mercado interno como externo (SOUZA 2005).

Pode-se compreender que a origem dos conceitos de clusters, veio através dos trabalhos de Alfred Marshall (1890) sobre as industriais, que foi denominado de distritos marshallinos, que ocorreram primeiramente na Inglaterra. Foi caracterizado de forma que muitas empresas faziam parte de uma aglomeração industrial. A discussão sobre "distritos industriais" é aquela na qual a influência de Marshall é mais agravante. Os distritos industriais podem ser definidos como sistemas produtivos locais caracterizados por um grande número de firmas que são envolvidas em vários estágios. (AMARAL FILHO, 1999).

No livro "A vantagem competitiva das nações" de Michael Porter (1993), aborda os conceitos de aglomerações, "um aglomerado é um agrupamento geograficamente concentrado de empresas inter-relacionadas e instituições correlatas numa determinada área, vinculadas por elementos comuns e complementares" (PORTER 1993, p. 211). As empresas têm setores correlacionados com empresas de produtos complementares, fornecedores de infra-estrutura especializada e instituições governamentais. A questão geográfica é um ponto de partida para analisar organizações industriais localizadas numa determinada região que tem características de especialização setorial, e que apresenta toda uma dinâmica de mão de obra e de insumos. É muito difícil e problemático em termos teóricos delimitar uma aglomeração industrial de um cluster.

De acordo com Porter (1993), um ponto determinante para produtividade das empresas são as vantagens na compra de insumos, na contratação de mão de obra e o acesso a informação e tecnologia. Num cluster bem desenvolvido os fornecedores especializados estão estabelecidos próximos às empresas. Com isso a aquisição de insumos na própria localidade reduz o custo total das transações, isso porque a empresa não precisa manter estoques e minimiza os custo de transportes. A participação em um cluster é determinante para as empresas a serem mais produtiva e competitiva, pois as  vantagens competitivas abrem espaço para discussão do crescimento da produtividade. Segundo Porter (1993) produtividade é o valor gerado por dia de trabalho e por unidade de capital ou por recursos físicos utilizados nos clusters.

Os clusters afetam a capacidade de competição de três caracteres, primeiro contribuindo para o aumento da produtividade das empresas instalada na região;  segundo indicando a direção e a velocidade da inovação, que sustem o futuro crescimento da produtividade; e por último estimulando a formação de novas empresas, o que expande e reforça o próprio cluster, outro fator importante que as empresas sediadas nessas localidades, vantagens quanto na mão de obra, ao acesso a tecnologia (PORTER, 1993). Abaixo no quadro é indicada a tipologia de cluster.

Quadro – 1 Tipologia Consagrada de Clusters/APL

Clusters informais/APL

Clusters organizados/APL

Clusters inovativos/APL

Experiência de Liderança

Baixo

Baixo a Médio

Alto

Tamanho das Firmas

Micro e Pequena

PME´s

PME´s e Grande

Capacidade Inovativa

Pequena

Alguma

Continua

Confiança Interna

Pequena

Alta

Alta

Nivel de Tecnologia

Pequena

Média

Média

Linkagens

Algum

Algum

Difundido

Cooperação

Pequena

Alguma a Alta

Alta

Competição

Alta

Alta

Média a Alta

Novos Produtos

Poucos, Algum

Alguns

Continuamente

Exportação

Poucas, Algumas

Média a Alta

Alta

Fonte: Santosatel (2003)

No quadro acima de tipologias mostram três colunas de classificação de Clusters/APL´s, os informais, organizados e inovativos, contudo não são suficientes para caracterizar os APL´s como modelo de organização e localização, mas, contudo a essa tipologia com outros fatores ajudaram a formação, uma chave importante que é sinergia que usa o conhecimento como troca que gera uma cadeia colaborativa.

O conceito de arranjo produtivo local tem varias interpretações e existe ainda uma controvérsia entre autores sobre seu conceito. Em aspectos gerais, um APL pode ser acentuado como uma centralização geográfica de empresas e instituições que se relacionam em um setor particular (PUGA, 2003). APL´s são caracterizados por empresas (do mesmo setor) em um mesmo espaço geográfico, que se organizam em rede, e desenvolvem sistemas complexos de interação e sinergia, juntamente ao um esquema de cooperação e valorização do esforço coletivo (SOUZA, 1981).

A sofisticação da análise de APL é extrapolada as metodologias de identificação. Na literatura tradicional pode-se observar pelo menos três métodos: o de Brito e Albuquerque (2002), SEBRAE (2002) e IEDI (2002). Dada as suas particularidades, os três têm como base o cálculo do quociente locacional (QL) (CROCCO et al, 2003). Para contribuir com este debate, na próxima seção além da apresentação desses métodos será discutido o uso da matriz insumo-produto municipal, mais especificamente através da interação sinergética, para essa identificação.

2. Procedimentos Metodológicos

2.1. Metodologias de identificação de APL e o Cálculo da interação sinergética.

Na seção anterior foram apresentadas principais referências sobre o estudo do desenvolvimento econômico, passando pela análise regional e, de forma mais pontual, pelos clusters e APL´s. Já, está seção, tem por objetivo expor as metodologias de identificação de APL. Com base no trabalho de Crocco et al  (2003), foram escolhidas três metodologias, doravante tidas como tradicionais, são elas: BRITO E ALBUQUERQUE (2002), SEBRAE (2002) e IEDI (2002). Para contribuir com o debate em curso, será observado também o cálculo da interação sinergética, obtido por meio da matriz insumo-produto municipal.

2.2. Metodologias Tradicionais

Ao analisar as três metodologias presentes no trabalho de Crocco et al  (2003), é possível perceber um procedimento comum a todas elas e que também faz parte do método de estimação das matrizes insumo-produto municipais, a utilização do Quociente Locacional (QL). Segundo Miller e Blair (2009), o QL é uma técnica muito utilizada na economia regional quando se deseja dados regionais a níveis nacionais. Ainda de acordo com os autores, o presente método consiste na análise da proporção total da região X com um setor especifico (i) a proporção nacional desse mesmo setor (i). O mesmo pode ser definido conforme equação (1) (MILLER E BLAIR, 2009):

Como observado, os três estudos se utilizam do QL. Contudo, Crocco et al (2003) destaca que, embora considere apropriada, a utilização do QL demanda alguns cuidados. Primeiramente, devido à grande diversidade e disparidade regional existente em países grandes territorialmente, como Brasil, é possível que se apresente várias cidades com o QL > 1, sem que isso, necessariamente, signifique em especialização produtiva, mas, sim, em diversidade produtiva. Portanto, é aceitável que se assuma um valor mais significativo do que 1, para se considerar como uma região especialista. O QL, também, tende a distorcer algumas realidades, como sobrevalorizar alguns setores em regiões menores, ou diminuir a importância de alguns setores em regiões mais diversificadas.

No caso específico dos métodos de identificação/caracterização APL's, a metodologia apresentada por Brito e Albuquerque (2002) é pautada por três componentes: i) o uso do Quociente Locacional (QL), que utiliza o número de empregados para identificar se o município possui uma especialização em um setor especifico da economia; ii) outro critério é avaliar a participação relativa da atividade na economia nacional – este deve ter no mínimo 1% do emprego nacional daquele setor; e iii) por ultimo, onde se refere à densidade do setor, considera o número de empresas diretamente associadas ao setor (mínimo de dez empresas) e, também, o número de empresas indiretamente ligadas ao setor (mais de dez empresas) (CROCCO at el, 2003).

Já, a metodologia do SEBRAE (2002) é semelhante ao do trabalho anterior, pois também utiliza o QL para identificação de Apl´s potenciais. Contudo, neste quesito, a diferença entre os trabalhos de Brito e Albuquerque e do SEBRAE está na utilização da variável número de estabelecimentos/empresas e não o de emprego. Assim os municípios que tem QL superior a 1 já seriam considerados com especialização produtiva. Outra diferença do critério do SEBRAE está no estabelecimento de no mínimo 30 empresas. Desta forma, os setores, nos respectivos municípios, que atenderem todos esses critérios estariam demonstrados a potencialidade da região para se tornar um Arranjo Produtivo Local.

Por fim, IEDI (2002) e Suzigan (2003) alia as duas análises do QL (empresas e empregos) mais outro indicador de mapeamento de APL´s, o coeficiente de Gini Locacional (GL). O GL é aplicado para os dados de empregos, utilizando dados RAIS/MTE [7] (Relações Anual Informações Social) e da PIA IBGE [8] (Pesquisa Industrial Anual), e é utilizado para encontrar grupos industriais mais concentrados em um determinado pais ou região. Coeficiente Gini é apurado por meio da equação (2) Scatolin:

GL = coeficiente de Gini Locacional;

X = proporção acumulada da variável de atividades econômicas (CNAE 4 dígitos);

Y = proporção acumulada da variável de empregos formais vinculadas a classes de atividades econômicas.

O coeficiente de Gini Locacional apresenta um grau de concentração espacial de uma determinada classe de industrial, a qual será analisada na próxima discussão, porém de acordo com o estudo da matriz insumo produto e o índice de Interações sinergéticas.

2.3. Matriz Insumo-Produto Municipal e o Índice de Interações Sinergéticas

O objetivo da análise da matriz insumo-produto é apresentar as relações intersetoriais na produção. Wassily W. Leontief (1906-1999) recebeu o prêmio Nobel em Economia no ano de 1973, graças ao desenvolvimento do estudo. O mesmo publicou a primeira tabela de relações intersetoriais em 1939 em seu artigo "Quantitative Input-Output Relations in theEconomic System ofthe United States", neste trabalho o autor cruzava 500 ramos diferentes de um sistema econômico (ROSSETTI, 1987). Mesmo tendo seu primeiro livro publicado em 1941, contendo a matriz insumo-produto da economia americana para os anos de 1919-1929, desde meados dos anos 30 diversos estudos já foram realizados visando o aprimoramento e elaboração das matrizes insumo-produto, e nos anos 60 mais de quarenta países utilizavam desse recurso (PAULANI, 2010).

No Brasil, o estudo sobre a elaboração da matriz insumo-produto tem como ponto inicial o Sistema de Contas Nacionais (SCN), padronizado junto a Organização das Nações Unidas (ONU) em 1952 (ROSSETTI, 1987). "Seu principal objetivo era fornecer padronização internacional da contabilidade nacional com estrutura coerente mostrando os principais fluxos relacionados á produção, acumulação, consumo e transações econômicas com exterior" (BRENE et al, 2011a).

Como destacado por Vasconcellos e Pinho (2006), esses fluxos podem ser resumidos em relações de compra e venda, onde cada setor é relacionado duas vezes, em linha (o que cada setor vende) e em coluna (o que cada setor compra), conforme apresentado no Quadro 2,  em uma economia com três setores. Para Rossetti (1982), as colunas e linhas foram divididas pela origem e destino da produção, onde as colunas representam a soma das vendas de bens intermediárias (Xij) mais a demanda final (Di) resultam no valor bruto da produção (Xi), enquanto as linhas se subdividem nas compras de bens intermediários (nacionais), de bens importados e dos fatores de produção e bens públicos (este representado pelo valor adicionado - VA) dos diferentes setores da economia, resultando, assim como nas colunas no valor bruto da produção. Analisando a equação do valor adicionado, esta é representada por VA = W+I+D+S, onde W = salários, juros aluguéis e lucros; I = impostos indiretos líquidos; D = depreciação; S = outros valores. Nota-se também que a equação da demanda final é analisada da seguinte maneira DA = C+I+G+X, onde C = consumo; I = investimentos; G = gastos do governo; X = exportação. 

Quadro 2: Relações de insumo-produto em sistema nacional.

Fonte: Vasconcellos e Pinho (2006) apud Brene et al (2012)

Já, o modelo inter-regional de insumo-produto, também chamado de "modelo Isard", devido à aplicação de Isard (1951), pode ser observado a partir do Quadro 3, que apresenta de forma esquemática as relações dentro de um sistema de insumo-produto inter-regional. Vale ressaltar que o modelo Isard requer uma grande massa de dados, reais ou estimados, principalmente quanto às informações sobre fluxos intersetoriais e inter-regionais, a fim de viabilizar a utilização da matriz municipal será a utilizada a metodologia de estimação apresentada em Brene, Sesso Filho e Costa (2012).

Quadro3: Relação de insumo-produto num sistema inter-regional

Fonte: Brene (2011).

Para Isard (1951) as analises inter-regional na qual se obtém os modelos básicos resulta-se no sistema de Leontief inter-regional, da forma apresentada a partir das operações efetuadas:

 Conforme destacado anteriormente a estimação da matriz municipal também tem como base a análise da equação do Quociente Locacional (QL) representada pela equação (1), tendo o valor bruto da produção como parâmetro. A fim de viabilizar a utilização da matriz municipal, será a utilizada a metodologia de estimação apresentada por Brene, Sesso Filho e Costa (2011), a qual utiliza como base os dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

2.4 Interações Sinergéticas

De acordo com o estudo de SESSO FILHO at el (2003) a metodologia foi criada por Sonis e Hewingsna década de noventa, ela possibilita examinar as interações sinérgicas entre regiões e, analisar por meio das interdependências internas e externas, dadas pelas ligações, a estrutura das relações comerciais entre duas regiões. Ela está fundamentada num sistema de insumo-produto dividido e utiliza técnicas que produzem multiplicadores à esquerda e à direita da inversa de Leontief, dentro de um preestabelecido par de combinações hierárquicas dos subsistemas de ligações econômicas.

O sistema de insumo-produto representado pelo bloco de matrizes, A, de insumos diretos:

Os blocos  e  representam matrizes quadradas de insumos diretos dentro das primeiras e segundas regiões, respectivamente, logo os blocos e  são matrizes retangulares dos insumos diretos adquiridos pela segunda região e vice versa, é possível interpretar a matriz A como um sistema de duas regiões em que a segunda região representa o resto da economia menos à primeira região.

Na construção dos blocos de pares de combinações hierárquicas dos subsistemas de ligações intra e inter-regionais, num sistema de insumo-produto, são as matrizes , as quais correspondem a quatro blocos básicos de matrizes mostrados abaixo:

A desagregação do bloco de matrizes (5) é feita pela soma de dois blocos de matrizes, sendo que cada um deles é a soma dos blocos de matrizes (6). Desta maneira, podemos apresentar um conjunto de multiplicadores regionais internos, decorrente das matrizes inversas, as quais são blocos construídos das interações sinérgicas entre os subsistemas econômicos. A maneira diferente das interações sinérgicas possibilita avaliar e mensurar como acontecem as transações entre regiões (SESSO FILHO et al, 2003).

No Quadro 4 abaixo e a Figura 1 tem-se a representação esquemática das formas de matriz Aelaborada por Moretto. Ambas indicam, respectivamente, as interações sinérgicas e as possíveis combinações das partes da matriz A1. Além disso, os sistemas de insumo-produto partilhados podem diferenciar-se entre os vários tipos de dispersão (como 1, 2 e 3) e entre os vários modelos de interações inter-regionais (como 4 e 5) (SESSO FILHO et al, 2003). As interações sinergéticas permitem identificar o nível de dependência (sinergia) de duas regiões em relação ao fluxo de bens e serviços com o restante do país. O trabalho desenvolvido utiliza o termo primeiro e segunda região, para comparar os municípios com o restante do Brasil.

Quadro 4. Ordenação das interações sinérgicas entre os subsistemas econômicos. (Continua)

-----

Quadro 5. Ordenação das interações sinérgicas entre os subsistemas econômicos.

Fonte: Sesso Filhoet al (2003 apud SONIS et al,1997).

-----

Figura 1. Representação esquemática das formas possíveis da matriz A1 - o caso 2 regiões.

Fonte: Sesso Filho et al (2003) apud Moretto et al (2000).

Basicamente, as 5 categorias e os 14 tipos de pares de combinações hierárquicas de ligações econômicas propiciam uma chance de escolher de acordo com as qualidades especiais das atividades de cada região e com o tipo de problema que se apresenta, evidenciando que as opções existem para as bases de uma tipologia dos tipos de economia baseados na estrutura hierárquica. Assim, podemos verificar o quanto as relações de sinergia em uma dada região afetam a produção de outra região, e também colaborar na análise de identificação de APL´s (SESSO FILHO et al, 2003).

3. Breve Caracterização das Cidades, Aplicação das Metodologias e Análise dos Resultados

O presente trabalho irá aplicar as metodologias referidas nos municípios de Arapongas (PR) e São Bento do Sul (SC). O principal fator econômico que ambos esses município têm em comum é o setor moveleiro, que contribui para o desenvolvimento das cidades ocupando espaço representativo na região. Para contribui com a análise será calculada a interação sinergética com base na matriz insumo-produto num sistema inter- regional.

Em relação a município de Arapongas, está situado na região norte do Paraná, localizada a 378 km da capital Curitiba e, segundo dados do IBGE (2010) têm uma população de aproximadamente 104.150 mil habitantes. A principal atividade econômica do município é o setor industrial que tem como ponto forte o setor moveleiro. De acordo com SIMA (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas – PR) o município apresenta 163 empresas no setor moveleiro, sendo este responsável por setenta por cento da riqueza produzida no município. Já o município de São Bento do Sul está localizado na região norte do estado de Santa Catarina e aproximadamente a 248 km da capital Florianópolis, tem uma população de 74.000 habitantes segundo IBGE (2010). O setor moveleiro apresenta 188 empresas.

Na Tabela 1 abaixo observamos que o município de Arapongas é considerado APL pelas três metodologias no setor de madeira e mobília. A importância deste setor é observada na participação da porcentagem do emprego a qual apresenta uma vantagem considerável sobre os demais setores. Aliada a isso, nota-se o número elevado de empresas que o setor possui, o qual é menor do que alguns outros setores, mas que não são especializados em um ramo específico. Cabe informar, também, que pelas metodologias do SEBRAE e do IEDI, outros setores produtivos podem ser considerados APL's, tais como o de (14) indústria alimentícia, (3) siderurgia/metalurgia e (17) construção civil. Pela metodologia de Britto e Albuquerque o único setor classificado como arranjo produtivo local é mobília e madeira com o QL Emprego 21,29 > 1, uma participação maior que 1% (1,28), o por fim, o número de empresas > 10, 219 empresas.

Tabela 1 – Metodologias Tradicionais – Município de Arapongas (PR)


Fonte: Dados do ano de 2009 trabalhado pelos autores

O município de São Bento do Sul do mesmo modo é considerado APL's nas três metodologias apresentada na Tabela 2. Contudo, pode-se afirmar que, observando a metodologia de Britto e Albuquerque, São Bento do Sul (SC) é um APL menos representativo do que Arapongas (PR), haja vista que a participação de emprego é menor. Por outro lado, observa-se que pela metodologia do SEBRAE, São Bento do Sul é um APL mais representativo, pois a participação empresarial no setor é mais marcante. Ressalta-se que, assim como em Arapongas (PR), utilizando-se as metodologias do SEBRAE e do IEDI é possível encontrar outros setores que podem ser enquadrados como APL's os setores como de (3) siderurgia e metalurgia, (4) máquinas e tratores, (7) indústria automotiva, peças e outros, (9) celulose, papel e gráfica, (10) borrachas e artigos de plástico, e por ultimo a (12) indústria têxtil.

Tabela 2 – Metodologias Tradicionais – Município de São Bento Do Sul (SC)


Fonte: Dados do ano de 2009 trabalhado pelos autores

3.1.Resultado Sinergia

Os resultados das interações sinergéticas permitem identificar o nível de dependência (sinergia) das duas cidades em relação ao fluxo de bens e serviços com o restante do país. Uma maior interação sinergética pode levar a ganhos muito importantes no crescimento econômico. Os dados obtidos foram resumidos no quadro 6para os municípios de Arapongas, São Bento Sul e restantes do país para ano 2009 (NEREUS 2012). Neste quadro mostra qual município tem maior sinergia e por meio dele ver contribuição para a análise dos APL´s.

Quadro 6. Contribuição (%) de cada bloco de matriz para a participação total de (y1-f) em
y
para os municípios Arapongas e São Bento do Sul Restante do Brasil, 2009.

Fonte: Estimados pelos autores.

A interação da região Sul e o restante do país determinam que 16 % da produção do fluxo de bens e serviços em direção ao restante do Brasil (SESSO FILHO et al, 2003). Por outro lado no quadro acima, 0,03 % da produção do Restante do Brasil depende do fluxo de insumos (bens e serviços) do município de Arapongas, o maior valor entre os dois municípios. A classificação das cidades de acordo com os valores das interações sinérgicas com o Restante do Brasil, i) Arapongas e ii) São Bento do Sul no (Quadro 6).

A maior interação sinergética indica uma abertura da economia regional e uma dependência em relação aos fluxos de bens e serviços utilizados no consumo intermediário. O estudo desenvolvido confirma a maior dependência da produção do restante do país em relação ao município de Arapongas. No Quadro 6 mostra também que São Bento do Sul depende mais do restante Brasil, isso mostra que Arapongas tem uma maior interação sinergética e apresenta mais chances de ganhos importantes no crescimento econômico.

4. Considerações Finais

O presente estudo teve como objetivo os temas das diferentes metodologias tradicionais de identificação de Arranjos Produtivos Locais e diferentes opiniões dos autores. Na primeira seção foi desenvolvido uma evolução histórica dos aglomerados e Arranjo Produtivo Local. A segunda seção destacou as metodologias tradicionais de APL´s e matriz insumo-produto municipal para o cálculo do índice de interação sinergética. No terceiro capitulo foram realizados aplicação dos métodos citados anteriormente, foram utilizados os dados de 2009 Nereus (2012) obtidos a partir dos estudos realizados recentemente e desenvolvido por Brene (2012). O trabalho destaca-se pelo cálculo de sinergia que pode ser entendido como uma dependência do fluxo de bens e serviços para alimentar o processo produtivo das cidades analisadas

Com base no estudo apresentado, pode-se concluir que a pesquisa obteve o resultado aguardado, onde os objetivos propostos foram alcançados. Em meio a eles foi possível verificar que são duas cidades são Arranjos Produtivo Locais no setor de madeira e mobiliário, bem como verificou-se a importância desse setor para os municípios e região. Ao longo do trabalho a semelhança entre os dois municípios objetos de estudo, mostra QL como ferramenta de análise para o APL principalmente no setor de madeira e mobiliário. Por fim, para completar análise do estudo foi utilizado o cálculo de sinergia que apresenta a dependência dos municípios com o restante do país em relação os fluxos de bens e serviços. O município com maior interação sinergética com o resto do Brasil pode levar a ganhos muito importantes no crescimento econômico. A contribuição da interação sinergética mostra que o município de Arapongas tem maior sinergia com o restante do Brasil.

5. Referências

AMARAL FILHO, Jair do. A endogeneização no desenvolvimento econômico

regional. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA – ANPEC, 27.,Belém, Pará, 1999. Anais... Belém: ANPEC, 1999

BALDWIN, Robert E. Desenvolvimento e Crescimento Econômico. Ed. Pioneira: São Paulo, 1979

BANERJEE, Abhijit and DUFLO, Esther (2004), "Growth Theory through the lens of Development", in Handbook of Economic Growth, by Philip Aghion and Steven Durlauf (eds)

BRENE, P. R. A.; SESSO FILHO, U. A.; DALLA COSTA, A. J. e RANGEL, R. R. Estimativa da matriz de insumo-produto do município de São Bento do Sul no estado de Santa Catarina. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 7, p. 1-16, 2011. Disponível em: http://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/viewArticle/526. Acesso em: 28 julh 2012

BRENE, P. R. A.; SESSO FILHO, U. A.; DALLA COSTA, A. J. Estimação de matrizes insumo-produto regionais através do Quociente Locacional: limites e possibilidades da proposta metodológica.2012

BRENE, P. R. A.; SESSO FILHO, U. A.; DALLA COSTA, A. J.; RANGEL, R. R. Estimativa da matriz de insumo-produto do município de São Bento do Sul no estado de Santa Catarina. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 7, p. 1-16, 2011. Disponível em: <http://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/ article/viewArticle/526>. Acesso em: 30 set. 2012

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. (1994) Rangel: ciclos longos e dualidade.,Texto apresentado na Reunião da Anpec, Salvador, dezembro de 1994. Disponível em: http://www.bresserpereira.org.br/papers/2006/06.15.Rangel-CiclosLongosEDualidade.pdfacesso em 28 fev. 2012

BRITTO, J.; ALBUQUERQUE, E. M. Clusters industriais na economia brasileira: uma análise exploratória a partir de dados da RAISEstudos Econômicos, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-102, 2002

CAVALCANTE, Luiz Ricardo Mattos Teixeira. Produção Teórica em Economia Regional: uma proposta de sistematização. Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, 2007.

CROCCO, MarcoAurélio; GALINARI, Rangel; SANTOS, Fabiana; LEMOS, MauroBorges e SIMÕES, Rodrigo. Metodologia de Identificação de Aglomerações Produtivas Locais. Nova Economia, v. 16, n. 2, p.211-241, 2006. Disponivel em: http://cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20212.pdf Acesso em: 30 mai 2012

GARCIA, J. R.; DALLA COSTA, A. J. Sistemas Produtivos Locais: uma revisão da literatura. 2005. Disponível em: <http://www.unifae.br/publicacoes/pdf/IIseminario/ iniciacaoCient%C3%ADfica/iniciacao09.pdf>. Acessoem: 10 jun. 2012.

ISARD, W. Interregional and regional input-output analysis: a model of a space- economy.ReviewofEconomicsandStatistics, n.33, p319-328, 1951.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 23 set. 2012.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Industrial Anual. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 18 set. 2012.

LOPES, A S. (1995), Desenvolvimento Regional: Problemática, Teoria, Modelos, Lisboa, F.C.G.

LEONTIEF, W. A Economia do Insumo-Produto. 1 ed. Coleção os Economistas. São Paulo. Nova Cultural, 1988.

MILLER,R.E. e BLAIR, P.D.  Input-output analysis: foundations and extensions. EnglewoodCliffs: Prentice-Hall, 2009.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em: < http://www.rais.gov.br>. Acesso em 30 ago. 2012.

PAULANI, L.M. e BRAGA, M.B. A Nova Contabilidade Social - Uma Introdução À Macroeconomia. 4ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

PORTER, M. A vantagem competitiva das nações. 8ª Ed. Rio de Janeiro. Campus, 1993.

Puga, F. P. (2003). Alternativas de apoio a MPMEs localizadas em arranjos produtivos locais [Texto para discussão Nº 99]. Rio de Janeiro, RJ: BNDES. Recuperado em 20 junho, 2004, de http://www.fundoamazonia.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/td/td-99.pdf

RICHARDSON, H.W. (1969), Economia Regional (Teoria da Localização, Estrutura Urbana e Crescimento Regional), ZAHAR EDITORES, Rio de Janeiro.

ROSSETTI, J.P. Contabilidade nacional: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 1987.

SANTOS, G. A. G.; DINIZ, E. J.; BARBOSA, E. K. Aglomerações, arranjos produtivos locais e vantagens competitivas locacionais. Revista do BNDES, v. 11, n. 22, Rio de Janeiro: BNDES. 2004. p.151-179

SESSO FILHO, Umberto Antonio; MORETTO, Antonio Carlos; RODRIGUES, Rossana Lott  and  GUILHOTO, Joaquim José Martins. Interações sinérgicas e transbordamento do efeito multiplicador de produção das grandes regiões do Brasil. Econ. Apl. [online]. 2003, vol.10, n.2, pp. http://www.scielo.br/pdf/ecoa/v10n2/a05v10n2.pdf acesso em 08 agost 2012

SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento Econômico. 4ª. Ed. Editora Atlas: São Paulo, 1999.

SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento Econômico. 5ª. Ed. Editora Atlas: São Paulo, 2005.

SOUZA, Nali de Jesus de. Economia Regional: Conceito e Fundamentos Teóricos. Perspectiva Econômica, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Ano XVI, v. 11, n. 32, 1981

SCATOLIN, F. D. et al. Análise do mapeamento e das políticas para arranjos produtivos locais no Estado do Paraná. In: CAMPOS, Renato; STALLIVIERI, Fábio; VARGAS, Marco Antônio, MATOS, Marcelo. (Orgs.). Políticas Estaduais para Arranjos Produtivos Locais no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Rio de Janeiro: E-papers, 2010.

THORBECKE, E. (2007): "The evolution of Development Doctrine, 1900-2005", in G. Mavrotos and Shorrocs (Editors), Advancing Development, Palgrave MackMillan

VASCONCELLOS, M.A.S. e PINHO, D.B. Manual de economia professores da USP. São Paulo: Saraiva, 2006.


1 Graduado em Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Norte do Paraná. Brasil. Endereço Eletrônico: edson.souza34@yahoo.com.br

2 Doutor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná PPGDE/UFPR. Professor do departamento de economia da Universidade Estadual do Norte do Paraná. Brasil. Endereço eletrônico: paulobrene@uenp.edu.br

3 Mestranda em Economia Regional UEL. Brasil. Endereço eletrônico: anacaravieri@gmail.com

4 Doutor em Economia Aplicada - ESALQ/USP. Professor do Programa de Mestrado em Economia Regional da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Brasil. Endereço eletrônico: umasesso@uel.br

5 Para análisehistoric aver: VAGGI, Gianni (2008) Historical antecedents of development economics. in: Dutt, A. and Ros, J. (Eds) International Handbook ok Development Economics. Vol. 1, pag. 97-110;

6 "Os economistas clássicos encontravam a prova desta proposição na lei da população de Malthus. Existe grande número de estudos do tipo 'aquilo que Malthus realmente quis dizer' (...)." (LEWIS, 1969, p. 410)

7 Releção Anual de Informações Sociais/ Ministério do Trabalho e Emprego, http://www.rais.gov.br/

8 Pesquisa Industrial Anual/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, http://www.ibge.gov.br

Vol. 35 (Nº 13) Año 2014
[Índice]
[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]