Espacios. Vol. 36 (Nº 08) Año 2015. Pág. 19

Alimentação do trabalhador e atividade física: uma análise com foco nas políticas e programas para promoção da saúde

Worker feeding and physical activity: a review with focus on policies and programs for health promotion

Eliana Aparecida Fagundes Queiroz BORTOLOZO 1; Luiz Alberto PILATTI 2; Maria Helene Giovanetti CANTERI 3

Recibido: 12/12/14 • Aprobado: 23/02/2015


Contenido

1. Introdução

2. Programas e Políticas de Alimentação e Nutrição

3. Alimentação e atividade física no contexto do trabalho

4. Programa de Alimentação do Trabalhador

5. Considerações Finais

6. Referências


RESUMO:
Este estudo teve por objetivo uma revisão crítica, no sentido de avaliar questões alimentares e de atividade física (AF), com foco nas Políticas Públicas e Programas de Incentivo à Saúde do Trabalhador. Foi estabelecida uma análise das Políticas de Alimentação e Nutrição e dos Programas de Incentivo à Prática da Atividade Física, incluindo as brasileiras, situando-as no contexto atual, o qual revela alta incidência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Os dados coletados em sites do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Associação Americana de Câncer foram utilizados como subídio para a discussão sobre Políticas e Diretrizes de Segurança Alimentar e redução de fatores de risco para as DCNT. Artigos da área científica foram coletados em bases de dados SciELO, Scopus e Science Direct. O resultado da pesquisa converge para a inegável questão de que AF e alimentação devem constituir objeto de investigação conjunta, em pesquisas e ações de promoção da saúde e Qualidade de Vida, com vistas a relacionar gasto energético e consumo alimentar no trabalho com o estado nutricional da população trabalhadora/ativa e com a prevenção de DCNT.
Palavras-chave: Alimentação do trabalhador. Atividade Física. Saúde do trabalhador.

ABSTRACT:
The purpose of this study was a critical review, in order to assess issues relating to food and physical activity (PA), with a focus on Public Policies and Programs to promote the health of the workers. An study of food and nutrition Policies and incentive Programs to the practice of physical activity was performed, including the Brazilian recommendations, placing them in the current context, revealing high incidence of chronic Non-Communicable Disease (NCDs). The data collected at sites of the Brazilian Ministry of Health, World Health Organization , Pan American Health Organization and American Association of Cancer. These data were used as directives to allow the discussion of Policies and Guidelines for Food Safety and reduction of risk factors for the NCDs. Articles of scientific area were collected in SciELO, Scopus and Science Direct. The result of this search converges to the undeniable issue that PA and human feeding should be the object of joint research, in studies and actions to promote the health and Quality of Life, furthermore, with a view to relate energy expenditure and food intake at work with the nutritional status of the population working/active and with the prevention of NCDs.
Key words: Worker feeding. Physical activity. Worker health

1. Introdução

As doenças nutricionais, relacionadas com a fome e a pobreza, ou com distúrbios mais comuns na sociedade atual, como obesidade e outras doenças degenerativas, têm desencadeado discussão e estabelecimento de políticas e metas, visando ao estabelecimento de ações que possam combatê-las (Vieira et. al., 2013).

Trata-se de preocupação pertinente, visto que, na atualidade, evidências epidemiológicas apontam que mudanças na alimentação e no nível de atividade física (AF) vêm contribuindo com a alta incidência, entre a população adulta, do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares (WHO, 2005). As DCNT causam cerca de 35 milhões de óbitos, a cada ano, representando 60% das causas de mortalidade no mundo, sendo que em países de baixa renda o índice pode se elevar a 80% (WHO, 2008). O panorama no Brasil é semelhante. O excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% (1974-75) para 50,1% (2008-2009), e nas mulheres o problema elevou-se de 28,7% para 48%, no mesmo período (IBGE, 2010).

Em atenção ao quadro das doenças de origem alimentar, as Políticas de Alimentação e Nutrição (PAN) são planejadas com o fito de promover e melhorar o estado nutricional dos indivíduos, do ponto de vista educativo e regulatório, tendo por meta controlar os distúrbios nutricionais e doenças associadas à alimentação e nutrição, além da promoção de práticas alimentares e de estilo de vida saudável (Recine e Vasconcelos, 2011).

Discussões sobre alimentação e AF do adulto ativo devem levar em conta, inclusive, a influência do ambiente do trabalho, uma vez que o adulto dedica, em média, cerca de dez horas de sua jornada diária ao exercício laboral, considerando o horário de refeição e o deslocamento, o que corresponde a mais da metade do tempo de vigília dos dias trabalhados (Ferreira et. al., 2009).

A promoção de hábitos saudáveis no ambiente de trabalho passa a ser, portanto, uma estratégia para mudanças do perfil da saúde do trabalhador, em oposição à alimentação inadequada e ao sedentarismo (Anderson et. al., 2009). Haja vista, neste caso, o prejuízo devido a duas questões associadas: mudança de hábitos alimentares (como aumento do consumo de alimentos mais calóricos) e redução do gasto energético, na realização de diversas atividades habituais e no ambiente de trabalho. Trata-se de novos hábitos, que vêm a diminuir o consumo de energia, seja no uso do transporte para se deslocar ao local de trabalho, seja no exercício profissional, e até mesmo no tempo de lazer (Sallis; Glanz, 2009).

A constatação dessa realidade leva à importância de se questionarem políticas e programas de alimentação e de atividade física no meio laboral, para identificar se representam, ou não, incentivo à adoção de estilo de vida mais saudável (Kushi et. al., 2012).

Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão crítica das questões alimentares dos trabalhadores, em associação com a AF, tendo-se em vista a promoção da saúde do trabalhador e o enfrentamento das DCNTs, a partir das diretrizes dos programas internacionais e nacionais.

Metodologia

O presente estudo foi estruturado com fundamento em uma investigação feita a partir da coleta de dados em sites do Ministério da Saúde (MS), The World Health Organization (WHO), Pan American Health Organization (PAOH) e American Cancer Society (ACS). Artigos científicos foram coletados em bases de dados SciELO, Scopus e Science Direct. A busca teve por base artigos publicados a partir de 2005, tendo-se em vista as evidências e estudos empíricos sobre o tema proposto. Para o estudo restropectivo dos PANs, foram coligidos estudos divulgados em diferentes datas, sendo utilizados os seguintes descritores com seus equivalentes na língua inglesa: Alimentação AND Políticas de Alimentação e Nutrição; Alimentação AND trabalhador; Alimentação ou Nutrição AND atividade física: Doenças Crônicas Não Transmissíveis And Alimentação ou Nutrição; Doenças Crônicas Não Transmissíveis And Atividade Física; Nível de Atividade Física AND trabalhador. A abordagem foi dividida em discussões referentes aos Programas e Políticas de Alimentação e Nutrição, Alimentação e Atividade Física no Contexto do Trabalho e Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

2. Programas e Políticas de Alimentação e Nutrição

Alimentação e nutrição passaram a ser consideradas, em âmbito internacional, um valioso meio para se garantir a saúde da população, à medida que a sociedade compreendeu a influência direta destas questões sobre a saúde humana. Haja vista a criação de agências especializadas no tema, dentro da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente a United National International Children Emergency Food, a Food and Agriculture Organization (FAO), a WHO e a PAHO, em decorrência das alterações políticas e econômicas verificadas após a segunda guerra mundial (Vasconcelos, 2001).

A ênfase da FAO é quanto a maior eficiência na produção de alimentos, assim como na sua elaboração, comercialização e distribuição, enquanto que a WHO adota ações relacionadas com manutenção e melhoria do estado de saúde, assim como prevenção de doenças (Helsing, 1997; Graça; Gregório, 2012).

Do final da Segunda Guerra Mundial até a década de 70, a principal preocupação era com as doenças relacionadas a carências de minerais, vitaminas, energia e proteínas, sobretudo ligadas à pobreza. As políticas, na época, tinham característica quantitativa, partindo do pressuposto de que não havia alimento ou distribuição adequada nos países pobres (Helsing, 1997; Kjaernes, 2003).

Segundo Graça e Gregório (2012), havia naquele período uma dualidade entre as Políticas Alimentares - que visavam à disponibilidade de alimento para os países pobres - e as Políticas Nutricionais, relacionadas com o consumo de certos nutrientes, voltadas para os países mais ricos. Já nos anos 50, contudo, os primeiro relatórios das FAO/WHO já discutiam, superficialmente, repercussões da alimentação sobre a saúde e sua possível relação com doenças degenerativas, em vista do consumo de dietas ricas em gorduras e carboidratos (Helsing, 1997).

A Primeira Conferência Mundial de Alimentação (Roma, 1974), promovida pelas Nações Unidas, foi considerada um marco na discussão das PANs. Os países signatários foram aconselhados a implementar políticas para melhorar o estado nutricional das populações, em especial dos grupos de risco, não apenas do ponto de vista da produção e distribuição dos alimentos, mas também do atendimento às necessidades nutricionais (Kjaernes, 2003).

A Política Nutricional da Noruega, desenvolvida em 1975, foi a primeira a enfocar, além da questão da disponibilidade de alimentos (visão quantitativa), o cuidado no consumo dos nutrientes (visão qualitativa), especificamente no que concerne à redução do teor de gordura presente na alimentação humana (Kjaernes, 2003). Na sequência, outros fatores relacionados com os alimentos foram alvos de debate na Comunidade Econômica Européia, tais como a conciliação entre os objetivos da agricultura, quesitos relacionados à saúde e garantia de alimentos seguros (CCE, 2000).

 Para Helsing (1997), entretanto, somente em 1992, na Segunda Conferência sobre Políticas de Alimentação e Nutrição, organizada pela WHO, em face do aumento da incidência das DCNTs, é que Alimentação e Nutrição foram apresentadas de forma mais abrangente, estabelecendo-se uma fusão entre as diretrizes quantitativas e as qualitativas.

Ainda em meados da década de 90, na União Europeia, as questões econômicas e sanitárias de comércio de alimentos se sobrepunham às nutricionais e de saúde, em função da crise alimentar, ocorrendo um retrocesso das PANs (Graça; Gregório, 2012). No ano de 2000, foi publicado pela Comissão Europeia o "Livro Branco de Segurança Alimentar", com propostas para assegurar alimentos de qualidade, da mesa ao prato. A garantia da segurança alimentar foi então assumida como uma das prioridades políticas da Comissão (CCE, 2000).

Na década de 2000, as questões alimentares, voltadas tanto para a disponibilidade de alimento seguro quanto para o atendimento das necessidades nutricionais, foram discutidas de forma mais efetiva no Primeiro Plano de Ação para Políticas Alimentares e Nutricionais da WHO-Europe. Tornou-se clara a necessidade da implantação de políticas de alimentação e nutrição, juntamente com a promoção do desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade ambiental (WHO-Europe, 2003).

Com o crescimento da incidência das DCNTs, sobretudo da obesidade, foi adotada em 2006 a Carta Europeia de Luta Contra a Obesidade, com o propósito de intensificar o combate à obesidade, a partir de políticas integradoras e intersetoriais, levando-se em conta o caráter multifatorial da doença. Foi possível observar a discussão conjugada de alimentação e promoção de vida mais ativa, caracterizando a incidência da obesidade como uma epidemia (WHO- Europe, 2006; Graça e Gregório, 2012).

O Segundo Plano de Ação para políticas alimentares e nutricionais (WHO European Region 2007-2012) foi desenvolvido em 2007, definindo como desafio o combate às DCNTs, a elevada incidência da obesidade entre crianças e adolescentes, as doenças carenciais por deficiência de nutrientes e as doenças de origem alimentar (WHO-Europe, 2008).

Outro Plano de Ação, aprovado na Assembleia Mundial de Saúde em maio de 2008, intitulado Action Plan for the Global Strategy for the Prevention and Control of Noncommunicable Diseases, tomou por base a importância do controle da dieta e a prática de AF para a promoção da saúde (WHO, 2008). Uma das metas fixadas, neste caso, foi no sentido de estimular as populações a escolhas dietéticas mais saudáveis e incentivar a prática regular de AF, que constituem ações estudadas em conjunto, como fatores ambientais importantes para a prevenção das DCNTs.

Para o período de 2006-2015, a PAHO mantém nas Américas um programa intitulado "Estratégia Regional e Plano de Ação para um enfoque integrado na prevenção e Controle de Doenças Crônicas", cuja finalidade é assegurar e promover o desenvolvimento e implantação de políticas públicas eficazes, do ponto de vista da alimentação saudável e AF, destinadas ao controle dos fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT (PAHO, 2007).

O documento Health 2020, elaborado pela WHO-Europe, aponta as DCNTs como um dos principais desafios das políticas de saúde no continente europeu. O mesmo traça como alvo melhorar significativamente o estado de saúde e bem-estar das populações dos 56 países signatários, através do fortalecimento da saúde pública para todos e com elevado nível de qualidade (WHO, 2012).

Uma discussão internacional foi apresentada na "Declaração de Adelaide sobre a Saúde em Todas as Políticas" (Austrália-2010), a fim de engajar líderes e formadores de política, em todos os níveis (local, regional, nacional, internacional), para incorporarem a promoção da saúde e do bem-estar no desenvolvimento de políticas sociais. Segundo o documento, boas condições de saúde - como a disponibilidade de alimentos saudáveis - são facilitadores, enquanto as más condições de saúde são obstáculos a qualquer política de governo (Graça; Gregório, 2012).

No caso específico do Brasil, a saúde pública enfrenta uma dualidade: de um lado, as doenças carenciais, geradas pela pobreza; de outro lado, as DCNTs, relacionadas com mudanças significativas nos hábitos alimentares e estilo de vida.

Os primeiros PANs no Brasil tinham como objetivo enfrentar as doenças carenciais. Estes programas foram importantes, na década de 70, quando se criou o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, e com ele o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PRONAN), com a finalidade de amenizar os problemas nutricionais do país, por meio de suplementação alimentar para grupos vulneráveis (lactentes, crianças e gestantes), bem como aumentar a produção e comercialização de alimentos básicos (Arruda; Arruda, 2007).           

No final dos anos 90, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, "considerando a necessidade do setor de saúde dispor de uma política decisiva quanto à alimentação e nutrição" (Brasil, 2006). Nessa abordagem, a partir de 2010, a alimentação no Brasil passou à condição de Direito Social Básico, tornando-se dever irretorquível, quanto à responsabilidade do Estado, de assegurar que todo cidadão brasileiro tenha acesso regular e permanente ao alimento, para atender a suas necessidades nutricionais, dentro de seu contexto histórico, social e cultural (Savio et. al., 2005; Burlandy, 2009).

São exemplos de ações em desenvolvimento, relacionadas com alimentação e nutrição da população brasileira, desenvolvidas pela Vigilância Alimentar e Nutricional, com o uso do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional: implementação do Guia Alimentar para a População Brasileira; Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável; Programa Saúde na Escola e Ações de controle e prevenção da Obesidade; Doenças Crônicas e Deficiências de micronutrientes, com foco na Anemia Ferropriva e Hipovitaminose A (Jaime et. al., 2011).

3. Alimentação e atividade física no contexto do trabalho

Internacionalmente, a alimentação do trabalhador enquadra-se nas diretrizes gerais de PANs e no incentivo, dentro das empresas, a práticas alimentares saudáveis, levando-se em conta que o estado nutricional do trabalhador que apresente carência ou problemas metabólicos, pode repercutir na qualidade do seu trabalho, no aumento do risco de acidentes de trabalho e no absenteísmo (Brasil, 2006; Santos et. al., 2007; Cash et. al., 2011). Os programas são desenvolvidos com base nas estratégias da WHO para a prevenção e controle das DCNTs, que, do ponto de vista alimentar, destaca a importância na redução do consumo de gordura saturada, de gordura tipo trans, de sal e de açúcar, assim como no aumento do consumo de frutas e hortícolas (WHO, 2008).

No caso da AF, diretrizes da prescrevem para pessoas adultas a prática de pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa, por semana (ACS, 2012). A WHO, por sua vez, estabelece que adultos devem realizar, no mínimo, 150 minutos semanais de atividade aeróbica (WHO, 2010). A AF pode estar vinculada à manutenção do peso corpóreo ideal, pressão arterial, perfil lipídico, adequada densidade capilar muscular e do miocárdio, efeitos benéficos sobre o sistema nervoso autônomo e capacidade cardiorrespiratória, entre outros fatores (Kushi et. al., 2012; Chau et. al., 2012)..

A promoção da AF na comunidade, escolas e ambiente de trabalho incluem a criação e melhoria de acesso a locais para prática AF, atividades de extensão, políticas de transporte, a fim de incluir pessoas de várias faixas etárias e diferentes grupos sociais (Lee et. al., 2012)..

Do ponto de vista do trabalhador, a implantação de programas de incentivo à AF parte do pressuposto de que atividades laborais mais cômodas vêm, ao longo do tempo, diminuindo o nível de gasto energético, gerando sedentarismo e aumentando o risco do desenvolvimento da obesidade (Allman-Faunelli et. al., 2010).

Vale apresentar alguns estudos que comprovam tendência a menor gasto energético nas atividades laborais, a relação de horas trabalhadas com sedentarismo e outros elementos de risco para DCNTs, realçando, ao mesmo tempo, efeitos positivos dos programas de alimentação e AF nas empresas.

Estudos epidemiológicos constatam associação entre altos índices de massa corpórea (IMC) e longas horas de trabalho (Anderson et. al., 2009; Kozàkova et. al., 2009). O excesso de peso, por sua vez, pode ser fator causal de doenças do trabalho, como distúrbios musculoesqueléticos e estresses (Anderson et. al., 2009). Foi feita uma investigação sobre AF de trabalhadores, paralelamente à qualidade da alimentação, usando-se para tal dados obtidos na denominada "Pesquisa Nacional de Hábitos de Lazer dos Trabalhalhadores da Indústria no Brasil". Como resultado, foi apontada uma relação entre baixo nível de AF e padrão alimentar inadequado (baixo consumo de vegetais) (Del Duca et. al., 2012).

Thorp et. al. (2012) investigaram o grau de AF entre trabalhadores, concluíram que aqueles que exercem funções administrativas apresentam maior chance de manter baixo nível de atividade física, em função da sua atividade laboral. Estes resultados evidenciam a necessidade de se avaliar o gasto energético no trabalho, levando-se em conta o risco potencial do sedentarismo no desenvolvimento das DCNTs.

Um estudo de Ford et. al. (2005) demonstraram, num grupo de 1626 indivíduos adultos que em seu tempo de lazer não praticavam qualquer AF, uma tendência para desenvolver, quase duas vezes mais, as DCNTs. Em outro estudo, o nível de AF de trabalhadores foi avaliado com base no Inquérito de Saúde da Austrália, cujos resultados revelaram que 42% dos homens e 47% das mulheres exerciam atividade ocupacional de baixo gasto calórico e estavam mais propensos a apresentar excesso de peso (Chau et. al., 2012).

Características sociodemográficas têm sido consideradas como fatores que impactam sobre o nível de AF de trabalhadores. Codarin et. al. (2010) constataram correlação entre AF insuficiente e nível escolar, medidas antropométricas, hábitos alimentares e turno de trabalho. Allman-Farinelli et. al. (2010) também observaram maior risco de obesidade em atividades sedendárias, associadas ao nível socioeconômico, a partir de estudo com 14.618 motoristas na Austrália, com idade entre 20-64 anos.

Considerando a importância do gasto calórico no trabalho, Tigbea et. al. (2011) investigaram a influência do tipo da atividade laboral (maior ou menor gasto calórico) sobre o estilo adotado fora do lugar de trabalho. Concluíram que, por parte daqueles com trabalho mais sedentário, não havia compensação pela adoção de atividade mais dinâmica fora do ambiente laboral. Apontam ser importante que haja projetos voltados à promoção da saúde, que possam elevar o gasto energético no ambiente de trabalho, ou talvez no transporte, como forma de aumentar a AF diária.

Anderson et. al. (2009) e French et. al. (2010) avaliaram positivamente a eficácia de programas nutrição e de programas de AF desenvolvidos no local de trabalho, com o propósito de promover peso saudável entre os funcionários e QV em geral.

Robroek et. al. (2009) e Conn et. al. (2009) observaram programas de AF no ambiente de trabalho, uma vez que este oferece uma estrutura apropriada para atingir grandes grupos, além de fazer uso de uma mesma rede socialConn et. al. (2009) consideraram os reflexos dessas ações no comportamento de prática de atividade física, impactos sobre valores bioquímicos e antropométricos, efeitos sobre a qualidade de vida no trabalho. Entretanto, em estudo de revisão sistemática sobre estes programas, Robroek et. al. (2009) demonstraram ser baixa a adesão voluntária dos trabalhadores a estes programas (inferior a 50%), o que reduz a eficiência dos mesmos.

 No Brasil, existem programas regionais de incentivo à prática de AF, mas que não são exclusivos para o trabalhador. Entre eles, o Programa Nacional de Educação e Saúde através do Exercício Físico e do Esporte (criado nos anos 80); o Agita São Paulo (criado nos anos 90); o Curitiba Ativa (criado nos anos 90); o Agita Brasil (criado nos anos 2000) (Ferreira; Najar, 2005; MS, 2011).

Os resultados aqui expostos assinalam que as empresas podem oferecer programas de AF e nutrição, como estratégia eficiente para promoção de saúde dos seus trabalhadores. Os programas, porém, têm caráter de ordem educativa e acesso voluntário, com base nas evidências científicas, mas sem apoio estratégico de políticas públicas, podendo tornar-se pouco efetivos.

4. Programa de Alimentação do Trabalhador

No caso específico da alimentação, o Brasil mantém desde 1976 um programa específico para a alimentação do trabalhador, denominado Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Como parte do PRONAN, o PAT foi implantado pela Lei 6.321, visando à saúde do trabalhador brasileiro, principalmente os de baixa renda (Brasil, 1976; Brasil, 2006). A implantação de um programa voltado para o adulto trabalhador tomou por base a importância deste sujeito no âmbito da família e no meio produtivo (Santos et. al., 2007).

Segundo as diretrizes do PAT, a empresa cadastrada no programa deve atender a todos os trabalhadores com remuneração mensal inferior a cinco salários mínimos (Santos et. al., 2007). O programa possibilita às pessoas jurídicas e pessoas físicas a dedução das despesas com a alimentação dos trabalhadores, em até 4% do imposto de renda devido. O PAT tem como objetivo melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas na QV, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade (MTE, 2005). O acesso à alimentação se faz pela provisão de refeições servidas no local de trabalho ou pelo fornecimento de vale-refeição ou cesta básica (Brasil, 1976).

Desde a sua implantação, o objetivo central do PAT foi definido para proporcionar alimentação saudável aos trabalhadores de baixa renda, podendo ser também ampliado para outros que percebam renda maior. Alimentação saudável pode ser definida como "um padrão adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, respeitando os princípios de variedade, de moderação e do equilíbrio, dando-se ênfase aos alimentos regionais e respeito ao seu significado socioeconômico e cultural, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional" (Brasil, 2006).

Em 2006, foi publicada nova diretriz do PAT, justamente para adaptá-lo a mudanças ocorridas na realidade do estado nutricional do adulto (Brasil, 2006). Estas alterações têm como fio condutor o Direito Humano à Alimentação e à Segurança Alimentar e Nutricional, com principal enfoque sobre a promoção de boas práticas alimentares e estilos de vida mais saudáveis. Trata-se, porém, de um programa de enfoque restrito à alimentação, sem renovação nas suas diretrizes da relação direta entre alimentação e AF.

Têm surgido questionamentos quanto à efetividade do PAT, isto é: quanto à finalidade proposta de estar, ou não, sendo adaptado ao planejamento dos cardápios, para atender às necessidades nutricionais, em função das diferentes atividades laborais. Um dos motivos é a elevada incidência de fatores de risco de DCNTs, como hipertensão e obesidade, verificados em trabalhadores assistidos pelo programa (Veloso et. al., 2007; Araújo et. al., 2010; Previdelli et. al., 2010).

No levantamento de dados para pesquisa, foram constatadas várias inadequações do ponto de vista nutricional, com excesso de alguns nutrientes - como proteínas, gorduras e sódio (Amorim; Junqueira, 2005; Veloso et. al., 2007; Bandoni; Jaime, 2008; Araújo et. al., 2010; Previdelli et. al., 2010; Carneiro et. al., 2013) e carência de outros, como carboidratos e fibras (Stole et. al., 2006; Veloso et. al., 2007; Previdelli et. al., 2010).

Araújo et. al. (2010) conduziram um estudo longitudinal sobre a alimentação do trabalhador no Brasil, chegando a dados comprobatórios de que o principal motivo (70,59%) da adesão das empresas ao PAT se refere ao incentivo fiscal. Bandoni et. al. (2008), interpretando o discurso de gestores de empresas incluídas no programa, observaram falta de ênfase quanto à promoção da alimentação saudável e da saúde. Stole et. al. (2006) analisaram a concepção, por parte dos trabalhadores, também sobre o programa em pauta. Concluíram que o desenvolvimento do PAT não consegue efetivamente motivar mudanças nos hábitos alimentares dos trabalhadores, a ponto de refletir-se diretamente na sua qualidade de vida (QV).

Os dados coletados demonstram que o cumprimento das diretrizes do PAT, de forma global, não vem sendo efetivo. Torna-se relevante a necessidade de resgatar o papel educador e de incentivo a uma alimentação adequada, que constitui os objetivos iniciais do programa, mas que nem sempre estão sendo cumpridos.

5. Considerações Finais

Alicerçada pelo consenso presente na literatura revisada, quanto ao papel que a nutrição e a AF exercem sobre a saúde do indivíduo, torna-se válida a afirmação de que o ambiente de trabalho pode contribuir com a mudança do estilo de vida e melhora da saúde. Para tanto, faz-se importante a adoção de alimentação mais saudável e prática de AF, com apoio de programas educativos voltados para a saúde do trabalhador, conforme demonstram diversos estudos experimentais.

É de se concordar, portanto, que - juntamente com a transição nutricional - o sedentarismo no trabalho ou no lazer determina a necessidade de se estimular o trabalhador para que adote estilo de vida mais ativo. Pelo visto, programas aplicados dentro das empresas, que estimulam a prática de AF associada à promoção de uma alimentação saudável, alcançam efetividade sobre o perfil nutricional dos trabalhadores. O fato é que as Políticas e Programas para enfrentamento das DCNTs no adulto ativo têm características adequadas ao ambiente social e de lazer, sem meta específica direcionada para aplicação no ambiente do trabalho.

Os estudos de referência deixaram explícito que a implantação do PAT nas empresas brasileiras não tem garantido que os trabalhadores assistidos sejam mais saudáveis, do ponto de vista nutricional. O programa carece de adequação da composição energética e nutricional às especificidades dos trabalhadores, considerando o dispêndio energético durante a atividade laboral.

Todo o conteúdo exposto ao longo da presente pesquisa leva à conclusão de que as políticas de incentivo à AF permanecem desagregadas da questão alimentar, além de não especificarem as ações destinadas à população de adultos trabalhadores.

6. Referências

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1. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Bolsista Capes – Programa Doutorado Sanduiche (Protocolo 4284/14-3). email: bortolozo@utfpr.edu.br
2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Bolsista de Produtividade em Pesquisa, CNPq. Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. email: lapilatti@utfpr.edu.br
3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Professora do Departamento de Alimentos e do Programa de Engenharia de Produção. email:. canteri.mhg@gmail.com.


Vol. 36 (Nº 08) Año 2015
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