Espacios. Vol. 36 (Nº 24) Año 2015. Pág. 9

Sustentabilidade empresarial através da logística reversa: Um estudo de caso em uma cooperativa de laticínio

Strategic fleet management as a tool to reduce logistics costs: A cattle transport company

Hélio Raymundo FERREIRA FILHO 1, Rafaela Ribeiro SIQUEIRA 2, Elielton Gregório DE LIMA 3, Cristiane da Silva OLIVEIRA 4, Ewesley Pantoja DE SANTANA 5, Aline de Oliveira FERREIRA 6, Vitor William Batista MARTINS 7

Recibido: 18/08/15 • Aprobado: 28/09/2015


Contenido

1. Introdução

2. Logística

3. Metodologia

4. Estudo de Caso

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:

A logística reversa atualmente é assunto bastante enfatizado por causa da sua relação com o processo produtivo das empresas e com o meio ambiente. Este artigo aborda a aplicabilidade da metodologia da logística reversa em uma cooperativa de laticínio situada na mesorregião do Sudeste do Pará. A cooperativa de laticínio, anos atrás, tentou adotar uma política de recolhimento de suas embalagens pós – uso, tendo como parceiros os seus canais de distribuição, porém não obteve sucesso. A partir dessa iniciativa do passado, o trabalho demonstrou o beneficio de retomarem a ação de uma responsabilidade sócio - ambiental. O procedimento técnico adotado foi o estudo de caso com pesquisa aplicada, a coleta de dados foi feita através da observação direta no chão de fábrica e entrevista com o gerente geral da cooperativa. Os resultados encontrados foram: o retorno das embalagens plásticas para que possa ter um destino correto e transformado em matéria-prima secundária.
Palavras-chave: Logística; Logística Reversa; Sustentabilidade; Embalagens Plásticas.

ABSTRACT:

The reverse logistic is currently a very emphasized subject due to its relationship with the companies's productive process and the environment. This article approaches the applicability of reverse logistics methodology on a dairy corporation located in the Southeastern middle region of Pará. The Dairy Corporation, years ago, attempeted to adopt a policy to collect its packages after used, working with the distribution channels as partners in the process, however the policy didn't succeeded. From this past initiative, the work has demonstrated the benefit of retaking this action of social-environmental responsibility. The adopted technical procedure was a case study along with applied research, the data collection was conducted through direct observations at the factory floor and an interview with the corporation's general manager. The results found were: the return of plastic packages in order to provide it a correct destination and to transform it in secondary raw material.
Keywords: Logistics, Reverse Logistics, Sustainability, Plastic Packing

1. Introdução

O acelerado desenvolvimento registrado na última década do século XX, motivado sobretudo pela evolução, miniaturização e redução dos custos de aquisição das novas tecnologias, continuou a ocorrer nos primeiros anos do século XXI. Na era da informação, a conectividade proporcionada pela Internet permitiu o surgimento de novas aplicações e modelos de negócios que rapidamente se espalharam, derrubando fronteiras geográficas tradicionais. Neste contexto, os produtos podem ser fabricados de acordo com especificações exatas e, rapidamente, despachados para consumidores em locais espalhados pelo mundo, uma vez que existem sistemas logísticos capazes de assegurar que os compradores terão suas demandas atendidas no momento certo. Os pedidos perfeitos – entregar a variedade e a quantidade desejada de produtos no local certo pontualmente, sem danos -, antes exceção, agora estão se tornando a expectativa (BOWERSOX et al., 2014).

Nota-se então que, em razão deste desenvolvimento tecnológico, há uma constante mudança de padrões de comportamento dos consumidores, pois, as exigências estão tornando-se maiores com relação à diferenciação de produtos e serviços. As empresas para não perder espaço no mercado, são forçadas a seguir o padrão de demanda estabelecido, visando atender as necessidades do mercado consumidor.

Neste contexto, de crescimento populacional, evolução industrial, as tecnologias cada vez mais agressivas ao meio ambiente passaram a demonstrar à exaustão, a fragilidade e o caráter finito dos recursos naturais. Assim a logística reversa tem se apresentado como alternativa para implementar as crescentes exigências do mercado de atender às exigências para se tornarem mais verdes, representando para alguns setores da economia a alternativa de demonstrar que, efetivamente perseguem a sustentabilidade empresarial.

Diversos são os motivos que tornam a logística reversa um assunto tão relevante nos dias atuais, dentre eles: a redução do ciclo de vida mercadológico dos produtos, o surgimento de novas tecnologias e de novos materiais em suas constituições, sua obsolescência precoce e a ânsia descontrolada dos consumidores por novos lançamentos e os altos custos de reparos dos bens diante de seu preço de mercado. Após o processo logístico direto são gerados diversos resíduos, tanto de bens no final de sua vida útil, como também de bens sem ou com pouco uso (GUARNIERI et al., 2006).

Mas, o que fazer quando, motivados por alguma inconformidade do produto, ou mesmo quando este chegou ao fim da sua vida útil, e é preciso dar-lhe um destino, quer seja retornar ao fabricante, enviar para o desmanche ou a reciclagem, destiná-lo ao aterro sanitário, desconhecer todas estas possibilidades e simplesmente atirá-lo à natureza na expectativa que o mesmo o decomponha ao longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente.

Souza (2012) diz que uma família americana da classe média gera cerca de uma tonelada de resíduos sólidos por ano: 16% desses resíduos podem ser categorizados com bens duráveis, isto é, bens que podem ser usados várias vezes por longos períodos.

Uma boa parte dos materiais utilizados na produção de bens duráveis são recursos não renováveis (por exemplo, o zinco), embora o percentual de reciclagem dos bens duráveis seja da ordem de 18% do valor coletado. É evidente, neste contexto, que a sociedade, órgãos governamentais, e as empresas precisam reagir para enfrentar este processo que leva a exaustão dos recursos minerais existentes no planeta sem que haja uma contrapartida em defesa do meio ambiente.

Dias (2015) registra que as 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo (aproximadamente 7% da população mundial) são responsáveis por 50% das emissões globais de carbono, enquanto os 3 bilhões mais pobres são responsáveis por apenas 6%. Os 16% mais ricos do mundo são responsáveis por 78% do total do consumo mundial, ficando para os 84% restantes apenas 22% do total global a ser consumido.

Esses números evidenciam a existência de um desequilíbrio na relação população * consumo, embora os danos que os elevados níveis de consumo que ocorre em áreas mais desenvolvidas sejam distribuídos equitativamente por toda a população mundial, uma vez que uma parte considerável dos resíduos produzidos acaba por ser depositado na atmosfera, ou nas águas superficiais ou subterrâneas do planeta.

As projeções atuais indicam que se continuarmos a extrair no ritmo atual, as previsões com base nas reservas conhecidas e comprovadas indicam que os depósitos de índio e gálio, produtos usados na produção de semicondutores, estarão e esgotadas em 2007 (gálio), e 2037 (zinco) (SOUSA, 2012).

Diante deste quadro, este artigo tem como objetivo demonstrar a viabilidade da adoção das práticas de logística reversa como diferencial competitivo em uma cooperativa de Laticínio, localizada em mesorregião do sudeste paraense. A cooperativa de laticínio tem como produtos: iogurte, leite, doce de leite, manteiga e queijos. Todos eles para sua embalagem utilizam PEBD (polietileno de baixa densidade) e PET – Poli(tereftalato de etileno), deste modo o estudo faz-se uma referência à produção da empresa, onde a quantidade de embalagem utilizada para o acondicionamento dos produtos possa ter um fluxo reverso para atuar de forma sustentável, promovendo seu papel social às práticas de seus negócios.

O artigo está organizado em 5 seções. Inicia-se por uma breve introdução do assunto pesquisado, na seção 2 referencial teórico caracterizando a logística reversa, seção 3 apresenta-se o método de pesquisa, na seção 4 mostra-se o estudo de caso, já na seção 5 as considerações finais por fim estão as referências bibliográficas utilizadas.

2. Logística

Logística vem do grego "logos", que quer dizer "ordem", ou do francês "loger", que quer dizer "alojar". As primeiras aplicações de logística ocorreram no meio militar, onde tinham o propósito de suprir as necessidades de movimentação das tropas. Essa orientação prevaleceu até o final da Segunda Guerra Mundial. Em seguida, seu uso foi estendido para empresas do setor de manufatura com o propósito de determinar todas as atividades focadas na aquisição, movimentação e gerenciamento de materiais. Entretanto, os problemas de logística estão presentes no setor de serviços, como por exemplo, na distribuição de gás, água, serviços postais, coleta de resíduos sólidos urbanos, na manutenção de estradas e de redes de energia elétrica e nas atividades de pós-venda das empresas de manufatura (GHIANI, LAPORTE e MUSMANNO, 2013).

Nesse universo de crescentes exigências em termos de produtividade e de qualidade do serviço oferecido aos clientes, as organizações passaram a se preocupar mais com a qualidade do fluxo de bens dentro do processo produtivo, com o objetivo de atender bem ao cliente e conseqüentemente fidelizá-lo, mas para isso houve a necessidade de mudar suas estratégias de modo a se tornarem mais flexíveis e ágeis para continuarem a existir.

Logística é a função organizacional responsável pelo transporte e entrega do produto certo, na quantidade certa, nas condições contratadas, no local certo, no momento certo, para o cliente certo (SANDERS, 2012). Trata-se, segundo este autor de transportar, armazenar e movimentar os produtos ao longo da cadeia de suprimentos. Refere-se à responsabilidade de projetar e administrar sistemas para controlar o transporte e a localização geográfica dos estoques de materiais, produtos inacabados e produtos acabados pelo menor custo total (BOWERSOX et al., 2014). É a parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla, eficaz e eficientemente, o fluxo bidirecional (para frente e para trás) e armazena mercadorias, serviços, além de informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo com intuito de atender os clientes (CSCMP, 2015).

Logística direta é o processo de gerenciar estrategicamente na empresa a aquisição, movimentação e armazenagem de matéria-prima, peças, produtos acabados e demais materiais, além dos fluxos de informação recíprocas, através da organização de seus canais de marketing, tornando possível a maximização das lucratividades presentes e futuros através do atendimento dos pedidos dos clientes a custos reduzidos (CHRISTOPHER, 2007).

Nesse contexto, a logística assume um papel crucial na evolução dos negócios da organização, uma vez que precisa responder prontamente às expectativas dos clientes, que são influenciadas pelas mudanças e transformações que ocorrem continuamente, exigindo que todas as funções organizacionais atuem de forma integrada.

A proposta de gerenciar a logística de forma integrada é necessária, pois precisa-se enxergar a organização como o único sistema do qual vários processos fazem parte, conectados por intensa troca de informações, tendo por objetivo final a plena satisfação do cliente.

Com base nessa visão de integração, Guarnieri (2011), diz que é possível construir a cadeia logística integrada a partir de quatro áreas de atuação: logística de suprimentos, logística de produção, logística de distribuição e, recentemente. a logística reversa.

  1. Logística de suprimentos ou de entrada operacionaliza as relações entre a empresa e seus fornecedores;
  2. Logística de produção administra todos os recursos e áreas na conversão de materiais em produtos acabados;
  3. Logística de distribuição ou de saída envolve as relações entre a empresa e seu consumidor final;
  4. Logística reversa que operacionaliza o retorno dos bens pós-venda e pós consumo ao ciclo produtivo e/ou negócio.

Nosso modelo produtivo foi construído com base na premissa da extração, produção, distribuição e descarte. O endurecimento das legislações ambientais e da pressão por parte de entidades ligadas e proteção do meio ambiente, que lutam por mudanças nesse modelo que não privilegia a produção sustentável e a reciclagem, tão pouco o descarte responsável e adequado, quando já não for mais possível a aplicação de processos para recuperação de valor a partir dos resíduos gerados. Por essa razão, agregação de valor, o fluxo para frente, logística direta (suprimentos, produção e distribuição) sempre teve mais atenção por parte dos gestores, enquanto que o fluxo reverso era visto como sendo dispendioso e pouco reconhecido por parte dos consumidores.

Sendo assim, considerando o exposto anteriormente, a logística reversa surge como alternativa para dar uma destinação correta a esses resíduos e pode ser definida como sendo o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo de matérias de forma eficaz e com eficiência de custo no inventário do processo, em produtos terminados e a informação relacionada, do ponto de consumo ao ponto de origem no intuito de reagregar valor ou descartar de forma apropriada (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998). É o processo onde empresas podem se tornar ambientalmente eficientes, através da reciclagem, reuso e redução da quantidade de material usado (CARTER; ELLRAM, 1998). Refere-se às atividades associadas ao manuseio e ao gerenciamento de equipamentos, produtos, componentes, materiais, ou mesmo toda a estrutura física que compõe um sistema, para fins de recuperação de valor (DE BRITO; DEKKER, 2002). É o processo de movimentar mercadorias de seu ponto de consumo ou uso até o elo adequado na cadeia de suprimentos com a finalidade de capturar qualquer valor residual por meio de remanufatura ou restauração, ou para dar-lhes um fim adequado (GRANT, 2013). É o termo em geral usado para descrever o processo de trazer de volta os produtos, normalmente no fim da vida destes, mas também para recalls e reparos (CHRISTOPHER, 2011). Tem recebido especial atenção por parte dos pesquisadores pelo seu papel na recuperação de valor a partir de produtos usados, contribuindo para tornar o meio ambiente mais sustentável (POKHAREL; MUTHA, 2009).

Em 2010, foi sancionada pelo Governo Federal a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A PNRS define logística reversa como sendo o instrumento de desenvolvimento econômico social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (PNRS, 2010).

A logística direta pode ser entendida como um processo divergente, onde um produto deixa a instalação do produtor e chega a diversos clientes. Já a logística reversa trata-se de um processo onde predomina a convergência, uma vez que os produtos saem dos diversos clientes chegando a poucos locais de recepção. Esta situação de divergência na localização dos pontos, onde se localizam os objetos do retorno, ou torna o processo de logística reversa mais complexo, com elevado grau de incerteza quanto a previsão de quantidade de produtos a serem coletados, assim como o estabelecimento da rota a ser seguida pelos responsáveis pela coleta (GRANT, TRAUTRIMS; WONG, 2013).

Para GUARNIERI (2011), a logística reversa atua em dois segmentos: logística reversa de pós-venda e logística reversa de pós-consumo.

A logística reversa de pós-venda é a área da logística reversa que trata do planejamento, do controle e da destinação dos bens sem uso ou com pouco uso, que retornam à cadeia de distribuição por diversos motivos: devoluções por problemas de garantia, avarias no transporte, excesso de estoques, prazo de validade expirado etc. Já a logística reversa de pós-consumo pode ser definida com a área da logística reversa que trata dos bens no final da vida útil, dos bens usados com possibilidade de reutilização (embalagens) e os resíduos industriais.

Pereira et al. (2012) afirmam que a logística verde ocupa-se em compreender e minimizar os impactos ecológicos gerados pelas atividades logísticas. Tais atividades incluem ainda a medição do impacto ambiental gerado pelos diversos meios de transportes, certificações ISSO 14.000, redução de consumo de energia, bem como a redução do uso de materiais.

Alguns autores utilizam a expressão CLSC – Closed Loop Supply Chain (Cadeia de Suprimentos de Ciclo Fechado), para referir-se as práticas de logística reversa. As cadeias de suprimento de ciclo fechado são estruturas organizacionais, concebidas e gerenciadas para considerar de forma explícita as atividades relativas aos fluxos para frente e reverso, existentes nas cadeias de suprimentos (SOUZA, 2012).

Mais recentemente, motivadas por adotar uma postura mais sustentável, algumas empresas passaram a seguir as práticas definidas pela GSCM – Green Supply Chain Management (Gestão de Suprimento da Cadeia Sustentável), que pode ser conceituada como a integração ambiental na cadeia de suprimentos, incluindo a concepção do produto, a procura e a seleção de material, os processos de fabricação, a entrega do produto final aos consumidores e a gestão do produto após o término do seu ciclo de vida (SRIVASTAVA, 2007). Este processo consiste na incorporação do alinhamento e da integração das práticas de gestão ambiental nos princípios que norteiam o desenvolvimento e funcionamento das cadeias de suprimento (SARKIS, 2003).

Por outro lado, Lambert et al. (2008), preferem usar o termo "gestão do retorno dos produtos", em vez de logística reversa, e definem gestão do retorno como sendo: A parte da gestão da cadeia de suprimentos que inclui o retorno, a logística reversa, a identificação e a determinação dos itens que podem ser retornados, e das alternativas para restringir o número de solicitações de retorno. [...] Afirmam, ainda, que outras atividades tais como, por exemplo, a remanufatura, o reaproveitamento de produtos devolvidos por inconformidades com as exigências do consumidor, a devolução de produtos sazonais, mantidos em estoque pelos varejistas, os produtos inservíveis ou nocivos à saúde humana, os equipamentos obsoletos e produtos recuperados através de processos judiciais são atividades relacionadas com a gestão do retorno.[...] Nos Estados Unidos, os custos com a gestão do retorno são estimados ser em torno de 6% das receitas totais das empresas que atuam no comércio varejista, e os custos logísticos, associados à gestão de retorno, representam cerca de 4% dos custos logísticos totais.

Leite (2009) aponta como motivos estratégicos, para que as empresas trabalhem seus sistemas de fluxo reverso, os seguintes aspectos:

  1. Razões competitivas: Diferenciação por serviço;
  2. Limpeza do canal de distribuição;
  3. Proteção de Margem de Lucro;
  4. Recaptura de valor e recuperação de ativos.

Quaisquer que sejam os motivos que têm levado as empresas a se preocuparem com o retorno de seus produtos e/ou materiais e a tentar administrar este fluxo de maneira empírica ou científica, isto representa colocar em ação os procedimentos estabelecidos pela Logística Reversa.

Um dos maiores entraves para implementação de estruturas de logística reversa é a realização de estimativas razoável dos custos desses processos. Para as empresas, o ponto de partida, tem sido calcular seus custos, partindo da premissa que eles ocorrem sempre no sentido para frente e utilizam médias históricas de custo do transporte de tonelada/km, para compor seus orçamentos de custo para as atividades futuras. Além disso, os custos de manuseio associados com o retorno podem ser mais elevados, considerando-se a necessidade de classificar, embalar os produtos de tamanhos variados que devem retornar aos pontos de origem.

Para Norek (2002), a quantificação dos custos deve incluir todos os custos associados ao processo de retorno, mão-de-obra, transporte, armazenagem e custo do carregamento dos estoques, manuseio dos produtos, embalagens, custos das transações e documentos necessários e outros custos associados.

2.1 Importância da Logística Reversa como sobrevivência empresarial

Mello e Ohse (2014) destacam que a logística reversa possui papel fundamental na preservação do meio ambiente. Com o aumento da velocidade do descarte dos produtos em geral, criar um canal para esses descartes tornou-se parte da estratégia das organizações que obedecem às leis vigentes e que possuem uma sensibilidade social sobre esses fatores.

Com a Logística Reversa torna-se possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo. Esse retorno, conforme Leite (2009) explica, representa a possibilidade de agregar valores de várias naturezas: econômico, de serviços, ecológico, legal, de imagem corporativa, logístico, dentre outros, todos de grande importância na esfera empresarial. As empresas têm sido incentivadas a fazerem investimento na implementação de processos de logística reversa como forma de obter ganhos financeiros através da remanufatura de produtos usados e devolvidos por algum motivo, como por exemplo, nas situações em que ocorrem a remanufatura desses produtos (SARKIS; HELMS; HERVANI, 2010; GOVINDAN; POPIUC; DIABAT, 2013).

Logo, a Logística Reversa possui um importante papel prático e estratégico para a implementação de medidas voltadas à preservação do meio ambiente e a busca da sustentabilidade. É por meio de iniciativas muitas vezes simples como por exemplo a colocação de recipientes para realização da coleta seletiva, que as empresas podem dar os primeiros passos na tomada de decisões, no sentido de reduzir os riscos de suas atividades para o meio ambiente e, assim, exercerem seu papel perante a sociedade promovendo o desenvolvimento sustentável e a sobrevivência empresarial.

3. Metodologia

A pesquisa teve como base os conceitos de Logística Reversa realizado em uma cooperativa agropecuária de produtos lácteos. O presente artigo pode assegurar que no ponto de vista da sua natureza é uma pesquisa aplicada, segundo Silva e Menezes (2001) objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

A abordagem do problema é quantitativa e qualitativa. Quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito (SILVA; MENEZES, 2001).

O enfoque qualitativo foi utilizado uma vez que se buscava compreender a perspectiva dos participantes (indivíduos ou grupos pequenos de pessoas que serão pesquisados) sobre os fenômenos que os rodeiam, aprofundar em suas experiências, pontos de vista, opiniões e significados, isto é, a forma como os participantes percebem subjetivamente sua realidade. Também é recomendável escolher o enfoque qualitativo quando o tema do assunto foi pouco explorado, ou que não tenha sido realizada pesquisa sobre ele em algum grupo social específico (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).

Nos procedimentos técnicos, foi realizado o estudo de caso apoiado em uma pesquisa bibliográfica: Realizaram-se pesquisas em livros, artigos científicos e dissertações de mestrado, com a finalidade do introdutório sobre o tema envolvido no estudo. A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um assunto, tema ou problema com base em referências publicadas em livros, periódicos, revistas enciclopédias, dicionários, jornais, sites, CDs, anais de congresso etc. Busca conhecer, analisar e explicar contribuições sobre determinado assunto, tema ou problema (MARTINS; THEÓPHILO, 2009). Por outro lado, o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos (YIN, 2015). A aplicação do método do estudo de caso é mais apropriada quando o pesquisador se depara com uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados (MARTINS; MELLO; TURRIONI, 2014).

De posse da revisão bibliográfica, foi efetuada a escolha da empresa onde desenvolveu-se o estudo. A empresa escolhida foi uma cooperativa de laticínio; para analisar a aplicabilidade da Logística Reversa. Para etapa relativa a coleta dos dados, optou-se pela realização de entrevista informal, uma vez que havia necessidade de esclarecer algumas questões pertinentes aos processos adotados pela empresa. A entrevista foi realizada com o gerente geral responsável pela cooperativa, então realizou-se duas visitas à cooperativa, sendo que em uma delas foi feita a entrevista com o responsável e a outra foi realizada uma visita às instalações da fábrica, onde foi possível visualizar o processo produtivo, desde os insumos até o envasamento das embalagens.

4. Estudo de Caso

4.1 Característica da Empresa

A empresa estudada localiza-se na mesorregião do sudeste do Pará, tendo como segmento o ramo de produtos lácteos. A cooperativa começou suas atividades no ano de 1991, sendo, primeiramente, uma indústria de pequeno porte e com uma linha pequena de produção da matéria prima (leite) originaram os primeiros produtos, tais como: queijo mussarela, queijo ricota, frescal e a industrialização do leite. No ano de 2005, a empresa expandiu a sua linha de produção desenvolvendo uma linha de iogurtes, doce de leite, manteiga e outras variedades de queijo, isso deu a expansão de novos mercados consumidores.

Hoje possui um quadro de 30 funcionários, tornando-se a principal empresa do município, e também é parte fundamental da economia agropecuária, pois, atinge produtores de leite de pequeno a grande porte, com a comercialização na região local, proximidades e nesse cenário atual a empresa está com a proposta para o próximo semestre de expandir a sua comercialização para fora do estado do Pará.

4.2 Resultados e Discussões

De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI, 2015), grande parte dos plásticos transformados pela indústria é destinada ao setor de embalagens em geral, ou seja, produtos de baixo tempo de ciclo de vida e, portanto, de grande descartabilidade, configurando uma das principais preocupações ambientais da sociedade moderna.

Para Leite (2009) as embalagens descartadas pela sociedade representam um aspecto negativo para o meio ambiente, sendo que os vários tipos delas podem contribuir significativamente com as questões mercadológicas e logísticas se forem descartáveis. Diversas tecnologias estão sendo implementadas para torná-las mais leves, transparentes, seguras e baratas, adaptando-se às necessidades dos clientes e auxiliando na distribuição física. Assim, esse segmento representa um dos mais importantes canais de distribuição reversos, tendo em vista a revalorização pelo sistema de reciclagem.

A Cooperativa de Laticínio, de domingo á domingo, produz iogurte, manteiga, doce de leite e leite pasteurizado, além de cinco tipos de queijos (frescal, reino, mussarela, ricota e prato). Para cada produto, é utilizada uma quantidade significativa de embalagens plásticas que são distribuídas diária, semanal e/ou mensalmente, de acordo com a Tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – Utilização de embalagem por produto

Produto

Produção Semanal (Un)

Produção Mensal (Un)

Produção Anual (Un)

Iogurte 130 ml

3.000

12.000

144.000

Iogurte 250 ml

3.000

12.000

144.000

Iogurte 350 ml

1.500

6.000

72.000

Iogurte 1 l

1.500

6.000

72.000

Manteiga 250g

-

350

4.200

Manteiga 500g

-

150

1.800

Doce de Leite 250 g

-

500

6.000

Leite 1 l

14.000

56.000

672.000

Queijo Frescal 1 pct

120

480

5.760

Queijo Reino 1 pct

120

480

5.760

Queijo Mussarela 1 pct

1.050

4.200

50.400

Queijo Ricota 1 pct

250

1.000

12.000

Queijo Prato 1 pct

100

400

4.800

Total

24.640

99.560

1.194.720

Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

No total conforme a Tabela 1 a empresa utiliza 1.194.720 embalagens por ano para o acondicionamento dos seus produtos onde são utilizados dois tipos de plásticos, sendo eles, polietileno tereftalato (PET) e polietileno de baixa densidade (PEBD). O PET é próprio para uso alimentício e tem como benefício ser transparente, inquebrável, impermeável e leve, já o PEBD é próprio para embalar leite e outros alimentos, tem como vantagem ser flexível, leve, transparente e impermeável.

Por meio da pesquisa constatou-se que o conceito de logística reversa ainda é pouco conhecido e difundido. De acordo com Leite (2009), esse conceito está em plena evolução. Tal ocasião pôde ser confirmada no questionário aplicado in loco, em que o responsável pela cooperativa foi indagado a respeito do conhecimento sobre o termo logística reversa. O representante da cooperativa de laticínio desconhece o termo, todavia informou que, algum tempo atrás, na gestão passada, tentou-se criar parcerias com os seus canais de distribuição com a prática de recolhimento de embalagens, realizando, inclusive, promoções como incentivo. O projeto não obteve sucesso, principalmente pelo pouco interesse das empresas varejistas e falta de conscientização da comunidade em geral.

Conforme Santos e Oliveira (2012), o Brasil possui condições logísticas, tecnológicas e econômicas para que as embalagens de plásticas retornem por meio do canal reverso de reciclagem ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente, sendo reaproveitadas e constituindo matérias-primas. Na área alimentícia a utilização do plástico reciclado como o PET e PEBD é proibido, contudo podem ser aproveitadas na fabricação de cordas, fibras para tapetes, ceda, tubo, lonas para toldos, fibras para revestimento termo-acústico e entre outros. 

Deste modo, a proposta da metodologia da Logística Reversa na cooperativa de laticínio seria de grande valor sócio-ambiental, pois se baseia em criar parcerias com os canais de distribuição para que possam tornar-se pontos de recolhimento, também trabalharia com a conscientização do cliente final. Como é de conhecimento que existe na região uma cooperativa que utiliza o plástico reciclado para artesanato, a cooperativa de laticínio poderia assim disponibilizar as embalagens recolhidas. O fluxo reverso é demonstrado na Figura 1.

Figura 1- Fluxograma do Fluxo Reverso das Embalagem

Fonte: Elaborado pelos autores ( 2015)

Por conseguinte, um sistema de logística reversa bem implementado pode, além da consecução de grande economia em relação aos custos da empresa, alcançar elementos chave na estratégia competitiva, buscado assim evoluções na própria imagem perante o seu consumidor.

5. Considerações Finais

A logística reversa é uma área recente de estudo da logística empresarial que tem por objetivo realizar o retorno dos produtos descartados pelos consumidores. Atualmente, vários são os bens fabricados pelas indústrias que depois de utilizados são descartados pela sociedade de diferentes maneiras, sendo algumas delas de maneira errônea.

As embalagens plásticas são um grande causador de deterioração do meio ambiente, como por exemplo, as garrafas de refrigerante, água mineral, óleo vegetal, vinagre e produtos de origem láctea são compradas pelos clientes finais que, após o consumo, são geralmente descartadas no resíduo doméstico ou abandonadas na natureza.

Leite (2009) enfatiza que a reciclagem é o canal reverso de revalorização no qual os materiais de produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias que são reincorporadas à fabricação de novos produtos. A existência de um canal reverso de reciclagem é a reintegração dos materiais de pós-consumo na produção de outros produtos da mesma natureza ou natureza diferente, substituindo a matéria virgem pela secundária.

Com o estudo realizado na cooperativa de laticinio percebeu-se a importância de uma visão empreendedora que desse subsídio para o retorno das embalagens para que possa tem um destino correto, gerando assim oportunidade de criar responsabilidade sócio-ambiental. Na pesquisa, entendeu-se que a cooperativa está propícia a criar novas alternativas de questões de sustentabilidade ambiental.

Em virtude disso, aplicando a metodologia da Logística Reversa em suas operações, a cooperativa de laticínio tem todas as capacidades operacionais para obter retorno econômico, legal e ecológico através da prática de retorno de suas embalagens já utilizadas, assim contribuirá expressivamente para diminuir a degradação ambiental importunada pela disposição inadequada na região.

Para finalizar, ficam também algumas sugestões: foi observado na cooperativa que existem problemas com o descarte correto dos seus resíduos gerados pela produção, assim seria de grande estima que a cooperativa instalasse uma estação de tratamento de efluentes para o reaproveitamento de algumas partes destes resíduos. Outra proposta seria a introdução de novos equipamentos, a indústria deve priorizar na escolha de tecnologias que apresentem menor consumo de energia.

Além disso, deve ser prevista nas instalações o retorno de parte do condensado para a caldeira, o que representa um ganho de energia e uma redução no consumo de água e insumos, onde, consequentemente, haverá menor geração de resíduos; e o planejamento e controle do processo produtivo: podem ser implantados programas de manutenção preventiva de equipamentos e ferramentas de padronização e garantia da qualidade dos processos produtivos e produtos acabados.

Essas ações apresentam grande eficiência na redução das perdas de matéria-prima, insumos necessários ao processo produtivo e produtos acabados, assim como reduzem o consumo de água e de produtos químicos usados nas operações de higienização. No campo acadêmico fica a proposta para novas incursões de pesquisas relacionadas ao tema por ser a logística reversa e o cuidado com o meio ambiente áreas importantes a serem exploradas com novos estudos.

Referências

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1. Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará. Email: hélio.ferreira@uepa.br.
2. Graduanda do Curso de Engenharia de Produção, Campus de Marabá, Universidade do Estado do Pará. E-mail: raphaela_rs15@hotmail.com
3. Graduando do Curso de Engenharia de Produção, Campus de Marabá, Universidade do Estado do Pará. E-mail: elieltongregorio@gmail.com
4. Graduanda do Curso de Engenharia de Produção, Campus de Marabá, Universidade do Estado do Pará. E-mail: nayeslie@hotmail.com
5. Graduando do Curso de Engenharia de Produção, Campus de Marabá, Universidade do Estado do Pará. E-mail: pdjunior2@bol.com.br
6. Professora do Curso de Engenharia de Produção, Campus de Marabá, Universidade do Estado do Pará. E-mail: ao-ferreira@uol.com.br.
7. Coordenador do Curso de Engenharia de Produção da Universidade do Estado do Pará. E-mail: vitor.martins@uepa.br.


Vol. 36 (Nº 24) Año 2015

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