Espacios. Vol. 36 (Nº 24) Año 2015. Pág. E-1

Influência da greve na qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho de servidores públicos do setor administrativo de uma instituição de ensino superior do Paraná

Influence of the strike on quality of life and quality of work life of public servants in the administrative sector of a higher education institution of Paraná

Guilherme Moreira Caetano PINTO 1; Luiz Alberto PILATTI 2; Bruno PEDROSO 3; Mylena Aparecida Rodrigues ALVES 4

Recibido: 1808/2015 • Aprobado: 12/10/2015


Contenido

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados e discussões

4. Conclusão

Referências


RESUMO:

O presente estudo objetiva comparar a qualidade de vida (QV) e qualidade de vida no trabalho (QVT) de servidores públicos atuantes no setor administrativo em período de greve e sem greve. A amostra investigada consistiu de 50 servidores do setor administrativo de uma de uma instituição pública de ensino superior localizada em um município do interior do estado do Paraná. Os instrumentos utilizados para a mensuração da QV e QVT foram, respectivamente, o WHOQOL-bref e TQWL-42. Conclui-se que não houve variações significativas tanto na QV quanto na QVT entre ambos os períodos investigados.
PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida. Qualidade de vida no trabalho. Servidores públicos. Greve.

ABSTRACT:

This study aims to compare the quality of life (QOL) and quality of work life (QWL) of public servants acting in the administrative sector in times of strike and without strike. The sample studied consisted of 50 servers in the administrative sector of a public higher education institution located in a municipality in the state of Paraná. The instruments used to measure QOL and QWL were, respectively, the WHOQOL-bref and TQWL-42. We concluded that there were no significant variations in both QOL and QWL between the two investigated periods.
KEYWORDS: Quality of life. Quality of work life. Public servants. Strike.

1. Introdução

A qualidade de vida (QV) e a qualidade de vida no trabalho (QVT) têm sido abordadas em diversos contextos. Os avanços obtidos por pesquisas relacionadas a esta temática indicam que ambas as variáveis apresentam inter-relação entre si, bem como são influenciadas pela condição momentânea ou permanente de vida do indivíduo (Maier et al. 2012).

No que tange a QV, definida como "a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações" (Fleck, 2000, p.34), o grupo WHOQOL distribuiu as variáveis pertinentes à vida do indivíduo nos domínios físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio-ambiente e espiritualidade/religião/crenças pessoais (THE WHOQOL-GROUP, 1998).   

Quanto à QVT, esta pode ser definida como "a percepção individual dos pontos favoráveis e desfavoráveis de um ambiente laboral" (Pilatti, 2012, p. 20). Diversos modelos teóricos identificam variáveis pertinentes a este conceito, como os de Walton, Hackman e Oldham, Westley, Werther e Davis e Nadler e Lawler (Pedroso, 2013). Com base nestes modelos, foi possível elaborar as esferas relacionadas ao trabalho que influenciam a QVTtais como a biológica/fisiológica, psicológica/comportamental, sociológica/relacional, econômica/política e ambiental/organizacional (Pedroso, 2010).

Nota-se, face ao exposto, que um indivíduo pode reduzir sua percepção referente à QV e a QVT através de qualquer anormalidade em suas condições de vida que alterem, em maior ou menor escala, os domínios e esferas pertinentes a estes conceitos.

Não obstante, torna-se difícil para o indivíduo dissociar os problemas do trabalho com os de sua vida fora do trabalho. Neste sentido, o procedimento de avaliar a QV simultaneamente à QVT torna-se válido, tendo em vista, também, que a parcela de tempo que o trabalho ocupa na vida das pessoas é elevada.

Neste sentido, a greve pode ocasionar alterações em relação à QV e QVT. Questões relativas à greve estão previstas na lei nº 7.783/89, a qual assegura o direito do trabalhador em exercê-la de forma a defender os seus interesses, podendo ocorrer na forma de suspensão coletiva das atividades, temporária e pacífica, total ou parcial, da prestação de serviços (Brasil, 1989).

O trabalhador, mesmo ao participar do movimento de greve, tem o direito de não ter seu contrato rescindido pela organização a qual está vinculado, bem como pode divulgar o movimento e não ser coagido por seus superiores durante este período. Em contrapartida, não é permitido aos grevistas qualquer ato ilícito, passível a ações civis e criminais (Brasil, 1989).

A greve advém de uma insatisfação coletiva relacionada a determinados aspectos do ambiente laboral e caracteriza-se por uma condição de instabilidade quanto às reivindicações por melhorias nas condições de trabalho. Entretanto, estudos que estabeleçam relação entre movimentos grevistas e a QV/QVT não foram encontrados na literatura.

No contexto apresentado, o presente trabalho tem como objetivo comparar a autopercepção de QV e QVT em períodos de greve e sem greve de servidores do setor administrativo de uma instituição de ensino superior de um município do interior do Estado do Paraná.

2. Metodologia

A amostra da presente investigação foi obtida através do método amostragem aleatória simples (AAS). Esta foi composta, nos períodos sem greve e em greve, por 50 técnicos administrativos de uma instituição estadual de ensino superior de um município do interior do estado do Paraná, cuja jornada de trabalho é de oito horas diárias, totalizando 40 horas semanais.

Para avaliar à QV foi utilizado o instrumento WHOQOL-bref, composto por 26 questões de forma que 24 voltam-se às condições específicas da QV relacionadas aos domínios e duas estão relacionadas à autoavaliação da QV (Pedroso, 2013). Os domínios avaliados pelo referido instrumento são: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente (Chachamovich, Fleck, 2008).

Para mensurar a QVT foi utilizado o instrumento TQWL-42, composto por 42 questões, sendo duas voltadas à autoavaliação da QVT e 40 questões seccionadas nas esferas biológica/fisiológica, psicológica/comportamental, sociológica/relacional, econômica/política e ambiental/organizacional. As esferas mencionadas são compostas por ramificações que recebem a denominação de aspecto (Pedroso, 2010).

Para a análise dos dados, utilizou-se as ferramentas para os cálculos dos escores e estatística descritiva do WHOQOL-bref e TQWL-42 disponibilizadas, respectivamente, em Pedroso et. al. (2010) e Pedroso (2010).

Como critérios de exclusão, optou-se por não incluir na amostra indivíduos que trabalhavam em regime de estágio e contratados por processo seletivo simplificado, cujo vínculo com a instituição é temporário. Apenas os servidores públicos que se propuseram a participar da pesquisa compuseram a amostra.

3. Resultados e discussões

A distribuição por escolaridade da amostra investigada pode ser observada na tabela 1:

Tabela 1 – Distribuição da amostra investigada por escolaridade.

Escolaridade

1ª Aplicação

2ª Aplicação

Ensino médio completo

Ensino superior incompleto

8%

22%

6%

18%

Ensino superior completo

28%

20%

Pós-graduação incompleta

10%

12%

Pós-graduação completa

32%

44%

Fonte: Pesquisa de campo.

Nota-se que a população pesquisada possui em sua parte escolaridade de nível superior. Tal perspectiva auxilia a compreensão de alguns cenários da discussão dos valores retornados pelos instrumentos WHOQOL-bref e TQWL-42, relacionados à QV e QVT.

A tabela 2 apresenta os escores das questões pertinentes às facetas do WHOQOL-bref, já com a conversão das questões invertidas presentes, na aplicação em período sem greve e na aplicação no período de greve, bem como a variação retornada pelos trabalhadores em ambas às amostras da presente investigação:  

Tabela 2 – Resultado retornado pelo instrumento WHOQOL-bref quanto às facetas pertinentes à QV

Facetas

1ª Aplicação

2ª Aplicação

Variação

Dor e Desconforto

74,50

69,15

 5,35

Energia e Fadiga

65

63,30

1,7

Sono e Repouso

53,50

60,33

- 6,83

Mobilidade

83

79,26

 3,74

Atividade da vida cotidiana

71,94

71,28

 0,66

Dependência de medicação ou tratamento

68,50

70,11

- 1,61

Capacidade de trabalho

73,00

76,09

- 3,09

Sentimentos Positivos

60,00

57,61

  2,39

Pensar, aprender, memória e concentração

67,00

70,11

- 3,11

Autoestima

82,00

80,43

  1,57

Imagem corporal e aparência

73,00

70,21

  2,79

Sentimentos Negativos

64,50

69,57

-5,07

Espiritualidade/Religião/Crenças pessoais

71,00

73,91

-2,91

Relações Pessoais

71,00

70,21

 0,79

Suporte e apoio social

68,00

71,28

-3,28

Atividade sexual

70,92

68,33

 2,59

Segurança física

64,00

67,39

-3,39

Ambiente do lar

73,47

76,60

-3,13

Recursos Financeiros

51,50

55,32

-3,82

Cuidados com a Saúde

49,00

47,34

1,66

Novas informações e habilidades

67,00

63,83

 3,17

Recreação e lazer

53,57

52,66

  0,91

Ambiente físico

63,50

59,57

 3,93

Transporte

61,50

62,02

-0,52

Autoavaliação da QV

64,50

64,34

 0,16

Fonte: Pesquisa de campo.

Observa-se que as facetas melhores pontuadas no período sem greve foram mobilidade (83,00) autoestima (82,00), dor e desconforto (74,50), ambiente do lar (73,47), capacidade para o trabalho e imagem corporal e aparência (73,00). No período de greve, as facetas melhores pontuadas foram autoestima (80,43), mobilidade (79,26), ambiente do lar (76,60), capacidade para o trabalho (76,09) e espiritualidade/religião e crenças pessoais (73,91).

A alteração entre as facetas com escores melhores pontuados é reflexo da variação positiva da faceta dor e desconforto (5,35), bem como o reposicionamento das facetas autoestima e mobilidade tende ao fato de que os escores apresentaram-se muito próximos na primeira aplicação, proporcionando que qualquer variação pudesse refletir no posicionamento das facetas.

Observa-se que a aplicação em período de greve não gerou variações significativas nos escores melhores pontuados, visto que apenas à faceta imagem corporal e aparência deixou de figurar entre as cinco facetas com maior pontuação. Dentre as 25 facetas do instrumento WHOQOL-bref, 11 facetas retornaram variação negativa na segunda aplicação.

A presença da faceta mobilidade (83,00/79,26) entre as melhores pontuadas em ambas as aplicações pode estar relacionada à faixa etária da população investigada. Adultos da população em geral não tendem a apresentar fatores limitantes à sua locomoção e, desta forma, a satisfação neste sentido permanece alta tanto no período sem greve como no período de greve.

Com relação à faceta autoestima (82,00/80,43), também incluída dentre as melhores pontuadas, infere-se que em grande parte a população que compõe esta amostra apresenta escolaridade de nível superior, algo que justifica o elevado escore relacionado à autoestima, tal qual Barros (2010) coloca que o prestígio e o orgulho são comuns a indivíduos que atingem a conclusão de um curso de nível superior.

A escolaridade também auxilia a compreensão da presença da faceta ambiente do lar (73,47/76,60) entre as melhores pontuadas, visto que, sociodemograficamente, o nível de escolaridade tende a refletir diretamente no local de moradia. Desta forma, presume-se que indivíduos com maior capacitação não estão propensos a residir em bairros periféricos, o que indica uma melhor condição de moradia. Barros (2010) indica que a escolaridade está diretamente ligada à ascensão social, o que reflete diretamente no local de moradia.

A faceta capacidade de trabalho (73,00/76,00), também presente entre os melhores escores, pode estar relacionada à faceta dor e desconforto (74,50/69,15), visto que uma boa percepção de sua condição física está intimamente relacionada à capacidade de trabalho. Costa et. al. (2012), em uma pesquisa com trabalhadores industriais, concluiu que a capacidade de trabalho se associa significativamente à percepção da QV, exercendo forte influência nos aspectos físicos da avaliação. Ou seja, a condição física influencia a autopercepção da QV, que está fortemente relacionada à capacidade de trabalho. Porém, a relação supracitada não refletiu diretamente neste caso haja vista que uma variação positiva da faceta dor e desconforto em 5,35 não proporcionou uma variação similar na faceta capacidade de trabalho, que variou negativamente em -3,09.

O fato desta população não apresentar relação direta entre as questões de dor e desconforto e capacidade de trabalho pode ser explicada pela premissa de que a satisfação em relação aos aspectos físicos tem mais influência na função em que executam os trabalhadores industriais, cujo desgaste físico tende a ser maior. Desta forma, os aspectos físicos podem apresentar uma menor relação com a capacidade de trabalho de pessoas que executam funções menos desgastante fisicamente, tal qual a amostra do presente estudo.

Não foi possível, quanto às facetas abordadas até aqui, identificar influência direta entre os escores e variação retornados com a greve, ou seja, este fato não justifica nenhum cenário exposto quanto às facetas melhores pontuadas.

Quanto às fragilidades retornadas na QV deste público, observa-se que a faceta cuidados com a saúde (49,00/47,34) manteve-se como a pior pontuada em ambas as aplicações. Tal ocorrência tem sido observada em grande parte das aplicações do WHOQOL-bref no Brasil. Geib (2012) afirma que ao longo da vida o indivíduo tem seu acesso à saúde afetado pelas características do contexto social, gerando vulnerabilidade.

Além disso, esta faceta relaciona-se diretamente com a faceta recursos financeiros (51,50/55,32), que em ambas as aplicações esteve entre as menores pontuadas. Ressalta-se ainda que a condição social brasileira tende a perfazer com que a maioria dos estudos que envolvem aplicações do instrumento WHOQOL-bref no Brasil apresentem esta faceta dentre os piores escores.

Um ponto que pode explicar os escores mais baixos nas facetas sono e repouso (53,50/60,33) e recreação e lazer (53,57/52,66) é a falta de tempo. A lei nº 5.452 estipula uma jornada de trabalho máxima de oito horas diárias (Brasil, 1943). Esta jornada é praticada na maioria das organizações nacionais, ocupando boa parcela do dia do indivíduo. Porém, quanto à faceta sono e repouso, está deixou de figurar entre as piores pontuadas no período de greve. Tal fenômeno encontrará explicação nos parágrafos subsequentes.

Em relação à variação entre as facetas da QV presentes no WHOQOL-bref, não foram observadas variações significativas, o que pode indicar que a greve não gerou influências negativas a ponto de alterar a QV de vida dos indivíduos investigados.   

As maiores variações negativas retornadas pelo instrumento WHOQOL-bref foram sono e repouso (-6,07) e sentimentos negativos (-5,07). Antagonicamente, a faceta que apresentou maior índice de variação positiva foi dor e desconforto (5,35).          

No que se refere à faceta sono e repouso (-6,07), a variação negativa pode ser explicada pelo fato de que trabalhadores grevistas sofrer alterações em sua jornada de trabalho, de forma que a redução desta aumentaria o seu tempo fora do ambiente laboral, o que possibilita uma melhor qualidade de sono. Infere-se que a greve pode ser um indicador que aumenta a satisfação com o sono em virtude das alterações na rotina de trabalho.

Quanto à faceta sentimentos negativos (-6,07), infere-se que durante a greve, os indivíduos apresentaram uma redução de sentimentos negativos como tristeza e infelicidade.

A tabela 3 apresenta os resultados dos domínios e o escore global da QV – calculado a partir da média aritmética simples entre as facetas do WHOQOL-bref – de ambas as aplicações:

Tabela 3 – Resultado retornado pelo instrumento WHOQOL-bref
em relação aos domínios pertinentes à QV em ambas as aplicações

Domínios

1ª Aplicação

2ª Aplicação

Variação

Domínio Físico

69,85

70,48

-0,63

Domínio Psicológico

69,58

70,49

-0,91

Domínio Relações Sociais

70,17

70,39

-0,22

Domínio Ambiente

60,41

61,41

-1

Total

66,52

66,76

-0,24

Fonte: Pesquisa de campo.

Não se observa variações significativas nos domínios entre a primeira e a segunda aplicação, o que indica que a QV tende a não ser alterada em função da greve. Eventuais oscilações podem estar ligadas a algumas reivindicações do processo, mas tal variação não tendeu a ser elevada.

O estudo de Paschoa et. al. (2007), devido à proposta de avaliar a QV de trabalhadores através do WHOQOL-bref, contribui para a discussão quanto aos domínios. Neste, a amostra de 126 trabalhadores da área de enfermagem nas unidades de terapia intensiva (UTI), obteve-se o domínio relações sociais como maior escore. Este cenário foi replicado na primeira aplicação, porém, em um segundo momento, o panorama não se repetiu.

A pequena variação negativo retornada não permite inferir alguma influência direta da greve no referido domínio, porém a premissa de que o domínio relações sociais foi o maior escore retornado no estudo com profissionais da enfermagem e técnicos administrativos na primeira amostra indica, preliminarmente, que este domínio pode ter relação com o clima organizacional, que permaneceu alterado durante a greve. 

O domínio psicológico (69,58/70,49) apresenta-se em condição próxima à de outras pesquisas com indivíduos da faixa etária estudada. Calumbi et. al. (2010) realizaram um estudo com anestesistas de faixa etária próxima da encontrada no presente estudo e o valor obtido foi de 66,88 para o referido domínio. Koetz et. al. (2013) investigaram a QV de 197 professores universitários no Rio Grande do Sul, outro público ligado a instituições de ensino superior, e obteve-se o escore de 72,7 para este domínio.

Nota-se que a população estudada tornou a apresentar relativa proximidade com escores em outras amostras. Contrariando a hipótese de que o estresse causado pela greve traria insatisfação ao trabalhador no domínio psicológico, este apresentou, ainda que pequena, variação negativa neste domínio (-0,91).

Em relação ao domínio meio ambiente (60,41/61,41), o escore obtido em ambas às aplicações foi significativamente inferior – 9,29/8,29 pontos percentuais – ao encontrado por Koetz et. al. (2013), cujo escore encontrado foi de 69,7. Esta discrepância acentuada pode ser gerada pela diferença financeira que separa as profissões ou pela região geográfica em que se encontram o público pesquisado. A comparação com anestesistas encontrada por Calumbi et. al. (2010) apresenta proximidade com escore da presente pesquisa, com 61,80 para esta faixa etária. A variação negativa retornada pelo domínio meio ambiente (-1,0) não parece ter relação com a condição de greve.

Observa-se, quanto aos resultados dos domínios do instrumento WHOQOL-bref, que não há influência direta da condição de greve na QV dos indivíduos analisados, tendo em vista que as variações retornadas se apresentaram negativas e pequenas.

O escore da autoavaliação da QV (64,50/64,34) e o escore global do WHOQOL-bref (66,52/66,76) apresentaram proximidade entre si em ambas as aplicações. A variação do escore de autoavaliação da QV com o escore global do WHOQOL-bref no período sem greve foi negativa, de apenas -2,02 pontos percentuais. Em medida semelhante, a variação da autoavaliação da QV com o escore global do WHOQOL-bref no período de greve foi de -2,42 pontos. Infere-se, diante disto, que parece haver coerência entre a percepção da QV dos avaliados e o escore global da QV destes aferido pelo WHOQOL-bref em ambos os momentos.

A variação entre os períodos com e sem greve na faceta autoavaliação da QV foi positiva (0,16), em oposto da variação no escore global que foi negativa (-0,24). Os dados retornados não permitem inferir relação da condição de greve em ambos os aspectos.

Ainda que a greve possa não alterar a percepção dos pontos favoráveis e desfavoráveis do trabalho (QVT), os indícios de uma forte relação entre esta e a QV podem indicar que, em outros setores, a greve pode gerar insatisfação e ocasionar variação entre um período sem greve e com greve, corroborando para um aprofundamento da discussão através da comparação entre os resultados obtidos.

Com relação à QVT, a tabela 4 apresenta os escores das questões correspondentes aos aspectos do instrumento TQWL-42 obtidos em ambas as aplicações na amostra da presente investigação:

Tabela 4 – Resultado retornado pelo instrumento TQWL-42 quanto aos aspectos pertinentes à QVT

Aspectos

1ª Aplicação

2ª Aplicação

Variação

Disposição física

59,50

58,24

- 1,26

Capacidade de trabalho

79,25

79,26

0,01

Serviço de saúde

43,88

34,04

- 9,84

Tempo de repouso

54,50

62,50

8,0

Auto-estima

74,25

73,94

- 0,31

Significância da tarefa

75,00

78,72

3,72

Feedback

67,50

66,76

-0,74

Desenvolvimento Pessoal

61,75

59,84

- 1,91

Liberdade de Expressão

58,00

57,18

- 0,82

Relações interpessoais

76,00

76,60

0,60

Autonomia

52,50

58,51

6,01

Tempo de Lazer

52,75

46,54

-6,21

Recursos financeiros

45,50

51,60

6,10

Benefícios extras

43,11

39,36

-3,75

Jornada de trabalho

61,50

62,77

1,27

Segurança no emprego

76,75

77,93

1,18

Condições de trabalho

64,25

63,83

- 0,42

Oportunidade de crescimento

51,56

60,60

9,04

Variedade da tarefa

46,61

54,34

7,73

Identidade da tarefa

69,64

71,74

2,1

Autoavaliação QVT

67,50

63,83

- 3,67

Fonte: Pesquisa de campo.

A presença do aspecto capacidade de trabalho entre as melhores pontuadas em ambos os momentos tende a configurar uma normalidade, já que não há influência aparente da greve neste quesito. A alteração no posicionamento do aspecto significância da tarefa (75,00/78,72) explica-se a partir da premissa de que os indivíduos em greve tendem a discutir e vivenciar a importância da função que executam socialmente e para o bom funcionamento de sua empresa, o que tende a gerar satisfação no que concerne à significância da tarefa (75,00/78,72) e poderia explicar a variação negativa deste aspecto em -3,72 pontos centesimais.

Os aspectos capacidade de trabalho (79,25/79,26), relações interpessoais (76,00/76,60) e autoestima (74,25/73,39) retornados pelo instrumento TQWL-42 apresentaram elevada satisfação, coadunando com os resultados do WHOQOL-bref. A satisfação relacionada com o aspecto segurança no emprego (76,75/77,93) pode ter relação com o fato da pesquisa ter sido realizada com servidores públicos, aonde a rotatividade é geralmente menor do que no setor privado. A significância da tarefa (75,00/78,72), por sua vez, pode ser justificada pela reconhecida importância social das instituições de ensino superior, algo que interfere diretamente na percepção nos seus servidores.

Nota-se que o aspecto serviços de saúde (43,88/34,04) passou a ser o escore pior pontuado, fenômeno que pode estar diretamente ligado com os problemas relacionados o plano de saúde oferecido para os servidores, uma das reivindicações presentes na pauta da greve. Além disso, verifica-se que a variação foi maior em relação aos aspectos piores pontuados, sendo que no período de greve os aspectos tempo de lazer (54,34/46,54) e disposição física (59,50/58,24) ultrapassaram os aspectos recursos financeiros (45,50/51,60) e oportunidade de crescimento (51,56/60,60) passando a se situar dentre os piores pontuados. Tal fenômeno tem explicação centrada no fato de que, nestes aspectos, foram retornadas grandes variações nos escores obtidos alguns meses após a primeira coleta de dados.

É perceptível que os aspectos benefícios extras, serviços de saúde e assistência social e variedade da tarefa apresentam, em tese, maior potencial de melhoria. Contudo, excluindo o que tange a variedade da tarefa, instituições governamentais não têm autonomia para inferir melhorias a seus colaboradores neste contexto, o que dificulta a melhora desse cenário.

O aspecto serviços de saúde e assistência social (43,88/34,04) retornado pelo instrumento TQWL-42 corrobora com a faceta cuidados com a saúde (49,00/47,34) retornada pelo instrumento WHOQOL-bref. O contexto exposto aponta que a instituição de vínculo dos colaboradores não oferece, sob a perspectiva dos participantes, subsídios que promovam melhorias em relação à saúde. Nota-se, quanto ao contexto da greve, que a insatisfação se apresentou ainda maior em relação a este aspecto nos dois instrumentos. Desta forma torna-se plausível considerar que a greve ampliou a percepção negativa neste quesito.

Os recursos financeiros (45,50/51,60), partindo-se da premissa que o aumento do salário apenas satisfaz uma necessidade momentânea do indivíduo ao contrário de produzir motivação, de forma que a percepção individual de satisfação tende a desaparecer com o passar do tempo (Pilatti, 2012), a variação pode ser explicada por tal teoria.

Em relação às variações encontradas, dos 21 itens relacionados à QVT investigados, dez apresentaram variação positiva em seus escores no período de greve, e, em contrapartida, 11 aspectos apresentaram variação negativa. Esta perspectiva indica que a greve não apresentou potencial para gerar uma influência global, sobre as esferas relacionadas ao trabalho, visto que as maiores variações estão atreladas às condições específicas, em alguns aspectos pontuais.

 A elevada variação negativa nos aspectos oportunidade de crescimento (-9,04) e recursos financeiros (-6,10) tende a ser reflexo de que, no tempo transcorrido entre ambas as coletas de dados, os servidores estaduais tendem a progredir de nível no seu plano de carreira, o que gera uma satisfação momentânea em relação ao salário e aumenta a satisfação em relação à oportunidade de crescimento.

Segundo o decreto estadual nº 2435, pertinente a progressão dos serviços de técnicos administrativos, a progressão ocorre por antiguidade, compreendida por um período de dois anos. Com a progressão, o indivíduo recebe uma repercussão financeira de 0,8% em seu salário. Pondera-se ainda que, o aumento encontrado nos indivíduos com Pós-graduação completa, indica que estes podem encontrar-se mais satisfeitos com os aspectos oportunidade de crescimento e recursos financeiros, visto que estes tem direito de requerer um avanço de nível em sua carreira profissional (Paraná, 2000). Presume-se que as questões abordadas pelos aspectos recursos financeiros e oportunidade de crescimento não foram motivadores da greve.

Com relação à variedade da tarefa (-7,73) e tempo de repouso (-8,0), a explicação fundamenta-se a partir da lei nº 7.783/89, que prevê a manutenção de serviços essenciais para o funcionamento da instituição (Brasil, 1989). Para isto, os servidores mantêm na instituição um número reduzido de funcionários atuando, o que força estes a realizar tarefas mais variadas em seu cotidiano de trabalho. O tempo de repouso é reflexo da redução da parcela de tempo diária destinada ao ambiente laboral e o consequente aumento do tempo em casa. Nota-se, em face ao exposto, que a greve pode ter apresentado relação direta com a variação negativa nestas variáveis.

Em contrapartida, a maior disponibilidade de tempo fora do ambiente laboral não foi capaz de elevar positivamente o aspecto tempo de lazer, que variou positivamente em 6,21 pontos. Diante disto, indica-se que os indivíduos grevistas reduziram a sua prática de atividades de lazer após o início da greve mesmo dispondo de maior tempo livre, o que pode ter ocorrido devido às incertezas que marcam este período somado à falta de disposição que este pode causar no trabalhador, refletida na variação positiva da faceta dor e desconforto (5,35) da QV e do aspecto disposição física (59,50/58,24) da QVT.

Pondera-se que, ainda que a greve tenha gerado variação negativa em variáveis relacionadas ao descanso, esta provavelmente não influencie o tempo que o indivíduo destina ao seu lazer, em virtude de tratar-se de uma condição momentânea.

Com relação às esferas da QVT, a Tabela 5 apresenta o resultado retornado pelo instrumento TQWL-42 em ambas as aplicações e a variação entre estas: 

Tabela 5 – Resultado retornado pelo instrumento TQWL-42 em relação às esferas pertinentes à QV em ambas as aplicações.

Esferas

1ª Aplicação

2ª Aplicação

Variação

Biológica e Fisiológica

59,27

58,51

0,76

Psicológica e Comportamental

69,63

69,81

0,18

Sociológica e Relacional

59,81

59,71

0,10

Econômica e Política

56,96

57,91

-0,95

Ambiental e Organizacional

57,81

62,70

-4,89

Geral

61,15

61,82

-0,67

Fonte: Pesquisa de campo.

Nota-se que não houve grandes variações em relação aos escores das esferas relacionados da QVT, indicando que a greve parece não ter influenciado tal variável em seus âmbitos maiores.

A esfera econômica/política (56,96/57,91) apresenta melhor potencial de melhoria em ambas as aplicações, ainda que este escore não tenha apresentado valor significativamente inferior à média global do instrumento. Torna-se plausível afirmar que, um ano após a primeira coleta, poucas medidas foram tomadas a fim de melhorar este quesito. A variação encontrada não permite afirmar que a greve influenciou negativamente esta esfera. É importante ressaltar que a satisfação completa não pode ser alcançada, sendo necessária a constante busca por um nível elevado de bem-estar que possa atender as novas necessidades não atingidas (Pilatti, 2012).

Em relação à variação retornada pelo instrumento TQWL-42 no que tange suas esferas, três apresentaram variação positiva e três apresentaram variação negativa após a aplicação em condição de greve. Destaca-se apenas o valor retornado pela esfera ambiental/organizacional, foi elevada em -4,89 pontos. Tal crescimento pode ter ocorrido em virtude da variação negativa do aspecto variedade da tarefa (-7,73), e, caso a alteração da rotina de trabalho devido à greve tenha factualmente proporcionado aos servidores a execução de tarefas mais variadas esteja correta, esta tende a retornar não escore anterior após o fim da greve.

Verifica-se, quanto às esferas biológica/fisiológica, psicológica/comportamental e sociológica/relacional, que as variações positivas foram insignificantes, indicando que a greve não aparenta influenciar questões de ordem psicológica, humana e relacionadas aos aspectos físicos.

O escore global retornado pelo instrumento TQWL-42 (61,15/61,82) apresenta-se inferior à autoavaliação da QVT (67,50/63,83). Ainda que os escores foram inferiores tanto no período sem greve como no período com greve, o fator de otimismo foi maior no período sem greve. Infere-se, desta forma, que a greve ocasionou uma aproximação entre a autoavaliação da QVT e o escore global do instrumento TQWL-42, o que indica uma melhor compreensão dos pontos desfavoráveis do trabalho.

O escore relacionado à autoavaliação da QVT no período de greve (63,83) aproximou-se do escore Geral retornado pelo instrumento TQWL-42 (61,82), perfazendo uma variação de 2,01 pontos percentuais. No período sem greve, tal variação foi de 6,35 pontos percentuais. A oscilação da avaliação da QVT neste sentido foi maior do que no WHOQOL-bref, que foi de 2,02 pontos percentuais no período de sem greve e 2,42 durante a greve. Nota-se uma baixa variação no escore global da QVT (0,67), o que pode indicar que a greve realçou a percepção de alguns pontos falhos na esfera ambiental/organizacional que aproximaram a autoavaliação da QVT ao escore global retornado pelo instrumento TQWL-42.

Pode-se aventar que ambas, QV e QVT, tendem a influenciar o bem-estar do indivíduo com relação ao ambiente laboral ou sua vida em geral. Timossi et. al. (2009) afirmam que correlacionar à QV com a QVT segue uma tendência da gestão de pessoas, visto a eminente possibilidade de se avaliar a influência dos critérios da QVT na QV e também inversamente. Neste sentido, a greve de servidores não apresenta influência sobre condições globais da QV e QVT, alterando apenas aspectos específicos ligados às características do movimento.

4. Conclusão

Em geral, as variações entre os períodos de greve e sem greve foram pequenas, principalmente no que concerne aos domínios e esferas. Pondera-se, porém, quanto ao aspecto serviços de saúde, que a greve parece ter motivado a piora desse indicador.

Não é possível identificar um padrão quanto à greve ter influenciado todos os aspectos que variaram positivamente. A faceta tempo e lazer, apesar de apresentar elevada variação positiva, reflete uma redução na faceta dor e desconforto pertencente à QV e disposição física referente à QVT, sendo que as duas últimas não estão diretamente ligadas ao período de greve.

Contrariando o que se supunha no início da presente investigação, o domínio psicológico relacionado à QV e a esfera psicológica/comportamental relacionada à QVT não apresentaram variações positivas e tampouco significativas, o que indica que a maioria dos servidores não se encontra em uma condição psicológica pior em virtude da greve. 

As facetas pertencentes à QV retornaram variação superior em sono e repouso, que coaduna coma faceta tempo de repouso relativa à QVT, indicando que durante a greve os funcionários aparentam tem mais tempo livre dos compromissos de sua jornada de trabalho para descansar.

Observa-se que a autoavaliação da QVT variou positivamente, o que pode indicar um aumento na percepção dos pontos desfavoráveis do trabalho, tendo em vista que os escores globais foram pouco alterados.

Por fim, o presente estudo atingiu o objetivo proposto de comparar as alterações na percepção referente à QV e QVT durante o período de com greve e sem greve a fim de averiguar possíveis influência desta na vida do indivíduo. Verifica-se que a greve parece não influenciar a QV e QVT como um todo. Porém, haja vista a greve se tratar de um movimento trabalhista, esta pode influenciar a percepção de pontos negativos relacionados à QVT que perfazem maior alteração nesta em relação à QV.

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1. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Ponta Grossa– Paraná - Brasil. EMail: guilherme-coxa@uol.com.br

2. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Curitiba– Paraná - Brasil. EMail: lapilatti@utfpr.edu.br

3. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Ponta Grossa– Paraná - Brasil. EMail: prof.brunopedroso@gmail.com
4. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Ponta Grossa– Paraná - Brasil. Email: mylena_cg@hotmail.com


 

Vol. 36 (Nº 24) Año 2015
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