Espacios. Vol. 37 (Nº 04) Año 2016. Pág. 2

Análise comparativa entre culturas temporárias: Um estudo de caso

Comparative analysis of temporary crops: A case study

Ana Carla ELESBÃO 1; Fernando Batista Bandeira da FONTOURA 2

Recibido: 22/09/15 • Aprobado: 12/10/2015


Contenido

1. Introdução

2. Referencial teórico

3. Metodologia aplicada ao estudo

4. Descrição e análise dos dados

5 Conclusão

Referências


RESUMO:

O objetivo principal fundamentou-se em realizar uma análise comparativa entre soja e tabaco cultivados em uma propriedade rural. Foram apurados dados na propriedade referentes ao imobilizado, custos fixos e variáveis, bem como receita de venda, possibilitando uma análise final da produção. Foi possível concluir que entre as culturas analisadas, a soja apresentou maior lucratividade no período. A maior Receita Bruta de Vendas foi obtida através do tabaco produzido na propriedade. Conclui-se que a aplicação do método de Custeio Variável foi viável como sistema de controle de custos e informações gerenciais.
Palavras-chave: Análise comparativa, Estudo de caso, Culturas, Custeio Variável, Custos.

ABSTRACT:

The main objective was based on a comparative analysis between soybean and tobacco grown on a farm. Data were calculated in the farm relating to property, fixed and variable costs and sales revenue were calculated, enabling a final analysis of production. It was concluded that soybean showed higher profit than tobacco during that period of the observation. The highest gross sales revenue was obtained through of tobacco produced on the farm, and tobacco also had the highest variable cost per hectare. It was concluded that the application of this method of Variable Costing was viable as cost control system and management information.
Keywords: Comparative Analysis, Case Study, Cultures, Costing Variable, Costs.

1. Introdução

Atualmente as organizações rurais, na sua maioria de cunho familiar estão se desenvolvendo consideravelmente, assim como as empresas comerciais e industriais. O estudo de viabilidade de culturas apresenta-se então como um fator importante para a análise da produção rural.

Na região onde ocorreu a pesquisa, o tabaco é um produto muito forte. Seu cultivo ocorre no grupo familiar, e compõe em muitos casos a renda anual da família. Da mesma forma, a cultura da soja vem tomando destaque na região. Sua produtividade esta cada vez mais desenvolvida, através das novas técnicas de plantio, tecnologias empregadas e utilização de insumos que elevam a produção.

No entanto, algumas propriedades possuem uma visão inexata do resultado final de sua produção. Isto pode estar relacionado com a falta da utilização de alguns controles contábeis básicos junto á propriedade.

Ao agricultor, o conhecimento proporcionado pelo controle dos recursos financeiros em sua propriedade, auxilia entre outras coisas em uma visão ampliada da situação em que a propriedade se encontra. Essa visão relacionada aos controles contábeis, é possível com a aplicação das fichas de entradas e saídas de recursos da propriedade, evidenciando o que foi gasto para a produção e o montante utilizado nas despesas da propriedade e de seus moradores. De posse destas informações, se faz possível a tomada de decisões pelo administrador da propriedade, conduzindo-lhe á melhor gestão possível e em muitos casos mudanças de visão sobre a rentabilidade das culturas.

Tendo em vista o acompanhamento do desempenho de uma safra, relacionando seus custos, despesas e receita consequente da produção, bem como visando fundamentar as decisões a ser tomadas com a utilização dos controles contábeis principalmente ao que tange a área de custos, o presente trabalho buscou uma análise comparativa entre as culturas de tabaco e soja em uma propriedade rural.

O estudo de caso foi realizado com base em dados reais de uma propriedade rural que ao cultivar estas duas culturas apresentavam dificuldade em distinguir como os gastos incorridos em cada uma se comportavam no decorrer de cada produção. Para tanto, foi utilizado como método o Custeio Variável, que permitiu visualizar a realidade operacional da propriedade.

2. Referencial teórico

2.1 Métodos de Custeio

A competitividade cada vez maior entre as empresas, faz com que estas necessitem de uma forma de imputar valores aos produtos, sejam eles no setor comercial, industrial e até mesmo no agronegócio. Essa valoração é a forma correta de atribuir os custos e a lucratividade ao produto, e se desenvolve através dos métodos de custeio.

 Segundo Martins e Rocha (2010), a aplicação dos métodos de custeio na empresa, revelam as possíveis decisões a serem tomadas sobre quais custos irão ser inseridos ao produto individualmente, considerando o comportamento e a natureza dos custos em relação à produção. A distribuição dos custos aos produtos auxilia o gestor na formação do preço de venda de seus produtos, entre outras variáveis.

2.1.1 Custeio Variável

O método de custeio variável é considerado o método de custeio mais simples, chamado também de método de primeira geração. Também conhecido como método de custeio direto, ele somente considera como custo dos produtos os custos variáveis, não considerando os custos fixos de fabricação. Por sua vez estes custos fixos são tratados como custo do período, e debitados no resultado do exercício em que ocorrem.

Megliorini (2007) afirma que:

Pelo método de custeio variável, obtêm-se a margem de contribuição de cada produto, linha de produtos, clientes, etc., o que possibilita aos gestores utilizá-la como ferramenta auxiliar no processo decisório. (MEGLIORINI, 2007, p.113).

Fontoura (2013) ressalta que esse método é utilizado por empresas de grande porte em conjunto com outros métodos, pois somente ele –variável- apresenta uma visão do custo-volume-lucro á empresa, através do cálculo e análise da Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio da produção.

2.2 Objetivos da contabilidade de custos e aplicação na agricultura

A contabilidade de custos é um ramo da contabilidade indispensável nos dias de hoje. Com o desenvolvimento das empresas principalmente as industriais em relação ao mix de seus produtos, e da concorrência enfrentada pelas mesmas, a contabilidade foi ramificada em áreas, sendo a de custos diretamente ligada às questões de economia empresarial no que diz respeito à produção, comercialização e administração das empresas.

Leone e Leone (2010) conceituam o objetivo da contabilidade de custos como aquele:

[...] destinado a produzir informações para os diversos níveis gerencias de uma entidade, como auxilio as funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das informações e de tomada de decisões. (LEONE e LEONE, 2010, p.5).

Para que as informações sejam produzidas, a contabilidade de custos deve coletar e registrar dados ocorridos nas mais diversas atividades empresariais, organizar, analisar e interpretar os mesmos, para que posteriormente possa fornecer informações relevantes aos administradores empresariais, e assim possam tomar as decisões corretas á realidade da organização.

No que tange a agricultura, a contabilidade se apresenta como um meio indispensável de controle gerencial. A contabilidade de custos da mesma forma é uma ferramenta de extrema importância aos administradores rurais. Através dela faz-se possível o controle dos custos na produção e tomada de decisão com base nas informações coletadas.

2.3 Agricultura e Agronegócio

Nas primeiras civilizações, o homem primitivo vivia em grupos, onde para sobreviver instalavam-se em determinados locais e extraiam deles seus alimentos e demais produtos necessários a sua sobrevivência. Ao longo dos anos perceberam que ao instalar-se em determinado local poderiam utilizá-lo para o cultivo de seus alimentos. Assim para a sobrevivência dos mesmos, as propriedades formadas foram diversificando cada vez mais sua produção, passando a cultivar alimentos como milho, trigo, arroz, cana-de-açúcar, bem como o algodão utilizado na confecção do vestuário.

Neste sentido, teve-se inicio a agricultura, que é classificada por Araújo (2005, p.15) como "conjunto de atividades desenvolvidas no meio rural, desde a mais simples até a mais complexa, quase todas dentro das próprias fazendas." Essa referência de fazendas, pode ser substituída por propriedade rural, visto que atualmente, são estas formas de propriedade que fazem plantios diversificados, enquanto as fazendas possuem seu foco apenas em um tipo de cultura.

A agricultura, segundo conceitua Crepaldi (2012):

[...] representa toda a atividade de exploração da terra, seja ela o cultivo de lavouras e florestas ou a criação de animais, com vistas à obtenção de produtos que venham a satisfazer as necessidades humanas. (CREPALDI, 2012, p.1)

Essa atividade possui papel fundamental na economia, estando atrelada ao desenvolvimento social. Os alimentos por ela produzidos são comercializados no mercado nacional, bem como no internacional, onde segundo Sampaio, Akahoshi e Lima (2011, p.135) "no Brasil a agricultura possui grande importância representando uma das principais forças da economia nacional".

Devida a sua grande complexidade e envolvimento com vários outros prestadores de serviços antes e após a produção, a agricultura passou a ser chamada de agronegócio. A agricultura para Araújo (2005, p.16) "já não se trata de propriedades autossuficientes, mas de um complexo de bens, serviços e infraestrutura que envolvem agentes diversos e interdependentes".

Com o passar dos anos, o termo "agrobusiness" foi introduzido no Brasil, classificando assim esta nova forma de agricultura, dependente de diversos outros serviços vindos de fora da propriedade. O agronegócio possui grande importância econômica. Essa declaração é reforçada por Crepaldi (2012, p.2), onde afirma que a agricultura "se mantem como setor de grande capacidade empregadora e geração de renda [...] superando o desempenho industrial".

Nesta perspectiva, entendendo o agronegócio familiar como uma pequena organização, surge a necessidade de aplicar técnicas de controles de custos e estratégias de diversificação visando melhorar o desenvolvimento das regiões, e a aprendizagem das propriedades rurais, Barqueiro, (2002), contribui para essa discussão salientando a importância das empresas com identidade de cada região e por analogia pequenas propriedades rurais se enquadram neste conceito.

2.4 Culturas Temporárias e Permanentes

Com as inúmeras mudanças ocorridas na agricultura, principalmente em relação a novas tecnologias de máquinas, insumos, entre outros, a propriedade passou a necessitar de um controle contábil cada vez maior. Esta ampliação do controle deve se dar principalmente na área de custos que, embora não venha sendo praticado por um grande número de empresas rurais, não diminui sua importância neste meio.

Com a necessidade destes controles, atualmente pode-se equiparar a propriedade rural a uma empresa, passando assim a denominação empresa rural segundo classifica Marion (2005):

Empresas rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas (MARION, 2005, p.24).

Nesta contabilidade agrícola, onde as propriedades são igualadas a empresas, com as cultivares cada vez mais desenvolvidas, a agricultura para Sampaio, Akahoshi e Lima (2011) deve ser segregada de acordo com o ciclo de vida da produção realizada. Essa divisão de culturas se dá em duas categorias: culturas temporárias e culturas permanentes.

Culturas temporárias são classificadas por Crepaldi (2012) como aquelas que sofrem replantio posterior a colheita, podendo enquadrar neste contexto o arroz, trigo, milho, batata e as demais praticadas anualmente. Já as culturas permanentes são aquelas com permanência no solo maior de um ano, fornecendo mais de uma colheita. Marion (2005, p.41), caracteriza a essa cultura "uma duração mínima de quatro anos", como ocorre na produção de plantas arbóreas (laranjas, pêssegos...), cafezais, entre outros.

3. Metodologia aplicada ao estudo

Com base em dados da produção agrícola de uma pequena propriedade rural, realizou-se um estudo de caso onde foram comparados dados da produção hectare do tabaco e da soja, e apresentando ao empresário agrícola qual das culturas é a mais rentável.

Quanto ao objetivo, se caracterizou como uma pesquisa descritiva, pois foram observados e analisados os dados da propriedade (BEUREN e RAUPP, 2004). Ainda, quanto à abordagem do problema, caracterizou-se por ser uma pesquisa qualitativa, pois se buscou analisar o quanto complexo é essa forma de empresa rural, sem a utilização de tabelas estatísticas (BEUREN e RAUPP, 2004).

Para o levantamento dos dados no estudo se utilizou de entrevistas semiestruturadas com os proprietários, bem como o levantamento documental de despesas e receitas para cada cultura. Na sequência, realizou-se o cálculo dos custos totais da produção hectare da soja e do tabaco, fazendo uso das informações levantadas inicialmente junto a propriedade rural, através de pesquisa de dados referentes a safra 2013/ 2014. Foram levantadas as informações referentes aos custos da produção de cada cultura, soja e tabaco, bem como as despesas da propriedade. Este levantamento se deu com base em planilhas de controle de custos, realizados pelos proprietários através do programa Excel.

Ainda, foi analisado entre as duas culturas, qual se apresenta como mais rentável ao produtor através da apuração do Ponto de Equilíbrio e da elaboração de um DRE comparativo entre as duas culturas. Através de planilhas do programa Excel apurou-se os custos de cada cultura, as despesas decorrentes de cada uma delas, e após cálculos se chegou à conclusão de qual cultura se apresenta mais lucrativa ao produtor.

Ainda, pode-se dizer que o trabalho teve uma abordagem fenomenológica, visto que toda a pesquisa for focada na visão dos proprietários da propriedade, que já possuem visão de diversificação apesar da cultura do fumo ainda é considerada hegemônica, e principal na visão dos proprietários.

4. Descrição e análise dos dados

4.1 O estudo de caso

O presente trabalho foi desenvolvido em uma propriedade rural no interior do município de Lagoa Bonita do Sul, município este situado na região Centro Serra do Rio Grande do Sul.

A propriedade possui cerca de 53 hectares, sendo 21 plantáveis e 32 hectares de mata nativa e pastagens. A família cultiva nestes 21 hectares diversas culturas, incluindo o milho, feijão, soja e tabaco, este sendo a principal fonte de renda da propriedade. Além disso, possuem criações de animais como suínos, bovinos, aves, plantio de mandioca, batata, fruticultura e ainda a piscicultura, culturas utilizadas para comercialização ou no sustento familiar.

Com a evolução das culturas e o crescimento do mercado, incluiu a soja entre suas culturas, visando uma renda extra no sustento da família, sendo que está inclusa na propriedade há 8 anos. Para conseguir cultivar estas diversas culturas, o proprietário aluga parte das terras de seus pais e, portanto paga ao final de cada safra pela sua utilização.

Atualmente a propriedade conta com mão de obra familiar, não sendo empregado nenhum tipo de trabalhador, nem mesmo os eventuais no período de safra. Com exceção da cultura da soja que é toda realizada por uma equipe que possui o maquinário específico, as demais culturas e criações de animais se utilizam apenas da força familiar. Com a evasão do jovem do campo, atualmente apenas o casal realiza as atividades incluindo o trato e cuidado dos animais da propriedade e desde o cultivo do tabaco, sendo auxiliados pela filha no período da colheita,

4.2 Levantamento do imobilizado da propriedade

Dando inicio aos estudos, foi necessário o levantamento do imobilizado constante na propriedade e utilizado no cultivo da soja e do tabaco. Uma vez que a cultura da soja é realizada por uma equipe contratada, que faz desde o plantio até a colheita com seu maquinário próprio, os implementos utilizados na produção da soja não constam neste levantamento. Apenas o custo deste contrato será alocado no calculo da cultura da soja.

A terra onde é produzido o tabaco é de posse do produtor. Desta forma, ocorre o cálculo da exaustão da mesma. O valor do hectare da terra no município em que a propriedade esta localizada foi obtido com base em informações de uma imobiliária da região. Todos os valores dos demais itens que compõem o imobilizado da propriedade estão avaliados a custo corrente de mercado, ou seja, com base em valores reais praticados pelo mercado no ano de 2014. Esta medida foi adotada para dar maior clareza e veracidade aos dados coletados e utilizados nos cálculos.

Alguns itens foram classificados como investimentos pelo produtor, uma vez que o mesmo fez suas aquisições há vários anos e os manteve em bom uso junto á propriedade até os dias atuais, fazendo uso dos mesmos. A vida útil de alguns bens que não se encontra embasamento concreto na literatura foi estimada com base na duração dos bens na propriedade. Já suas taxas de depreciação e exaustão no caso da terra, foram aplicadas com base na Instrução Normativa SRF 162/98, nos casos em que a mesma antevê.

A Receita Federal do Brasil prevê que bens com valor inferior a R$ 326,61 devem ter seu custo baixado integralmente no período, considerando assim esses bens como despesas. No entanto, neste trabalho todos os bens utilizados por mais de 3 períodos de cultivo foram considerados Investimentos, e portanto estão no cálculo da depreciação, independente de seu valor.

A seguir, apresenta-se um quadro com o cálculo das depreciações e exaustão dos bens da propriedade utilizados no cultivo do tabaco.

Quadro 1- Cálculo das depreciações dos bens e exaustão da terra utilizado no cultivo do tabaco.

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Foi utilizado no cálculo da depreciação dos bens, o método de depreciação Linear, onde o valor de cada bem do imobilizado teve o seu valor dividido pela vida útil estimada.

Desta forma, ocorreu o levantamento do valor referente a depreciação dos bens utilizados na produção do tabaco, uma vez que na produção de soja todos os procedimentos que envolvem imobilizados, são realizados por uma equipe com maquinários próprios.

 Após os cálculos, foi levantado um montante de R$ 14.673,69 referente as depreciações e exaustões para a safra 2013/2014 de tabaco. Este valor apresenta que são gastos aproximadamente R$ 1.220,00 mensais para manter os bens utilizados na produção do tabaco. Este montante reflete os custos atuais dos bens para o período, uma vez que fez uso do custo corrente dos bens para os cálculos.

4.3 Levantamento dos custos fixos

Os custos fixos por não variarem de acordo com o volume de produção, são estáticos dentro de um limite. Sua apuração fez-se essencial no cálculo da rentabilidade entre as culturas da soja e tabaco posteriormente.

Em relação a produção da soja consta o valor do aluguel pago pela utilização das terras no plantio, sendo que este valor pago pelo produtor, não segue nenhuma tabela fixa em lei.

Na propriedade agrícola, os custos fixos foram levantados com base no quadro do cálculo de depreciação e a partir de todos os bens da propriedade utilizados na produção do tabaco. Além disso, constam valores referentes a exaustão da terra utilizada na produção do tabaco, bem como o valor de energia elétrica.

A seguir, é apresentado um quadro com os valores referentes aos custos fixos levantados na propriedade.

Quadro 2- Levantamento dos custos fixos na propriedade rural.

Conta

Valor

Depreciações

14.340,69

Exaustão

333,00

Energia Elétrica

720,00

TOTAL

15.393,69

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Através do levantamento dos custos fixos, foi apurado o valor de R$ 15.393,69 referente aos gastos da safra 2013/2014.

4.4 Cálculo do custo variável total na produção do hectare da soja

A cultura da soja na propriedade apresentou status de desenvolvimento e aprimoramento das técnicas de plantio. Embora não ser o produtor que realize o plantio, aplicações de defensivos e até mesmo a colheita, os demais procedimentos como aquisição de insumos, e controle das pragas da cultura são realizados pelo proprietário. Entende-se aqui como proprietário aquele que utiliza da terra para o plantio, pagando por meio de aluguel pela sua utilização.

Como o proprietário não possui uma extensão de terra que lhe permita a aquisição do maquinário especifico para a cultura da soja desde o plantio, o mesmo contrata uma equipe para realizar todas as operações, desde o plantio até a colheita.

Através do levantamento junto ao produtor dos custos de produção especificamente da soja, no que diz respeito aos custos variáveis, foi possível calcular seu montante na safra 2013/2014. Este levantamento foi possível através de uma análise dos documentos fiscais de aquisição de insumos para esta cultivar, bem como em conversa com o proprietário, já que alguns itens são acordados verbalmente.

O quadro a seguir refere-se ao Boletim de Custos com os custos variáveis totais da produção da soja para o período da safra 2013/2014, bem como seu montante na produção da cultura.

Quadro 3- Boletim de Custos com os custos variáveis totais na produção da cultura da soja para a safra 2013/2014.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO:        SOJA   QUANTIDADE:  16 Hec.

 

 

CUSTO

CUSTO

 

REAL

UNID.

DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES

UNIT.

PARC.

 

16

hec.

Plantio

68,75

1.100,00

 

16

hec.

Aplicações de defensivos

25,00

400,00

 

16

hec.

Aplicações de defensivos

25,00

400,00

 

16

hec.

Aplicações de defensivos

25,00

400,00

 

16

hec.

Aplicações de defensivos

25,00

400,00

 

16

hec.

Aplicações de defensivos

25,00

400,00

 

16

hec.

Colheita

316,09

5.057,50

   A   SOMA DOS CUSTOS OPERACIONAIS VARIÁVEIS

8.157,50

CUSTOS COM MATERIAIS DIRETOS

*******

QUANTIDADE

 

CUSTO

CUSTO

 

REAL

UNID.

DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

UNIT.

PARC.

 

-

-

Adubos

 

5.907,10

 

-

unidades

Venenos

-

5.413,98

 

1120

Kg

Semente

2,25

2.520,00

   B    SOMA DOS CUSTOS COM MATERIAIS

13.841,08

   C    CUSTO TOTAL DE FABRICAÇÃO (A + B)

21.998,58

   D    FRETE

506,00

   D    CUSTO TOTAL DE FABRICAÇÃO (C+D)

22.504,58

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Com este levantamento, foi possível observar que para a safra em questão, os custos variáveis da produção da soja totalizaram R$ 22.504,58, referentes aos grupos de insumos (sementes, venenos, adubos), mão de obra (plantio, pulverizações e colheita) e frete no valor de 50% do custo do frete cobrado pelo transportador, uma vez que os 50% restantes são pagos pela cooperativa.

A seguir, o quadro apresenta o cálculo do custo variável total por hectare da cultura da soja no período.

Quadro 4- Cálculo do custo variável total por hectare da cultura da soja.

Custo

Hectares

Custo por hectare

22.504,58

16

1.406,53

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Como foram cultivados 16 hectares de soja no período, o valor dos custos variáveis total foi dividido pelo número de hectares, chegando ao valor de R$ 1.406,53 por hectare cultivado no período de 2013/2014.

4.5 Cálculo do custo variável total na produção do hectare do tabaco

A cultura do tabaco na propriedade já existe há vários anos. Ao longo destes, os agricultores buscaram desenvolver as técnicas de produção, utilizando as orientações agrícolas disponibilizadas pela empresa fumageira. Através do conhecimento dos orientadores agrícolas, o produtor pode tirar as duvidas decorrentes da produção, bem como utilizar das táticas de aprimoramento, que resultam em um melhor desenvolvimento da produção e consequentemente melhor rendimento.

Os custos variáveis para a produção do tabaco são com base nos valores atuais de mercado, uma vez que foram obtidos através de uma entrevista com o orientador agrícola da fumageira a que o produtor é integrado. No grupo dos insumos, são relacionados todos os custos com matéria prima da produção como sementes, defensivos, fertilizantes, lenha para secagem e ainda materiais como EPI (Equipamento de Proteção Individual) e linhas para tecer e enfardar o tabaco para posterior comercialização junto á empresa.

A seguir, é apresentado o Boletim de Custos com os principais custos variáveis totais incorridos na cultura do tabaco, com seu respectivo montante.

Quadro 5- Boletim de Custos com os custos variáveis totais na produção do tabaco para a safra 2013/2014.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO:  TABACO          QUANTIDADE:  2 Hec.

CUSTO

CUSTO

REAL

UNID.

DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES

UNIT.

PARC.

1.749,33

h

Mão de obra

3,29

5.756,89

28

h

Hora máquina

80,00

2.240,00

A   SOMA DOS CUSTOS OPERACIONAIS VARIÁVEIS

7.996,89

CUSTOS COM MATERIAIS DIRETOS

*******

QUANTIDADE

CUSTO

CUSTO

REAL

UNID.

DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

UNIT.

PARC.

Materiais

423,25

Insumos

6.081,00

Venenos

644,60

EPIs

153,56

B    SOMA DOS CUSTOS COM MATERIAIS

7.302,41

C    CUSTO TOTAL DE FABRICAÇÃO (A + B)

15.299,30

D    SEGURO PRODUÇÃO

1.548,00

E    CUSTO TOTAL PRODUÇÃO (C+D)

16.847,30

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Este quadro apresenta os custos variáveis necessários na produção do tabaco, incluindo o valor dos insumos, da mão de obra e do valor pago pelo trabalho da máquina e ainda o seguro da lavoura. Foi apurado para este período um total de R$ 16.847,30 referente aos custos e despesa variáveis da produção. Desta forma, o cálculo dos custos totais variáveis da produção desta cultura foi possível.

Para esta apuração dos custos variáveis totais por hectare desta cultura, foi utilizado o montante dos custos variáveis totais, dividido pelo numero de hectares cultivados com o tabaco, que é de 2 hectares. Na sequência, está um quadro com o cálculo do custo variável total por hectare da cultura do tabaco.

Quadro 6- Cálculo do custo variável total por hectare da cultura do tabaco.

Custo

Hectares

Custo por hectare

16.847,30

2

8.423,65

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Após a realização do cálculo, foi apurado o valor de R$ 8.423,65, referente ao custo variável total por hectare cultivado na cultura do tabaco para a safra 2013/2014. Este valor fará parte do cálculo da Margem de Contribuição da cultura do tabaco, que será descrito mais adiante.

4.6 Análise de qual das duas culturas é a mais viável ao produtor rural

Após a identificação dos custos fixos a partir do levantamento do imobilizado, e apuração dos custos variáveis totais na produção da soja e do tabaco, foi possível a análise de quais das duas culturas foi a mais rentável ao produtor no período.

Para tanto, inicialmente foi realizado o levantamento das Receitas Brutas Totais da produção de cada cultura. Para a soja, o cálculo da Receita Bruta se deu com base na aplicação do volume de sacas depositadas junto á cooperativa, multiplicada pelo valor da saca comercializada.

Ainda, na apuração da despesa variável da produção, foi observado que o produtor paga um percentual de 2,3% referente ao INSS, calculado sobre a Receita Bruta, conhecido como FUNRURAL, que integra o cálculo da Margem de Contribuição da produção agrícola. O total de imposto sobre a Receita Bruta da safra 2013/2014 foi de R$1.034,54.

Seguindo, se fez necessária as informações referente ao Custo Variável Total da produção. Este foi de extraído do quadro anteriormente apurada, e possui o montante de R$ 22.504,58. De posse destas informações, foi realizada a apuração da Margem de Contribuição na produção da soja para a safra 2013/2014, conforme descrito a seguir.

Quadro 7- Cálculo da Margem de Contribuição na produção da soja para a safra 2013/2014.

Sacas depositadas

Preço R$

Receita Bruta Total

Imposto %

INSS devido

Custo Variável Total

Margem de Contribuição

865

52,00

44.980,00

2,3%

1.034,54

22.504,58

21.440,88

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Com este cálculo, ficou identificado que a Margem de Contribuição da cultura da soja, ou seja, o valor da diferença entre o Preço de venda (nesse caso a Receita Bruta Total) e os Custos e Despesas Variáveis foi de R$ 21.440,88 na safra 2013/2014.  A soma dos valores referentes ao Imposto e ao Custo Variável Total revela que este montante representa aproximadamente 52% da Receita Bruta.

Foi calculado ainda quanto seria a Margem de Contribuição por hectare na produção da soja. Para tanto, foi dividido o valor da Margem de Contribuição apurada pelo numero de hectares cultivados na safra, que corresponde a 16 hectares. Desta forma, apurou-se o valor de R$ 1.340,05 referente a Margem de Contribuição por hectare no período de apuração.

Para o tabaco, o cálculo da Receita Bruta Total foi realizado somando o total das Notas Fiscais de compra da empresa. Apurou-se o valor da Receita Bruta Total de R$ 46.041,05 referente a venda de tabaco para a fumageira no período 2013/2014. No tabaco, da mesma forma da cultura da soja, ocorre o pagamento do Imposto INSS (FUNRURAL), com alíquota de 2,3%, calculado sobre a Receita Bruta Total da produção, totalizando R$1.058,94 referente ao período.

Ainda, no calculo da Margem de Contribuição, se utilizou da informação apurada anteriormente referente aos Custos Variáveis Totais, que neste período totalizaram R$ 16.847,30. De posse destas informações, foi apurada a Margem de Contribuição para a produção do tabaco para a safra 2013/2014, conforme descrito no quadro a seguir.

 Quadro 8- Cálculo da Margem de Contribuição na produção do tabaco para a safra 2013/2014.

Receita Bruta Total

Imposto %

INSS devido

Custo Variável Total

Margem de Contribuição

46.041,05

2,3%

1.058,94

16.847,30

28.134,81

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Foi apurado desta forma o valor da Margem de Contribuição de R$ 28.134,81. Este valor representa cerca de 61% da Receita Bruta no período.

Para o cálculo da Margem de Contribuição por hectare produzido, foi efetuada a divisão do montante da margem pelo numero de hectares cultivados no período, que corresponde a 2 para o cultivo do tabaco. Chegou-se ao valor de Margem de Contribuição por hectare de R$ 14.067,40.

Visando dar mais clareza aos dados e confiabilidade nos valores obtidos, foi desenvolvido um DRE Gerencial consolidado para as culturas no período e geral da propriedade. Para tanto, foram utilizados dados obtidos nos cálculos anteriores e elencados junto a sua classificação no Demonstrativo.

A DRE por ser um dos principais Demonstrativos da contabilidade, foi de bastante valia para a comparação dos resultados neste estudo de caso. Além disto, pode revelar o desempenho das culturas de soja e tabaco analisadas neste estudo, bem como o resultado da propriedade ao final da safra 2013/2014.

Após o levantamento dos dados, foi elaborado o DRE Gerencial. Sua forma resumida visa apresentar de forma sucinta o resultado apurado. Foi utilizado o modelo básico gerencial do demonstrativo, com as contas agrupadas de acordo com sua natureza. O Demonstrativo do Resultado do Exercício 2013/2014 consolidado pode ser observado a seguir.

Quadro 9- Demonstrativo do Resultado do Exercício DRE, safra 2013/2014 consolidado.

Contas

Soja

Tabaco

Consolidado

=RECEITA BRUTA DE VENDAS

44.980,00

46.041,05

91.021,05

(-) impostos s/ vendas

(1.034,54)

(1.058,94)

(2.093,48)

=RECEITA LÍQUIDA

43.945,46

44.982,11

88.927,57

(-) Custo dos Produtos Vendidos-CPV-

(22.504,58)

(16.847,30)

(39.354,63)

=RESULTADO BRUTO

21.440,88

28.134,81

49.572,94

(-) Despesas gerais

(3.000,00)

(15.393,69)

(18.393,69)

= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

18.440,88

12.741,12

31.182,00

FONTE: Elaborado pelos autores, com base em dados da propriedade.

Os valores referentes ao Resultado Bruto são aqueles conhecidos como Margem de Contribuição, onde os mesmos foram apurados anteriormente.

Foram inclusos no CPV valores referentes aos insumos utilizados na produção, bem como gastos com a mão de obra e na contratação do maquinário para o cultivo no caso da cultura da soja.

A apuração da Receita Bruta Total para cada cultura e total da safra revela inicialmente que o faturamento das duas culturas para o período foi equilibrado. No entanto, ao decorrer da apuração sofreram mudanças devido aos fatores que influenciam cada cultura.

O demonstrativo apresenta que o custo do produto vendido da soja (CPV), é de cerca de 50% da Receita Bruta da mesma cultura. Este valor é expressivo, tendo em vista seu faturamento. Além disso, seu valor é mais elevado se for comparado ao tabaco, causa disto é o grande numero de insumos da produção e da mão de obra empregado nesta cultura. Este último, faz menção aos gastos na contratação da equipe com maquinário, onde o valor mais significativo está no pagamento pela colheita da safra, onde são dispendidos aproximadamente 62% dos gastos com mão de obra somente para esta tarefa.

Ao analisar o Resultado positivo ao final do período, em comparação a Receita Bruta Total, pode-se afirmar que o Lucro obtido com a venda dos produtos após os descontos na apuração da DRE, representa aproximadamente 34% da Receita Bruta. Este percentual engloba os valores de faturamento da soja e do tabaco, com as respectivas participações.

Em relação a estas participações, se observa que o percentual da soja no Resultado do Exercício é mais elevado que se comparado com o tabaco. A soja possibilitou um resultado final de cerca de 59% de todo o Lucro do período. No entanto, este valor pode ser alterado caso o proprietário resolver adquirir o maquinário para seu cultivo, isso por que a despesa com imobilizado a que a cultura estará sujeita irá elevar.

O tabaco embora tenha apresentado um valor mais satisfatório entre as culturas até o Resultado Bruto, obteve queda evidente em seu Resultado Final do Exercício, devido ao valor elevado de despesas gerais utilizadas na produção. Estas despesas incluem as depreciações, a exaustão da terra e a energia elétrica da propriedade, ou seja, considera todos os Custos Fixos em relação a produção. Em percentuais, esta soma se apresenta como aproximadamente 33% da Receita Bruta do período, valor este bastante elevado para a produção. Como consequência deste alto valor, ocorreu queda significativa no Resultado do Período para a cultura do tabaco.

Ainda em relação a análise dos resultados obtidos com o estudo de caso, foi por bem realizada a apuração do Ponto de Equilíbrio Contábil. Esse cálculo surgiu a partir de um questionamento: então, qual seria o Ponto de Equilíbrio Contábil para cada cultura?

Como forma de obtenção da resposta a esta questão, foi utilizada a fórmula do Ponto de Equilíbrio descrita no referencial teórico deste trabalho, sendo esta formada pela divisão dos Custos Fixos Totais pela Margem de Contribuição hectare, com os valores referentes a cada cultura. Optou-se pela base ser o numero de hectares cultivados em cada cultura, pois assim seria possível equiparar o resultado obtido entre a soja e o tabaco.

Na apuração dos valores, foram utilizados dados obtidos anteriormente através das informações de cada cultura. Utilizou-se do montante dos Custos Fixos para cada cultura. Da mesma forma, foram utilizados valores referentes a Margem de Contribuição hectare para soja e tabaco.

Com a realização dos cálculos, foram obtidos valores distintos a cada produto. Para a soja, foi apurado 2,2387 hectares de produção de um total de 16 hectares, e para o tabaco este numero passou para 1,09428 hectares do total de 2 hectares cultivados. Cada valor encontrado representa o numero de hectares que necessita ser cultivado em cada cultura para que sejam cobertos seus Custos Fixos.

5. Conclusão

 

O presente estudo visou a realização de uma análise comparativa entre culturas temporárias para uma pequena propriedade rural, situada na região Centro Serra. Neste estudo, foram comparadas as culturas da soja e do tabaco, onde foram realizados estudos específicos no que se refere ao levantamento dos dados e dos valores referentes a cada produto, resultando em uma análise entre as duas culturas.

A tipologia de pesquisa aplicada na realização do estudo foi essencial para sua correta elaboração. Com base nos dados da propriedade, foi elaborada uma pesquisa descritiva, por meio de um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa do problema. A aplicação do método de custeio Variável neste caso cumpriu satisfatoriamente seu papel na gestão dos custos.

Através do levantamento dos Custos Fixos e Custos Variáveis para cada uma das culturas, foi elaborada uma análise do Resultado Final do Exercício, bem como análise da margem de contribuição de cada cultura. Percebeu-se que o fumo teve maior margem entretanto maiores custos fixos e por consequência menor resultado final, no caso estudado.

Utilizando-se dos valores encontrados, foi elaborado um Demonstrativo de Resultado do Exercício, que evidenciou alguns fatos desta produção. Pode ser destacado o alto montante alusivo aos Custos Fixos da produção do tabaco, bem como o elevado valor referente aos Custos dos Produtos Vendidos na cultura da soja.

Este estudo não tem a pretensão de generalizar, visto que foi realizada uma análise em um caso concreto e específico, com uma abordagem fenomenológica visto que todos os dados foram levantados sempre junto aos proprietários. Recomendam-se novas pesquisas em relação ao tema, uma vez que foram observados poucos estudos na área, principalmente em relação ao resultado principal no que tange ao resultado de cada cultura.

Como resultado da análise realizada no presente trabalho, percebeu-se que a soja cultivada no sistema de parceria apresentou no final do período um resultado mais satisfatório em termos econômicos. Desta forma, pode-se afirmar que neste estudo, a soja apresentou-se como a melhor cultivar para o produtor, apesar dos proprietários pensam que o fumo a principal cultivar

A recomendação de novos estudos fundamenta-se na importância da diversificação rural para o desenvolvimento regional, principalmente no que se refere ao modelo predominante de produção de tabaco, visando ampliar a discussão sobre diversificação e produção mais sustentável no meio agrícola regional.

Referências

 

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BARQUEIRO BARQUERO, Antonio Vásquez. Desenvolvimento endógeno em tempos de globalização. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística, 2002.

CREPALDI, Silvio A. Contabilidade Rural: uma abordagem decisorial. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2012.

FONTOURA, Fernando B. B. da. Gestão dos Custos: uma visão integradora e prática dos métodos de custeio. São Paulo: Atlas, 2013.

LEONE, George S. G.; LEONE, Rodrigo J. G. Curso de contabilidade de custos. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, José C. Contabilidade Rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Receita Federal do Brasil. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 15 Set. 2014.

SAMPAIO, Anderson L. M.; AKAHOSHI, Wesley B.; LIMA, Emanoel M. Avaliação da aplicação do método de custeio baseado em atividades (ABC), na produção agrícola de grãos: culturas temporárias. Custos e @gronegócio on line. v.7, n. 3. Set./Dez. 2011. Disponível em: <http://www.custoseagronegocioonline.com.br/numero3v7/custos%20abc.pdf>. Acesso em: 10 Mar. 2014.


1. Bacharel em Ciências Contábeis pela UNISC, E-mail: anacarlasho@hotmail.com
2. Bacharel em Ciências Contábeis, mestre em Administração pela EBAPE FGV, doutorando em Desenvolvimento Regional, pela Unisc-  E-mail: fontoura.custos@ibest.com.br


 

Vol. 37 (Nº 04) Año 2016

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