Espacios. Vol. 37 (Nº 14) Año 2016. Pág. 16

Análise quantitativa e identificação dos hot topics das pesquisas sobre compra impulsiva nos últimos vinte anos

Quantitative analysis and identification of hot topics of research on impulsive buying in recent twenty years

Luis Adriano RODRIGUES 1; Guilherme Mazzaro NOGUEIRA 2

Recibido: 03/02/16 • Aprobado: 23/03/2016


Contenido

1. Introdução

2. Compra impulsiva

3. Método

4. Análise dos resultados

5. Conclusão

Referencias


RESUMO:

A compra impulsiva pelo fator de sua grande produção de resultados de pesquisas, se faz necessário o levantamento dos dados quantitativos desses dados. O presente artigo faz uma análise dos últimos vinte anos de publicações sobre o tema na base WOS identificando os hot topics, por área de pesquisa. O trabalho encontrou a necessidade de mais pesquisas interdisciplinares para a maior compreensão do tema, assim como o país com maior número de pesquisas, foi o Estados Unidos.
Palavras-chave: Compra impulsiva; Bibliometria; Banco de dados.

ABSTRACT:

The purchase impulsively because of its large production of research results, the survey of quantitative data from these data is necessary. This article analyzes the last twenty years of publications on the subject in WOS base identifying the hot topics, by area of research. The study found a need for more interdisciplinary research for greater understanding of the topic, as well as the country with more research, it was the United States.
Keywords: Impulse buying; bibliometrics; Database.

1. Introdução

A compra impulsiva é um campo amplamente estudado principalmente nas áreas de administração e psicologia, havendo vários trabalhos interdisciplinares entre as duas áreas, assim como outras áreas de pesquisa. As primeiras pesquisas datam da década de 40 e 50, as classificando como uma compra não-planejada.

Ao longo das pesquisas se determinou as diferenças entre as compras impulsivas e compulsivas, onde que as compras impulsivas podem ser consideradas como fatores de meio ambiente, companhias na hora da compra, personalidade, fatores econômicos, geográficos e culturais, e para a compra compulsiva, pode ser compreendida como uma fator patológico.

Hoje existem empresas especializadas em pesquisas para estimular a compra impulsiva em diversos tipos de ambiente, para isso, vários fatores são compreendidos, como a iluminação do ambiente, cores e a ordem em que os produtos são dispostos nas prateleiras, localização das prateleiras, batidas por minuto da música sendo tocada no ambiente, tipo de atendimento dos funcionários, método de pagamento, métodos de persuasão, e fatores especialmente para cada tipo de negócio, como no caso de poder ou não tocar o objeto que se tem interesse na compra.

Para Du Pont (1945), a compra impulsiva pode ser considerada como uma compra não-planejada, tendo origem no meio ambiente da compra, Para Stern (1962), a origem parte da personalidade, fatores econômicos e culturais, já para Prasad (1975), é a diferença entre as intenções de compra e o resultados de compra, ou seja, vários autores pesquisam tal tipo de comportamento, porém dependendo do método aplicado e ambiente de aplicação, ou pela interpretação dos seus pesquisadores, podem ser encontrados diversos resultados.

Tal pesquisa, tem por objetivo fazer o levantamento dos artigos publicados nos últimos vinte anos na base Web of Science e fazer uma análise quantitativa desses dados, identificando os "hot topics", porém com a metodologia por área de pesquisa e não por tópicos como proposto por Banks (2006).

2. Compra impulsiva

Os estudos de compra impulsiva partem a partir de 1945 com Dupont, Almeida e Jolibert em seu artigo nominado como "A influência do humor sobre a compra impulsiva" elaboraram uma tabela demonstrando as principais pesquisas feitas de 1945 a 1989 sobre o tema, indicando a sua definição, origem e medida, como pode ser observado na tabela 2.

Autor

Ano

Definição

Origem

Medida

Du Pont

1945

1965

Compra não-planejada.

Meio Ambiente

Lista de compra

Clover

1950

Appleubaum

1951

West

1951

É o resultado entre o planejamento de compra e os produtos comprados.

Stern

1962

Compra não-planejada.

Personalidade, fatores econômicos e culturais

Kollat & Willet

1967

1969

É uma comparação das alternativas, das intenções e dos resultados de compras.

Fatores como: quantidade de produtos comprados, números de idas ao supermercado e presença do entrevistador.

Williams & Dardis

1972

É uma atividade de prazer

Meio ambiente

Antoni & Shenson

1973

É uma compra na qual a tomada de decisão é função do número de informações tratadas e da rapidez-impulsão.

Variáveis cronológicas, número de pessoas, fatores culturais e geográficos.

Modelo geral sobre o comportamento de compra.

Prasad

1975

É a diferença entre as intenções de compra e os resultados finais.

Meio Ambiente

Lista de compra

Bellenger, Robertson & Hirschman

1978

É uma compra na qual a decisão foi tomada na loja.

Park, Lyer & Smith

1989

É a diferença entre as intenções de compra e os resultados finais.

Tabela 1: Abordagem tradicional da compra impulsiva.
Fonte: Almeida e Jolibert (1993).

Ainda segundo os mesmos autores, existem 3 variáveis de origem da compra impulsiva, classificadas como ligadas exclusivamente aos sentimentos dos indivíduos, onde podem ser constatados como fadiga, stress, humor e paixão; As circunstâncias ligadas ao indivíduo, porém com a relação direta ao ato da compra, como estratégia a resistência, análise interior ao custo/benefício, dependência psicológica e racionalização; E as variáveis demográficas, como sexo, raça, classe social, rendimento e o seu Status Familiar.

Trabalhos sobre a compra impulsiva foram realizados com análise em diversos ambiente, como ambiente on-line por Da costa e Larán (2003);  Ferreira e Serra (2004); Da costa e Larán (2006); Caro (2010); Botellho e Gomes (2011), assim como outros ambientes, como Shoppings por Araújo e Ramos (2010), e correlacionando com outros fatores, como materialismo por Lins e Poeschl (2015), cartão de crédito por Oliveira e Ikeda (2004).

As pesquisas feitas na área contribuem ao passo de sua evolução, e compreensão do assunto, porém grande quantidade de material são produzidos, e esse estudo visa fazer o levantamento desses estudos, para a análise da quantidade de material produzido no período de 1996 a 2015.

3. Método

Nesse capitulo será abordado sobre o método de análise dos dados e a forma em que os dados foram levantados para este artigo bibliométrico. O termo bibliometria foi utilizado pela primeira vez em 1922 por Hulme, onde foi utilizados somente 22 anos depois por Gosnell, para fazer a análise dos dados sobre um determinado tema, autor ou área de interesse. Esse método de pesquisa foi denominado por Pritchard (1969) como bibliometria (bibliometrics).

3.1 Levantamento dos dados

O levantamento dos dados foi feito na base da Web of Science, onde que para fins de filtragem, foram buscados os termos "Compra impulsiva", "Impulsive Purchase" e "Impulsive buying" separados pelo termo boleano "OR", para documentos publicados entre os anos de 1996 e 2015. Foram encontrados 363 documentos com base nesses termos de pesquisa.

3.2 Análise dos dados

A abordagem utilizada para a análise é a descritiva, fazendo levantamento quantitativos sobre as publicações por período, Afiliação, idiomas, País, tipos de documentos, Citações, H-b por área, H-index por autores, Publicações por área, Publicações por autores e Agências financiadoras.

3.2.1 Índice h-b

O índice h-b foi criado posteriormente ao índice H-index, o índice h-b foi proposto por Banks (2006) como sendo uma extensão do H-index. O Índice h-b pode ser obtido utilizando o  número de citações de um tópico, área, período ou combinação onde que são demonstrados em ordem decrescente.

Segundo o método proposto por Banks (2006), o índice h-b pode ser encontrado em publicações que possuam o numero de citações superior ou igual a sua posição no ranking da pesquisa em questão.

3.2.2 Índice m

O índice m é proposto por Banks (2006) onde que pode ser considerado como uma extensão da pesquisa sobre o índice h-b. O índice m tem por função fazer a média do índice h-b em cada período analisado, ele é obtido da divisão do índice h-b obtido sobre uma determinada área de pesquisa, dividido pelo período analisado.

Índice m

Referencia

0 < m ≤ 0,5

Pode ser de interesse para pesquisadores em um campo específico de pesquisa, o qual engloba uma comunidade pequena;

0,5 < m ≤ 2

Provavelmente pode se tornar um "Hot Topic" como área de pesquisa, no qual a comunidade é muito grande ou o tópico/a combinação apresenta características muito interessantes;

m ≥ 2

É considerado um "Hot Topic", tópico exclusivo com alcance não apenas na sua própria área de pesquisa e é provável que tenha efeitos de aplicação ou características únicas.

Tabela 2: Índices m
Fonte: Banks (2006)

Através do cálculo do índice m é possível identificar os tópicos denominados por Banks (2006) como "Hot Topics", que são áreas com índice m superior a 2, como é demonstrado na Tabela 2. Neste artigo é proposto o cálculo em relação a áreas de pesquisa para o cálculo dos índices h-b e m, e não com a relação aos tópicos, diferindo do modelo proposto por Banks (2006) em relação a tópicos sobre o tema, porém utilizando do mesmo método de cálculo.

3.2.3 Índice H-index

O índice H-index foi proposto por Hirsch (2005), como uma forma de analisar a produção cientifica dos pesquisadores, tal índice também é conhecido como Índice Hirsch. Essa classificação visa fazer uma análise das citações que os artigos dos autores estão obtendo por outros pesquisadores juntamente com a quantidade de artigos que foram publicados. A tabela 3 exibe um exemplo de como identificar o índice h-index.

Posição do artigo

Citações

1

75

2

42

3

14

4

10

5

6

6

3

7

2

Tabela 3: Como calcular o índice H-index
Fonte: Elaborado pelo autor

No exemplo demonstrado na Tabela 2, é exemplificado um autor com 7 publicações, onde que o ponto em que a posição do artigo vai de encontro com as citações mínimas no valor de 6, indicando seu H-index como 5, isso seria possível também se obtivesse 5 citações, caso o índice de citações seja 4 para o artigo no ranking 5, o índice cairia para H-index de 4, ou seja, para definir a quantidade do índice H-index, o autor deverá possuir a quantidade X de citações igual ou superior a quantidade de artigos publicados. 

4. Análise dos resultados

No Quadro 1 são exibidas a citações por ano juntamente com a porcentagem de crescimento ou queda referente ao período anterior, e o número de publicações por ano, com a porcentagem de crescimento ou queda de ocorrências em relação ao período anterior, foram analisados os dados das publicações referentes aos últimos 20 anos de publicações referentes a compra Impulsiva indexados ao banco de dados da base WOS, Web of Science.

Publicações e Citações no período de 1996 a 2015

Ano

Publicações

Progressão (%)

Citações

Progressão (%)

1996

3

-

3

-

1997

2

(50,0)

7

133,3

1998

3

50,0

19

171,4

1999

3

-

19

-

2000

4

33,3

32

68,4

2001

3

(25,0)

35

9,4

2002

13

433,3

60

71,4

2003

8

(38,4)

69

15,0

2004

9

12,5

86

24,6

2005

16

77,7

81

(5,8)

2006

14

(12,5)

132

63,0

2007

17

21,4

172

30,3

2008

25

47,1

289

68,0

2009

25

-

286

(1,0)

2010

28

12,0

378

32,2

2011

40

42,8

566

49,7

2012

40

-

599

5,8

2013

41

2,5

703

17,4

2014

44

7,3

795

13,1

2015

25

(43,2)

687

(13,6)

Total

363

 

4706

 

Quadro 1: Publicações e Citações no período de 1995 a 2014
Fonte: Dados da pesquisa

Não é possível afirmar que houve um contínuo crescimento na quantidade de publicações no período, devido as quedas nos períodos de 1997, 2001, 2003, 2006 e 2015 e por estagnação nos anos de 1999, 2009 e 2012, ao se analisar a evolução a cada 5 anos, somente no ano de 2015 houve a queda na quantidade de documentos encontrados. Em relação as citações nos documentos no período a média de publicações por ano ficou com 235,3 citações, com o fator H-index de 1996 a 2015 de 35,00, os documentos que fizeram citações foram 3.429 ocorrências, sendo que desses 3.297 fizeram citações sem autocitações, com uma média de 12,97 citações por documento no total. A média anual h-index ficou em 1,65.

Em relação as citações no período, não pode-se afirmar também que houve um continuo crescimento no número de ocorrências com estagnação no ano de 1999, e quedas em relação ao ano anterior nos anos de 2005, 2009 e 2015. No quadro 2 são exibidas as publicações por idiomas.

Idiomas publicados

Idiomas

Publicações

Inglês

223

Coreano

124

Português

4

Espanhol

3

Turco

2

Frances

2

Chines

2

Alemão

1

Russo

1

Japonês

1

Total

363

Quadro 2: Idiomas publicados
Fonte: Dados da pesquisa

No que se refere ao idioma de publicação dos documentos, a maior parte se deu pelo idioma inglês, com 223 publicações, com 61,43% dos documentos publicados no período, seguido pelo idioma coreano, com 124 publicações, com 34,15% dos documentos, o idioma português aparece na terceira posição, com apenas 4 publicações, representando 1,1% dos documentos publicados No Quadro 3 é possível se observar quanto ao tipo dos documentos publicados no período.

Tipos de documentos publicados

Tipos de documentos

Publicações

Artigos

298

Patentes

33

Encontros

26

Reviews

9

Resumos

3

Editorial

2

Total

371

Quadro 3: Tipos de documentos
Fonte: Dados da pesquisa

É possível se observar que o número de tipo de documentos que foram encontrados no banco de dados é superior ao número total de publicações, isso ocorre pelo fato que alguns documentos podem integrar dois ou mais formatos de publicação. Nessa análise fica expressivo o número de artigos publicados sobre o tema, com 298 ocorrências representando 80,32% do total dos documentos no período. O Quadro 4 demonstra o número de trabalhos por período por área de pesquisa.

Trabalhos por área e seus índices de impacto

Áreas de pesquisa

Trabalhos publicados

Índice h-b

Índice m

Negócios e economia

(Business economics)

113

16

0,8

Psicologia

(Psychology)

64

17

0,85

Psiquiatria

(Psychiatry)

49

21

1,05

Neurociências e Neurologia (Neurosciences neurology)

32

17

0,85

Outros tópicos das ciências biomédicas

(Life sciences biomedicine other topics)

35

0

0

Outros Tópicos das ciências sociais

(Social sciences other topics)

24

3

0,15

Farmacologia e farmácia

(Pharmacology pharmacy)

18

10

0,5

Outros tópicos da ciência e tecnologia

(Science technology other topics)

13

3

0,15

Ciências Comportamentais

(Behavioral sciences)

12

6

0,3

Serviços de saúde ocupacional ambiental

(Public environmental occupational health)

11

7

0,35

Outros tópicos das artes humanas (Arts humanities other topics)

11

0

0

 

Ciência da computação

(Computer Science)

10

2

0,1

Toxicologia

(Toxicology)

8

6

0,3

Engenharia

 (Engineering)

8

0

0

Abuso de substancias

 (Substance abuse)

6

4

0,2

Telecomunicações (Telecommunications)

5

1

0,05

Ciência das informações biblioteconômicas

 (Information science library Science)

5

2

0,1

Nutrição dietética

(Nutrition dietetics)

3

3

0,15

Ciência da tecnologia do alimento (Food science technology)

4

3

0,15

Ciência do esporte

(Sport sciences)

3

0

0

Ciência da ecologia ambiental

(Environmental sciences ecology)

3

1

0,05

Sociologia

(Sociology)

2

2

0,1

Biologia computacional matemática

(Mathematical computational biology)

2

2

0,1

Ciencia dos materiais

(Materials Science)

2

0

0

Genética e hereditariedade

(Genetics heredity)

2

1

0,05

Total de documentos

445

Quadro 4: Trabalhos por área e seus índices de impacto
Fonte: Dados da pesquisa

Foram encontradas 43 áreas de pesquisa, porém tabela exibe as 25 mais áreas de pesquisa que possuem maior número de registros de documentos, a área com maior quantidade de documentos é negócios e economia com 113 documentos com um índice m de 0,8. O cálculo do índice m é feito através do índice h-b dividido pelo número de anos avaliados, que neste caso é 20. Pelo modelo proposto por Banks (2006), nenhuma das áreas pelo período avaliado pode ser considerada como um assunto "Hot Topic", pelo fato de não obter o número de índice mínimo 2,00 no fator m, porém neste trabalho se propõe a utilização de áreas de pesquisa para a consulta dos "Hot Topics" e não assuntos.

É possível observar também que o fator de número de trabalhados publicados não será diretamente proporcional ao fator H-index, h-b ou m de uma determinada área, na área de pesquisa da psiquiatria com 49 documentos, possui um fator m de 1,05. Através dessa análise é possível identificar que há muitas áreas que possuem chances de se tornar 'Hot Topics', mas nenhuma considerada como sendo um "Hot Topic" pelo modelo de Banks (2006). O quadro 5 exibe os autores com maior número de registros de documentos no banco de dados da Web of Science.

Autores com maior número de registros no banco de dados WOS

Autores(as)

Publicações

Índice H-index

Weintraub, D.

10

8

Lejoyeux, M.

8

7

Zhang, Y.L.

6

2

Walker, J.S.

6

0

Tedesco, D.E.

6

0

Grant, J.E.

6

5

Ades, J.

5

5

Fincham, M.M.

5

0

Lejoyeux michel

5

4

Lees, A.J.

5

4

Van luchne, A.S.

4

0

Siderowf, A.D.

4

4

Potenza, M.N.

4

4

Lee eun-hee

4

0

Evans, A.H.

4

4

Verplanken, B.

3

3

Tamam, L.

3

1

Stacy, M.

3

3

Solomon, J.

3

3

Park eun-joo

3

0

O'sullivan, S.S.

3

3

Lin ch

3

2

Karakus, G.

3

1

Jansen, A.

2

2

Nederkoorn, C.

2

2

Total de Publicações

110

Quadro 5: 25 Autores com maior número de registros
Fonte: Dados da pesquisa

Os 25 autores que mais publicaram na área possuem juntos 110 documentos publicados, sendo que o autor com o maior índice H-index no período analisado é o autor Weintraub, D. com índice 8. O modelo de cálculo H-index foi proposto por Hirsch em 2006, a fim de calcular o desempenho que um autor possui em relação a sua produção cientifica, para se encontrar o fator H-index basta identificar em qual número o número de publicações se encontra com o número de citações, ou seja, se um autor possuir fator H-index 4, isso demonstra que ele possui pelo menos 4 artigos e cada um deles com pelo menos 4 citações. Partindo disso esse fator identifica por produção cientifica, ou seja, mesmo que um autor possua 20 trabalhos e apenas um de seus trabalhos possua mais de 100 citações oferecendo grande repercussão na sua área de pesquisa, o seu fator H-index será 1. O Quadro 6 exibe as agências financiadoras de pesquisas na área com maior número de registros de documentos no banco de dados da Web of Science.

Agências financiadoras com maior número de registros

Agências Financiadoras

Publicações

Wales Institute of Cognitive Neuroscience

2

NIH

2

National Natural Science Foundation of China

2

Michael J Fox Foundation

2

Merck Serono

2

General Electric

1

Youth Foundation for Humanities And Social Sciences of The Ministry of Education of China

1

Wyeth

1

Wellcome Trust NHMRC International Collaborative Research

1

Washington State Medical Aid and Accident Fund

1

United States Department of Health and Human Services

1

Uk Parkinson S Disease Society

1

Uk Medical Research Council

1

Trichotillomania Learning Center

1

TEVA Neuroscience

1

TEVA

1

TARO

1

SYNOSIA

1

SOMAXON

1

SOLVAY

1

Social Sciences and Humanities Research Council of Canada

1

Sichuan University

1

Seoul National University Hospital

1

Schering Plough

1

Roche Pharmaceuticals

1

Quadro 6: 25 Agências financiadoras por registros encontrados na base WOS
Fonte: Dados da pesquisa

Em relação as agencias financiadoras de pesquisa, houve uma certa paridade de quantidade de documentos publicados no período, onde que se destacam apenas 5 agências com 2 documentos publicados por cada uma delas, as agências Wales Institute of Cognitive Neuroscience, Wales Institute of Cognitive Neuroscience, NIH, National Natural Science Foundation of China, Michael J Fox Foundation e Merck Serono, sendo que as demais instituições que financiaram pesquisas possuem apenas 1 documento publicado no período. O Quadro 6 demonstra as 25 agências com maior número de registros segundo a base de dados, ou seja, os dados apresentados nos quadros são formulados segundo a ordem apresentada pelo banco de dados WOS. O Quadro 7 exibe os 15 países com maior número de registros de documentos na base de dados.

Principais países com maior número de registros

País

Publicações

Estados Unidos

75

China

20

Inglaterra

17

Alemanha

11

Brasil

11

Canada

11

Taiwan

10

França

9

Austrália

8

Italia

7

Holanda

7

Turquia

5

Áustria

5

Reino Unido

4

Suiça

4

Total de publicações

204

Quadro 7: 15 países com maior número de registros encontrados na base WOS
Fonte: Dados da pesquisa

O país que obteve o maior número de documentos publicados foi o Estados Unidos com 75 publicações, representando 20,67% do total dos documentos publicados, seguido pela China com 20, 5,5%, e a Inglaterra com 17 documentos, com 4,67% das ocorrências, o Brasil aparece na 5ª posição com 11 documentos juntamente com a Alemanha e o Canada, com 3,03% para cada um dos países. A partir desses dados pode se observar que o país que mais desenvolve pesquisas sobre o tema Compra Impulsiva, é o Estados unidos da América com 75 documentos.

5. Conclusão

As primeiras pesquisas sobre compra impulsiva datam da década de 40, onde que até os dias atuais elas vem sendo feitas de forma de compreender esse assunto sob as mais diversas áreas de pesquisa. Este artigo tem como objetivo analisar sob o aspecto quantitativo e qualitativo os últimos 20 anos de publicações no banco de dados da WOS, identificando aspectos relevantes sobre, e identificar áreas consideradas como sendo "Hot Topics" na compra impulsiva.

Referente as áreas de pesquisa consideradas como "Hot Topics", não foram encontradas nenhuma área ao se fazer sob a análise dos últimos 20 anos, considera-se para futuros estudos fazer sob um periodo, banco de dados ou tema diferente com fim de identificar os "Hot Topics", porém foram identificadas áreas que possuem chances em se tornar "Hot Topics".

As agências financiadoras que se destacaram com maior número de documentos publicados no banco de dados foram Wales Institute of Cognitive Neuroscience, Wales Institute of Cognitive Neuroscience, NIH, National Natural Science Foundation of China, Michael J Fox Foundation e Merck Serono com duas publicações cada uma. Os autores com maior índice H-index foram Weintraub, D. com 10 publicações e fator 8 e o autor Lejoyeux, M. com 8 publicações e fator 7.

O país com maior quantidade de publicações é o Estados Unidos com 75 publicações, sendo que o Brasil aparece somente na 5ª posição com 11 documentos publicados de 1996 a 2015. Em relação as áreas de pesquisa com maior número de documentos, Negócios e Economia aparece com 113 documentos com índice m de 0,8, Psicologia com 64 documentos e índice m 0,85, e Psiquiatria com 49 documentos e índice m 1,05.

Foram encontrados 363 documentos na análise, sendo que o ano com maior número de publicações nos últimos 20 anos sobre compra impulsiva foi o ano de 2014 com 44 publicações. O idioma com maior número de publicações foi o idioma inglês com 223 documentos, seguido do coreano com 124 ocorrências.

Entre as limitações da pesquisa, podem ser citadas a questão de análise somente em uma base de dados, o período de análise em que períodos diferentes ocorrerá resultados diferentes referente aos índices, recomenda-se para pesquisas futuras, outros temas, bancos de dados, períodos e método de cálculo para os dados coletados. Espera-se com esse estudo contribuir para a compreensão sobre a evolução das pesquisas sobre compra impulsiva, e auxiliar pesquisadores na busca de referencial para pesquisas assim como cooperação e desenvolvimento de novas pesquisas.

Referencias

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1. Mestrando em Estratégia em Organizações – UFSM, Universidade Federal de Santa Maria – PPGA, Pós-Graduação em Gestão Estratégica – IESA, Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo, Bacharel em Administração, IESA, Graduando em Formação de professores para a educação profissional, UFSM. E-mail: luisadriano@bol.com.br
2. Bacharelando em Administração – UFSM, Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: mazzaro.nogueira@gmail.com


Vol. 37 (Nº 14) Año 2016

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