Espacios. Vol. 37 (Nº 16) Año 2016. Pág. 1

Tecnologia e a sustentabilidade: Estudo de caso na minifábrica de cajuina na região Entre Rios – PI

Technology and sustainability: case study of minifactory of Cajuil in the region Entre Rios-PI

Francisco Francirlar Nunes BEZERRA 1

Recibido: 18/02/16 • Aprobado: 14/03/2016


Contenido

1. Introdução

2. Revisão da literatura

3. Metodologia

4. Resultados e discussões

5. Conclusão

Referências


RESUMO:

O trabalho analisa a sustentabilidade das atividades agrícolas, ou seja, os impactos econômicos, sociais e ambientes, decorrentes da absorção de inovações tecnológicas por parte de produtores rurais familiares, em particular, cajucultores na mini fábrica, na região entre rios no estado do Piauí. Para cumprir tal objetivo, fez-se uma análise exploratória e descritiva, usando a pesquisa bibliográfica e de campo, cujos instrumentos consistiram em dois momentos, a primeira parte versou em uma observação assistemática não participativa e em um segundo momento de aplicação de roteiro de entrevista, sendo que estes foram delineados pelos indicadores econômicos, sociais e ambientais de acordo com a regulamentação do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS. O universo de estudo compõe-se de uma minifábrica beneficiadora de caju na região Entre Rios. Assim, concluiu-se que em sua maioria as tecnologias absorvidas trazem benéficos econômicos, sociais e ambientais em curto prazo, a comunidade local.
Palavras-chave: Tecnologia. Sustentabilidade. Cajucultura.

ABSTRACT:

the study analyzes the sustainability of agricultural activities, ie, economic, social and environment impacts resulting from the absorption of technological innovations by family farmers in particular Cajucultores in mini factory, in the region between rivers in the state Piauí. To fulfill this goal, there was an exploratory and descriptive analysis using the bibliographic and field research, whose instruments consisted of two phases, the first part expounded in a non-participatory and systematic observation in a second time to interview script application , and these were outlined by economic, social and environmental indicators in accordance with the regulations of the Brazilian Business Council for Sustainable Development - CEBDS. The study of the universe is made up of a mini-factory cashew beneficiadora in the region Entre Rios Thus, it was concluded that mostly the absorbed technologies bring beneficial economic, social and environmental in the short term, the local community.
Key-words: Technologies; Sustainability; Cajucultura

1. Introdução

Mill (1993) explicita que os aprimoramentos na agropecuária seriam fundamentais ao desenvolvimento econômico, principalmente, em recursos humanos e tecnologia, porquanto barateariam os preços dos alimentos e outros produtos consumidos pelos trabalhadores, reduzindo os custos dos insumos de origem agrícola. Para Huffman (2008, p.66) um fator essencial de prosperidade rural estaria nesses dois elementos, pois um não poderia existir sem outro.

Todavia, Intensifica-se a exigência de medidas de proteção ambiental pela sociedade, estendendo a preocupação com a preservação do meio ambiente ao campo econômico.  Dessa forma, é importante refletir a respeito do desenvolvimento sustentável no tripé econômico, social e ambiental da atividade produtiva, particularmente, a sustentabilidade da agricultura por meio de inovações em produtos e processos.  Neste contexto, propuseram-se ações alicerçadas no ecodesenvolvimento, expressão que subsidiou, posteriormente, a formulação da dimensão desenvolvimento sustentável. Para Steffen (2004, p.14) as atividades humanas e econômicas são as principais causas dessas degradações ao planeta terra durante o século XX.

Segundo Pizzolatti (2010) o termo agronegócio engloba toda atividade econômica envolvida com a produção, estocagem, transformação, distribuição e comercialização de alimentos, fibras, biomassa, fertilizantes e defensivos. Dessa forma, as atividades que trabalham com produtos advindos do caju fazem parte desse segmento.

Já para Almeida (2005) os projetos agroindustriais tem importância fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país, agregando valor as matérias-primas originais, induzindo a modernização do setor primário e o crescimento dos serviços, além de minimizar o impacto negativo da liberação de mão-de-obra do campo para os grandes centros urbanos.

Dessa forma, faz-se necessário o entendimento das atividades produtivas dentro de uma visão sistêmica. De acordo com Batalha (2010) o complexo agroindustrial exige a participação de um conjunto de cadeias de produção, cada uma delas associada a um produto ou grupos de produtos. Assim, o Complexo Agroindustrial do Caju (CAC) apresenta como destaque econômico a amêndoa da castanha do caju, embora a partir do pseudofruto (ou pedúnculo), possam ser obtidos inúmeros produtos, como doces, cajuína, suco integral, vinhos e licores.

Em grande parte, a produção do caju é feito no Piauí por agricultores familiares, em especial, os que estão localizados na região entre rios, e que investimentos importantes nessa área poderão ser um meio de possibilitar desenvolvimento à comunidade local. E assim, seguindo-se tendência mundial, ganha vigor o debate sobre a produção agrária familiar como economia de diversificação e, seus papéis numa dinâmica de desenvolvimento territorial. Diante do exposto, Vieira Filho (2011) diz que se constroem novas institucionalidades, com presença de atores locais em instâncias de programação, execução, gestão financeira etc, a exemplo dos conselhos municipais de desenvolvimento rural sustentável que visam trazer o local para o centro das atenções, associando-se a liberação de subsídios públicos à assinatura de contratos entre Estado e comunidades, com fixação de regras e dispositivos de controle dos subsídios públicos destinados ao setor rural, considerando-se a diversidade da realidade social, cultural e humana, e não somente a produção.

Já para Veiga (1996) existem as plausíveis vantagens socioeconômicas do modelo da agricultura familiar frente ao da agricultura empresarial. Para este autor, esta última engendra forte concentração de renda e exclusão social, enquanto a primeira ao contrário, tem um perfil essencialmente distributivo, além de ser melhor em temos socioculturais e, sob o prisma da sustentabilidade (estabilidade, equidade e resiliência) são muitos os benéficos na produção agropecuária sendo mais justa no processo decisório em um viés produtivo.

Nesse sentido, requer pensar outro modelo para esta agricultura, que deve passar de segmento marginal, tido como avesso à modernização e ao desenvolvimento para uma inserção no processo de desenvolvimento territorial.

Certamente, no caso piauiense, particularmente, na região Entre Rios há o grande desafio de mudança do enfoque de desenvolvimento rural centrado em perspectivas setoriais e no agronegócio, para a de desenvolvimento territorial focado na agricultura familiar. Logo, uma forma de desenvolvimento aceitável para tal comunidade seria aquela que visasse uma produção sustentável sobre o viés ecológico que envolvesse preocupação não somente econômica, mas englobasse as questões sociais e ambientais.

Para Neves (2001) a relação entre agricultura familiar e sustentabilidade supõe um modelo de desenvolvimento que contemple a reordenação das formas de produção e de organização social, com vistas a aspectos relativos à fertilidade do solo (manutenção e aumento), à preservação de outros recursos naturais e ao respeito aos valores culturais, uso de sistemas não convencionais de produção e diversificação de atividades rurais. A objetivação desse modelo deve incorporar a consagração de espaços públicos, visando à elaboração de vida social, mais adequados à condição de existência e orientados não apenas pela produtividade da terra ou por um tecnicismo hegemônico.

Diante do exposto, evidencia-se que o desenvolvimento da agricultura familiar deverá ser feito sobre alicerces sustentáveis, dando valor as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Com base nessas dimensões, põe-se o desafio de se conhecer melhor a realidade local dessa produção rural familiar, especificamente, os cajucultores que vivem na região Entre Rios, haja vista, estas já apresentarem uma nova variável que pode influenciar sobremaneira toda onda de desenvolvimento no qual se refere às inovações tecnológicas que aos poucos estão sendo absorvidos por influências externas ( órgãos públicos e privados), a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí - EMATER, entre outros.

Buainain (2013) ressalta que o processo de produção e difusão de inovações tecnologias na agropecuária mudou completamente sua natureza quando comparadas de algumas décadas passadas. É hoje um desafio gigantesco, pois opõe distintos interesses sociais e econômicos rurais. Não são raras ainda hoje as referências críticas ao pacote tecnológico da Revolução Verde, ignorando o impacto positivo da agricultura moderna para a humanidade.

Já para Sachs (2008), uma importante área de pesquisa muito negligenciada é a da modernização das técnicas empregadas pelos produtores rurais familiares, sendo que a melhoria no funcionamento deste setor tem efeito direto sobre a vida das populações envolvidas, pois ao aumentar a produtividade da cultura traz benefícios econômicos e sociais.

Assim, o estudo se justifica, pois novas tecnológicas sobre processos ou produtos podem contribuir para a sustentabilidade ao permitir a superação de desafios sociais e ambientais, ademais incrementariam a rentabilidade e competitividade da produção familiar.

Diante desse contexto, surge uma pergunta norteadora desta análise científica: as inovações tecnológicas absorvidas pelos produtores rurais familiares, particularmente, os cajucultores nas minifábricas tem contribuído para uma agricultura sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental na região entre rios no estado do Piauí?

Partindo dessa problemática, a hipótese central é de que as inovações tecnológicas adotadas pelos produtores rurais familiares nas mini fábricas não contribuem para a sustentabilidade do sistema, haja vista, serem impostas por grupos externos à comunidades desses agricultores e, assim, não levam em consideração as particularidades e características locais.

Dessa forma, objetivou-se analisar a sustentabilidade das atividades agrícola, ou seja, os impactos econômicos, sociais e ambientes, decorrentes da absorção de inovações tecnológicas na cajucultura, em particular, das minifábricas na região entre rios no estado do Piauí. E ainda, explicitar os impactos econômicos, sociais e ambientais da atividade de cajucultura decorrente da adoção de novas tecnologias; Discutir as vantagens e desvantagens da adoção dessas inovações técnicas no modo de produção local; e, Contrapor o modo de produção local e a maneira utilizada pós-absorção das inovações tecnológicas.

2. Revisão da literatura

2.1. Agricultura Familiar Sustentável

A ideia de uma agricultura sustentável demonstra a crescente insatisfação com o estado atual da agricultura moderna, sugerindo aspiração social de sistemas produtivos que, simultaneamente, conservem os recursos naturais e forneçam produtos mais saudáveis. Para Neves (2011), tais aspirações resultam de emergentes pressões sociais por uma agricultura que não prejudique o meio ambiente e a saúde.

De acordo com Gliessman (2000) a produção agrícola sustentável, baseia-se na ecologia no qual a produção é capaz de, perpetuamente, e colher biomassa de um sistema, porque sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é comprometido e, como não é possível demonstrar no presente o que pode ser eterno, somente o futuro poderá comprovar verdadeiramente a sustentabilidade. É impossível saber, com certeza, se uma determinada prática é, de fato sustentável ou se um determinado conjunto de práticas constitui sustentabilidade. Ao presente cabe demonstrar que a prática está ou não se afastando da sustentabilidade.

Salientando a necessidade de sustentabilidade ecológica de longo prazo na produção familiar rural, Altieri (2000) destaca que os sistemas de produção devem: Reduzir o uso de energia e recursos e regular a entrada total de energia de modo que a relação entre saídas e entradas seja alta; Reduzir as perdas de nutrientes detendo a lixiviação, o escorrimento e a erosão, e melhorando a reciclagem de nutrientes com o uso de leguminosas, adubação orgânica e, compostos, e outros mecanismos eficientes de reciclagem; Incentivar a produção local de cultivos adaptados ao meio natural e socioeconômico; Sustentar um excedente líquido desejável, preservando os recursos naturais, isto é, minimizando a degradação do solo; Reduzir custos e aumentar a eficiência e a viabilidade econômica das pequenas e médias unidades de produção agrícola, promovendo, assim, um sistema agrícola potencialmente competitivo.

Já em conformidade com Otani (2001) o fortalecimento da agricultura familiar sustentável sugere a necessidade de que sejam suplantados os velhos conceitos de agricultura de baixa renda, pequena produção e agricultura de subsistência, os quais não têm ajudado a resolver o processo de integração dos agricultores ao mercado competitivo. A Agricultura Familiar deve ser percebida, de uma maneira mais ampla, como um segmento que detém poder de influência econômica e social. Nesta agricultura, cujo capital pertence à família e em que a direção do processo produtivo está assegurada pelos proprietários, a despeito do tamanho das unidades produtivas e de sua capacidade geradora de renda, as características são inteiramente compatíveis com uma importante participação na oferta agrícola.

Do ponto de vista agrícola, no documento "Diretrizes de Política Agrária e Desenvolvimento Sustentável para o Brasil" apresentado em 1994 pelo INCRA/FAO (2013), é enfatizada a dimensão social da sustentabilidade, pois menciona que para alcançá-lo a sociedade brasileira deve optar pelo fortalecimento e expansão da agricultura familiar por meio de um programa de políticas públicas como forma de reduzir os problemas sociais, englobando políticas agrícolas, industriais e agrárias de curto, médio e longo prazo.

Entretanto, o fortalecimento e desenvolvimento da produção rural familiar na economia brasileira faz necessário torna-la produtiva frente a um mercado sedento de alimentos e matéria-prima. Assim, o aumento da eficiência desse setor pode está ligado, sobretudo, aos avanços tecnológicos.

2.2. Inovações tecnológicas

Schumpeter (1982), contemporâneo do começo do século XX, considera a modificação tecnológica como motor do desenvolvimento, revolucionando a estrutura mercadológica por dentro de um processo de criação destruidora. O progresso tecnológico era considerado um método qualitativo ao gerar novos hábitos, criticando os teóricos de sua época por não se preocuparem com a forma com que o capitalismo criava e destruía os modelos existentes.

Para tal pensador, o progresso técnico, é um tema crucial de mudança na economia, sendo este o elemento responsável pelo lucro nas empresas. Contudo, tais inovações dependem da ação de um agente chamado "entrepreneur", isto é, o individuo que realiza novas combinações e que tenha capacidade de agir de forma empreendedora.

 De acordo com De Toni (2006) enfoques para estes assuntos mais recentes, como as classificadas como neo-schumpeteriana, apontam uma estreita relação entre crescimento econômico e mudanças que ocorrem com a disseminação de inovações tecnológicas e organizacionais. 

Para Tigre (2006) os neo-schumpeterianos atribuem a dinâmica econômica às inovações em produtos e processos e, considera a tecnologia um elemento endógeno presente nas relações produtivas e na valorização do capital, em oposição a teoria neoclássica, que via tal mudança como um elemento externo.

Numa abordagem mais recente, Reis (2003) expressa que inovação tecnológica é a introdução no mercado com êxito, de novos produtos ou tecnologias no processo de produção ou nas próprias organizações. Segundo Laranja, Simões e Fontes (1997) a mesma pode ser definida como a aplicação de conhecimentos modernos que resultam em novos produtos, processos ou serviços, ou na melhora significativa de alguns de seus atributos. Ademais, Carneiro (1995) caracteriza-a como a transformação de uma ideia em um bem vendável novo melhorado no processo operacional na indústria ou ainda em um novo método de serviço social.

De acordo com Silva (2003) um sistema de inovação deve ser entendido como um conjunto de fatores articulados, capazes de promover o desenvolvimento, pela criação, ampliação e sustentação de um ambiente inovativo, de onde combinações emergem das condições preexistentes, resultando na transformação do próprio sistema.

Para Tornatzky e Fleischer (1990) a inovação tecnológica é o processo de introduzir novas ferramentas em um dado ambiente social, podendo tratar apenas das próprias ferramentas em si. E assim, as inovações tecnológicas teriam uma função preponderante no desenvolvimento da agricultura familiar. Entretanto, uma questão inicial, segundo Xavier e Dolores (2001, p.18) referem-se ao desempenho que o conhecimento tradicional deve ter no desenho de estratégias de produção que pretendam conservar a base de recursos existente:

El punto de vista sistémico, en el que se inscribe nuestra perspectiva, requiere una combinación de medios y conocimientos tradicionales y modernos sin que exista una superioridad a priori por cualquiera de las formas existentes de conocimiento.

Não obstante os problemas inerentes o binômio sustentabilidade rural versus absorção de tecnologias, ainda de acordo com os autores acima explicitados, os atributos explanados têm suficiente capacidade para explicar o funcionamento de um agroecossistema. Entretanto, ainda que se cumprissem todos os requisitos de um desenvolvimento rural sustentável (alcançar altos níveis de produtividade, com produções estáveis e equitativamente distribuídas, mediante sistemas de produção autônomos que tenham capacidade para manter os níveis de produtividade), a experiência demonstra que podem existir conflitos entre este grupo de propriedades, referindo, por exemplo, a melhorias na produtividade que afetam negativamente a sustentabilidade dos agroecossistemas ou a obtenção de um grau de autonomia maior em nome da estabilidade.

Além disso, Dosi (2008, p.261) apregoa que o setor agrícola é um grande importador de conteúdo tecnológico, considerando desta maneira um setor dominado por fornecedores. Nesse sentido, o mesmo teórico afirma:

Innovations are mainly embodied in equipment and components bought from other sectors, and while technological opportunities might be significant, they are mainly generated exogenously.

Esposti (2002, p.694), por sua vez, assegura que o procedimento de adoção tecnológica estar sujeito, principalmente, do estoque de informação de cada agricultor:

Firstly, innovations in agriculture are often site-specific to some extent and transfer can be constrained by multiple factors: adaptation to climate and soil, particular pest problems, specific local crops or products, and so on. Secondly, however, many sources and channels of innovation can create new technological opportunities for the farm production also in site-specific contexts whenever these opportunities are adequately adapted.

Romeiro (1998) afirma que o grau de eficiência tecnológica varia entre os produtores através das altercações na capacidade de absorção do conhecimento externo (determinado como fator endógeno) e pelo clima agrícola e variedade geográfica (fator exógeno), ou seja, pendente da região, a produtividade será desigual, devido às especificidades zoneamento que está inserida.

Vieira Filho (2012) aponta que a composição institucional para o desenvolvimento de uma inovação dentro de um setor econômico é muito complicado e modifica significativamente entre outros setores, concluindo que na agricultura não é diferente, pois um regime agrícola tecnológico delibera condições específicas para conveniências tecnológicas, condições de acúmulo do conhecimento e da base de conhecimento relevante em um setor agrícola.

Nesse panorama, conforme o mesmo autor, o conhecimento amontoado avigora o conhecimento tácito, admitindo que produtores possam adquirir benefícios competitivos em determinada localidade, fazendo com que o principal objetivo da inovação tecnológica seja o de acrescentar a capacidade de trabalho produtivo, criando uma dinâmica que promove oportunidades.

3. Metodologia

3.1. Procedimentos metodológicos

Esta pesquisa tem o cunho exploratório e descritivo. Para Marconi e Lakatos (2005) uma investigação exploratória possui uma tripla finalidade: desenvolvimento de hipóteses; aumento da familiaridade do pesquisador com o fato ou fenômeno para a realização de pesquisa mais arraigada no futuro; e/ou modificação e clareamento de conceitos. Prontamente, é exploratória devido ao caráter recente da articulação teórica proposta com uma perspectiva de melhor conhecer a realidade para uma futura aplicação da metodologia e descritiva porque expõe a percepção de uma determinada comunidade sobre determinado fenômeno, através de uma técnica padronizada de coleta de dados.

Em consonância com Mattar (1993) toda pesquisa tem uma parte exploratória e outra descritiva, uma vez que o primeiro tipo consiste em objetivos bem definidos, ou seja, dão direcionamentos iniciais. Já a segunda forma é utilizada com dois propósitos: descrever as características de grupo, a exemplo, expor a absorção de inovações tecnológicas e sua relação com a sustentabilidade dentro dessa atividade da produção familiar rural e demonstrar a afinidade desta com as vantagens econômicas, sociais e ambientais para a população local.

Para identificação e análise dos dados, utilizou-se fontes secundárias e primárias. As secundárias compreendem pesquisas em livros, periódicos, trabalhos científicos e informações em órgãos ligados ao tema. Nesse sentido, segundo Gil (2010) todo esse material, tornar-se fonte dos temas a serem estudados e, possibilitando grande contribuição para execução e delineamento do trabalho. A partir desse apoio documental, tem-se a pesquisa de campo que será realizada no local onde os fenômenos ocorrem e serão explicitados pela coleta de dados. Em conformidade ainda com Severino (2011) a busca de subsídios abrange desde levantamentos de circunstâncias que são mais descritivos até estudos mais analíticos.

Para Marconi e Lakatos (2005), essa etapa da pesquisa é essencial, haja vista, ser o momento inicial de aplicação de instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de cumprir os objetivos estabelecidos. Assim, dar-se-á a pesquisa de campo abrangendo as etapas seguintes:

Inicialmente, empregou a observação assistemática não participativa, ou seja, conhecer o ambiente para definir e determinar quais foram às tecnologias absorvidas pelos agricultores familiares, particularmente, os cajucultores na região do Entre rios no Piauí. Em conformidade com Gil (2010), este tipo de pesquisa permite uma interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Já em anuência com Laville e Dionne (1999) a observação é uma técnica conveniente para uma familiarização do assunto, permitindo a formulação de hipóteses para uma comprovação posterior com o auxílio de abordagens mais estruturadas. Em seguida, usou-se um roteiro de entrevista semiestruturado para coleta de dados. De acordo com Marconi e Lakatos, (2005) a técnica da entrevista versa em um encontro entre dois indivíduos mediante um diálogo profissional com o desígnio de que uma delas obtenha informações a deferência de um tema peculiar. Trata-se, pois, de um debate, de forma sistemática, proporcionando verbalmente subsídios necessários ao entrevistador.

Tanto a observação assistemática não participativa quanto o roteiro da entrevista seguiu alguns dos indicadores econômicos, sociais e ambientais do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS (2012). O uso destes indicadores é justificado devido retratarem na concepção de Almeida (2012) a realidade dos impactos ambientais nas atividades produtivas rurais e serão levantados in lócus. Tais indicadores podem ser resumidamente expressos no quadro abaixo:

Quadro 1 – Indicadores econômicos, sociais e ambientais.

INDICADORES CEBDS

INDICADORES

CARACTERISTICAS

UNIDADES DE MEDIDA

ECONÔMICO

Produção

Massa x quantidade.

 

Volume de vendas

 

Em reais (R$)

Receita liquida

Faturamento bruto.

Em reais (R$)

Lucro operacional

 

Em reais (R$)

SOCIAL

Empregos diretos gerados

 

 

Admissão no período

 

 

AMBIENTAL

Consumo de materiais

Por tipo e fonte,

 

Consumo de recursos naturais

Uso de água, terra e outros materiais.

 

Geração de emissões, efluentes e resíduos

Quais os tipos e as práticas preventivas adotadas.

Em toneladas

Acidentes ambientais

Número de ocorrência.

 

Fonte: adaptado pelo autor CEBDS (2012).

3.2. Organização, análise e apresentação dos dados

 Para apresentar, estabelecer e avaliar qualitativamente as informações coletadas seguiu a análise temática. Segundo Bardin (1997) esta se insere na técnica de análise de conteúdo, cujo objetivo é evidenciar os itens de significação a partir da descrição do corpus que foi construído, tendo por base as unidades de codificação ou categorias recortadas do conteúdo das entrevistas e documentos, sendo esta orientada pelo problema e objetivo desta pesquisa.

3.3. Abrangência espacial e temporal do estudo

O universo de estudo se compôs por uma minifábrica que em torno da Cooperativa Agroindustrial de Pequenos Produtores – COOAPP sediada na cidade de Altos, produzem o caju para serem industrializadas na minifábrica, na região do Entre Rios - Piauí. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA (2013) o território Entre Rios compreende uma área de 19.952,00 Km² e é formado por 30 municípios. Este trabalho abrangerá apenas o segmento da cadeia produtiva do caju, a plantação e a agroindustrial em que os produtos sofrem transformações e elevam o seu valor agregado. Assim, considerou-se para estudo de caso, uma minifábrica. Para consecução do objetivo do trabalho considerou-se a situação de janeiro de 2012, início do projeto em que houve a implantação de novas tecnologias na cajucultura pela EMATER.

4. Resultados e discussões

4.1. Aspectos econômicos na minifábrica de cajucultura

A atividade de cajucultura está inserida no Piauí como uma atividade, executada basicamente pela agricultura familiar, que tem a função de atender ao consumo próprio, transformando-se posteriormente numa forma de negocio que chega a representar uma importante fatia de geração de renda para a família.

Assim, em pesquisa de campo verificou-se que a minifábrica pesquisada apresenta uma capacidade instalada de produção de 26.000 garrafas/ano, aproximadamente, algo ainda aquém, haja vista que as maiores indústrias do ramo chegam a produzir em torno de 150.000 garrafas/ano.

Em relação ao capital de giro, verificou-se que há um problema para o gerenciamento financeira da mini agroindústria, pois esta não possuía recursos em caixa para fazer frente às despesas com matéria-prima, material secundário e embalagens, demonstrando a falta de planejamento na aquisição de insumos, que fatalmente acarretará prejuízos para obtenção de lucratividade positiva para atividade.

Assim, em relação ao faturamento da empresa, esta apresentou uma maior frequência no intervalo entre R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00 com uma média de R$ 14.500,00, destacando que o período da atividade é de três meses por ano, temos um faturamento mensal de R$ 4.800 aproximadamente.

O pedúnculo, matéria-prima dos produtos originários do caju, torna-se um obstáculo à produção, pois na maioria das vezes o conhecimento da quantidade colhida da produção somente se conhecer durante a safra, e assim como sua disponibilidade é afetada por fatores climáticos, não se pode determinar como serão os níveis de quantidades produzidos a priori.

Segundo Prince et al (1984) o aproveitamento do pedúnculo é de menos de 10% , sendo que destes, entre 2% a 6% decorrem da falta de conhecimento das técnicas de armazenamento que possibilita seu uso na safra e entressafra, o que nos levar a ressaltar a importância da administração rural no intuito de evitar as sobras e contratempos da atividade haja vista ser ela tão a mercê de problemas de cunho ambiental.

Em pesquisa aos gerenciadores desta atividade rural, constatou-se que em termos comerciais o produto cajuína é um produto típico do Estado do Piauí, tendo apesar disto, um mercado externo na federação brasileira, bem expressivo, entretanto, encontra-se com um limitante na sua parte mercadológica, haja vista, a embalagem de vidro, que serve para armazenar o produto de forma a manter melhor a qualidade do produto, está encarecendo o preço do mesmo, tanto pela a própria embalagem de vidro, que é algo caro para os donos do negócio, como o transporte que também tende a elevar os custos, e assim, consequentemente, o preço do valor final da cajuína.  

Em relação aos custos de produção da mini fábrica, as informações levantadas demonstram que estes trabalham com matéria-prima própria e de terceiros, pagando cerca de R$ 0,15/kg de pedúnculo, sendo que em algumas delas, na condição de devolver a castanha e o bagaço para outros aproveitamento dos fornecedores. A localidade de origem da matéria-prima, no caso de fornecimento por terceiros, compõe-se exclusivamente, por agricultores vizinhos que não estão ligados diretamente a agroindústria do caju, mas cultivam a fruta nos seus sítios. Por seguinte, tal negociação acaba por gerar renda de forma indireta para tais agricultores, constando-se que o preço pago pela colheita do pedúnculo equivaleu na época da pesquisa em torno de R$ 0,03 a R$ 0,05 por quilograma comercializado. Já para o descascamento, ficou com um valor de R$ 0,02 a R$ 0,04, ressaltando a produtividade do resultado para se ter uma boa renda para atividade.

Em relação ao custo direto do produto, compreendido pela matéria-prima (pedúnculo), material secundário (gelatina), embalagem (garrafa de vidro, tampa metálica, rótulo, e caixa de papelão) e mão-de-obra direta varia para cada agroindústria. Na presente pesquisa, o peso em termos percentuais em relação ao custo direto, encontra-se abaixo:

Quadro 2: Valor do peso dos componentes sobre o custo direto de produção

 

Componentes

Valor do peso sobre custo direto

Termos percentuais %

Garrafa

35 %

Tampa

13%

Rótulo

7%

Gelatina

15%

Mão-de-obra

30%

Fonte: autor, 2015.

Observa-se pela o quadro 2, que a composição do custo direto da agroindústria do caju, tem como peso maior a garrafa de vidro, representando 35% do valor do custo direto total. Para Maximiano (2012), a estratégia da embalagem pode determinar o fracasso ou sucesso do produto, além da praticidade que a mesma pode oferecer ao consumidor, a aparência é um fator de atratividade. Entretanto, deve ter cuidado com os custos, já que podem inviabilizar toda a produção.

Adverte-se que em outras indústrias, existe o paliativo de reutilização de recipientes, diminuindo, portanto tais despesas, não sendo o caso de nosso entrevistado. Dessa forma, coloca-se a importância do aspecto da preocupação ambiental, sendo a reciclagem e a reutilização de recursos importantes formas de benefícios não somente para o meio ambiente, mas para toda forma de organização empresarial.

Quanto à gelatina tal valor decorre do preço de compra e quantidade usada na produção que fica em torno de 1,6 gramas por cada litro de suco integral.

Já a mão-de obra, também, teve um peso significativo, apesar das tecnologias absorvidas pela produção, ter diminuído a necessidade da mesma, no aspecto da produção direta da cajuína. Tal explicação se recorre na forma como essas tecnologias são implantadas nessas atividades. O que se constatou por observação assistemática não participativa que os órgãos governamentais e organizações não governamentais, entes que ofertam projetos rurais de melhorias produtivas aos agricultores familiares tem tido a preocupação de não gerar desemprego quando possibilitam inovações tecnológicas nestas comunidades rurais. Assim, ainda existe uma dependência produtiva muito grande das pessoas nos negócios.

Em conformidade com os entrevistados, o custo direto unitário médio da cajuína foi de R$ 0,50 e preço médio de venda praticado pela mini indústria foi de R$ 3,00. Preço praticado na venda para restaurantes, bares e supermercados entre outros comércios. O que se observa que a receita média do produto do caju, é bastante significativa, haja vista, ter em torno de ganho de receita na ordem de 166 % aproximadamente, e mesmo, levando em consideração os custos indiretos, algo não contabilizado pelos produtores, responderá com valores positivos.

Dessa forma, em observação em in locus e constando pelos entraves produtivos a exemplo da baixa produtividade que demanda várias horas de trabalho para executar tal atividade, faz-se necessários algumas mudanças no processo fabricação das cajuínas. Assim, a introdução de gerenciamento eficiente é de extrema importância, já que os executores da produção desconhece totalmente o conceito básico de administração rural, talvez pelo baixo nível de escolaridade que possuem, no máximo chegaram concluir o nível inicial da escola, antigo primário, segundo os entrevistados. E ainda, não deixando de considerar o percalço da baixa qualificação, apesar de esforços da EMATER-PI, nos seus treinamentos técnicos aos operários rurais.

Assim, relação aos aspectos econômicos, deve-se o empresário observar claramente, a necessidade de um planejamento da aquisição de matéria-prima e insumos à curto prazo, já em médio prazo, fomentar um treinamento aos trabalhos que eleve a eficiência produtiva, assim, como investir em educação formal. De primordial relevância, a longo prazo, formar fluxo de caixa, para investimentos pesados em infraestrutura, formação de área e em bens de capital, absorvendo máquinas mais modernas. Dessa forma, tais mudanças serão necessárias, para tal atividade sair do improviso e gerar mais renda e emprego na comunidade.

4.2. Aspectos sociais na comunidade local

A mini fábrica de castanha de caju gerou 45 (quarenta e cinco) empregos diretos, 5 (cinco) pessoas da comunidade local trabalham no cozimento e na estufagem da castanha e da amêndoa de caju, 10 (dez) trabalham no corte da castanha, 15 (quinze) trabalham da despeliculagem e classificação da amêndoa e 2 (um) na gerência da mini fábrica. Vale ressaltar que dos 45 (vinte e quatro) empregados 25 (dezenove) são mulheres. A renda auferida por esses assentados é de R$ 510,00 (Quatrocentos e noventa reais) mensais. Na mini fábrica de cajuína, trabalham 15 (quinze) assentados, dos quais 8 (oito) são mulheres, parte da produção de cajuína é vendida à Prefeitura Municipal, para ser oferecida na merenda escolar e outra parte é vendida em feiras e exposições. Ressalta-se ainda que em relação aos empregos indiretos gerados, estima-se por parte do gerente da cooperativa, que atividade propague mais de 200 empregos indiretos na região Entre Rios.

4.3. Aspectos ambientais da atividade da cajucultura

O objetivo dos programas da EMATER-PI é promover também a sustentabilidade das atividades da comunidade rural por meio de práticas agroecológicas baseada em uma política endógena de desenvolvimento sustentável onde se combinam alternativas de produção, geradoras de emprego e renda, levando em conta o respeito ao meio ambiente.

Assim, constatou-se que atividade da cajucultura busca alternativas para produção de um alimento limpo, saudável e o mais importante, que não agridam a natureza. Haja vista que para controlar pragas e doenças e para adubar o solo, utilizam produtos orgânicos como manipueira, extrato de neen, biofertilizantes e calda bordalesa e como os animais pastam dentro do sistema agroflorestal, há incorporação de esterco (adubo) e urina como fertilizante e inseticida natural.

É importante salientar que durante o processamento da castanha e do pedúnculo não ocorrem perdas, quando a castanha é processada, a película é servida como fonte de alimentação para aves, a casca é vendida a indústrias para queima em fornalha, contribuindo assim para que haja uma diminuição no corte de lenha, no processamento da cajuína e do suco o bagaço após processado é utilizado como ingrediente em ração para ruminantes, ainda do bagaço o que não é transformado em ração torna-se substrato agrícola, contribuindo para adubação do sistema produtivo.

Outro fato positivo em termos de sustentabilidade foi que se constatou por meio da observação e da entrevista que não houve após a implantação da tecnologia nenhum impacto ambiental negativo decorrente da agroindústria e das plantações do caju.

Durante a pesquisa de campo, percebeu-se que a cajucultura é uma atividade que dentre das especificações de utilização de insumos químicos tem um baixo impacto ambiental, porém por utilizar consideráveis extensões de terra é um tipo de atividade que pode agregar-se a outras culturas, tornado-a mais sustentável sem agressão ao meio ambiente. Sendo algo positivo desta atividade, pois para Bernardes (2009), algumas propriedades não têm o objetivo de produzir de maneira sustentável, inexistindo conscientização dos prejuízos ocorridos na utilização de produtos agrotóxicos no plantio. Enfatiza-se que no setor rural é comum encontrar agricultores que são resistentes à utilização de alternativas para eliminar as pragas e são motivados puramente pelo imediatismo de resultados, descartando, assim, o uso de técnicas menos agressivas ao meio ambiente.

5. Conclusão

O agronegócio brasileiro passa por um período especial, haja vista serem várias as possibilidades de desenvolvimento no espaço rural, considerando como um setor estratégico no cenário da economia mundial.

O desenvolvimento deste estudo permitiu identificar benefícios econômicos, sociais e ambientais, decorrentes da implantação de tecnologias ofertados pela EMATER-PI para os agricultores que trabalham com a cultura do caju, tanto no lado do cultivo da cultura como na agroindústria.

Em termos, econômicos pode-se considerar que tal tecnologia favoreceu os ganhos financeiros, haja vista, aumentar a produtividade e reduzir custos de produção como o melhor aproveitamento dos elementos que compõe a cultura, entretanto, enfatiza que existem gargalos a serem melhorados, principalmente, em termos de gestão e qualificação do trabalhador rural.

Já no aspecto ambiental, o que se observou que a princípio as tecnologias adotadas não trouxeram nem um impacto ambiental negativo a meio ambiente, podendo se considerar, portanto, como uma técnica sustentável sob o ponto de vista ambiental, embora, avaliou-se que os agricultores da cultura do caju desconhecem os benefícios para a organização como redução de despesas por meio da economias de recursos e da reciclagem e aproveitamento de materiais que não seriam utilizadas.

No campo social, absorção das tecnologias foi benéfica, pois favoreceu a geração de renda e emprego a comunidade local, embora neste variável, sabemos que as inovações tecnológicas tendem elevar o desemprego, algo que foi visto com preocupação pelos implementadores das tecnologias, no caso a EMATER-PI e assim, tal fenômeno natural deste processo, ainda, não foi detectado.

E assim, algo a enfatizar, é que empresas que trabalham neste setor precisam encontrar novas formas de adequar a um novo contexto em que crescimento econômico, deve se aliar a um contexto ambiental e social, de modo a possibilitar vantagens competitivas a organização e a comunidade local, trazendo como consequência expansão do mercado.

Logo, concluiu-se de modo geral pela pesquisa que a tecnologia implantada foi algo que favoreceu a cultura do caju na fazenda e na minifábrica estuda.

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1. Economista, Especialista em Gestão Empresarial, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento – Universidade Federal do Piauí. Professor Adjunto de Economia Rural e Empreendedorismo na Universidade Federal do Piauí. Pesquisador Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - "National Counsel of Technological and Scientific Development" – CNPQ. (email: profnunes@ufpi.edu.br)


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 16) Año 2016

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