Espacios. Vol. 37 (Nº 19) Año 2016. Pág. 20

Aprendizagem organizacional como fator de inovação em indústrias de confecção de Araranguá-SC

Organizational learning as a factor in innovation

Everaldo Silva de OLIVEIRA 1; Aline Hilsendeger Pereira de OLIVEIRA 2; Adriana Carvalho Pinto VIEIRA 3

Recibido: 10/03/16 • Aprobado: 22/04/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. As bases da aprendizagem organizacional

3. A inovação a partir da aprendizagem

4. Procedimentos metodológicos

5. Análise dos dados

6. Considerações finais

7. Referências


RESUMO:

Este estudo objetiva analisar os fatores que levam a aprendizagem organizacional a se relacionar com a inovação. Para atingir este objetivo, foi desenvolvida uma pesquisa de abordagem qualitativa e bibliográfica. A pesquisa bibliográfica foi do tipo descritivo-exploratória e foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados Scielo e contou com a análise dos dados levantados em um estudo de caso em dez empresas de confecção de Araranguá-SC. Destaca-se que a aprendizagem é sempre benéfica para as organizações e, que a forma como as empresas aprendem, diferem de uma para outra por conta das diferenças de localização, estrutura e cultura organizacional.
Palavras-chave: inovação, aprendizagem organizacional, vantagem competitiva.

ABSTRACT:

This study aims to analyze the factors that lead to organizational learning to relate to innovation. To achieve this objective, we developed a qualitative research bibliographical. The bibliographic research was descriptive and exploratory. A bibliographic survey was conducted on the Scielo database and included the analysis of data collected in a case study in ten companies making Araranguá-SC. We highlight that learning is always beneficial for organizations and, the way companies learn, differ from one to another because of differences in localization, structure and organizational culture.
Keywords: Innovation, organizational learning, competitive advantage.

1. Introdução

O mercado globalizado tem exigido das organizações ações para serem mais competitivas e em constante processo inovativo. Os países em desenvolvimento tem sido inseridos em relações comerciais com os mercados mais desenvolvidos, forçando-os a rever estratégias para se manterem em um ambiente de hipercompetitividade.

O setor de confecção, objeto de nosso estudo é fortemente influenciado pelo mercado externo, principalmente pelos países asiáticos, que possuem menores custos de produção e concorrem diretamente com as empresas de qualquer país. Neste cenário, a velocidade da informação e da logística permite essa circulação de mercadorias com muito mais intensidade.

O setor de confecção em Araranguá-SC é representativo em termos de número de empresa e de empregos no município e região, compreendendo a especialização na produção de artigos do vestuário, representando pouco mais de 25% das empresas (IBGE, 2015). Esta especialização produtiva amplia a competitividade e a concorrência entre as empresas, em termos de mercado e de mão de obra disponível. Isto significa dizer que a aprendizagem organizacional se apresenta como o principal meio para renovar as estratégias das empresas e criar vantagem competitiva sustentável e inovando em processos, produtos ou serviços.

No setor de confecção, a moda é seu ponto alto de diferenciação sendo as pesquisas orientadas à inovação e ao design de produtos os fatores críticos para a sustentação econômica e mercadológica das empresas. Neste sentido, não há como obter diferenciação de produtos com orientação para o mercado sem pesquisa e inovação. Esta condição passa, essencialmente, pela capacidade da empresa em aprender e a absorver os processos de inovação.

A aprendizagem tem sempre como objetivo gerar desenvolvimento para a organização ou para a região onde ela está instalada. Para Perin, Sampaio e Faleiro (2004), o engajamento em processos de aprendizagem e inovação na organização deve acompanhar a orientação para o mercado, a fim de que as organizações alcancem vantagem competitiva sustentável.

Essas inovações em produtos, processos ou serviços surgem de ideias, insights, experimentos, que advêm da capacidade criativa das pessoas. Assim, o processo inovativo é decorrente da aprendizagem e do conhecimento dos indivíduos, que por sua vez, fazem parte de grupos e organizações.

Diante deste contexto, e reconhecendo a relação existente entre a aprendizagem organizacional e os processos inovativos, onde tudo o que é absorvido pela organização em termos de informação e aprendizagem podem se tornar fontes de vantagem competitiva e inovação, surge a questão da pesquisa: quais os fatores que levam a aprendizagem organizacional a se relacionar com os processos inovativos dentro da indústria de confecção de Araranguá-SC?

Para alcançar os objetivos propostos definiu-se como abordagem uma pesquisa qualitativa, por meio bibliográfico e documental focada na literatura que aborda os temas aprendizagem organizacional, aprendizagem interorganizacional e inovação. A pesquisa bibliográfica foi do tipo descritivo-exploratória, pois se pretende descrever e compreender quais são as influências da aprendizagem organizacional na geração de processos inovativos e vantagem competitiva. Para a elaboração deste artigo se buscou analisar os dados secundários de um estudo empírico realizado por um dos autores em dez empresas de confecção de Araranguá, no qual o tratamento desses dados será realizado à luz da teoria dos processos de inovação e aprendizado e na análise fenomenológica dos dados.

Para compreensão do artigo, ele se encontra estruturado em sessões. A Primeira explica o que é a aprendizagem organizacional e como ela pode ser absorvida pelas organizações. A segunda trata das teorias sobre inovação que apresentam a aprendizagem como fator preponderante para que a inovação seja efetivada de forma a criar vantagem competitiva e desenvolvimento nas empresas. Na terceira apresenta e discute os dados secundários e, por fim, as considerações finais e referências.

2. As bases da aprendizagem organizacional

É difundido na literatura que trata de aprendizagem organizacional que há diversos modos de aprender. Mas seja qual for a forma ele é importante para a organização manter vantagem competitiva e se desenvolver. Loiola e Bastos (2003) enfatizam essa afirmação de que as organizações aprendem de forma diferente, haja vista que diferenças relativas a pessoas, grupos, setores e locais exercem um forte impacto sobre como a organização aprende. Acredita-se que essas especificidades são ainda negligenciadas nos estudos sobre a aprendizagem organizacional, mais precisamente no tocante a associação entre a aprendizagem e a inovação.

Nos estudos de Loiola e Bastos (2003) nota-se que prevalece a noção de que a aprendizagem organizacional é sempre benéfica para a organização, melhorando sua competitividade. No entanto, na forma como se apresentam as formas tradicionais de organizar e fazer estão se mostrando pouco eficientes em termos de retorno financeiro, para aprender se faz necessário desaprender. Dessa forma, o desaprender se faz necessário para o compartilhamento de conhecimentos na organização.

Para a informação se tornar conhecimento, deve ser efetivada e distribuída aos interessados. Assim, quando aplicada, torna-se um ativo da empresa e não mais apenas um suporte para a tomada de decisão (FERREIRA, 2005).

A definição de Aprendizagem Organizacional (AO) já foi avaliada por diversas vertentes, sendo que "a AO, em sua história, foi caracterizada como incremento/melhoria de desempenho no transcorrer do tempo, como fenômeno comportamental, cognitivo, sociocultural, fenômeno com dimensões reflexivas e emocionais, fenômeno experiencial" (ANTONELLO; GODOY, 2009, pg. 278).

As melhores organizações estão investindo cada vez mais na aplicação dos conceitos de aprendizagem, conhecimento e competência para criar e manter uma posição de vantagem competitiva que seja sustentável (SHINYASHIKI; TREVISAN; MENDES, 2003).

A aprendizagem organizacional se apresenta como o principal meio para se obter uma renovação estratégica da empresa, e exige que a organização explore novos meios de fazer e de utilizar o que já tem aprendido pela experiência (CROSSAN; LANE; WHITE, 1999).

Sendo a aprendizagem tão importante para a organização, "encontrar caminhos para intervir, desenvolver, promover aprendizagem organizacional e transpor os estudos analíticos e compreensivos para proposições gerenciais permanece ainda como um desafio" (SOUZA, 2004, pg. 6).

Leite e Porsse (2003) indicam que no contexto acadêmico e empresarial, o tema aprendizagem organizacional tem sido amplamente explorado. Estudos sobre aprendizagem organizacional e seus efeitos sobre a forma de como a organização se comporta diante deste tema, tem revelado a importância do assunto tanto em publicações nacionais como internacionais (TAKANASHI; FISCHER, 2009). Em seus estudos, Takanashi e Fischer (2009) concluem que nas pesquisas nacionais elaboradas sobre o tema da aprendizagem organizacional, há uma atualidade acerca dos temas mais estudados no cenário internacional, como quando a aprendizagem é associada às questões relativas a cultura organizacional, mudança, inovação e competitividade.  No entanto, os autores indicam que as maiores lacunas entre os estudos nacionais e internacionais dizem respeito à transferência de conhecimento, gestão do conhecimento e aprendizagem organizacional além das fronteiras.

Segundo Perin, Sampaio e Faleiro (2004) a aprendizagem organizacional tem sido estudada no tocante à aprendizagem de processos ou sua orientação para a aprendizagem, quer pode ser adaptativa no qual a organização reage às demandas do ambiente ou a aprendizagem generativa ou de ciclo duplo, quando ela se volta para dentro da organização e modifica sua visão de mundo, que faz com que consequentemente a firma descarte procedimentos e sistemas obsoletos. Dessa forma, a organização aprende como aprender e gera novos insights sobre a aprendizagem.

A aprendizagem deve ser institucionalizada para que se torne efetiva e fonte de subsídios para a inovação e a manutenção de uma vantagem competitiva sustentável. Para Gonzales, Martins e Toledo (2009) para que a aprendizagem se consolide, é necessário que a empresa esteja preparada e tenha uma estrutura para receber e interpretar as informações e posterior institucionalização na forma de conhecimento, criando dessa forma uma memória organizacional. Assim, deve adaptar a cultura da empresa para que as ideias e contribuições dos colaboradores sejam captadas e se tornem fonte de conhecimento.

Em face da quantidade de informação disponível no mundo, conhecer e aprender se tornam atividades indispensáveis para qualquer tipo de organização (AMORIM; FISCHER, 2013).

Como as empresas aprendem e retém a aprendizagem de formas diferentes, alguns autores acabam por estruturar uma definição ou modelo ideal da organização absorver a aprendizagem. Crossan, Lane e White (1999), apresentam a aprendizagem organizacional estruturada em quatro processos através de três níveis (Tab. 1), onde há uma progressão nestes processos através dos níveis.

Tabela 1: Aprendizagem /Renovação organizacional nas
Organizações: quatro processos através de três níveis

Nível

Processo

Entradas/Resultados

Indivíduo

Intuição

Experiências

Imagens

Metáforas

Interpretação

Linguagem

Grupo

Mapas Cognitivos

Conversa/Diálogo

Integração

Entendimentos Compartilhados

Ajuste Mútuo

Organização

Sistemas Interativos

Institucionalização

Rotinas

Sistemas de Diagnósticos

Regras e Procedimentos

Fonte: Crossan, Lane e White (1999, p. 525)

O modelo 4I's é dividido em quatro processos em três níveis que se intercalam, onde intuição e interpretação ocorrem no individual, interpretar e integrar ocorre no nível de grupo, integrar e institucionalizar ocorre no nível da organização. A intuição ocorre de um indivíduo e pode também ocorrer de um grupo, mas não da organização.

A interpretação é a capacidade de compreender e verbalizar as percepções intuitivas, e são mais válidas se compartilhadas, o que abrange o nível de grupo. Quando essas interpretações são executadas pelos membros do grupo, compreensões são compartilhadas, ações são desenvolvidas e ações que são julgadas eficazes são repetidas, o grupo pode estabelecer regras e formalizar procedimentos para que essas rotinas sejam incorporadas e assim se dar a institucionalização do processo. A institucionalização acontece no nível da organização, que é socialmente construída. Depois de institucionalizada, a regra ou rotina independe de qualquer indivíduo (CROSSAN; LANE; WHITE, 1999).

Nessa linha de raciocínio na qual a aprendizagem parte do indivíduo, Miguel e Teixeira (2009) concordam que a aprendizagem dentro de uma organização assume um sentido mais amplo, onde o indivíduo participa no processo decisório, assumindo desafios e correndo riscos.

As ideias ou insights, não surgem do nada, elas são derivadas de outras informações e conhecimentos anteriores e também, de novas aprendizagens. O conhecimento é resultante das experiências do indivíduo com o seu meio, e é construído quando este resolve um problema (LEITE; PORSSE, 2003).

Para Antonello e Godoy (2010), a aprendizagem organizacional analisada pela teoria comportamental foca os antecedentes ou a história da firma, e o conhecimento é construído a partir de uma experiência anterior. Dessa forma, mesmo com rotatividade de colaboradores, o conhecimento não se perde e continua em construção. Por essa perspectiva "A aprendizagem é socialmente construída e fundamentada em situações concretas, nas quais as pessoas participam e interagem umas com as outras" (ANTONELLO; GODOY, 2010, pg. 314).

Os indivíduos, em todos os níveis da organização, desenvolvem novas ideias e resolvem problemas, e estas atividades se constituem em possibilidades para aprender. Porém, nem todos estão ou são estimulados a agir diante dessas descobertas e chamar a atenção da firma sobre ela para uma melhoria de desempenho, entendendo que essa atitude pode envolver riscos ou que o indivíduo pode enfrentar resistências sendo que essas iniciativas nem sempre serão benéficas para a organização (BIDO et al., 2010).

Amorim e Fischer (2013) analisam  a aprendizagem organizacional sendo bem gerida e facilitada cria competências nas organizações que levam a mesma a ter vantagens competitivas no mercado. A aprendizagem é resultante das relações estabelecidas tanto entre as influências recebidas como exercidas, assim se torna importante as escolhas de estratégia e estrutura.

As empresas orientadas para a aprendizagem estimulam seus colaboradores a questionar constantemente as normas da organização que orientam as ações e o processamento das informações do mercado (PERIN; SAMPAIO; FALEIRO, 2004).

O comportamento das organizações para a criação do conhecimento é guiado pelos valores organizacionais, abertura à mudança e autopromoção com a preocupação com a coletividade (MIGUEL; TEIXEIRA, 2009).

O desafio que a organização tem diante de si, é saber como captar a ideia e transformá-la em informação, transformar em conhecimento e usar com o objetivo de gerar inovação seja em processos, seja em produtos ou serviços. Souza (2004) é pontual ao afirmar que o processo de aprendizagem é intrínseco a própria dinâmica da organização. Assim, o desafio da organização é compreender este contexto específico e identificar as oportunidades de aprendizagem que é singular à mesma.

3. A inovação a partir da aprendizagem

A inovação, assim como a aprendizagem, é uma necessidade atual das organizações para competir dentro de um mercado cada vez mais ávido por mudanças, uma vez que quem chegar primeiro terá o poder de influenciar os demais e ser o líder de seu segmento. Não se considera mais como totalmente válido o modelo linear de inovação, que somente por meios econômicos ou de mercado se pode atingir a inovação. Há atualmente vários fatores que podem influenciar processos inovativos como as condições de territorialidade, fatores sociais, culturais e de aprendizagem. Essa última é o fator que será discutido neste capítulo.

Lemos (1999) e Barbosa e Araújo (2013), denominam como inovação incremental, aquela onde há um aperfeiçoamento em um produto, processo ou serviço que já existe. Porém quando se trata de algo novo, que não existe, que pode representar uma quebra de paradigma, então é chamada de inovação de ruptura ou radical.

Talvez identificar corretamente qual o tipo de inovação que se apresenta, não seja uma tarefa muito fácil, mas é imprescindível para as decisões a serem tomadas. Identificar corretamente o tipo de inovação vai impactar diretamente nas estratégias de investimento, consequentemente nos ganhos e fluxo de caixa (BARBOSA; ARAÚJO, 2013).

A empresa não inova sozinha, pois depende de informações, e fundamentalmente das pessoas, que podem estar tanto dentro como fora da organização. Sendo assim, o processo inovativo é a interação entre o econômico ou mercadológico e o social, que possuem diversas formas de conhecimento. Esta relação se encontra nos diversos níveis da empresa, de uma para outra empresa em uma rede e também com outros órgãos ou instituições, como as de ensino. A combinação dessas diversas fontes passou a ser considerada como uma maneira da firma se capacitar e gerar inovação, e a resolução da maioria das deficiências se encontram na associação de vários tipos de conhecimento (LEMOS, 1999).

Segundo Zanella (2008), a fonte da inovação é a criatividade, que é o elemento básico de onde vem a inovação. A criatividade é um dos elementos da idealização da inovação, enquanto que a inovação é a materialização das novas ideias. A inovação nasce das ideias criativas, que a organização necessita transformar em algo concreto para que isso possa se tornar uma inovação.

Para acompanhar a evolução da sociedade e criar vantagem competitiva, as organizações tem se voltado para novos conceitos organizacionais. Assim surge uma nova perspectiva no olhar da administração, voltada para a valorização do conhecimento e do capital intelectual (ZANELLA, 2008).

La Rovere (1999) apresenta uma outra abordagem que concebe a inovação como resultado da cultura da organização e de um conhecimento prévio, anterior, construído na história da firma. Sendo assim, as redes de empresas servem como incentivadores de inovação e as características dessas firmas é que definirão a dinâmica dessa geração de processos inovativos.

As redes de empresas ou clusters favorecem o aprendizado interativo, a oferta de capacitação técnica e o compartilhamento de conhecimento tácito acumulado. Pela sua proximidade geográfica e cultural, propicia um estabelecimento significativo de atividades inovativas. A inovação se tornou mais importante hoje do que no passado, haja vista a necessidade das organizações de manterem vantagem competitiva. O fortalecimento da capacidade de aprender de uma organização e dos indivíduos da empresa tem um papel crucial nas estratégias das empresas inovadoras (LEMOS, 1999).

As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) enfrentam dificuldades para introduzir inovações, muito pelas suas próprias especificidades onde o capital e os recursos de pessoal são mais escassos, o que pode dificultar a busca pelo processo de aprendizagem. Em países desenvolvidos, as políticas para inovação voltadas para as PMEs tem dado ênfase ao treinamento e a formação de redes para o compartilhamento de conhecimento (LA ROVERE, 1999).

Para Tidd, Bessant e Pavitt (2008), a inovação é um processo baseado no conhecimento. Pelo conhecimento já existente na organização ou pela necessidade de aprender algo novo. Tem a ver com a combinação de experiências e conhecimentos capazes de serem aproveitados em um processo criativo. Sendo assim, a inovação tem a ver com trabalho em equipe, que por meio da reunião de conhecimentos e habilidades diferentes podem gerar processos inovativos.

Para estes autores, a inovação é influenciada pelo contexto organizacional devido às diferenças existentes de organização para organização. Também se incluem a estrutura da organização, o comprometimento das chefias com relação a inovação, os recursos dispendidos para treinamento e capacitação, a organização do trabalho e a relação existente entre a aprendizagem e o compartilhamento do conhecimento. Organizações inovadoras são as que facilitam a integração de fatores que criam e fortalecem um ambiente onde a inovação pode prosperar.

Barbosa e Araújo (2013) complementam afirmando que a inovação é um aprendizado para a organização, e é feita de sucessos e fracassos, e são degraus obrigatórios para se alcançar o sucesso.

O conhecimento quando corretamente apropriado pela organização e utilizado para o desenvolvimento, inevitavelmente irá gerar inovação, e "para que ocorra inovação, é necessário que sejam integrados os conhecimentos novos àqueles já estabelecidos para criar novos produtos e serviços" (BARBOSA; ARAÚJO, 2013, p. 83).

4. Procedimentos metodológicos

Para o presente estudo foi realizado uma pesquisa bibliográfica e em sites de pesquisa. No processo de bibliometria foram buscados na base de dados Scielo trabalhos publicados sobre os temas da pesquisa.  Em uma primeira análise foram pesquisados trabalhos que correspondessem seja no título ou no conjunto de palavras chave os termos "aprendizagem" e "inovação". A pesquisa retornou com 3.087 artigos. Passado mais um filtro com o termo "organizações" a pesquisa retornou com 98 artigos. Desses últimos foram lidos os resumos e selecionados 27 artigos que foram lidos na íntegra por estarem em consonância com o objeto do estudo.

Os artigos delinearam o pensamento constante neste trabalho sobre aprendizagem organizacional e inovação. Ainda, o tema inovação teve como base, os textos e sugestões de leituras da disciplina de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovações do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense. Numa perspectiva interdisciplinar, houve colaboração com uma doutoranda do Curso de Pós-graduação em Ciências Ambientais, mais especificamente na linha de pesquisa de Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento da mesma universidade.

O setor escolhido para este artigo se deve à sua importância para a região Sul da Santa Catarina, gerando empregos diretos e indiretos. A indústria de confecção no sul possui uma base mais ou menos sólida no tecido econômico da região, estando presentes todos os elos da cadeia produtiva, conferindo um avanço em termos de dinamismo e de desenvolvimento econômico local. Além disso, os dados secundários disponíveis e a proximidade profissional com o setor permitem inferir sobre os processos de aprendizado e inovação nas empresas.

A análise qualitativa seguirá a abordagem da fenomenologia, para responder aos objetivos do presente artigo. Busca-se conhecer a essência ou a natureza do fenômeno da relação entre a aprendizagem organizacional e a inovação por meio da análise dos dados secundários coletados na pesquisa publicada na dissertação de mestrado de um dos autores.

Para coletar essas respostas, foram pesquisadas 10 (dez) empresas de confecção e entrevistado os proprietários em 8 (oito) delas e 2 (dois) gerentes financeiros sobre a questão desta pesquisa. A análise das entrevistas será realizada considerando o referencial teórico apresentado, confrontando a teoria com a coleta de dados primários e secundários.

5. Análise dos dados

As empresas pesquisadas são empresas familiares, ou seja, os proprietários são cônjuges ou possuem grau primário de parentesco, empregando também outros membros da família. Essa característica implica inferir sobre a influência do meio inovador ou a proximidade com os assuntos e pessoas de negócios. O aprendizado é compartilhado em conjunto e assim buscam a compreensão dos problemas, situações bem como a identificação de oportunidades em conjunto. A tabela 2 demonstra as relações e o vínculo de trabalho nas empresas pesquisadas. Do total de 341 pessoas empregadas e com relações de trabalho formais com estas firmas, a presença de familiares no quadro societário é relativamente alta, considerando que todas são pequenas empresas e que possuem entre 10 e 50 funcionários diretos. Além disso, a terceirização dos serviços gera quase 30% de empregos indiretos. Este dado ressalta a necessidade do compartilhamento de informações dentro da cadeia produtiva para atender com maior eficiência a demanda do mercado consumidor e um aliado à estratégia empresarial no que diz respeito à transformação da informação em conhecimento compartilhado.

Tabela 2 – Relações dos vínculos de trabalho

Tipos

%

Sócio Proprietário

5,3%

Contratos Formais

59,2%

Estagiário

0,3%

Serviço Temporário

3,5%

Terceirizados

29,9%

Familiares em contrato formal

1,8%

Total

100%

Fonte: adaptado de Oliveira (2015)

Os insigths sobre a maneira de aprender das empresas são na maioria difundidos tacitamente e adaptativas às condições e exigências do mercado. A orientação para a inovação parte das preferências do consumidor, o que é comum no mercado da moda. Entretanto, essas adaptações ocorrem sem a antecipação ao mercado, de maneira reativa às exigências do consumidor. Este processo, aliado ao emprego da tecnologia como as máquinas e equipamentos, exigem investimentos e esforços na capacitação da mão-de-obra. A inovação nos produtos envolve o emprego de máquinas e de processo produtivos diferenciados, por exemplo, o tipo de matéria-prima utilizada na fabricação de peças do vestuário possui máquina de costura e habilidade de mão de obra de acordo com cada tipo de tecido empregado. Na indústria da confecção a tecnologia, capacitação da mão de obra e inovação dos produtos estão intimamente relacionadas.

De maneira geral, os entrevistados relataram que as informações são utilizadas para as tomadas de decisões e ficam restritas no corpo gerencial. O conhecimento tácito e o aprendizado do tipo learning by doing são os processos de difusão de informação utilizados, os quais não necessariamente geram conhecimento. No modelo apresentado por Crossan, Lane e White (1999) o 4Is, pode ser aplicado aos casos estudados e representados de acordo com a tabela 3:

Tabela 3 - Aprendizagem/Renovação nas organizações: quatro processos através de três níveis

Nível

Processo

Entrada/Resultados

Indivíduo

Intuição / Interpretação

A aprendizagem se processa individualmente de acordo com as experiências profissionais e a observação. O nível de escolaridade é baixo, a maioria possui apenas o ensino médio de incompleto a completo. Apenas em alguns cargos gerenciais e de escritório os funcionários possuem ensino superior. Mês me neste segundo grupo, a aprendizagem ocorre por meio de um treinamento interno sem regularidade e a busca por informações ocorre de acordo com as motivações pessoais.

Grupo

Interpretação / Integração

O compartilhamento de informações no grupo é baixo, havendo excesso de relatórios com informações duplicadas. Em três delas a proximidade com os membros da família facilita a difusão de conhecimento por dividirem o mesmo espaço de trabalho e exercendo funções distintas.

Organização

Integração / Institucionalização

O grau de institucionalização é baixo. Ele é aplicado para processos operacionais visando sua melhoria e maior volume de produção. Poucas rotinas são sistematizadas, não havendo um sistema de diagnóstico e as regras e procedimento são aquelas que dizem respeito aos processos produtivos.

Fonte: adaptado de Crossan, Lane e White (1999)

O conceito de inovação refere-se às mudanças e adaptações nos produtos e processos incluindo os investimento em tecnologia e nas formas de distribuição do produto e as relações desenvolvidas com o mercado consumidor. Desta forma, foram eleitos 09 fatores considerados como elementos de competitividade para as indústrias de confecção. E representados na tabela 4. A maioria dos fatores está relacionada com as etapas de produção, ou seja, às atividades operacionais. As estratégias de comercialização dizem respeito ao ponto de venda e gastos com propaganda, não sendo efetivamente uma estratégia, mas uma atividade no nível operacional.

Tabela 4 – Fatores competitivos

Fatores Competitivos

Indice*

1. Qualidade da matéria-prima e outros insumos

0,96

2. Qualidade da mão de obra

1,00

3. Custo da mão de obra

0,84

4. Nível tecnológico dos equipamentos

0,77

5. Capacidade de instrução de novos produtos/processos

0,84

6. Desenho e estilos nos produtos

1,00

7. Estratégias de comercialização

1,00

8. Qualidade do produto

1,00

9. Capacidade de atendimento (volume e prazo)

0,92

10. Outra

0,94

*Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Empresas no Segmento)

Fonte: adaptado de Oliveira (2015)

Nas empresas de confecção pesquisadas a moda foi considerada como um processo de inovação, de acordo com o manual de Oslo (OCDE, 2005), a inovação envolve a melhoria significativa das características dos produtos ou nas habilidades e métodos empregados. Especificamente no setor do vestuário, mudanças nas coleções acompanhadas de mudança nos modelos não são consideradas inovações. Neste sentido, a moda por si só não representa uma inovação, mas apenas uma diferenciação de produto. Quando a concepção e desenvolvimento de artigos do vestuário incluem pesquisa em propriedades de tecidos ou o emprego de tecidos tecnológicos que necessitam de novos processos produtivos, são exemplos de inovação em produtos de moda. Segundo as respostas dos entrevistados, 9 entre 10 pessoas consideraram haver inovação quando há lançamento de coleções (Tabela 5). Quanto aos processos tecnológicos novos para o setor de atuação, foi considerada a aquisição de máquinas e equipamentos como inovação por terem sido adquiridas no lançamento nacional.

Tabela 5 – Percepção das inovações

Descrição

1. Inovações de produto                                                                                                                                               Sim

   1.1. Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado?

9

   1.2. Produto novo para o mercado nacional?

1

2. Inovações de processo                                                                                                                                              Sim

   2.1. Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor?

6

   2.2. Processos tecnológicos novos para o setor de atuação?

9

3. Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais)                                                      Sim

   3.1. Implementação de técnicas avançadas de gestão ?

8

   3.2. Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional?

9

   3.3. Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ?

9

   3.4. Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ?

7

   3.5. Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas  de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc)?

0

4. Outros tipos de inovação                                                                                                                                 Sim

  4.1. Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)?

6

   4.2. Inovações no desenho de produtos?

9

Fonte: adaptado de Oliveira (2015)

O item 3 da tabela acima refere-se às mudanças organizacionais em termos de gestão marketing e comercialização. Para a OCDE (2005) quando há o desenvolvimento de um produto novo para a empresa para o atendimento a um novo nicho de mercado, é considerada uma inovação de marketing e não de produto ou processo. Nestes casos estudados, as empresas realizaram um incremento em seu mix de produtos para ofertar segundo as necessidades dos consumidores e consideraram a implantação de softwares de gestão e planejamento da produção e financeiro como uma mudança organizacional além de investir nas imagens dos pontos de vendas bem como novos pontos de comercialização. Neste mesmo sentido, as mudanças no design dos produtos são consideradas as novas coleções de moda e as embalagens como fontes de agregação de valor aos produtos.

De maneira geral, as empresas possuem a mesma percepção das inovações considerando os aspectos mais tangíveis dos produtos como fatores competitivos de alta importância. Apesar de considerarem importante a capacitação da mão-de-obra, as empresas não investem em treinamento interno ou externo, nem tanto oferecem incentivos para a capacitação, deixando essa tarefa para o nível individual, o que muitas vezes não é motivador. O compartilhamento de informação acontece na maior parte no nível gerencial, sendo que não é incentivada ou articulada a coleta de sugestões dos níveis operacionais. Este último quando não incentivado, acarreta em processos desnecessários ou em desperdício de tempo e matéria-prima, como verificado na pesquisa de campo. Para as empresas de moda na qual a diferenciação dos produtos é o fator de sucesso, as informações não são compartilhadas com o objetivo de se tornarem conhecimento, e este ser institucionalizado para criar valor para a empresa e transformar o capital social.

6. Considerações finais

As análises sobre os resultados da revisão bibliográfica apontam que a aprendizagem é sempre benéfica para a organização, melhorando sua competitividade independente da forma como a empresa aprende. As empresas aprendem de formas diferentes, principalmente pelas diferenças existentes entre localizações, tamanho da organização, estrutura organizacional, nível de instrução dos colaboradores e se há investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A aprendizagem acontece em três níveis da organização, quais sejam o individual, o grupal e o institucional. O indivíduo é o gerador da ideia, que é transformada em informação. Essa informação é disseminada e testada pelo grupo que, se validada e aceita pelo grupo, transforma-se em manuais e procedimentos que são institucionalizados e passam a fazer parte dos processos da organização. Após a informação passar por este processo ela pode ser considerada um conhecimento, um aprendizado novo que gera uma mudança nas rotinas, estrutura e cultura organizacional. Nos casos estudados o nível individual de aprendizagem é predominante, não foi observada nenhuma institucionalização do processo de aprendizagem para transformação em conhecimento.

A aprendizagem é facilitada em grande parte pela capacidade da organização em gerir a tensão existente entre o conhecimento anterior e o novo conhecimento, pois isso significa uma mudança de atitude na empresa, tanto pelos gestores como pelos colaboradores.  Empresas que têm uma "memória" de aprendizagem têm mais facilidade de se adaptar a novos conhecimentos e usar essa capacidade para gerar inovação. Portanto, para manter-se competitivo frente a um mercado globalizado é imperioso para a organização independente de seu tamanho, ser geradora de processos inovativos. Entretanto, nas empresas pesquisadas a inovação é apenas incremental e centrada na diferenciação dos produtos.

A aprendizagem é fator preponderante para manter vantagem competitiva e criar inovações. As organizações que estimulam os indivíduos a desenvolver novas ideias, resolver problemas e chamar a atenção da firma para a melhoria de processos, têm nessas atitudes uma possibilidade para aprender.

A aprendizagem organizacional se bem gerida e facilitada, é capaz de criar vantagem competitiva sustentável e gerar processos inovativos constantes na organização. O desafio que a organização vislumbra diante de si, é de como captar a ideia e transformá-la em informação, que seja institucionalizada e se torne conhecimento, uma vez que a aprendizagem é um processo intrínseco à própria dinâmica da organização. A fragilidade apontada no setor é devido à falta de inovação como consequência da falta de aprendizagem. A inovação é utilizada de maneira operativa na melhoria dos produtos e pouco investimento na melhoria das estratégias organizacionais.

Referências        

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1. Universidade do Extremo Sul Catarinense – E-mail: everaldo.cefet@gmail.com
2. Universidade do Extremo Sul Catarinense – E-mail: alinep@ifsc.edu.br
3. Universidade do Extremo Sul Catarinense – E-mail: dricpvieira@gmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 19) Año 2016

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