Espacios. Vol. 37 (Nº 23) Año 2016. Pág. 26

Logística reversa: Um panorama das publicações internacionais de 2005 a 2014

Reverse logistic: An overview of international publications from 2005 to 2014

Ana Amélia Moura ZWICKER 1; Fabiane Volpato CHIAPINOTO 2; Luana Inês DAMKE 3

Recibido: 06/04/16 • Aprobado: 29/04/2016


Conteúdo

1. Introdução

2 Referencial teórico

3 Aspectos metodológicos

4 Análise e discussão dos resultados

5 Considerações finais

Referências


RESUMO:

Neste artigo realizou-se uma pesquisa bibliométrica referente à logística reversa nas bases de dados Web of Science (WOS) e Scopus, de 2005 a 2014, refinando as áreas em Business e Management (WOS) e Business, Management and Accounting (Scopus). A partir da análise dos dez artigos mais citados em cada base, verificou-se que o número de registros é crescente na última década, apresentando uma leve diminuição das publicações na Scopus na passagem de 2013 a 2014. Observou-se também uma convergência entre as bases de pesquisa com relação à temática.
Palavras-chave: Logística reversa. Bibliometria. Sustentabilidade.

ABSTRACT:

In this paper it was performed a bibliometric research regarding reverse logistics on the Web of Science (WOS) and Scopus databases, from 2005 to 2014, refining the areas in Business and Management (WOS) and Business, Management and Accounting (Scopus). From the analysis of the ten most cited articles in each base, it was found that the number of records is increasing in the last decade, with a slight decrease of publications in Scopus in the passage from 2013 to 2014. There was also a convergence between research bases in relation to the theme.
Keywords: Reverse logistics. Bibliometric. Sustainability

1. Introdução

Até alguns anos, pouca ou nenhuma importância se dava a produtos usados ou não consumidos que retornavam do mercado. Isso acontecia, pois, as quantidades eram relativamente baixas, não representando maiores problemas nas cadeias de abastecimento (LEITE, 2005). Com o aumento das demandas e o crescente lançamento de produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos e com acentuada variedade de modelos, as quantidades de produtos que retornam pelos mais diferentes motivos, têm aumentado diariamente e representado maior preocupação para as empresas, exigindo delas alta performance de planejamento, operação e controle das cadeias de suprimentos, para chegar e se manter no mercado eficientemente.

Por ser um termo bastante genérico, logística reversa, em seu sentido mais amplo, significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. Ela se refere a todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos e/ou materiais e peças usados a fim de assegurar uma recuperação sustentável e amigável ao meio ambiente (DAHER, 2006). Como procedimento logístico, diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à empresa por algum motivo (devoluções de clientes, retorno de embalagens, retorno de produtos e/ou materiais para atender à legislação). Muitas empresas não lhe dão a mesma atenção tal como ao fluxo de saída normal de produto, pois não mensuram os ganhos que podem ter, se implementarem corretamente o processo. De acordo com Daher (2006), até mesmo a literatura técnica sobre logística há pouco tempo começou a se preocupar com o tema.

Pires (2004) infere que o aumento dos problemas ambientais e a consciência sobre o impacto dos produtos no meio ambiente levam as empresas a aumentarem a responsabilidade sobre a disposição final dos mesmos. Ele acredita que, uma vez responsabilizados, os fabricantes/indústrias passarão a se preocupar com os tipos de materiais utilizados durante a fabricação, com a desmontagem, com o rastreamento do uso e do pós-uso, e ainda com a coleta e as possibilidades de incorporar estes produtos ou parte deles na produção de novos produtos.

A logística reversa quer pelo seu potencial econômico, quer pela sua capacidade de minimizar os impactos ambientais, tem ocupado espaço significante e despertado interesse das organizações, pois de uma forma geral busca reduzir os impactos gerados pelos processos industriais, além de criar um diferencial em um mercado cada vez mais competitivo justificando, portanto, este estudo. Frente ao exposto, o presente artigo tem como objetivo identificar as características gerais, os termos frequentes e as áreas em que se aplicam as publicações internacionais a cerca do tema logística reversa.

2. Referencial teórico

O presente referencial abordará inicialmente algumas inferências acadêmicas sobre sustentabilidade; posteriormente apresentará definições sobre a logística reversa, expondo seus desafios, oportunidades, entre outros aspectos.

2.1 Desenvolvimento sustentável e o TRIPLE BOTTOM LINE

A compreensão do desenvolvimento sustentável perpassa numerosos conceitos em virtude de sua complexidade. Inicialmente é preciso abordar conceitos sobre o que vem a ser desenvolvimento sustentável. A definição do desenvolvimento sustentável pode ser compreendida como aquela que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1998).

Para Barreto (2004), a ideia de sustentável aponta para o que é capaz de ser suportável, duradouro e conservável, sendo expresso pela continuidade. Trata-se da emergência de um novo paradigma para orientação dos processos, de uma reavaliação dos relacionamentos da economia e da sociedade com a natureza e do Estado com a sociedade civil.

Um das características fundamentais do desenvolvimento sustentável, diferente do modo tradicional de desenvolvimento, de acordo com Baquero e Cremonense (2006), é a proteção não apenas do meio ambiente, mas das pessoas, suas necessidades e como elas podem ser satisfeitas equitativamente. Cabe salientar que esse conceito de desenvolvimento sustentável é de fácil aceitação e apresenta-se muito eficiente teoricamente, porém, de acordo com Franco (2000), sua formulação parte de uma concepção sistêmica, abrangendo questões ambientais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas, mostrando complexidade em sua aplicação uma vez que fatores como a pobreza, a poluição e a tecnologia estão presentes e exigem mudanças de comportamentos na forma de agir, pensar, produzir e de consumir da humanidade, bem como a participação de todos os segmentos da sociedade.

Farias (2007) defende que o triple bottom line corresponde às características centrais desse modelo de desenvolvimento: a elevação da qualidade de vida e da equidade social, representando os objetivos sociais do modelo; a eficiência e o crescimento econômico, necessários, embora não suficientes, que constituem os objetivos econômicos do modelo; e a conservação ambiental, que é uma condição decisiva para a sustentabilidade do modelo no longo prazo.

Em decorrência da crescente preocupação da sociedade e do poder público com a questão da sustentabilidade, o fortalecimento das organizações não governamentais ambientalistas e a promulgação de legislação de proteção ao meio ambiente, muitas empresas passaram a inserir as dimensões apresentadas no triple bottom line em suas atividades, pois uma empresa sustentável é aquela que se preocupa, simultaneamente, com a proteção do meio ambiente e com o bem-estar de seus stakeholders, sem perder sua lucratividade (GONÇALVES-DIAS; TEODÓSIO, 2006).

Fundamentado num paradigma antropocêntrico, o desenvolvimento ligado somente ao crescimento econômico, vem sendo substituído pelo conceito de desenvolvimento sustentável por meio da busca pelo equilíbrio entre as dimensões social, institucional, econômica e ambiental, tendo em vista que, ao contemplar uma única dimensão para Santos e Cândido (2010), incorre-se no erro de uma análise superficial da realidade.  A sustentabilidade somente é alcançada quando as empresas atingem de maneira equânime o máximo de lucro e de retorno social, com os menores danos ambientais.

Tradicionalmente, a visão estratégica que entende que o fluxo de bens em uma cadeia de suprimentos termina com o consumidor, está mudando rapidamente. De maneira crescente, indústrias e fornecedores começam a ser responsabilizados pelos resíduos gerados pelo uso de seus produtos por parte dos consumidores finais. Mais do que um custo, Marien (1998) afirma que muitas empresas têm olhado para a sustentabilidade de suas ações e para a logística reversa como uma recuperação de investimento, tanto através do reaproveitamento de materiais como pela geração de uma imagem positiva da organização perante o mercado. Ao passo que os consumidores tornam-se mais preocupados com o ambiente, as empresas precisam ir além do simples recebimento de insumos e envio de produtos ao longo da cadeia.         Muitas empresas, de acordo com Mollenkopf e Closs (2005), têm percebido a logística reversa como uma atividade estratégica que pode, inclusive, ampliar a competitividade da empresa e da cadeia ao longo do tempo. De uma perspectiva mercadológica, a adoção de políticas de recolhimento de produtos obsoletos pode aumentar a percepção dos consumidores sobre a qualidade dos produtos e melhorar a imagem da empresa. Do prisma logístico, os autores acreditam que também seja possível obter vantagens, reutilizando componentes e reduzindo custos. No entanto, a estratégia precisa ser baseada na sustentabilidade econômica, viabilidade técnica e suporte social para que seja bem sucedida.

Rogers e Tibben-Lembke (1999) indicam os motivos estratégicos da logística reversa: razões competitivas com a diferenciação do serviço; limpeza do canal de distribuição; e recaptura de valor e recuperação de ativos. Empresas capazes de formular e implementar estratégias sustentáveis do ponto de vista ambiental, para Acosta et al. (2008), podem gerar uma imagem positiva capaz de viabilizar essa estratégia economicamente. Uma estratégia de logística reversa, com o apoio dos principais stakeholders externos, pode prover um meio de a empresa requisitar no mercado uma imagem de sustentabilidade e preocupação com os recursos naturais.

2.2 Definições, oportunidades e desafios DA Logística Reversa

Segundo a Council of Logistics Management - CLM (1991), logística envolve todo o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e informações, desde o local de origem até o local de consumo, a fim de satisfazer as necessidades dos clientes.

Por sua vez, a logística reversa é caracterizada como o processo inverso da logística (Luttwak, 1971). Segundo Rogers e Tibben-Lembke (1999), a logística reversa é um processo de planejamento, implementação e controle eficiente do fluxo de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações correspondentes, do ponto de consumo para o local de origem, a fim de recapturar valor.

A logística reversa teve acentuada relevância a partir da década de 80, pela verificação dos impactos provocados por materiais e produtos descartados pós-consumo no meio ambiente. Na década posterior, outros fatores como a redução de ciclo de vida dos produtos, a identificação de novas oportunidades competitivas por meio da redução de custos, a defesa de imagem corporativa ou ainda o aumento do rigor de legislação contribuíram para destacar ainda mais a importância da implantação desse programa (SANTOS; SOUZA, 2009).

Diversos autores explicam o desinteresse das empresas pela atividade de logística como sendo decorrente da complexidade requerida para a coordenação de diferentes atores da cadeia produtiva, como distribuidores, varejistas, consumidores e organizações coletoras e recicladoras. Acredita-se que essa complexidade esteja associada à necessidade de se estabelecer novas relações entre os diversos atores da cadeia produtiva, o que exige esforços de coordenação por parte das empresas (DEMAJOROVIC; MIGLIANO, 2013).

Demajorovic et al. (2012) sustentam a ideia de que há necessidade de desenvolver uma infraestrutura para coletar resíduos pós-consumo e identificar alternativas para assegurar a reutilização do material ou destinar de forma segura os resíduos, que são atividades estranhas à maior parte das empresas. Assim, no momento de avaliar e implantar um programa de logística reversa, os desafios se apresentam de forma mais evidente do que as oportunidades, por exemplo: se antecipar à legislação (Stock; Mulki, 2009), os benefícios para a imagem da empresa (Ravi et al., 2008) e as oportunidades de redução de custos e ganhos de competitividade com redesenho de produtos e processos (JAYARAMAN; LUO, 2007). Infelizmente, na maioria das vezes, isso não ocorre e a legislação acaba sendo o fator indutor do desenvolvimento da logística reversa na gestão empresarial, conforme afirmam Lau e Wang (2009).

Lau e Wang (2009) ainda inferem que, mesmo nos países mais desenvolvidos, é necessário um avanço com incentivos fiscais para o reaproveitamento de resíduos pós-consumo e que nos países em desenvolvimento, além disso, é de fundamental importância promover a cooperação entre empresas, setor público e organizações não governamentais para reduzir a resistência do setor privado em implantar iniciativas de logística reversa. Ballou (2001) pontua que a formação de parcerias entre empresas na cadeia de suprimentos tem permitido reduções nos custos através da eliminação de diversas atividades que não agregam valor.

De acordo com Bayles (2001), as empresas americanas acreditam que o cliente satisfeito é a estratégia mais importante para manter a vantagem competitiva e, devido a isso, muitas já aceitam devoluções de itens mais antigos que a política de retorno da empresa e permitem devoluções de produtos que nem mesmo vendem. A satisfação dos clientes pode ser administrada, mas é preciso conhecer os fatores que podem gerar ou inibir a satisfação de uma pessoa e, após isso, direcionar a gestão, de modo a investir somente em ações que gerem resultados efetivos (MENEZES, 2005).

Bowersox e Closs (2001) apontam que os processos de logística reversa resultam em retornos consideráveis para as organizações, e esses ganhos estimulariam novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos, melhorando a imagem da empresa junto aos seus consumidores. Para tanto, Stock (1998) sugere às empresas que mapeiem o processo de logística reversa para melhor entender as atividades envolvidas e suas complexidades, pois isso ajudaria a desenvolver estratégias e programas eficientes e eficazes, permitindo economias que resultem em vantagem competitiva.

De acordo com Lambert et al. (1998), a logística desempenha importante papel no planejamento estratégico e no marketing das empresas. Empresas com um bom sistema logístico conseguem uma grande vantagem competitiva sobre aquelas que não o possuem. Sua grande contribuição é na ampliação do serviço ao cliente, satisfazendo exigências e expectativas. Estes autores são unânimes em colocar a logística reversa como parte fundamental do sistema logístico das empresas. Não se concebe mais um sistema logístico completo se esta atividade não estiver incorporada a ele (LAMBERT et al., 1998).

Percebe-se que é apenas uma questão de tempo até que a logística reversa ocupe posição de destaque nas empresas, aquelas que forem mais rápidas terão uma maior vantagem competitiva sobre às que demorarem a implementar o gerenciamento do fluxo reverso, vantagem esta, que pode ser traduzida em custos menores ou melhorias no serviço ao consumidor. Uma integração da cadeia de suprimentos também se fará necessária e o fluxo reverso de produtos deverá ser considerado na coordenação logística entre as empresas (DAHER et al., 2006).

Ravi et al. (2005), inferem que, para implementar um sistema eficiente de logística reversa, é preciso considerar alguns determinantes, tais como, fatores econômicos, legislação, consciência social e meio ambiente e pensamento verde. Quanto aos fatores econômicos, eles destacam que: os recursos econômicos são escassos nas organizações, e fazer uso eficiente deles é um problema que todas as empresas tentam resolver (RAVI et al., 2005). Sob esta ótica, as organizações fazem um esforço contínuo para alcançar reduções de custo em seus processos de produção e, como parte desse processo, a logística reversa desenvolve diferentes opções de recuperação do produto obsoleto para remanufatura, reparação, reconfiguração e reciclagem que poderão resultar em oportunidades de negócio lucrativas (ACOSTA et al. 2008). Desta forma, a logística reversa começa a ser vista como um investimento que gera retorno e não simplesmente como um custo que minimiza a administração de desperdícios.

Quanto à legislação: há uma determinação de regras e leis que obrigam as empresas a recuperar seus produtos ou aceitá-los de volta uma vez finalizada sua vida útil (RAVI et al., 2005). Elas tratam da maneira como deve se dar a recuperação e reuso de produtos obsoletos, redução do volume de desperdício gerado e o aumento de uso de materiais reciclados. Os autores ainda explicam que existem algumas restrições na utilização de determinados tipos de materiais para a composição de produtos, e que também há algumas ressalvas quanto ao uso de substâncias perigosas nos processos de produção, que facilitam o desmanche e reciclagem do desperdício eletrônico (RAVI et al., 2005).

Quando falam em consciência social, os autores se referem ao conjunto de valores e princípios que são implementados em empresas, organizações e na comunidade, com a finalidade de que os indivíduos incorporem responsavelmente atividades de logística reversa (RAVI et al., 2005). Eles ainda afirmam que, muitas vezes, atividades de logística reversa podem melhorar a imagem corporativa da empresa, ensinando aos clientes a forma adequada de consumir os produtos sem que isso prejudique o meio ambiente.

O quarto e último determinante abordado pelos autores é o meio ambiente e pensamento verde. Ravi et al. (2005), afirmam que o foco da logística reversa está direcionado em atingir benefícios ambientais, proporcionando uma vantagem competitiva para as empresas que de forma proativa incorporam objetivos ambientais em suas práticas de negócio e planos estratégicos. A imagem verde de fabricação de produtos ambientalmente corretos tornou-se um dos elementos de marketing mais importantes das organizações, pois estimula as empresas a explorar opções de recuperação de seus produtos no fim da sua vida útil (RAVI et al., 2005).

Como forma de reutilização dos materiais por meio da logística reversa, Leite (2009) distingue três subsistemas reversos: reuso, remanufatura e reciclagem, considerando também a possibilidade de uma parcela de produtos pós-consumo ser dirigida a sistemas de destinação final. No reuso, os produtos não recebem qualquer tipo de reparo ou incremento, mas podem ser limpos e deixados em condições de reuso pelo consumidor. A remanufatura, na qual os produtos podem ser reaproveitados em suas partes essenciais, por meio da substituição de componentes complementares, sendo o produto reconstituído com a mesma finalidade e natureza do original.  E por fim, a reciclagem, que é o canal reverso em que o produto não retém sua funcionalidade original.

3. Aspectos metodológicos

Este artigo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliométrica, com o objetivo de ampliar o conhecimento referente às publicações relacionadas ao tema "reverse logistic" nas bases WOS do Institute for Scientific Information (ISI) e Scopus da Elsevier, no período de 2005 a 2014.Segundo Silva (2004), a bibliometria busca analisar a atividade científica ou técnica, através do estudo quantitativo das publicações. Complementando esta ideia, Rostaing (1997) coloca que o estudo bibliométrico consiste na aplicação dos métodos estatísticos ou matemáticos sobre o conjunto de referências bibliográficas. Para Macedo et al. (2007), a bibliometria auxilia o entendimento sobre o estágio em que se encontra uma pesquisa de determinada área. Ainda, para Araújo (2006), a pesquisa bibliométrica se destina a quantificar, identificar, analisar e descrever uma série de padrões na produção do conhecimento científico de determinado tema.

O estudo possui abordagem quantitativa e qualitativa tendo em vista que procurou quantificar e qualificar algumas variáveis referentes à produção científica sobre a logística reversa, bem como analisar os 10 artigos mais citados referentes a este tópico, em ambas as bases.

A WOS consiste em uma base multidisciplinar que indexa somente os periódicos mais citados em suas respectivas áreas. É também um índice de citações na web, que além de possibilitar a identificação das citações recebidas, referências utilizadas e registros relacionados, permite analisar a produção científica com cálculo de índices bibliométricos e o percentual de autocitações, assim como a criação de rankings por inúmeros parâmetros. Possui atualmente cerca de 37.000 periódicos indexados (CAPES, 2015).

A Scopus consiste em uma base de dados das áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Físicas e Ciências Sociais. Indexa mais de 15 mil periódicos, cerca de 265 milhões páginas da Internet, 18 milhões de patentes, além de outros documentos. Dispõe de funcionalidades de apoio à análise de resultados ― bibliometria (CAPES, 2015).

A realização da pesquisa dividiu-se em três etapas. Inicialmente digitou-se o termo: "reverse logistic" no campo de pesquisa das bases WOS (tópico)e Scopus (título de artigo, resumo e palavras-chave), delimitando-se ao período de 2005 a 2014. Os registros buscados são artigos das áreas de "management" e "business" na WOS e "business, management and accounting" na Scopus, identificando as variáveis dispostas na Figura 1, de modo que, a partir das funcionalidades das bases, foram delimitadas as características a ser investigadas das quais são tecidas relações.

Figura 1 ― Modelo conceitual para análise bibliométrica
Fonte: Elaborado pelas autoras.

No momento de analisar os resultados para montar as planilhas, a configuração utilizada foi: mostrar, ao máximo, os primeiros 10 resultados, usando a contagem mínima de 1 registro.

Na segunda etapa, foi realizada uma análise, por meio do software Nvivo, dos resumos dos 10 trabalhados mais citados de cada uma das bases, a fim de detectar quais termos se destacam em relação ao tema. Foi utilizado o limite de 20 palavras para composição da nuvem, as quais deviam possuir no mínimo 3 caracteres. Na última etapa, foram analisados os títulos e resumos dos 10 artigos mais citados de cada base para identificar se os mesmos se aplicam a algum produto, indústria ou são textos essencialmente teóricos.

4. Análise e discussão dos resultados

Primeiramente, foi realizada a pesquisa com o termo "reverse logistic" na base WOS e Scopus, no período de 2005 a 2014, sendo encontradas 189 e 361 publicações em cada base, respectivamente. A seguir, são expostos os resultados referentes à realização da primeira etapa da pesquisa explicada anteriormente.

4.1 Características gerais das publicações

Nesta seção são apresentadas as características gerais das publicações relacionadas ao tema de acordo com as seguintes categorias: ano das publicações, autores, título das fontes, países e título dos artigos com respectivos números de citações. Estas características são referentes a documentos do tipo artigo das áreas "management" e "business" na WOS e "business, management and accounting" na Scopus.

4.1.1 Publicações por ano

A Figura 2 apresenta a quantidade de artigos publicados por ano relacionados ao tema "reverse logistic" na base WOS e na base Scopus.

Figura 2 ― Publicações por ano
Fonte: Base WOS e Scopus (Nov./2015).

A base Scopus possui um total de publicações 47% maior que a WOS para essa temática. Na WOS, o ano com maior número de publicações foi 2014, com 35 artigos, já para a Scopus foi 2012, com 63 trabalhos. A partir da Figura 2 nota-se que o número de registros é crescente ao longo do período, apresentando uma leve diminuição das publicações na Scopus a partir do ano de 2013.

Castro e Costa (2015), numa bibliometria sobre logística reversa a nível nacional, também verificaram crescimento das publicações brasileiras. De acordo com Leite (2010), o termo "logística reversa" tem se mostrado cada vez mais recorrente entre empresas e pesquisadores. Isso pode ser observado verificando o crescente número de publicações em periódicos e livros, nacionais e internacionais, além de ser objeto de estudo de vários setores, já que envolve a cadeia de suprimentos e gestão.

4.1.2 Títulos das fontes

A Tabela 1 apresenta as principais fontes de publicações relacionadas à temática "reverse logistic".

WOS

Scopus

Títulos das fontes

Registros

Títulos das fontes

Registros

European Journal of Operational Research

39

International Journal of Production Research

43

Omega International Journal of Management Science

20

International Journal of Production Economics

28

International Journal of Physical Distribution Logistics Management

20

International Journal of Logistics Systems and Management

28

Supply Chain Management an International Journal

11

International Journal of Physical Distribution and Logistics Management

23

Journal of the Operational Research Society

11

Journal of Cleaner Production

17

International Journal of Logistics Research and Applications

10

Transportation Research Part E Logistics and Transportation Review

13

International Journal of Logistics Management

8

Journal of the Operational Research Society

9

Industrial Marketing Management

8

Omega International Journal of Management Science

8

Journal of Operations Management

6

Production Planning and Control

7

Revista de Administração de Empresas

3

Revista Espacios

7

Total

136

Total

183

Tabela 1― Títulos das fontes
Fonte: Base WOS e Scopus (Nov./2015).

European Journal of Operational Research (EJOR) possui o maior número de registros na base WOS, ela tem foco em publicações de alta qualidade, artigos originais que buscam contribuir para a metodologia de pesquisa operacional e para a tomada de decisão. Seu fator de impacto é 2,35 e uma de suas sete categorias é "produção, manufatura e logística" (EUROPEAN JOURNAL OF OPERATIONAL RESEARCH, 2015).

Para a base Scopus, a International Journal of Production Research (IJPR) possui o maior número de registros, seu escopo inclui artigos sobre a tecnologia e comportamento dos recursos de produção. Estratégia de produção, formulação e avaliação de políticas e contribuições da inovação tecnológica são as principais preocupações da revista. Técnicas desenvolvidas em informática e ciências matemáticas utilizadas nos sistemas de produção também são consideradas (INTERNATIONAL JOURNAL OF PRODUCTION RESEARCH, 2015).

A logística reversa está direcionada para atingir benefícios ambientais, proporcionando uma vantagem competitiva para as empresas incorporarem objetivos ambientais em suas práticas de negócio e planos estratégicos, por isso este tema compõe estudos nas áreas de gestão e negócios. A imagem verde de fabricação de produtos ambientalmente corretos tornou-se um dos elementos de marketing mais importantes das organizações, pois estimula as empresas a explorar opções de recuperação de seus produtos no fim da sua vida útil (RAVI et al., 2005).

4.1.3 Principais autores

Os autores que mais publicaram sobre a temática "reverse logistic", nas duas bases analisadas, estão expostos na Tabela 2. Salienta-se que foram selecionados os 10 primeiros, de acordo com o maior número de citações.

WOS

Scopus

Autores

Registros

Autores

Registros

Hazen, B.T.

7

Ravi, V.

9

Hanna, J.B.

7

Hazen, B.T.

7

Hall, D.J.

6

Kannan, G.

6

Sarkis, J.

5

Hall, D.J.

6

Richey, R.G.

4

Hanna, J.B.

6

Jayaraman, V.

4

Shankar, R.

6

Adenso-Diaz, B.

4

Corominas, A.

5

Savaskan, R.C.

3

Adenso-Diaz, B.

5

Novais, A.Q.

3

Kumar, S.

5

Mitra, S.

3

Chan, F.T.S.

5

Total

46

Total

60

Tabela 2 ― Autores e seus respectivos números de publicações
Fonte: Base WOS e Scopus (Nov./2015).

Observou-se uma multiplicidade e diversidade quanto à autoria dos trabalhos, pois não há uma considerável parcela de autores que seja responsável por uma maioria de publicações, visto que aproximadamente 24% (WOS) e 16% (Scopus) correspondem à percentagem dos 10 autores que mais publicam na temática deste artigo.

Quatro autores, entre os 10 que mais publicam, estão na listagem da WOS e também da Scopus. Hazen, B.T., que lidera as publicações da WOS, é editor chefe da International Journal of Logistics Management, a qual figura entre os 10 títulos das fontes com mais publicações da mesma base (HAZEN, 2015).

4.1.4 Países

Os 10 países que mais publicam sobre o tema "reverse logistic" são dispostos na Tabela 3.

WOS

Scopus

País

Registros

País

Registros

Estados Unidos da América

65

Estados Unidos da América

96

Inglaterra

19

Índia

45

Alemanha

16

Espanha

27

China

13

Brasil

25

Holanda

13

Reino Unido

23

Canadá

12

China

23

Espanha

11

Taiwan

19

Índia

10

França

16

Grécia

9

Alemanha

16

Taiwan

8

Canadá

15

Total

176

Total

305

Tabela 3 ― Países de origem das publicações
Fonte: Base WOS e Scopus (Nov./2015).

Os Estados Unidos da América lideram o ranking de publicações a respeito da temática foco do artigo, conforme pode ser visto na Tabela 3. Os dez primeiros países praticamente correspondem à totalidade de publicações, em ambas as bases. Das 10 instituições que mais publicam, metade são estadunidenses, para a base WOS. Na Scopus, 3 instituições são indianas, 3 são espanholas e 2 são norte-americanas, corroborando a maioria de publicações em tais países.

 O conceito de "país devedor ecológico" foi concebido pelo World Wildwilf Fund (WWF), para aqueles países que demandam do meio ambiente mais do que seus ecossistemas são capazes de oferecer. Este pressuposto sinaliza para os perigos ambientais e de consumo que o homem vem adotando. O Relatório Planeta Vivo tem sido publicado a cada dois anos desde 1998, e visa a mostrar como estão os recursos naturais e o impacto exercido por atividades humanas. O relatório do ano de 2008 cita nominalmente três países como devedores ecológicos: os Estados Unidos, a China e a Índia. O Relatório adverte ainda que, se a humanidade não minimizar o seu consumo, no início da década de 2030 serão necessários dois planetas "Terra" para sustentar a demanda por bens e serviços. No entanto, sinaliza que existem caminhos para reverter um desastre desta magnitude, sendo um deles, o desenvolvimento tecnológico fruto de pesquisas, portanto é necessário que se realizem estudos a cerca da temática nos mais diversos países (WORLD WILDLIFE FUND, 2008).

4.1.5 Títulos dos artigos e número de citações

Nesta seção, apresenta-se os títulos dos dez artigos mais citados sobre logística reversa tanto na WOS e na Scopus, com seus respectivos números de citações. Os resultados podem ser visualizados na Tabela 4.

Wos

Scopus

Títulos dos artigos

Citações

Títulos dos artigos

Citações

Sustainable supply chains: An introduction

260

Reverse channel design: The case of competing retailers

214

An optimization model for the design of a capacitated multi-product reverse logistics network with uncertainty

144

An integrated logistics operational model for green-supply chain management

203

Managing new and remanufactured products

132

Network design for reverse logistics

182

Stakeholder pressure and the adoption of environmental practices: The mediating effect of training

130

A genetic algorithm approach to developing the multi-echelon reverse logistics network for product returns

177

A stochastic approach to a case study for product recovery network design

130

Stakeholder pressure and the adoption of environmental practices: The mediating effect of training

163

Network design for reverse logistics

126

Analysis of interactions among the barriers of reverse logistics

155

Reverse channel design: The case of competing retailers

113

Design of sustainable supply chains under the emission trading scheme

134

A genetic algorithm approach to developing the multi-echelon reverse logistics network for product returns

106

A goal programming model for paper recycling system

133

A goal programming model for paper recycling systern

90

Reverse supply chain management and electronic waste recycling: A multitiered network equilibrium framework for e-cycling

131

Analysis of interactions among the barriers of reverse logistics

88

Cradle to cradle: Reverse logistics strategies and opportunities across three industry sectors

100

Total

1319

Total

1592

Tabela 4― Títulos dos artigos e número de citações
Fonte: Base WOS e Scopus (Nov./2015).

Pode-se observar na Tabela 4, que seis artigos aparecem tanto na WOS como na Scopus, diferindo apenas quanto à ordem que aparecem na lista dos mais citados. Em média, os artigos da Tabela 4 foram citados 132 vezes (WOS) e 159 vezes (Scopus), demonstrando a representatividade das obras.

4.2 Análise de frequência de palavras

A Figura 3 exibe a nuvem de palavras constituída a partir dos abstracts dos 10 artigos mais citados da base WOS.

Figura 3 ― Nuvem de palavras dos abstracts dos 10 mais citados WOS
Fonte: Elaborada pelas autoras.

Para os abstracts dos 10 artigos mais citados da base Scopus constituiu-se a nuvem de palavras, por meio do software NVivo, exposta na Figura 4.

Figura 4 ― Nuvem de palavras dos abstracts dos 10 mais citados Scopus
Fonte: Elaborada pelas autoras.

As nuvens das Figuras 3 e 4 têm no máximo 20 palavras, com no mínimo 3 caracteres. O tamanho das palavras está relacionado com a frequência com que as mesmas aparecem nos textos, deste modo, as palavras maiores são as que figuram mais vezes nos abstracts.

            Nota-se uma similaridade entre as nuvens das diferentes bases, isso se deve ao fato de que seis artigos estão entre os mais citados nas duas, a semelhança confere robustez ao refinamento e exibe uma convergência para termos diretamente relacionados à temática pesquisada, como product (produto), logistics (logística), reverse (reversa), model (modelo) e barriers (barreiras).

O que pode ser destacado pela análise da frequência das palavras que mais apareceram nas nuvens e também pela leitura atenta dos resumos dos artigos, é que vários estudos fazem a proposição de um modelo de logística reversa a ser seguido. Também foi observado que os desafios da logística reversa são considerados na literatura acadêmica, tanto que "barreiras" foi uma palavra de destaque na análise.

Além da análise da frequência das palavras dos resumos e construção da nuvem de palavras dos dez artigos mais citados sobre o tema em ambas as bases de dados, o estudo procurou identificar a convergência das áreas, por meio da identificação nos títulos e resumos dos artigos, se estes se aplicam a algum produto, indústria ou se são textos essencialmente teóricos. Estes achados são apresentados na próxima seção.

4.3 Convergência das áreas dos dez artigos mais citados das bases WOS e Scopus

Na análise dos títulos e resumos dos 10 artigos mais citados de cada base para identificação de produtos e/ou áreas de aplicação da logística reversa, notou-se cinco artigos essencialmente teóricos, sendo que dois destes aparecem em ambas as bases. Desta forma, nestes documentos não se identificou especificações quanto ao setor de aplicação do processo em estudo. Também foi encontrado um artigo que se referiu a produtos remanufaturados em seu resumo, não especificando a área ou produto em análise.

Por fim, as áreas/produtos que foram possíveis de identificação nos resumos / títulos dos artigos foram: tecnologia da informação (6 artigos); indústria automotiva (5 artigos); reciclagem de papel (2 artigos); reciclagem de areia (1 artigo); indústria do alumínio (1 artigo); eletrodomésticos (1 artigo). Esclarece-se que um artigo abrangeu três áreas de produtos, por isso, foram encontrados 22 resultados no total, considerando as duas bases de dados. Elucida-se ainda que seis artigos apareceram como mais citados em ambas as bases, assim, a contagem das áreas/produtos foi realizada duas vezes quando o estudo aparecia tanto na WOS como na Scopus.

Estes resultados corroboram os de Leite (2009) que afirma que o fenômeno do pós-consumo pode ser fortemente observado no setor automobilístico e de tecnologia da informação, sendo que seu crescimento é determinado pelo aumento demasiado na produção de acessórios e periféricos.

5. Considerações finais

Neste trabalho, realizou-se uma pesquisa com o termo "reverse logistic" nas bases WOS e Scopus, considerando as áreas "management" e "business" (189 artigos WOS) e "business, management and accounting" (361 Scopus).

Foram analisadas as características gerais, tais como ano das publicações, sendo que o maior número de publicações na WOS foi em 2014 (35 artigos) e na Scopus em 2012 (63 artigos); títulos das fontes, de modo que a European Journal of Operational Research possui o maior número de registros na WOS e a International Journal of Production Research na Scopus, com 39 e 43 publicações respectivamente; com relação aos autores, observou-se uma diversidade, pois os que aparecem entre os 10 primeiros dão conta apenas de 24% (WOS) e 16% (Scopus) do total de artigos.

Ainda, continuando com a análise das características gerais, na categoria "países", os Estados Unidos da América lideram a listagem de registros em ambas as bases; e por sua vez, os artigos que lideram o ranking de citações foram citados 132 vezes (WOS) e 159 vezes (Scopus), sendo que 6 artigos aparecem nas duas bases.

Na segunda etapa, foram processadas as nuvens de palavras dos 10 artigos mais citados na WOS e Scopus, de modo que as cinco palavras que mais figuram nos abstracts da primeira, também predominam nos da segunda base, sendo que product é a que mais se destaca nas duas.

Na última etapa, foram analisados os conteúdos dos resumos e os títulos dos artigos de modo a verificar se eles se aplicam a algum produto / área ou se são essencialmente teóricos. Assim, as áreas que mais se destacam são tecnologia da informação, indústria automotiva e reciclagem de papel e ainda cinco artigos são fundamentalmente teóricos.

Diante do acima exposto, percebe-se uma convergência entre as duas bases de pesquisa quanto ao assunto estudado, sendo que foram encontrados resultados similares em diversas análises realizadas, destacando-se que "barreiras" foi uma das palavras mais frequentes em ambas as bases.

Frente à conceituação da logística reversa que envolve vários segmentos da sociedade, há muitos desafios a serem vencidos, quer seja pelos poderes públicos ou pela própria sociedade, a fim de se alcançar a sustentabilidade da relação entre homem e o meio ambiente. O conceito de desenvolvimento sustentável, apesar de disseminado, carece de clara delimitação do que se pretende sustentar e do papel de cada agente nessa nova denominação de desenvolvimento. É preciso que as empresas e a sociedade tracem novos modelos de comportamento relativos aos seus recursos naturais e seus modos de produção, alinhados aos pressupostos da sustentabilidade (SANTOS, 2012). Tendo em vista as dificuldades de efetivação da logística reversa, o estudo buscou ampliar o conhecimento referente às publicações relacionadas à temática, fornecendo um panorama internacional.

Identifica-se como limitações deste trabalho a seleção de apenas 10 artigos mais citados em cada base para análise dos resultados. Para estudos futuros, recomenda-se uma análise da totalidade das publicações referentes às bases aqui utilizadas. Também se sugere a realização de uma pesquisa fundamentada nos principais periódicos da área com maior fator de impacto.

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1. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria (PPGA/UFSM). E-mail: ana.ameliamz@gmail.com
2. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria (PPGA/UFSM). E-mail: fabianechiapinoto@gmail.com
3. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria (PPGA/UFSM). E-mail: luanadamke@hotmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 23) Año 2016

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