Espacios. Vol. 37 (Nº 25) Año 2016. Pág. 5

Principais coleobrocas de espécies florestais no Brasil: Uma revisão bibliográfica

Coleoborers main forest species in Brazil: A literature review

Marcelo MONTEIRO 1; Juliana GARLET 2

Recibido: 19/04/16 • Aprobado: 02/05/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Família Bostrichidae

3. Família Cerambycidae

4. Subfamília Platypodinae

5. Subfamília Scolytinae

6. Conclusão

Referências Bibliográficas


RESUMO:

Com o aumento das áreas de plantios florestais, surge a necessidade de pesquisas voltadas ao monitoramento e controle de espécies-praga florestais como as coleobrocas que levam a perdas significativas em áreas florestais, acarretando prejuízos aos produtores. Assim, objetivou-se nesse trabalho apresentar informações sobre as principais coleobrocas que causam danos tanto em florestas nativas como exóticas no Brasil, bem como sua biologia e alguns registros de ocorrência em culturas florestais, através de uma revisão da literatura científica nacional e internacional.
Palavras-chaves: Entomologia Florestal, coleópteros, insetos-praga.

ABSTRACT:

With increasing areas of forest plantations, there is the need for research aimed at monitoring and control of forest pest species such as coleoborers that lead to significant losses in forest areas, causing damage to producers. Thus, it is aimed in this work to present the information of the main coleoborers that damage both native forests and exotic in Brazil, as well as their biology and some occurrence records in forest cultures, through a review of national and international scientific literature.
Keywords: Entomology Forest, beetles, insect pests.

1. Introdução

A cobertura florestal do Brasil, em conjunto com as excelentes condições edafoclimáticas para a silvicultura, conferem ao país inúmeras vantagens competitivas para a atividade florestal (HEIMANN et al., 2015).Desta forma, a silvicultura surge como uma atividade econômica em franca expansão e desenvolvimento, com demandas crescentes que geram divisas, promovem a sustentabilidade, aumentam a qualidade de vida da sociedade, induzem ao desenvolvimento dos países por meio da geração de empregos e contribuem para a manutenção do equilíbrio ambiental por intermédio da utilização de recursos sustentáveis (FISCHER et al., 2015).

O aumento dos plantios florestais originou a necessidade de se realizar pesquisas voltadas às populações de insetos que possam vir a se tornar pragas florestais, visando à tomada de decisão frente a esta realidade que pode colocar em risco todo o investimento financeiro (JORGE, 2014). Dentre as pragas prejudiciais às essências florestais, destacam-se aquelas conhecidas como coleobrocas, cujos danos são de extrema importância em algumas espécies florestais cultivadas nativas ou exóticas. Em ambientes florestais, sejam eles naturais ou plantados, há chance de ocorrer espécies-praga de insetos, tendo em vista a existência de nichos ecológicos específicos (GUSMÃO, 2011).

As espécies de insetos que fazem galerias no interior das plantas são conhecidas como brocas, sendo a ordem Coleoptera uma das maiores em número de espécies com hábito broqueador (FERREIRA-FILHO et al., 2002). A ordem Coleoptera é considerada a mais diversa entre os insetos, com aproximadamente 300.000 espécies descritas. Esse grupo se sobressai, também, pela abundância nos mais diferentes ecossistemas e atua em vários níveis tróficos, o que pode classificá-los como pragas agrícolas e florestais, polinizadores, dispersores de sementes, predadores e decompositores (TRIPLEHORN e JOHNSON, 2011).

Várias são as famílias que possuem espécies de hábito broqueador, no entanto as mais importantes economicamente são Cerambycidae, Curculionidae (Scolytinae, Platypodinae), Bostrichidae, Lyctidae e Anobiidae. As espécies representantes destas famílias podem atacar a madeira, desde a árvore viva até seca em um gradiente decrescente de umidade (OLIVEIRA et al., 1986).

Nesse contexto, as coleobrocas pertencentes às subfamílias Platypodinae e Scolytinae (Curculionidae) são consideradas, dentre os insetos monitorados em povoamentos florestais, os grupos mais relevantes. Embora no Brasil sejam pragas secundárias em reflorestamentos, proporcionam danos expressivos na madeira de toras recém-abatidas quando no campo expostas (CARVALHO e TREVISAN, 2015). São espécies conhecidas como "besouros-de-ambrosia", pois ao abrirem galerias inoculam fungos simbiontes chamados "fungos de ambrosia" responsáveis pelo manchamento da madeira (ROCHA, 2010a).

Dentre os coleópteros que ocorrem associados às espécies florestais nativas e exóticas, causando algum tipo de dano na fase jovem (larvas ou brocas), destacam-se também os Cerambycidae pelo grande número de espécies e pelo alto grau de polifagia (MARTINS, 2005).

Os cerambicídeos são apontados como relevantes em estudos relacionados à biodiversidade, monitoramento e conservação ambiental (LEWINSOHN et al., 2005). Estes insetos desempenham importante papel na ciclagem de madeira morta e na manutenção de uma íntima relação com seus recursos alimentares (MONNÉ, 2006). São consideradas pragas relevantes na Entomologia Florestal, conhecidas como serradores, aneladores ou roletadores pelo grande número de plantas hospedeiras e pelos danos que causam em determinadas essências florestais, quando cultivadas em florestas homogêneas (BAUCKE, 1958; VULCANO e PEREIRA, 1978; LINK e COSTA, 1988; WITECK NETO e LINK, 1997; BERNARDI et al., 2011, LEMES et al., 2011).

Já os bostrichídeos algumas espécies têm migrado do seu hábitat para se transformar em pragas primárias de grãos, leguminosas, raízes e tubérculos secos (COSTA LIMA, 1953). São considerados de difícil controle, pois, como todas as coleobrocas, passam a maior parte de sua vida no interior do hospedeiro (BERTI-FILHO, 1997).

Diante disso, este artigo traz uma revisão da literatura científica nacional e internacional com o objetivo de apresentar as principais informações das coleobrocas que causam danos tanto a florestas nativas como exóticas no Brasil, bem como sua biologia e alguns registros de ataques em culturas florestais.

2. Família Bostrichidae

A família Bostrichidae compreende cerca de 90 gêneros e 700 espécies de distribuição tropical, sendo que no Brasil ocorrem aproximadamente 15 gêneros e 34 espécies (COSTA et al., 1988; MATOSKI, 2005). Trata-se um grupo bem delimitado dentro da ordem Coleoptera, sendo composto por espécies mais adaptadas ao regime xilófago (LESNE, 1924). De maneira geral, estes insetos, tanto no estágio larval quanto no estágio adulto, se nutrem efetivamente dos tecidos lenhosos dos vegetais (FLETCHMANN et al., 1996; PETERS et al., 2002).

Os bostrichídeos apresentam o corpo cilíndrico, tegumento fortemente esclerosado, cabeça hipognata coberta pelo protórax globoso, élitros geralmente truncados e achatados na parte posterior (em forma de bisel) e sutura entre pronoto e os élitros bem definida. Quase todas as espécies são de cor negra, parda ou acinzentada mais ou menos escura, e podem ter de um milímetro a três centímetros de comprimento. Esses insetos não são muito velozes para caminhar por possuírem as patas curtas, mas geralmente são bons voadores (COSTA LIMA, 1953; RODRIGUES JUNIOR, 2007).

A maioria dos Bostrichidae retira seus nutrientes de amidos e açúcares presentes nos tecidos das plantas em que se alimentam. Algumas espécies são economicamente importantes, atacando cereais, sendo Rhyzopertha dominica e Prostephanus truncatus as mais representativas, e estruturas de madeira e bambu como, Sinoxylon spp., Dinoderus spp. e Lyctus spp. (LIU et al., 2008).

Estas espécies de insetos que atacam madeira são conhecidas como "besouros pulverizadores da madeira", ou seja, ao abrirem galerias, transformam a madeira em pó, depreciando o valor de produtos, como peças estruturais e lâminas (PERES FILHO et al., 2006). As larvas alimentam-se da madeira escavando galerias paralelas aos vasos causando danos irreparáveis (SARLO, 2000).

Contudo, existem muitas espécies de Bostrichidae que atacam galhos e troncos de árvores vivas sadias ou recém-cortadas, bem como árvores mortas, decadentes e estressadas, sobretudo aquelas que passam por longos períodos de estiagem, e possuem grande potencial destrutivo de madeira densa (dura). Insetos dessa família dificilmente reinfestam o mesmo local (ROCHA, 2010b).

Dentro da família Bostrichidae, a espécie Dinoderus minutus, conhecida como "broca do bambu", encontrada em bambus, artigos de vime e também em estruturas de subsolos, onde o elevado teor de umidade permite seu desenvolvimento, trazendo grandes prejuízos merece destaque (RICHARDSON, 1978). Entretanto Matoski e Rocha (2006) afirmam que além do bambu a espécie D. minutus, infesta várias espécies de laminas torneadas podendo citar axixá (Sterculia sp.), amescla (Trattinickia burseraefolia (Mart.) Wild), bandarra (Cedrelinga catenaeformis Ducke), copaíba (Copaifera langsdorfii), sumaúma (Ceiba pentandra (L.) Gaertn) e tauari (Couratari guianensis Aubl.). em estoque. Sinoxylon conigerum também é relatada causando danos em espécie florestal, conforme Peres Filho et al. (2006), que observaram indivíduos da espécie em Teca (Tectona grandis) no Mato Grosso.

Em levantamentos populacionais constantemente espécies de bostriquídeos são verificadas, Peres Filho et al. (2012) constataram em Floresta Tropical Semidecídua, no município de Sinop-MT 141 bostriquídeos, divididos em cinco espécies: Bostrychopsis uncinata, Micrapate brasiliensis, Micrapate germaini, Xyloperthella piceae e Xyloprista praemorsa.

Paes et al. (2014) relatam que 28,3% dos insetos coletados em Santa Angélica, ES em  povoamentos de Teca eram de famílias de coleópteros com representantes xilófagos (Bostrichidae, Cerambycidae, Scolytinae), enquanto em Cachoeiro de Itapemirim, ES,  as famílias de xilófagos representaram 17,5% do total.

Gonçalves et al. (2014) observaram  em estudo com coleópteros broqueadores de madeira em ambiente natural de Mata Atlântica e em plantio de eucalipto, um total de 1.797 indivíduos, distribuídos entre Cerambycidae, Lyctidae, Bruprestidae e subfamília Scolytinae, Platypodinae, sendo que, a família Bostrichidae apresentou 19,20%, dos indivíduos coletados, equivalendo a 345 indivíduos.

3. Família Cerambycidae

A família Cerambycidae possui uma diversidade em número de espécies com pelo menos 4.000 gêneros e 35.000 espécies em todo o mundo (LAWRENCE, 1982; COSTA, 2000) sendo só no Brasil um total de 1.000 gêneros e 4.000 espécies (COSTA et al., 1988). A maioria dos adultos ultrapassa dois cm de comprimento, com corpo alongado e cilíndrico e antenas longas (LINSLEY, 1959).

Os cerambicídeos merecem destaque pelo grande número de espécies e pelo alto grau de polifagia, atacando principalmente plantas cultivadas como frutíferas e essências florestais, além de plantas silvestres (CANETTIERI e GARCIA, 2000).

Em sua maioria, os besouros da família Cerambycidae são dos mais facilmente reconhecíveis pelo aspecto geral do corpo, principalmente pelo alongamento das antenas, geralmente tão longas quanto o corpo ou muito mais longas, principalmente nos machos, nos quais chegam a atingir ou mesmo a exceder quatro vezes o comprimento do mesmo, embora alguns gêneros como, Parandra e Hypochephalus tenham antenas bem mais curtas (COSTA LIMA, 1955).

Essencialmente são fitófagos com larvas xilófagas (MARTINS, 1997), algumas espécies apresentam considerável importância econômica por possuírem larvas broqueadoras de plantas cultivadas (LAWRENCE et al.,1999), no entanto este grupo também mostra-se importante na ciclagem de nutrientes em seus habitats (MONNÉ, 2006) e devido a estreita relação com os recursos que utilizam, monofilias e especificidades quanto as relações ambientais e comportamentais, tornando-se candidatos a bioindicadores (PERSON,1994).

Dentro dos cerambicídeos o gênero Phoracantha, originário da Austrália e Nova Guiné, possui 40 espécies e tem estreita relação com Eucalyptus (Myrtaceae) (WANG et al., 1999). Dentro do gênero, as espécies Phoracantha recurva e P. semipunctata são as principais pragas exóticas de eucalipto. Na Austrália, seu país de origem, esses insetos tem pouca importância, atacando, apenas, árvores estressadas (danificadas ou recém-abatidas), mas em áreas onde foram introduzidas tem danificado plantas saudáveis (FAO, 2007).

Contudo, a maior importância do gênero Phoracantha como praga reside no fato de que as larvas podem ser consideradas pragas quarentenárias para o Brasil e países da Europa, podendo ocasionar problemas à exportação de toras de eucalipto cuja constatação ou vestígios de danos podem resultar no embargo da madeira exportada (RIBEIRO et al., 2001). Não existem recomendações para o controle de P. semipunctata e P. recurva no Brasil, mas plantas atacadas por esse inseto devem ser cortadas e as toras descascadas no campo (WILCKEN et al., 2002).

Entre cerambicídeos conhecidos como serradores, aneladores ou roletadores, o gênero Oncideres é o que apresenta a maior quantidade de espécies, com 41 registradas no Brasil (GALILEO e MARTINS, 2006). Espécies de Oncideres são exclusivas das Américas (MONNÉ e BEZARK, 2009), considerando a espécie Oncideres saga (Dalman, 1823) uma potencial ameaça a várias essências florestais no Brasil (COUTINHO et al., 1998). Para realizar a postura, a fêmea anela o galho e realiza incisões onde deposita seus ovos. As larvas desenvolvem-se na madeira da parte serrada e em estado de degradação progressiva (BAUCKE, 1962).

Magistrali et al. (2013) avaliando danos causados por Oncideres saga em plantios de Acacia mearnsii, verificaram que 34,3% das árvores apresentavam galhos cortados por O. saga. Witeck Neto et al. (2015) relatam a ocorrência de Oncideres cervina em galhos de Canela-Guaicá (Ocotea puberula), sendo que dos  49 galhos recolhidos, 27 tiveram a presença de adultos, emergindo 200 indivíduos adultos numa média de 7,40 por galho.

Ono (2015) trabalhou em diferentes áreas de plantios florestais, em fazendas localizadas em diferentes municípios do Rio Grande do Sul observando um total de 437 indivíduos de 15 espécies de Cerambycidae encontrados nos galhos de acácia negra sendo O. impluviata o mais abundante.

Cordeiro et al. (2010) encontraram cinco espécies de cerambicídeos associadas a galhos de Acacia mangium: Engyum quadrinotatum Thomsom; Eburodacrys sexmaculata(Olivier); Achryson surinamum (Linnaeus) e Neoclytus pusillus (Laporte&Gory). Ferreira-Filho et al. (2014) destacam a ocorrência de Hylettus seniculus Germar 1824 broqueando plantas de Pinus caribaea var. hondurensis Morelet (Pinaceae) no estado de Minas Gerais.

4. Subfamília Platypodinae

A subfamília Platypodinae é conhecida como besouros-de-ambrosia, também é responsável pela abertura de galerias e manchamento da madeira. As coleobrocas desta família perfuram galerias de nidificação em hospedeiros estressados, doentes e em madeiras recém-cortadas (MARINONI et al., 2001). Isto ocorre devido à liberação de voláteis químicos oriundos da fermentação da madeira e que são atrativos para estas espécies (SIMEONE, 1965; FURNISS e CAROLIN, 1977).

Os platypodídeos são facilmente reconhecíveis, não só pelo aspecto geral do corpo, como por terem o 1.º tarsômero mais longo que o 2.°, o 3.° e o 4.° reunidos, sendo constituído por 24 gêneros e aproximadamente 700 espécies, das quais mais de 250 ocorrem na América Tropical, sendo a maioria dos gêneros Platypus e Tesserocerus (COSTA LIMA, 1956; BOOTH et al., 1990; CARDEÑO, 2003).

Todas as espécies conhecidas de Platypodinae são brocas de madeira e cerca de 99% pertencem ao grupo dos besouros-da-ambrosia (OLIVEIRA et al., 1986; CARDEÑO, 2003). Suas galerias são iniciadas por machos adultos e cada macho é acompanhado por uma única fêmea. Em alguns besouros platypodídeos, a concentração de indivíduos na atividade de perfuração é induzida por um feromônio de agregação emitido pelos machos (UEDA e KOBAYASHI, 2005).

Os Platypodinae são monogâmicos, com exceção das espécies do gênero Protoplatypus. Nos monogâmicos a construção do sistema de galerias é executada tanto pelo macho como pela fêmea, mas constante dentro do mesmo grupo. Em alguns casos, o macho é responsável pela eliminação dos fragmentos de madeira e pelo bloqueio do orifício de entrada da galeria com seu corpo. O desenvolvimento de ovo até adulto, na maioria das espécies, dura de 20 a 90 dias, podendo ou não haver reinfestação na planta hospedeira (OLIVEIRA et al., 1986).

As larvas se movem livremente dentro dos túneis parentais e escavam individualmente as células pupais, fora dos túneis principais. Só se reproduzem em madeira menos degradada, morta recentemente e com alto teor de umidade. Madeira podre ou seca é inadequada. Normalmente, apenas uma única geração é produzida em um determinado hospedeiro. Platypus flavicornis e P. quadridentatus são, respectivamente, restrito aos pinheiros e carvalhos. Platypus compositus e P. parallelus são extremamente polífagas (ATKINSON, 2000).

Outra espécie de besouro-da-ambrosia frequentemente relatada na literatura é Platypus mutatus (Chapuis) com uma gama extensa de hospedeiros (GIMENEZ e ETIENNOT, 2003), com danos severos em plantações comerciais de álamo (Populus spp. Salicaceae) na Argentina (ALFARO, 2003), eucalipto (Eucalyptus spp.) e Pinus (Pinus spp. Pinaceae) (BASCIALLI et al., 1996).

Conforme Silva et al. (1968), citado por Santana e Santos (2001), no Brasil a espécie Platypus sulcatus merece destaque, pois já foi observada em pelo menos onze espécies diferentes de hospedeiros nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de São Paulo. Santana e Santos (2001) destacam ainda que Platypus sulcatus Chapuis, foi relatada causando danos em troncos de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.). Em levantamentos populacionais os platipoidideos também são frequentemente coletados. Em levantamentos feitos em Mato Grosso é comum à coleta de espécies do gênero Platypus tanto em plantios quanto em pátios de serraria. Sendo Platypus linearis a espécie mais comumente encontrada (ROCHA, 2010a).

Vasconcelos e Abreu (2012) em levantamento de Coleópteros no Parque Nacional do Viruá, no município de Caracaraí (RR), observaram um total de 440 espécimes de besouros, sendo 270 exemplares da subfamília Platypodinae.

Gonçalves et al. (2014) trabalhando com coleópteros de madeira em ambiente natural de Mata Atlântica e em plantio de eucalipto coletaram um total de 1.797 indivíduos, registrando 96 da subfamília Platypodinae( 17,3%).

5. Subfamília Scolytinae

Atualmente, a família Scolytidae foi inserida na família Curculionidae, sendo considerada como subfamília Scolytinae e coloquialmente denominados de escolitíneos, com aproximadamente 6000 espécies conhecidas, distribuídas em 181 gêneros (WOOD, 1982; MARINONI et al., 2001; BRITO et al., 2010).

Gallo et al. (2002) descrevem os escolitideos como indivíduos que medem cerca de meio milímetro de comprimento, de cor uniforme escura, corpo cilíndrico e élitros truncados, com dentes e dentículos. Várias espécies são pragas florestais, há ainda espécies que atacam culturas agrícolas, como Hypothenemus hampei que é uma importante praga agronômica, conhecida como a broca do café.

A maioria dos Scolytinae é praga secundária, somente encontrando condições favoráveis em árvores lesionadas atingidas por raio ou fogo, plantas doentes ou que sofreram ataque anterior por outros insetos, plantas com deficiência nutricional ou plantas em solos com excesso ou falta de água e árvores caídas (FLECHTMANN et al., 1995). De acordo com Silveira e Oliveira (1988), quando a população de escolitíneos se torna muito alta, árvores sadias também podem ser atacadas. Devido a estes fatores, Paine et al. (1997) asseguraram que os Scolytinae estão entre as espécies de pragas que compõem os grupos economicamente mais importantes do mundo.

O critério mais usual para divisão desta subfamília é a preferência alimentar. Podem ser classificado em vários grupos, mas os fleófagos e os xilomicetófagos são os mais relevantes. Os fleófagos se alimentam do floema e são conhecidos como besouros de casca ("bark beetles"). São as principais pragas florestais e neste grupo destacam-se os gêneros Dendroctonus, Scolytus e Ips. Já os xilomicetófagos têm como principal alimento fungos simbióticos, que introduzem e cultivam na planta hospedeira. São também conhecidos como besouros de ambrósia ("ambrosia beetles"). Para cada espécie de xilomicetófagos há uma determinada espécie de fungo de ambrósia. As principais tribos são Xyleborini, Xyloterini e Corthylini (CASTRO, 1960).

De acordo com Sousa (2012) os besouros-da-casca são pragas com grande potencial destrutivo, que ao se alimentarem do floema e xilema, dificultam a recuperação da árvore, pois causam a interrupção na translocação da seiva e dos solutos entre as raízes e a copa da árvore, condicionando a sobrevivência do hospedeiro à intensidade dos ataques.

Já os besouros-da-ambrosia constroem galerias nos hospedeiros para cultivar e se alimentar do fungo simbionte chamado ambrosia. De acordo com Sousa (1996), este grupo de coleópteros recebe esta denominação por se alimentarem do fungo simbionte cultivado no interior das galerias conhecidos como "ambrosia". Este termo tem origem grega e significa "alimento dos deuses", era muito utilizada no século XIX, quando se observava os insetos se alimentando de um conteúdo viscoso estranho e incompreendido na época.

Nas regiões temperadas, as espécies fleófagas (besouros-da-casca) são dominantes, causando prejuízos de milhões de dólares, em anos que atingem surtos epidêmicos. Por sua vez, besouros-da-ambrosia xilomicetófagos, são predominantes nos trópicos, onde causam danos menores em comparação com os besouros-da-casca (FLECHTMANN, 2000).

Uma preocupação é a mudança no ciclo de vida típico de espécies de Scolytinae nos Estados Unidos e Canadá, que passou a ser menor, com a mudança de temperatura. Isto permitiu que espécies como, Dendroctonus ponderosae Hopkins e Dendroctonus rufipennis Kirby se proliferarem a taxas muito mais rápidas que as até então observadas (ANDERSON et al., 2010).

Conforme Amezaga (1993) estimou-se um prejuízo na Espanha de aproximadamente 92 milhões de euros ocasionados por ataques deste grupo. Littell et al. (2009) relataram que milhões de hectares de florestas de coníferas nas últimas décadas foram atacados por Scolytinae e as árvores mortas foram queimadas como medidas de segurança. Segundo Raffa et al. (2008), em monitoramento no Oeste e Norte dos Estados Unidos, foram constatadas a perda de dezenas de milhões de hectares devido ao ataque de Scolytinae.

As determinações das tendências, ciclos, sazonalidades e outras características deste grupo de insetos são de elevada importância no monitoramento da dinâmica de suas populações, podendo fornecer informações importantes para o desenvolvimento de novas técnicas em programas de manejo integrado de pragas (PAES et al., 2014), permitindo a detecção do aumento de uma população facilitando de forma precoce a identificação de possíveis surtos e a tomada de decisão pertinente à circunstância.

A armadilha de impacto é o principal instrumento para estudos ecológicos e, em alguns casos, a forma mais viável de controle de escolitideos, tanto em florestas nativas como em povoamentos exóticos (PELENTIR, 2007). No Brasil, a maioria dos pesquisadores utiliza armadilhas iscadas com etanol nos levantamentos populacionais. Segundo Nakano e Leite (2000), o etanol é constantemente utilizado como atrativo, uma vez que amplia a eficácia das armadilhas durante a coleta, de fato, essa substância tem a capacidade de atrair diversas espécies de coleobrocas.

Outra medida importante para controle de escolitideos é a prática de higiene florestal que corresponde à prevenção, onde é realizada a retirada de árvores decadentes e mortas, interferindo, desta forma, na flutuação populacional desses insetos (COSTA et al., 2008).

Existe o controle químico que, conforme Costa Lima (1956), citado por Bossões (2011), é geralmente um evento "post mortem", pois quando o tratamento é realizado as árvores já possuem um estágio avançado de infestação. As aplicações químicas localizadas não atingem a população em trânsito. Além disto, o controle direto não leva em conta o controle natural (parasitos, predadores e competidores) e há indícios de que o controle químico neutraliza as competições intra e interespecíficas.

Em levantamentos populacionais realizados com armadilhas etanólicas, há vários registros da subfamília Scolytinae em diversos plantios florestais, podendo citar Gonçalves et al., (2014) que relatam em ambiente natural de Mata Atlântica  e em plantio de eucalipto, um total de 1.797 indivíduos de coleópteros capturados. A subfamília Scolytinae foi a mais numerosa com 774 indivíduos, 43,07%.

Muller e Andreiv (2004) em levantamento de espécies de escolitideos em três fragmentos florestais do estado de Santa Catarina, utilizando armadilhas etanólicas modelo "Marques-Pedrosa", coletaram 35 espécies identificadas de Scolytinae, sendo 48,6% comuns aos ambientes, com o gênero Xyleborus apresentando o maior número de espécies.

Dorval et al. (2004) observaram grande quantidade de espécies de escolitídeos em povoamentos de Eucalyptus urophylla. Coletaram um total de 19.153 indivíduos, distribuídos em 11 gêneros e 42 espécies. Sendo que: Cryptocarenus diademantus (Eggers, 1937); C. seriatus (Eggers, 1933); C.heveae (Hagedorni, 1912), Hypothenemus obscurus (Fabricius, 1801) e Xyleborus spinosulus (Schedl, 1934) foram às espécies mais importantes.

Rocha et al. (2011) realizaram um levantamento de coleópteros associados a fragmentos de cerrado na baixada cuiabana em Mato Grosso, coletando um total de 874 indivíduos, dos quais 588 foram amostrados no período de seca e 286 no período de chuva, verificaram que independente de inverno e verão, a subfamília Scolytinae foi mais representativa em quantidade de espécies e de indivíduos coletados, indicando estar mais adaptada às condições ambientais da região, quando comparada com as demais espécies das famílias estudadas.

Vasconcelos e Abreu (2012) em levantamento de coleópteros em um fragmento florestal da cidade de Manaus, Amazonas identificaram um total de 716 espécimes de besouros com as duas armadilhas, sendo 272 besouros da subfamília Scolytinae, com as espécies Xyleborus affinis (Eichhoff), Xyleborus volvulus (Fabricius) e Premnobius cavipennis (Eichhoff).

Battirola et al. (2014) em copas de Attalea phalerata Mart. (Arecaceae) no Pantanal de Poconé, Mato Grosso, registraram 7,1% de Curculionidae (358 indivíduos; 3,6 ind./m²) estando representados por 81 espécies em 13 subfamílias, sendo Scolytinae a mais representativa (178 ind.; 49,7%).

Dorval (2002), no Mato Grosso, também constatou em povoamentos de Eucalyptus a subfamília Scolytinae com maior número de indivíduos coletados, representando 77% dos indivíduos capturados em fragmento de cerrado na fazenda Mutuca, município de Cuiabá-MT (ROCHA, 2010a).

Machado (2013), no Rio Grande do Sul, determinou a altura de vôo de escolitídeos em mata nativa e em povoamento de Pinus taeda, constatando que Hypothenemus eruditus obteve a maior abundância na altura de 0,5 metros na mata nativa e na faixa de 1 a 1,5 metros em Pinus taeda, sendo Xyleborinus gracilis e Xyleborus affinis a 0,5 metros em mata nativa.

Gusmão (2011) em levantamento da diversidade de espécies de Scolytidae associadas à Eucalyptus spp. e área de cerrado, no município de Cuiabá-MT, coletadas com armadilhas etanólicas com e sem uso de isca atrativa, evidenciou a importância das espécies Hypothenemus eruditus, Hypothenemus obscurus, Premnobius cavipennis, Xyleborus ferrugineus, Xyleborus spinulosus e do gênero Cryptocarenus em formações florestais da região do estudo.

6. Conclusão

Os estudos acerca dessas coleobrocas são de extrema importância, pois, as mesmas podem causar significativos danos econômicos, depreciando madeiras de espécies de alto valor, sendo importante o monitoramento para a elaboração de programas de manejo integrado de pragas. Contudo nota-se a necessidade de mais estudos a cerca deste grupo de insetos-praga, ampliando o conhecimento sobre a ecologia e biologia destas espécies, possibilitando assim a adoção de medidas preventivas, evitando os danos causados por coleobrocas, tanto no campo como em pátios de estocagem.

Referências Bibliográficas

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1. Mestrando em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Universidade do Estado de Mato Grosso, Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil, Email: marcelobioengflorestal@gmail.com
2. Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade do Estado de Mato Grosso, Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil, Email: julianagarlet@unemat.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 25) Año 2016

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