Espacios. Vol. 37 (Nº 26) Año 2016. Pág. 13

Análise de importação e produção têxtil no segmento moda íntima em Santa Catarina: Um estudo de caso

Analysis of import and textile production in the intimate apparel segment in Santa Catarina: A case study

Thiago Augusto UECKER 1; Thiago VIZINE DA CRUZ 2

Recibido: 02/05/16 • Aprobado: 05/05/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Comercio internacional, exportação, importação

3. Indústria têxtil

4. Apresentação e análise dos dados

5. Conclusão

Referências


RESUMO:

O presente trabalho diz respeito à importação de moda íntima sem costura da China e aos aspectos que estão envolvidos ao longo do processo, sendo eles econômicos e financeiros, busca-se assim apresentar alguns dos fatores determinantes para produzir produtos fora do Brasil, ao invés de produzi-los internamente. Será usada como base para o estudo em questão, a empresa Ícone Comercial Importadora e Exportadora, que está localizada na cidade de Pomerode, em Santa Catarina. A primeira parte do trabalho descreve a importância do comércio internacional para os países que buscam um desenvolvimento sustentável em meio à economia mundial. Em seguida trata-se sobre a exportação e importação. Em seguida é feito um breve relato da indústria têxtil no Brasil e Santa Catarina em virtude da abrangência do projeto. Por último é introduzida a empresa Ícone, e apresenta-se a questão da competitividade existente no processo de importação de roupa íntima sem costura. O estudo mostra que embora o trabalhador chinês ganhe menos, não é este o fator preponderante quando uma empresa busca o mercado produtor chinês. Facilidades de importação de máquinas de alta tecnologia, atrelada a um sistema tributário menor e mais organizado exercem influencia maior do que os vencimentos do operário chinês.
Palavras Chave: Economia Internacional; Comércio Exterior; Indústria Textil

ABSTRACT:

The present concerns about the underwear import from China and the aspects that are involved in the process, either economic and financial, the main focus is to present some of the determining factors to produce products outside Brazil, instead of produce them internally. In order to doing that it will be used, as the basis for the study in question, the company Icone Commercial, which is located in the city of Pomerode, in the State of Santa Catarina. The first part describes the importance of international trade to countries seeking sustainable development amid the global economy. The second part concerns the export and import reports, and the importance of these processes for the economy of any nation. The third part gives a brief account of the textile industry in Brazil and Santa Catarina because of the project's scope. Finally, it's introduced the Icone company, and it is presented the issue of the existing competitiveness in underwear import process. The study shows that although the Chinese workers earn less, in comparison with the brazilian workers, this is not the most important factor when a company seeks Chinese producer market. Facilities import of high-tech machines, linked to a smaller and more organized tax system exerts greater influence than the salaries of Chinese workers.
Key words: International Economy, International Trade, Textile Industry.

1. Introdução

A grande evolução da economia mundial nos últimos anos deixou evidente a importância que o comércio exterior adquiriu ao longo dos anos. A cada ano as empresas recorrem cada vez mais ao comércio exterior para tentar aumentar sua lucratividade e se firmar nos negócios, visto que o comércio internacional apresenta perfeitas condições para isso. Partindo deste principio fez-se o estudo em questão.

O presente trabalho diz respeito à importação de moda íntima sem costura da China e aos aspectos que estão envolvidos ao longo do processo, sendo eles econômicos e financeiros, busca-se assim apresentar alguns dos fatores determinantes para produzir produtos fora do Brasil, ao invés de produzi-los internamente. Será usada como base para o estudo em questão, a empresa Ícone Comercial Importadora e Exportadora, que está localizada na cidade de Pomerode, em Santa Catarina, que será o local de abrangência do projeto.

Para uma melhor compreensão, o estudo está estruturado em três partes iniciais que dizem respeito ao comércio internacional, por meio da exportação e importação e a indústria têxtil respectivamente.

A primeira parte descreve a importância do comércio internacional para os países que buscam um desenvolvimento sustentável em meio à economia mundial, visto que por meio do amadurecimento e estreitamento das relações entre as nações, a comercialização de bens e serviços se tornou mais frequente.

A segunda parte que diz respeito à exportação e importação relata a importância desses processos para a economia e o desenvolvimento de qualquer nação.

Já a terceira parte faz um breve relato da indústria têxtil no Brasil e Santa Catarina. Nesta parte serão demonstrados os acontecimentos históricos que deram início ao desenvolvimento de um setor que antes proibido no Brasil, e que com o passar dos anos se tornou um dos setores mais importantes e influentes na economia brasileira.

Por último é introduzida a empresa Ícone, e apresenta-se a questão da competitividade existente no processo de importação de roupa íntima sem costura, juntamente com os problemas que a empresa vem encontrando ao longo dos anos, fato decorrente de seu crescimento acelerado.

1.1. Metodologia

A pesquisa em questão será de natureza exploratória, que consiste na obtenção de resultados mais aprofundados através do contato com certo número de pessoas que tenham vivência com o cenário que será abordado e também a consulta a fontes bibliográficas que servem de parâmetro para o que está sendo pesquisado. Segundo Gil (1999, p. 43):

"Uma pesquisa é de natureza exploratória quando envolver levantamento bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram (ou têm) experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para a formulação de abordagens posteriores.

Uma das concepções da pesquisa exploratória refere-se justamente a especificidade de perguntas, que está presente desde o início da pesquisa, sendo escolhida como a melhor maneira de abordagem e consequentemente a melhor opção para exposição da situação pesquisada. Assim descreve Duarte (2012):

"Por ser uma pesquisa bastante específica, podemos afirmar que ela assume a forma de um estudo de caso, sempre em consonância com outras fontes que darão base ao assunto abordado, como é o caso da pesquisa bibliográfica e das entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado." 

 Para a obtenção dos dados, serão usadas informações da empresa estudada, por intermédio de relatórios internos e toda a gama de documentos que estejam envolvidos com moda íntima sem costura, além da entrevista informal com as pessoas envolvidas diretamente no processo de importação da Ícone. Também serão utilizados informações provenientes do levantamento de dados bibliográficos e publicações de órgãos envolvidos.

 Por se tratarem de dados que já vêm sendo utilizados pela empresa e outros que estão disponíveis em publicações legais analisadas e revisadas, os dados serão na forma de dados secundários.

A partir disso, os dados obtidos serão demonstrados ao longo do projeto por intermédio de gráficos e tabelas, com o intuito de analisar e comparar as informações que lá estão inseridas e dar uma maior compreensão em relação ao que está sendo abordado.

2. Comercio internacional, exportação, importação

2.1. Comércio internacional

O comércio internacional tem um papel de extrema importância no contexto econômico de qualquer país, independente do seu grau de desenvolvimento. Os países estão submetidos a uma lei econômica onde ninguém é autossuficiente, ou seja, quanto mais um país se torna industrializado e desenvolvido, maior será a sua necessidade de ampliar e potencializar o seu relacionamento com outros países. O fenômeno da globalização é o que melhor representa a abertura do comércio internacional ao longo dos anos, segundo Renata Branco (2012):

"A globalização refere-se ao comércio cada vez mais sem fronteiras, que ocorre entre os países e territórios. Este tipo de comércio é facilitado pela eliminação ou redução de restrições na forma de tarifas e outras taxas como quotas de importação. A globalização serve para aproveitar as possibilidades e oportunidades disponíveis através da cooperação de diferentes nações."

Existem diversos fatores que ligam a globalização ao desenvolvimento do comércio internacional. Um desses fatores é a facilidade com que hoje circulam pessoas e ao mesmo tempo mercadorias por todas as nações do mundo através das fronteiras internacionais. Isso fez com que as pessoas, estando elas envolvidas em alguma negociação ou em busca de um novo negócio possam viajar para os países com os quais se deseja negociar, de maneira rápida e objetiva. Outro fator da globalização é a facilidade da comunicação, que contribuiu para interação das pessoas ao redor do mundo. O desenvolvimento das tecnologias da comunicação como internet, email, fax, a livre circulação da informação entre outros, permitiu que as negociações se tornassem mais fáceis e rápidas, dando mais agilidade e praticidade às negociações. Fazendo frente às informações a pouco mencionadas, Kotler (2000, p. 74) complementa:

"A evolução nos transportes e comunicações revolucionou o intercâmbio econômico, não só aumentando o seu volume, mas também alargando o seu âmbito geográfico. Com a expansão do âmbito geográfico do comércio, também se expandiram a diversidade e quantidade, gerando canais comerciais mais complexos."

A terceirização é outro fator importante que vem atrelado à globalização. Ciro Pereira da Silva (1997, apud RAMOS, 2001, p. 50) traz um definição de terceirização:

"A transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e ganhando competitividade."

Conforme mencionado, o comercio internacional passou por diversos fatores que influenciaram o seu desenvolvimento ao longo dos anos. Com o amadurecimento e o estreitamento das relações comerciais entre os países, a comercialização de produtos entre as nações se tornou cada vez mais frequente. E para regulamentar e normatizar as negociações entre os países foram criados acordos internacionais, tratados bilaterais e multilaterais.

2.2. Exportação e importação

Existem diversos fatores que incentivam os países a recorrer para o exterior com o intuito de ter uma economia favorável, dentre eles podemos citar a má distribuição de matéria prima em nosso planeta, diferenças de clima e solo e diferenças nos estágios de desenvolvimento econômico dos países, como exemplos. Por estes e outros motivos, os países se vêm obrigados a recorrer para o exterior se almejam uma posição mais confortável no comercio internacional e a manutenção de um crescimento econômico consistente. Oliveira (1992, p. 135) complementa:

"A grande evolução da economia mundial, nos últimos anos, tem deixado cada vez mais claro que o comércio exterior e os investimentos estrangeiros são básicos para o desenvolvimento das nações. Independentemente dos regimes políticos adotados, os países valem-se desses dois importantes instrumentos para acelerar a expansão das suas economias, criando riquezas e empregos."

Quando falamos na necessidade de exportar e importar dos países, acabamos entrando em outro ponto importante do comércio exterior, a internacionalização das empresas. A internacionalização refere-se à forma como as empresas se posicionam e se organizam para expandirem seus horizontes além das fronteiras nacionais, a ganharem competitividade e se inserirem no mercado externo, a fim de reduzir custos e fortalecer o seu negocio.  Para Neto (2004):

"Os ganhos decorrentes deste processo são inquestionáveis, pois as empresas ficam mais fortes, passam a competir em vários mercados, fortalecem sua posição no mercado local, geram mais empregos e riquezas."

Existem diversos fatores que estimulam a internacionalização. Cada empresa, dentro de suas particularidades, possui seus objetivos e motivações, mas de maneira geral, todas elas o fazem por determinantes econômicas. Brasil et al. (1994, p. 297) complementa:

"As empresas como corpos econômicos e sociais são motivados por necessidades e carências que devem ser atendidas. Iniciar, manter, fortalecer e ampliar sua penetração comercial nos mercados de seus produtos e ganhar experiência estratégica e comercial (...) sejam aquisições de tecnologias, superar barreiras protecionistas (no caso de instalar plantas no exterior), fustigar o concorrente que o ataca na sua base operacional, o suprimento de matérias-primas, atualização tecnológica e a maior proximidade com os clientes."

Portanto, uma maneira de efetivação da internacionalização, é iniciar o processo por intermédio da exportação. Não a exportação que visa apenas vantagens temporárias. E sim a exportação que envolva todo um processo gradual e evolutivo, construindo e aprofundando as relações no mercado internacional, criando parceiros e adequando o produto ao novo mercado consumidor.

2.2.1 Órgãos governamentais intervenientes no comércio exterior

Por conta do comércio exterior brasileiro ser descentralizado, não temos a atuação de um órgão específico para a atividade. Existem diversos órgãos com atuação no comércio exterior brasileiro, e suas interveniências estão divididas por áreas de competência. (LEONARDO FIGUEIREDO, 2005). Abaixo temos a apresentação dos órgãos governamentais envolvidos no comércio exterior e quais suas principais atribuições segundo Leonardo Figueiredo (2005):

Câmara de Comércio Exterior (Camex)

É o órgão mais importante do comércio exterior brasileiro e está diretamente ligado a Presidência da República. Entre suas atribuições estão fixar alíquotas de impostos de exportação e importação, diretos do antidumping e definir diretrizes para as negociações de acordos e convênios.

 

Ministério das Relações Exteriores (MRE)

Tem sua atuação voltada para o marketing externo, por intermédio da promoção e divulgação de oportunidades no mercado internacional para as empresas. Esse trabalho é feito a partir das SECOM's que tem por objetivo dar assistência às empresas brasileiras que tem interesse em internacionalizar suas atividades.

 

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

É responsável pelas decisões e por colocar em pratica as diretrizes políticas do comercio. Suas principais atribuições para o comercio exterior são a regulamentação e execução de atividades ao comercio exterior e o desenvolvimento de mecanismos de defesa comercial em negociações internacionais.

 

 

Secretaria do Comércio Exterior (SECEX)

Responsável por assessorar o MDIC nas atividades do comercio exterior. O SECEX tem por finalidade supervisionar e normatizar as atividades do comercio exterior de acordo com as atribuições do CAMEX e do MDIC. O SECEX está divido em quatro departamentos: DECEX (Departamento de Comércio Exterior): diz respeito a parte operacional do SECEX e sua principal finalidade é a gestão do SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior); DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) está por frente das negociações internacionais em que o Brasil está envolvido; DECOM (Departamento de Defesa Comercial) supervisiona e presta assistência as empresas brasileiras com processos instaurados no exterior; DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) é o órgão anuente do comercio exterior brasileiro.

 

Ministério da Fazenda (MF)

Tem por finalidade fiscalizar e controlar a entrada e saída de mercadorias provenientes de trocas comerciais entre países. O Ministério da Fazenda é representado no comércio exterior pela Receita Federal do Brasil (RFB) que faz a fiscalização aduaneira das mercadorias que entram e saem do Brasil. Alem da RFB, o Ministério da Fazenda também é representado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que tem por finalidade autorizar as instituições financeiras a comprar e vender moedas estrangeiras.

 

Órgãos Anuentes

Estão interligados ao SISCOMEX e se dividem em diferentes áreas de atuação. Sua finalidade é efetuar, quando necessário, um analise complementar, em determinadas operações de exportação. 

Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)

Sistema utilizado para registrar, acompanhar e controlar as operações de comercio exterior no Brasil. Através dele são emitidos alguns documentos necessários para a efetivação de uma operação internacional como o registro de exportação, registro de venda, solicitação de despacho e licença de importação.

2.2.2. Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)

A NCM trata-se de um código de oito dígitos que tem por finalidade identificar a natureza das mercadorias comercializadas nos países do Mercosul e também promover o desenvolvimento do comércio internacional. A estrutura da NCM tem por base o Sistema Harmonizado (SH). Segundo o site do MDIC (2013):

"O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições."

Conforme o quadro disponibilizado a baixo, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são classificações do SH e os dois últimos fazem referência a especificações estabelecidas pelo Mercosul.

Fazendo uma pesquisa pelo NCM 0102.10.10 permite-se determinar que:

01 - Animais vivos

0102 - Animais vivos da espécie bovina

010210 - Reprodutores de raça pura

01021010 - Prenhes ou cria ao pé

2.2.3 Termos Internacionais de Comércio (Incoterms)

Os chamados Incoterms (Internacional Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio), têm por finalidade definir quais as obrigações e direitos das partes envolvidas em uma negociação internacional. Segundo trecho do site comexnet, os Incoterms:

"... são condições de compra e venda de um bem que indicam a divisão de custos (composição do preço da mercadoria) e o ponto de transferência de riscos (local de entrega do bem ao comprador), determinando direitos e obrigações para cada uma das partes. Eles surgiram da necessidade de harmonizar os termos utilizados no comércio internacional de mercadorias (bens tangíveis)."

De acordo com a última versão, existem 13 Incoterms atualmente.

2.2.4 Câmbio e condições de pagamentos internacionais

Todo pagamento referente a um processo de exportação está vinculado a uma operação de cambio. Esse procedimento está dividido em três fases. A primeira fase faz referencia a contratação ou fechamento do cambio, quando o exportador assina o contrato do cambio junto ao banco que fará a conversão da moeda estrangeira para nacional. O fechamento pode ser antes ou depois do embarque da mercadoria, mas com limite máximo de 180 dias. A segunda fase compreende a negociação, que acontece quando o exportador entrega os documentos originais de venda para o banco, e o banco envia os mesmo para o importador, para que este dê aceite em caso de pagamento a prazo, ou faça o pagamento se for à vista. A terceira parte diz respeito à liquidação, quando o pagamento é concretizado. (SOUZA, 2010)

2.2.5 Exportação

O processo de exportação é caracterizado pela saída de bens, produtos ou serviços do país de origem para outros países através de negociações comerciais regidas pelas normas dos órgãos governamentais que atuam no comércio internacional. (MORINI; SIMÕES; DAINEZ, 2011).

As exportações podem ser caracterizadas como diretas e indiretas. Uma exportação direta ocorre quando a própria empresa faz a exportação, sem a necessidade de intermediários no processo. A exportação direta exige da empresa um maior conhecimento sobre a exportação de maneira geral, porque demanda maior atenção nos processos operacionais e consequentemente mais tempo e mais pessoas envolvidas no processo. Conforme o manual Exportação passo a passo do Ministério das Relações Exteriores (2011, p. 15):

"A exportação direta consiste na operação em que o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador. Esse tipo de operação exige da empresa conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão (pesquisa de mercado, contato com o importador, documentação de exportação, acordos comerciais internacionais, embalagem, transações bancárias específicas da exportação, transporte etc.)."

 Embora esse tipo de exportação apresente um grau de complexidade maior para a empresa, é a modalidade que pode apresentar maior crescimento no mercado internacional e também maior lucro para a empresa.

Já as exportações indiretas, necessitam dos serviços de outra empresa, que tem por finalidade encontrar compradores para seus produtos em outros mercados. Esta modalidade é mais indicada para as empresas que desejam iniciar a sua internacionalização, porém possuem pouca experiência internacional. Segundo o manual Exportação passo a passo do Ministério das Relações Exteriores (2011, p. 15):

"A exportação indireta é realizada por meio de empresas estabelecidas no Brasil que adquirem produtos para exportá-los. Assim, a empresa que produz a mercadoria não cuida da comercialização externa do produto, do transporte para o país de destino, da localização de compradores externos, de pesquisas de mercados e da promoção externa do produto."

Portanto as empresas que desejam iniciar no comércio internacional buscam os serviços dessas empresas especializadas. Essas empresas podem ser:

  1. Trading companies (a venda da mercadoria pela empresa produtora para uma trading que atua no mercado interno é equiparada a uma operação de exportação, em termos fiscais);
  2. Empresas comerciais exclusivamente exportadoras;
  3. Empresa comercial que opera no mercado interno e externo;
  4. Outro estabelecimento da empresa produtora - neste caso a venda a este tipo de empresa é considerada equivalente a uma exportação direta, assegurando os mesmos benefícios fiscais - IPI e ICMS;
  5. Consórcios de exportação.

2.2.6 Importação

A importação é um processo comercial e fiscal que tem por finalidade a compra de um produto ou serviço do exterior para o país de referência, observadas as normas comerciais, fiscais e cambiais. Conforme a UNESP (2003, pg. 4):

"Importação consiste na compra de produtos no exterior, por parte dos países que deles necessitam, e na entrada de mercadorias num país, provenientes do exterior. é a entrada de mercadorias estrangeiras no país, apoiada em documentos oficiais e observadas as normas comerciais, cambiais e fiscais vigentes."

A importação é dividida basicamente em três partes: administrativa, fiscal e cambial. A parte administrativa faz referência aos procedimentos necessários para importação que variam de acordo com o tipo da operação ou mercadoria. A parte fiscal contempla o despacho aduaneiro que finaliza com o pagamento dos tributos incidentes e a retirada da mercadoria da Alfândega. E na parte cambial temos a transferência em moeda estrangeira por intermédio de um banco autorizado a operar em câmbio. (UNESP, 2003).

As importações por conta e ordem são operações onde uma empresa (adquirente) interessada em importar um determinado produto contrata os serviços de uma empresa importadora para realizar a importação. Conforme o site da Receita Federal (2013):

"Entende-se por operação de importação por conta e ordem de terceiro aquela em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que pode compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial."

Já na importação por encomenda a empresa importadora já não é mais apenas mero prestador de serviços para a empresa adquirente. Ainda segundo o site da Receita Federal (2013):

"Entende-se por operação de importação por encomenda  aquela em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias por ela adquiridas no exterior, para revenda a empresa encomendante predeterminada, em razão de contrato firmado entre elas."

Vale lembrar, que tanto a importação por conta e ordem como a importação por encomenda exige uma vinculação contratual entre as duas partes e que ambas estejam registradas no Siscomex (Radar).

Existe ainda um terceiro tipo de importação que é a importação por conta própria, onde a empresa importadora através de recursos próprios compra produtos do exterior e após sua nacionalização os revende para o mercado nacional, respondendo por todos os tributos devidos na importação e na saída dos produtos internamente. (VIEIRA, 2011).

3. Indústria têxtil

A indústria têxtil brasileira teve seu inicio na segunda metade do século XVIII com a expansão das fabricas de tecido inglesas. Porem, em 1785 foi feito alvará que proibiu a manufatura têxtil no Brasil. Ficava de fora apenas a produção de tecidos de algodão que seriam usados pelos negros ou para ensacar mercadorias. Isso porque a mão-de-obra brasileira deveria estar voltada apenas para a agricultura e para a mineração, segundo ordens portuguesas. (JULIANA LIMA e JOÃO SANSON, 2008).

Com a vinda da família portuguesa para o Brasil, em 1808, a restrição a produção têxtil no Brasil foi suspensa, mas foi apenas em 1846 que surgiram as primeiras as fábricas, em virtude da suspensão das taxas alfandegárias sobre maquinas e matérias-primas. Segundo Juliana Lima e João Sanson (2008, p. 112):

"No Brasil, a Bahia foi o local pioneiro para a instalação das fábricas, basicamente por causa da presença de matéria prima, fontes de energia e mercados rurais e urbanos relativamente grandes."

 

Diversos fatores fizeram com que a Bahia fosse a primeira a receber fabricas têxteis. Além de dispor da produção da matéria-prima que era o algodão, a Bahia tinha um sistema portuário e fluvial, que foi fundamental para o transporte de maquinário, finalmente existia uma enorme concentração de escravos. Neste mesmo período os senhores de engenho estavam passando dificuldade com suas atividades, e as oportunidades no setor têxtil chamaram a atenção. Conforme Juliana Lima e João Sanson (2008, p. 113):

"As dificuldades dos senhores de engenho com a baixa lucratividade em suas atividades tornavam atraentes novas oportunidades de investimento, facilitando o financiamento da atividade têxtil. Por fim, a taxação de panos importados para o ensacamento dos produtos exportados incentivava a produção nacional de tecido, reforçando assim as vantagens locais."

Isso fez com que o número de fábricas têxteis na Bahia aumentasse 140% no período compreendido entre 1866 e 1885. Por outro lado, a participação nacional da Bahia caiu porque a indústria têxtil se expandiu simultaneamente nas outras regiões do Brasil. 

3.1 Indústria têxtil em Santa Catarina

O desenvolvimento do setor têxtil em Santa Catarina tem seu ponto de partida no ano de 1880 com a chegada de imigrantes germânicos e italianos. A indústria têxtil de Santa Catarina se desenvolveu primeiramente no Vale do Itajaí e no norte do Estado, mais precisamente nos núcleos de imigração germânica: Blumenau; Brusque e Joinville, e depois se expandiu para as cidades vizinhas e demais regiões do Estado. (JULIANA LIMA e JOÃO SANSON, 2008).

A indústria têxtil catarinense se desenvolveu tendo como base o capital do mercado local, sem a necessidade de investimentos dos demais centros regionais. Segundo Isabela Luclktenberg (2004, p. 36):

"A mão-de-obra utilizada inicialmente, era a familiar, portanto essas indústrias começaram a se expandir de forma rápida, devido a mão-de-obra local qualificada, já que boa parte dos imigrantes conhecia alguma etapa do processo produtivo, haja vista que muitos destes chegaram da Alemanha com algumas noções sobre a atividade, pois tinham na Europa, trabalhado como operários das indústrias (muitas que estavam em processos de demissões, devido a crise que assolava a Europa), ou até mesmo foram donos de alguma unidade fabril que acabou falindo."

O capital inicial necessário para a abertura dos empreendimentos fabris era procedente de sociedades, juntando capital com conhecimento técnico. Conforme Isabela Luclktenberg (2004, apud MAMIGONIAN, 1965, pg. 404): 

"[...] os industriais de Blumenau eram o mais frequentemente 'capitalistas sem capital', no sentido de que tinham espírito de iniciativa mais ou menos desenvolvido, mas sem quase nenhum recurso financeiro. Em 60% dos casos, as iniciativas industriais tiveram por origem uma mão-de-obra especializada, mestres, operários qualificados e artesãos."

Dessa forma, o contato com o país de origem era essencial para o desenvolvimento da atividade, principalmente para a aquisição de maquinário. Assim surgiram grandes empresas têxteis na região como a Comercial Gebrüder Hering e a Roeder, Karsten & Hadlich, em Blumenau; a Döhler, em Joinville; e a fábrica de Carlos Renaux, em Brusque.

Atualmente o setor têxtil possui uma participação de 21,36% na indústria catarinense, com destaque para a região do Vale do Itajaí e o norte do Estado, que contam com grandes indústrias têxteis de cunho nacional e internacional. (FIESC, 2013)

4. Apresentação e análise dos dados

4.1 Histórico da empresa

A Ícone SC Comercial Importadora e Exportadora Ltda, que está localizada em Santa Catarina na cidade de Pomerode. Fundada em 2008 a Ícone atua na área têxtil através da importação de produtos de moda íntima sem costura da China e revenda dos mesmos para o mercado nacional. O desenvolvimento das peças é feito por uma equipe especializada, localizada na sede da empresa. Já a produção das peças fica a encargo da parceira chinesa.

4.2 Apresentação dos dados.

O volume das importações da demanda dos produtos da Ícone no ano de 2012 foi de 9.660.543 peças importadas a um custo de R$ 30.507.085,35 com um total de 7.175.260 peças vendidas no mesmo período. Já os valores importados em 2013 até o dia 30 de abril foram de 2.342.682 peças importadas a um custo de R$ 8.599.223,60.

Tabela 1 - Volume das importações da empresa Ícone jan 2012 - abril 2013

Ano

Unidades importadas

Custo (R$)

2012

9.660.543

30.507.085,35

2013*

2.342.682

  8.599.223,60

Fonte: Os autores, 2013
Obs: * Período compreendido: janeiro a abril de 2013.

Neste período as vendas alcançaram os valores de 3.448.370 peças vendidas. Até o final desse ano a empresa espera vender mais de 10.000.000 de peças, alcançando assim o crescimento projetado de 50% para este período.

4.2.1 Desenvolvimento de produto

O projeto das peças de moda íntima são todos desenvolvidos na própria Ícone Comercial por equipe de quatro colaboradores. O desenvolvimento passa por algumas fases até chegar ao produto final que é o produto acabado. As peças desenvolvidas são divididas por linhas e coleções que variam conforme a idade e também por épocas do ano. Depois de desenvolvido o projeto ele é encaminhado para a empresa chinesa que fica encarregada da produção de amostras e protótipos que são encaminhadas para aprovação na Ícone e somente depois são produzidas para venda no mercado brasileiro.

4.2.2 Produção na China

Todos os produtos da empresa Ícone são produzidos na unidade fabril chinesa, localizada na cidade litorânea Shantou. A produção da empresa chinesa está diretamente ligada para atender toda a empresa Ícone no Brasil. A unidade chinesa possui uma equipe com mais de quinhentos colaboradores. Toda a produção é controlada pela empresa chinesa, entretanto quem estabelece as quantidades a serem produzidas e em que momento é a Ícone. Os produtos são produzidos com máquinas de altíssima qualidade. A mão de obra incidente sobre os produtos representa apenas 8%, por se tratar de produtos sem costura.

O controle estoque é um fator de extrema importância. Para garantir a precisão e a existência de um estoque mínimo, a Ícone procura trabalhar com uma programação de no mínimo três meses para que o fornecedor possa se programar juntamente com seus parceiros. O objetivo é produzir exatamente o que se vende.

Já a estocagem no Brasil se concentra em apenas um depósito localizado na própria empresa e é feito de duas formas: em caixas de papelão originarias do fornecedor e embaladas segundo orientação da Ícone e em gôndolas tipo supermercado, que são utilizadas para a preparação dos pedidos no varejo.

4.2.3   Formação do preço de venda

A empresa não divulgou, por motivos profissionais, alguns aspectos na formação do preço de venda dos produtos, mas de maneira geral, a Ícone segue os padrões normais. Onde os aspectos que são levados em conta para a formação do preço são:

  1. CPV - custo do produto vendido (custo final do produto colocado no depósito)
  2. Custos dos impostos
  3. Despesas com frete
  4. Despesas administrativas e terceiros
  5. Despesas com comissão
  6. Custo do estoque
  7. Lucro desejado

4.2.4 Representatividade das vendas no mercado nacional

Todos os produtos vindos da China são produzidos excepcionalmente para venda no mercado brasileiro, sem a possibilidade de posterior exportação. As vendas da Ícone se concentram hoje muito no varejo, representando 85% de todas as vendas. O diferencial da Ícone está na forma que distribuí e que dispões aos seus vendedores e clientes a forma de adquirir seus produtos. Abaixo será apresentado um gráfico que demonstra a representatividade das vendas da Ícone no mercado nacional:

Gráfico 1 - Representação das vendas no mercado nacional Empresa Icone Comercial Imp. e Exp. Ltda - Brasil - 2013

Fonte: Os autores, 2013

  1. Representantes: Atualmente a empresa trabalha com uma gama de representantes que consegue atender a todos os estados do Brasil.
  2. Por terceiros: São vendedores que não compartilham com a empresa o dia-a-dia, porem detém em suas mãos clientes com alto potencial que compram esporadicamente e somente através destes vendedores.
  3. Vendas diretas: Essas vendas são feitas diretamente pela Ícone e são administradas de uma maneira diferente. São clientes de alto potencial que formam parcerias com a empresa e querem continuidade no atendimento sem a intervenção de um vendedor. Tem representatividade de 7% nas vendas da empresa.
  4. Vendas diretas com marca própria: São vendas de alto volume que são gerenciadas pela Ícone como se fosse marca da empresa.

4.3. Análise dos dados

A moda íntima sem costura é um produto cuja produção no mercado nacional é muito baixa e a falta desses produtos no mercado é grande, já que boa parte da produção de moda íntima está relacionada a produtos com costura e outros componentes. A demanda e a aceitação desses produtos estão crescendo cada vez mais e a tendência é crescer ainda mais nos próximos anos. Isso explica o rápido crescimento da empresa no mercado nacional. Entretanto não é apenas isso que justifica o rápido crescimento da empresa. Na verdade o crescimento de uma empresa importadora é mais longo e difícil para uma empresa com pouco capital, já que os custos que se tem numa importação, onde o fornecedor exige pelo menos 30% do valor no ato do pedido e os outros 70% no momento do embarque são grandes e imediatos. Já para uma empresa capitalizada o caminho é mais fácil e os resultados são mais rápidos e maiores, como é o caso da Ícone, que teve boa parte do rápido crescimento em virtude do capital disponível da empresa e a descoberta de um novo nicho de mercado.

4.3.1   Comparação entre o custo nacional e o custo internacional

O custo tributário sobre a mão de obra é sem dúvida um grande diferencial na precificação do produto, porém não é o único diferencial. No caso da Ícone a diferenciação do preço começa pelo maquinário utilizado para a produção dos produtos de moda íntima sem costura. O maquinário é formado por máquinas de alto nível, diferentes das máquinas utilizadas pelas indústrias têxteis com produção nacional ou internacional. O custo dessas máquinas é praticamente duas vezes maior para importá-las para o Brasil, comparadas com o que a empresa paga para aquisição na China.

Abaixo há a apresentação de tabela comparativa que demonstra o que foi mencionado acima:

Tabela 2 - Custo de importação de maquinário para produção de roupa íntima sem costura - Brasil - 2013

Custos

Brasil

China

Valor da máquina

 R$  297.250,00

 R$  297.250,00

Frete

 R$      5.125,00

 R$      1.000,00

Impostos devidos

 R$  113.269,25

 -

Despesas Aduaneiras

 R$      5.555,75

 -

Seguro

 R$         410,00

 -

Despesas Financeiras

 R$      6.159,02

 -

Total

 R$              427.769,02

   R$             298.250,00

Fonte: Link Comercial, 2013
Obs. 1: Valores convertidos para reais (R$);
Obs. 2: Os valores usados são aproximados, podendo haver diferença em relação aos valores reais.

Como as melhores máquinas deste segmento são produzidas na Itália, ambos os países, Brasil e China, precisam importá-las para seus mercados. Porém, com o grande crescimento

da economia e industrialização da China nos últimos anos, a produção dessas máquinas já iniciou no país chinês.

Outro fator preponderante é o custo da matéria-prima e dos componentes do produto.

Toda a matéria-prima é praticamente de fios sintéticos. Estes fios são produzidos geralmente na China ou em países vizinhos asiáticos. Mesmo quando importados pela China, os fios chegam com preços muito mais baixos, além do tempo de entrega ser menor.

O custo da mão-de-obra influência também, não apenas pelo fato do colaborador receber uma remuneração menor, mas por que a carga tributária que incide sobre a folha de pagamento na China é até sete vezes menor do que a mesma folha no Brasil. Enquanto a folha brasileira tem em média uma carga tributária de 35% para quaisquer que sejam os valores de salário, na China não há incidência de tributação para valores até 2.000 Rmb (Chinese Yuan), no caso US$ 330,00. Após esse valor a tributação sobre a folha de pagamento chinesa fica estabelecida em apenas 5%, conforme dados da tabela apresentada abaixo:

Tabela 3 - Tributos incidentes sobre a folha de
pagamento brasileira e chinesa - Brasil - 2013

Tributos

Brasil

China

INSS Patronal

20%

-

Imposto Patronal

-

5%

RAT

1%

-

Terceiros

5,80%

-

FGTS

8%

-

Total

35%

5%

Fonte: Ícone Comercial, 2013
Obs. 1: Valores podem ter variação de até 3% para mais
ou para menos em relação ao valor total.

Atualmente o salário médio de uma empresa deste segmento é de US$ 450,00 comparados com US$ 90,00 de alguns anos atrás.

5. Conclusão

O setor têxtil, foco da área de atuação deste artigo, foi representado desde os primórdios do desenvolvimento do Brasil, quando a produção neste setor ainda era regulamentada pela metrópole Portugal, que impedia o Brasil de praticar atividades nesse setor. Somente com a vinda da família real que o desenvolvimento desse setor se tornou eminente e cresceu tanto que se tornou um dos setores mais importantes do Brasil, com destaque para Santa Catarina.

De maneira geral, pode-se concluir que o comércio internacional é vital para o desenvolvimento econômico de qualquer país. Como a Ícone, as empresas recorrem ao exterior para se manterem ativas no mercado e buscar no exterior o fortalecimento necessário para obter maior lucratividade, condição que esse mercado oferece. Embora as empresas passem por problemas ao longo de seus anos, o comércio exterior é um mercado promissor se gerida de forma cautelosa e visionaria a empresa consegue atingir resultados muito satisfatórios.

Finalmente, percebe-se que o problema de competitividade não está situado apenas no custo da mão de obra, como muitos podem argumentar. Para conseguir melhorar sua competitividade internacional, o Brasil precisa, entre outras medidas, baratear a importação de máquinas de alta tecnologia, afim de modernizar a produção nacional, facilitar o recolhimento de impostos, e melhorar os custos referentes a logística do país, de modo a compensar não apenas os custos referentes a importação e exportação dos produtos, mas também o tempo gasto com o transporte de mercadorias, máquinas, entre outros.

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1.Possui graduação em Tecnologia de Comércio Exterior, pela FURB
2. Possui graduação em Economia e Mestrado em Desenvolvimento Regional, ambos pela FURB. Email: thiagovizine@yahoo.com.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 26) Año 2016

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