Espacios. Vol. 37 (Nº 27) Año 2016. Pág. 16

Abertura comercial, inflação e empreendedorismo: Um estudo comparativo entre nações

Trade openness, inflation and entrepreneurship: A comparative study between nations

Antônio NASCIMENTO Junior 1; Adolfo SACHSIDA 2; Roberto Góes ELLERY Junior 3

Recibido: 12/05/16 • Aprobado: 23/06/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Descrição dos Dados e Resultados Econométricos

4. Conclusões e Sugestões de Estudos Futuros

Bibliografia


RESUMO:

Este estudo tem como objetivo tentar verificar a existência de uma relação robusta entre inflação, empreendedorismo e abertura comercial por meio do emprego da metodologia de dados em painel. Romer (1993) usando dados de cross-section para uma amostra ampla de países concluiu que existe uma forte relação negativa entre inflação e abertura econômica. Para Romer isso implica numa conclusão de incosistência temporal da politica monetária. Sendo assim, a abertura comercial implicaria numa barreira ao estímulo do Banco Central gerar inflação. Este estudo verifica se a inclusão do empreendedorismo é capaz de agir de maneira similar à abertura econômica, mostrando assim que em países com instiuições fracas a habilidade de abrir novas empresas pode funcionar como uma amarra ao estímulo que a autoridade monetária tem de gerar inflação.
Palavras-chave: Inflação, abertura comercial, empreendedorismo, e dados em painel

ABSTRACT:

In models in which the absence of precommitment in monetary policy leads to inefficiently high inflation, an important prediction is that more open economies should have lower inflation rates [Romer, 1993]. This study explores the relationship between trade openness, entrepreneurship, and inflation. Besides check the validity of Romer’s (1993) main result, this article verifies if the inclusion of entrepreneurship is a valid barrier against inflation.
Keywords: Inflation; Trade openness; Entrepreneurship; and Panel data

1. Introdução

O atual paradigma técnico-econômico, caracterizado pela velocidade das transformações tecnológicas, tem propiciado o surgimento de modelos avançados de produção, baseado em insumos de ciência e tecnologia. A inovação tecnológica é um dos motores fundamentais do desenvolvimento econômico.

As transformações tecnológicas dos últimos 30 anos, principalmente com a ascensão da tecnologia da informação e comunicação, transformaram radicalmente os produtos, processos, formas de uso e vida das pessoas [ROMER (1990), AGHION e HOWTT (1992)].

Schumpeter (1934), um dos pioneiros no estudo do crescimento econômico baseado em inovações, define inovação como sendo novas combinações de fatores disponíveis na economia trazidos à tona pelo empresário. Inovação significa ajustar materiais e/ou organizar forças produtivas que estão ao alcance dos empresários de maneiras diferentes, para produzir outras mercadorias, ou as mesmas, utilizando um novo método. Para o autor Impulso fundamental que define e mantém o motor capitalista em movimento advém dos novos produtos dos consumidores, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados.

Os novos desenvolvimentos referentes ao conceito ampliado de capital humano sugerem que a habilidade empreendedora é vital para empresas e para o crescimento econômico. Além disso, novos modelos referentes ao crescimento de longo sugerem que o grau de abertura econômica é variável chave para o aumento da produtividade prazo [Romer (1990), Grossman e Helpman (1991) e Aghion e Howitt (1992)]. Afinal, a Nova Teoria do Crescimento sugeria que com a abertura comercial um país teria maior acesso aos avanços tecnológicos, gerando assim um aumento da produtividade nesse país [Barro e Sala-i-Martin (1995)].

Uma ampla gama de trabalhos tenta relacionar o efeito da abertura econômica sobre o crescimento da economia [Barro (1991), Sachs e Warner (1995), Edwards (1998), Frankel e Romer (1999), inter alia]. Outros estudos tentam verificar a correlação entre abertura comercial e agressividade da política monetária [Lo, Wong e Granato (2003)], ou então a relação entre abertura e barganha salarial [Cavallari (2001)], outros ainda verificam a interação entre grau de abertura econômica e regimes cambiais [Alfaro (2002)]. Por fim, a relação entre abertura comercial e inflação também tem sido foco de muitas pesquisas [Romer (1993), Lane (1997), Terra (1998), Temple (2002), inter alia].

Um ponto interessante sobre o tema abertura comercial e inflação, é que ele pode ser relacionado à literatura referente a questão da consistência temporal da política monetária [4]. Afinal, de acordo com Hardouvelis (1992), essa correlação providencia a melhor maneira de se testar a teoria de consistência temporal. Também devemos nos lembrar que, do ponto de vista teórico, tal correlação também tem implicações sobre a inclinação da curva de Phillips [Bowdler (2003)].

O objetivo deste artigo  é verificar se a inclusão da variável empreendedorismo afeta a relação entre abertura comercial e inflação. Três são as contribuições desta tese à literatura corrente. Em primeiro lugar serão usados os dados recentemente divulgados da Penn World Table 7.1 (disponibilizados em 26 de julho de 2012). Dessa maneira, pelo melhor de nosso conhecimento, este é o primeiro trabalho a usar esse novo conjunto de dados para testar a hipótese proposta por Romer (1993), de que existe uma relação negativa entre inflação e abertura econômica. Isto implica que poderemos expandir a análise para o período até 2009. Via de regra, os estudos anteriores só usavam dados até 1992, ou no máximo até o ano de 2001. Esta é uma grande vantagem pois, além analisar um período mais recente, possibilita que seja captado o aumento da abertura econômica pela qual passou o mundo desde o final dos anos 1990.

A segunda contribuição dessa pesquisa reside na metodologia econométrica. Ao contrário da maioria dos estudos, que fazem usos de técnicas de cross-section, nesta tese serão usadas técnicas de dados de painel. Essa mudança de metodologia é importante, pois ela poderá mostrar até que ponto os resultados anteriores são robustos, ou se são decorrentes do uso de determinadas técnicas, e hipóteses, econométricas. Além disso, a metodologia de dados de painel permite que se verifiquem efeitos individuais e específicos de cada país. O que é extremamente importante dada a heterogeneidade dos países que compõem a nossa amostra.

A terceira contribuição do artigo reside na inclusão da variável empreendedorismo na análise da relação inflação x abertura econômica. Pelo melhor de nosso conhecimento, este é o primeiro estudo a ser feito que: a) mixa duas bases de dados distintas: a base de dados da Penn World Table com a base de dados elaborada pelo Banco Mundial sobre abertura de novas empresas (empreendedorismo); e b) verifica se a inclusão da variável empreendedorismo pode servir como uma barreira ao desejo inflacionário da autoridade monetária. Afinal, num ambiente mais competitivo (com mais empreendedores) a habilidade da autoridade monetária em gerar mais inflação seria reduzida. Dificultando assim que o Banco Central use o trade-off entre inflação e desemprego a seu favor, o que em última instância, funcionaria como um obstáculo ao incentivo da autoridade monetária em gerar inflação.

Esta pesquisa tenta então responder as seguintes perguntas: 1) o uso de uma técnica econométrica mais sofisticada (dados de painel) é capaz de alterar os resultados encontrados anteriormente?; 2) a mudança do período amostral, incluindo um período mais recente que se caracterizou pela abertura econômica, pode afetar os resultados anteriormente reportados?; e 3) a inclusão da variável empreendedorismo é capaz de alterar os estímulos da autoridade monetária em gerar inflação? Além dessa introdução, o artigo apresenta na seção 2 uma descrição metodológica e da base de dados, na seção 3 são expostos os resultados econométricos e, por fim, na seção 4 são feitas as conclusões.

2. Metodologia

Chama a atenção o fato de que os trabalhos que tratam da relação entre abertura comercial e inflação se resumem a análises de cross-section, que adotam a média das variáveis sob estudo em diversos países, para verificar a relação entre inflação e abertura. Dessa maneira, técnicas estatísticas mais sofisticadas para o agrupamento dos dados são deixadas de lado. Por exemplo, a metodologia de dados de painel parece ser muito mais apropriada ao tratamento desse problema, pois permite que se verifique a ocorrência de mudanças, ao longo do tempo, na relação entre as variáveis. Além disso, tal metodologia também permite verificar a existência de efeitos que são característicos de determinados países.

A primeira grande vantagem da análise longitudinal é que ela permite um maior controle na modelagem de diferenças de comportamento entre os indivíduos. Controlando pela heterogeneidade individual, a análise de dados de painel sugere que existe heterogeneidade entre os indivíduos, firmas ou países. Como as estimativas de séries temporais e de cross-section não controlam para este efeito, podem gerar estimativas viesadas dos parâmetros [Moulton, 1986].

A segunda vantagem de se usar dados de painel é que este propicia mais variabilidade nos dados e menos colinearidade entre as variáveis, propiciando mais graus de liberdade e uma maior eficiência do estimador. Além disso, esse instrumental é o mais adequado no estudo da dinâmica de ajustamento de determinadas variáveis econômicas tais como: duração do desemprego, análise de bem estar de políticas públicas, análise de eficiência técnica, etc. [Baltagi (1995), Kennedy (1998)].

A terceira vantagem, e possivelmente a maior responsável pela grande popularidade desta metodologia, se refere ao fato de que esta técnica reduz um grave problema encontrado pela maioria dos pesquisadores: a falta de uma lista adequada de variáveis independentes para explicar a variável dependente [Johnston & Dinardo, 1997].

No presente trabalho, a estimativa entre abertura econômica e inflação via modelos de dados de painel tem uma grande vantagem, pois possibilita a realização de testes de hipótese sobre grupos específicos de países. Isto é, podemos testar, explicitamente, a hipótese levantada por Terra (1997, 1998) de que a relação negativa entre inflação e abertura só é verificada no período da crise da dívida externa (1982-90) para os países severamente endividados. Além disso, podemos testar também a hipótese de que no grupo de países com autoridades monetárias fortes, e com credibilidade, não deve haver relação entre inflação e abertura. Enfim, a metodologia de dados de painel possibilita o teste explícito de vários tipos de hipóteses sobre o comportamento de determinados grupos de países, e suas consequentes implicações para a validação da teoria de consistência temporal.

3. Descrição dos Dados e Resultados Econométricos

As séries referentes a abertura comercial e inflação, usadas nesta tese de doutorado, foram obtidas da Penn World Table versão 7.1, que é uma base de dados internacional de grande credibilidade entre acadêmicos. A principal vantagem desta base de dados é que, além de disponibilizar dados por países para uma série longa de tempo, ela fornece dados até 2009 (para a grande maioria dos países).

Como é praxe nesta literatura, a variável abertura comercial (abertura) é calculada como sendo a taxa de importações sobre o PIB [Romer (1993) e Alfaro (2002)]. Já a inflação (Linf) é medida como sendo a mudança no logaritmo do deflator implícito do PIB. Tanto os dados referentes a abertura comercial, como os referentes a inflação, abrangem um universo de 106 países para o período 2004-2009. Apesar da base de dados ter mais países e se referir a um conjunto maior de anos, tivemos que limitar nossa escolha aos países que também disponibilizam seus dados referentes a empreendedorismo.

Os dados referentes a empreendedorismo foram obtidos juntamente ao Banco Mundial (The 2010 World Bank Group Entrepreneurship Snapshots (WBGES)). Essa base de dados é decorrente de esforços conjuntos do Banco Mundial, da International Finance Corporation (IFC), e da Kauffman Foundation. Os dados referem-se ao número de entrada de novas firmas numa economia durante o ano (empreendedores) para um conjunto de 112 países no período 2004-2009.

Neste capítulo será estimada a regressão proposta por Romer (1993) e presente numa série grande de trabalhos [Lane (1997), Terra (1998), Ashra (2002), inter alia] acrescentada da variável empreendedorismo. Isto é:

O subscrito i refere-se a unidade cross-section (país) e o subscrito t refere-se ao tempo (ano). A variável eit representa a estrutura de erros característica de dados de painel.

Nosso próximo passo será estimar a equação (1) para dados de painel. Uma preocupação importante, do ponto de vista econométrico, refere-se a questão da endogeneidade. Fica evidente que a decisão de empreender é endógena, dessa maneira o estimador de painel deve levar esse detalhe em consideração. Sendo assim, assumimos que a renda média de um país (tal como medida na Penn World Table) e a densidade das firmas entrantes (número de firmas entrantes dividido pela população com idade entre 15 e 65 anos do país) podem ser usadas como instrumentos na regressão para empreendedores. A Tabela 2 mostra o resultado da estimação por dados de painel com variáveis instrumentais. Também é importante ressaltar que o uso do teste de Hausman para a escolha efeitos fixos x efeitos aleatórios não se aplica aqui. Em primeiro lugar pois esse teste não é um teste desenhado com esse formato. E, em segundo lugar, pois dadas as características amostrais de nosso estudo a escolha deve recair sobre o efeito aleatório [Greene, 2010] [5].

Os resultados presentes na Tabela 2 confirmam os achados de trabalhos anteriores para a variável abertura econômica. Em todos os casos analisados, a abertura econômica tem um efeito negativo sobre a inflação. E também de acordo com os trabalhos anteriores, o efeito da abertura econômica sobre a inflação tem diminuído com o passar dos anos. O que pode sinalizar um melhor gerenciamento da política monetária por parte dos países. Também de acordo com a literatura, em determinadas regressões foi incluída uma dummy para representar países da OCDE. Por fim, adotamos 3 conjuntos diferentes de variáveis instrumentais para o empreendedorismo. No geral, todos os resultados comprovam um efeito negativo e estatisticamente significante do empreendedorismo sobre a inflação. Isto é, países com mais empreendedores possuem taxas de inflação mais baixas.

Tabela 1: Resultados para o período 2004 a 2009*

Variável Dependente: Inflação

Constante

.0676

(.000)

.0614

(.000)

-5.49e-07

(.005)

.0592

(.000)

.0619

(.000)

Abertura

-.0001181

(.207)

-.0001

(.161)

-.0001

(.173)

-.00009

(.183)

-.0001

(.155)

Empreendedorismo

-6.92e-07

(.005)

-4.00e-07

(.090)

-5.49e-07

(.005)

-3.41e-07

(.098)

-5.29e-07

(.005)

OCDE

não

sim

não

sim

não

instrumentos

y

y

y, densidade

y, densidade

y, densidade, ocde

Observações

497

497

497

497

497

*: os valores entre parênteses são os valores-p de cada variável.

4. Conclusões e Sugestões de Estudos Futuros

Esta tese de doutorado procurou re-estimar a relação entre abertura comercial e inflação, tal como proposta por Romer (1993). Acrescentando nessa relação a importância do empreendedorismo no combate ao fenômeno inflacionário. A motivação básica desse estudo foi o uso de técnicas de dados de painel, ao invés de se adotar a metodologia de cross-section adotada pela maioria dos autores que abordaram esse tema [Lane (1997), Terra (1998), Temple (2002), inter alia]. Além disso, foi utilizada uma versão mais recente do banco de dados, fornecido pela Penn World Table versão 7.1. Essa nova versão do banco de dados possibilita a estimação da regressão até 2009, ao passo que os demais estudos utilizavam dados até, no máximo, 2001.

Foi adotado também um novo banco de dados, elaborado conjuntamente pelo Banco Mundial, pela  International Finance Corporation (IFC), e pela Kauffman Foundation.    De acordo com o melhor de nosso conhecimento, esse é o primeiro trabalho a juntar os dados presentes no The 2010 World Bank Group Entrepreneurship Snapshots (WBGES) com os dados da Penn World Table. Dando assim uma contribuição significativa na compreensão do fenômeno inflacionário ao redor do mundo.

De maneira geral foram três as contribuições dessa tese de doutorado: a) Do ponto de vista teórico, incluímos uma nova variável que ajuda a compreender melhor a dinâmica inflacionária; b) do ponto de vista estatístico, adotamos um procedimento de regressão de dados de painel com variáveis instrumentais. Pelo melhor de nosso conhecimento, esta foi a primeira vez que tal técnica estatística foi adotada nessa literatura; e c) Do ponto de vista aplicado, este estudo juntou dois bancos de dados recentes, e distintos, para comprovar a importância do empreendedorismo no combate à inflação. Pelo melhor de nosso conhecimento, esse é o primeiro trabalho a comprovar estatisticamente que países mais empreendedores também possuem uma taxa de inflação mais baixa.

Por fim, essa tese de doutorado tem uma importante implicação de políticas públicas: ao fornecer um ambiente econômico mais estável, o número de emrpeendedores contribui para o crescimento de longo prazo de uma nação. Isto é, existe um forte efeito indireto do empreendedorismo sobre o desenvolvimento econômico: países mais empreendedores se defrontam com menores taxas de inflação, e menores taxas de inflação propiciam um ambiente mais saudável para o crescimento econômico de longo prazo. Sendo assim, modelos teóricos sobre crescimento econômico devem levar em consideração a importância do empreendedorismo para o sucesso econômico de longo prazo de uma nação.

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1. Universidade de Brasilia. Email: anjunior.unb@gmail.com
2. IPEA
3. Universidade de Brasilia

4. A respeito da consistência temporal de políticas veja Kydland e Prescott (1977) e Barro e Gordon (1983).

5. Maiores detalhes sobre este estimador pode ser encontrado em Baltagi (2002) ou então no manual do STATA.


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