HOME | ÍNDICE POR TÍTULO | NORMAS PUBLICACIÓN

Espacios. Vol. 37 (Nº 37) Año 2016. Pág. 25

Análise bibliométrica da produção científica em "Resource-Based View" (RBV) E desempenho da firma: de 1994 a 2016

Bibliometric analysis of scientific production in "Resource-Based View (RBV) and firm performance: 1994 to 2016

Irineu L. TRIGO 1; Ana L. M. NOVAIS 2; Rosa M. FURLANI 3; Max D’ÂNGELO 4; Belmiro N. JOÃO 5

Recibido: 15/07/16 • Aprobado: 02/08/2016

Conteúdo

1. Introdução

2. Revisão teórica

3. Procedimentos metodológicos

4. Análise bibliométrica

5. Análise de redes

6. Considerações finais

Referências

1. Introdução

Embora o termo estratégia, no campo da administração, tenha uso indiscriminado e aplicação lato, podendo significar desde a formulação de uma ação até a justificativa da existência de uma organização, trata-se de um tema de interesse constante, tanto para praticantes quanto acadêmicos, não havendo, no entanto, consenso quanto à universalidade de seu conceito.

A ausência de um conceito único encontra sua justificativa na dinâmica dos mercados, na evolução da tecnologia, no porte e complexidade das organizações, dentre outras forças atuantes e interdependentes, que demandam dessas organizações maior competência na formulação e implementação de estratégias. Como pontuado por Schneider (2013, p. 19) “não há uma única definição que melhor apresente esse tema, e que os conceitos que explicam a estratégia organizacional estão em constante evolução e adaptação, acompanhando as mudanças organizacionais e do ambiente externo ao longo do tempo”.

Didaticamente, poder-se-ia abordar os estudos sobre estratégia no campo organizacional sob duas grandes perspectivas: a primeira, a estratégia vista como sinônimo de metas e objetivos de longo prazo, representada por modelos fundamentados em base econômica e posicionamento que se constituiu na expansão da literatura sobre o tema, notadamente nas décadas de 1960 e 1970, com destaque para autores como Chandler (1962), Ansoff (1965), Andrews (1971), entre outros. Na segunda perspectiva, de maior abrangência, considerando tanto a formulação da estratégia quanto sua implementação, a partir da década de 1980, destacam-se as obras de Porter (1980), cuja proposta determina que a sustentabilidade e a lucratividade da empresa são relativizadas pelas forças que determinam a competição industrial e Porter (1985) que explora o conceito de cadeia de valores apregoando que a vantagem competitiva decorre da eficiência com a qual uma empresa consegue realizar as atividades essenciais para obter ou um custo mais baixo que seus concorrentes ou de gerar um valor diferenciado para os compradores. Em oposição ao enfoque na qual a performance da firma é resultante da estrutura industrial e da dinâmica das concorrências, os anos de 1990 e os seguintes são marcados pelas discussões em torno de “recursos” cuja abordagem considera que a performance superior decorre das características internas da firma. Nessa abordagem destacam-se autores como, Barney (1991), Hamel e Prahalad (1994) e, particularmente, Wernerfelt (1995) (Vasconcelos, Cyrino, 2000; Píscopo, 2004; Schneider, 2013).

Todavia, um ponto comum a todo estudo e aplicação sobre estratégia, independente de abordagem, reside no propósito de ganhar, o mais eficientemente possível, vantagem sustentável sobre a concorrência, ou seja, toda estratégia empresarial tem como objetivo fundamental o desempenho e é nesse contexto que este trabalho procura contribuir pela análise bibliométrica e das redes de relacionamentos dos principais autores sobre os temas Visão Baseada em Recursos (RBV) e Desempenho da Firma, com o objetivo de identificar o quantitativo de publicações que relacionaram esses dois temas centrais, que constitui-se em um importante referencial de comunicação científica. Para tanto, o artigo obedece à seguinte estrutura: na etapa 1 revisão da literatura sobre RBV e Desempenho da Firma, na etapa 2 o caminho metodológico adotado na pesquisa, na etapa 3 a análise e interpretação dos resultados, e, finalmente, na etapa 4 as considerações finais.

2. Revisão teórica

2.1. Resource-Based View (RBV)

A RBV argumenta que as firmas possuem recursos, ou seja, um subconjunto que de um lado lhes permitam alcançar vantagem competitiva e, de outro, que as levem a um desempenho superior no longo prazo. A RBV assume que todas as indústrias são heterogêneas e na imobilidade dos recursos (Barney, 1991). Ainda o autor diz que recursos que são valiosos e raros podem levar à criação de vantagem competitiva sustentada. Essa vantagem pode ser sustentada durante longos períodos de tempo, na medida em que a firma é capaz de proteger contra a imitação de recursos, transferência ou substituição. Em geral, estudos empíricos, usando a teoria apoiaram fortemente a visão baseada em recursos.

Há mais de meio século pesquisadores discutem as estratégias e as fontes de vantagem competitiva. A RBV tem a contribuição de diversos autores como Selznick (1957), Penrose (1959), Chandler (1962), Andrews (1971), Ansoff (1965, 1977), Christensen, Andrews & Bower. (1973), o grupo vinculado à University of Califórnia Los Angeles (UCLA) tais como Alchian, Demsetz e Ouchi ou autores como Willianson e Teece que participavam, com frequência, de eventos na UCLA (Smith & Hitt, 2005) assim como nas teorias evolucionárias de Nelson e Winter (1982).

Torna-se um tema referencial para pesquisas acadêmicas e, também, para a prática empresarial. Como sugerem Bandeira-de-Mello e Cunha (2001) a estratégia, tão somente, não vinha gerando, como se esperava, a sustentabilidade da performance, quando a literatura passou a recorrer às contribuições da perspectiva da RBV, inclusive para explicar as fontes e a manutenção da vantagem competitiva das firmas.

A RBV, então, tornou-se uma vertente das pesquisas em estratégia, tanto que, de um estudo realizado por Ribeiro, Costa, Muritiba e Oliveira Neto (2012), no qual foram analisados 183 artigos publicados no Brasil, com classificação Qualis em todos seus extratos no período entre 2000 e 2010, foi possível observar crescente interesse pelo tema, permitindo notar que a RBV diverge dos princípios da Organização Industrial (Bandeira-De-Mello & Cunha, 2001), uma vez que a RBV trata da vantagem competitiva de forma antagônica às demais teorias antecessoras, pois seu ponto de partida são os recursos internos para a formulação estratégica, enquanto as demais vertentes, tratam da análise do ambiente externo à empresa, com base em Schumpeter (1950), Ansoff (1965) e Porter (1980, 1985). Muitos desses estudos compreendem os estudos sobre Organização Industrial, referenciados como Structure-Conduct-Performance (SCP) e, popularizados, com os trabalhos de Porter (1980, 1985), o que implica que a performance das firmas seria determinada pela estrutura da indústria e sua conduta, ou estratégia adotada (structure, conduct), conforme Carneiro, Cavalcante e Silva (1999). A vantagem competitiva, na visão  da RBV, é distinta das competências organizacionais, da economia e da teoria da organização industrial (Mahoney & Pandian, 1992).

Dos trabalhos iniciais de Selznick (1957) e Penrose (1959) seguiram-se as contribuições de Wernerfelt (1984), citado por Sehnem e Rossetto (2014, p.747), que associa “recursos a barreiras de entrada e às posições de recursos, ou ainda aos quatro requisitos básicos para os recursos como fontes de vantagens competitivas", correspondendo à perspectiva de Barney (1991), além das de Peteraf (1993), Collis e Montgomery (1995), dentre outros. Penrose (1959), seguida por Collis (1991), aliás, concebem a empresa como um conjunto de recursos, tratando-se, então, de uma teoria com foco prioritário nas condições internas das firmas, sendo estas as responsáveis pelo desempenho superior.

Barney (1991) sustenta que a gestão dos recursos tangíveis e intangíveis, a heterogeneidade das organizações e as variáveis que impactam na dinâmica setorial criam vantagem competitiva para certas firmas, que pode ser obtida pelo posicionamento (Wernerfelt, 1984), ou pela sustentabilidade (Dierickx & Coll, 1989).

Com os trabalhos originais de Penrose (1959) surgiram novas contribuições, em especial as de Lippman e Rumelt (1982) com o conceito de ambiguidade causal, além de Wernerfelt (1984) com a vantagem competitiva posicional dos recursos; Dierickx e Cool (1989) trazem a vantagem competitiva sustentável e foco na análise das barreiras à imitação; já Hamel e Prahalad (1994) contribuem com o conceito de "competências essenciais" (core competence).

A competitividade de uma empresa, a partir de então, está diretamente relacionada à sua capacidade de integrar recursos, produtos e serviços (suas competências) à estratégia formulada e adotada para obtenção de vantagem competitiva. As competências essenciais, portanto, estão diretamente relacionadas à RBV.

A RBV, em si mesma, propõe que o processo de formulação estratégica seja concebido de “dentro para fora”, ou seja, através da análise dos recursos e capacidades da organização que podem ser fonte de vantagem competitiva (Paiva, Barbosa & Gonçalves, 2008), assim como já defendido por Penrose (1959) e Collis (1991).

Já na década de 1990, a vantagem competitiva está relacionada às diferenças internas entre as empresas o que é defendido por Barney (1991), que, nesse paper, cunhou o modelo como VRIS, mas a variável "S", substitutibilidade (imperfeitamente imitáveis) e, posteriormente, à variável "O", de organização, numa perspectiva de avaliação do gerenciamento eficaz dos recursos estratégicos (Barney, 1995), atualizando-o como modelo VRIO.

De forma geral, portanto, não há vantagem competitiva sustentável se os recursos empregados estão disponíveis a todas as empresas ou possuem alta mobilidade (Binder, 2009). Nesta vertente, os recursos passaram a ser vistos como vantagem competitiva, especialmente por serem valiosos para explorarem as oportunidades e ou minimizarem as ameaças do ambiente externo, ou seja:

1. Os recursos devem ser geradores de valor, o que significa que a organização terá, por meio desses recursos, maior capacidade de adicionar valor no passado, mudar os hábitos dos consumidores, adicionar valor na estrutura da indústria ou na tecnologia, o que também implica na capacidade de uma organização explorar melhor as oportunidades, assim como amenizar as ameaças externas.
2. Os recursos também devem ser raros e não estarem, portanto, facilmente disponíveis aos concorrentes, ou mesmo devem ser escassos. Um recurso raro é aquele que depende de relevo, raridade de recursos minerais, localização, mecanismos legais e institucionais, como marcas, patentes, reserva de mercado, além de fatores econômicos ligados às imperfeições do mercado e elementos organizacionais.
3. O número de competidores detentores de determinado recurso ou capacidade é crucial para se identificar a capacidade de uma organização em utilizar seus recursos para obtenção de vantagem competitiva, pois se os recursos estiverem disponíveis a todas as organizações, estes não serão mais fontes de vantagem competitiva.
4. Os recursos devem ser imperfeitamente imitáveis ou inimitáveis, ou ainda, devem ser difíceis de imitar, por dependerem de desenvolvimentos empresariais e são protegidos pela ambiguidade causal.
5. Se um recurso ou capacidade da empresa for facilmente imitável, este também não será fonte de vantagem competitiva. A imitação pode ser realizada pela duplicação, que designa quando uma organização consegue desenvolver os mesmos tipos de recursos de sua concorrente. A imitação também pode ser realizada pela substituição, que designa que outras concorrentes poderão desenvolver um recurso ou capacidade, implicando nas mesmas estratégias adotadas pela origem.
6. Os recursos devem ser insubstituíveis, ou, ao menos, difíceis de substituir, pois não há recursos idênticos que possam replicar um resultado semelhante. Como exemplo, a estrutura organizacional, os sistemas de controle, as políticas internas.

A fonte principal de vantagem competitiva sustentável são os recursos desenvolvidos e controlados pelas empresas. O inter-relacionamento da RBV inclui os estudos de capacidades dinâmicas, teoria da firma baseada no conhecimento, teoria da dependência de recursos, teoria evolucionária e criação do conhecimento organizacional.

2.2. Desempenho da firma

Depreende-se do conceito sobre a abordagem da RBV que esta assume, como premissa central, que um desempenho superior à média de uma indústria é influenciado pela existência de recursos raros, escassos e de difícil imitação pelos concorrentes.

Considerando que o desempenho organizacional é essencial tanto à prática gerencial quanto à pesquisa, onde sua conceituação e mensuração demandam o uso de diversos esquemas, justifica-se a explanação sobre o assunto. O desempenho é considerado um dos objetivos fundamentais da estratégia empresarial, pois empresas com desempenho superior caracterizam-se pela existência de vantagem competitiva, interpretada aqui como capacidade de criação de valor acima da média da indústria (Venkatraman & Ramanujam, 1987; Brito & Brito, 2011).

Há consenso nos estudos sobre desempenho organizacional de que não há como caracterizá-lo e/ou mensurá-lo, universalmente, dadas as evidências de distintas dimensões e metodologias sobre esse construto. Nesse contexto, medidas de desempenhos podem assumir tanto um caráter objetivo (valores de faturamento; número de funcionários, entre outros) quanto subjetivo (por exemplo, percepção do corpo executivo) sendo que, de acordo com Venkatraman e Ramanujam (1987), as duas medidas são convergentes e indicam correlação entre elas.

Figueiredo, Macedo-Soares, Fuks & Figueiredo. (2005) propõem uma taxonomia na qual classifica o processo de mensuração de desempenho organizacional em três momentos:

1. o primeiro momento é caracterizado pelas primeiras práticas contábeis para o processo produtivo;
2. o segundo, já na década de 1980, considera a mensuração do desempenho como parte integrante do ciclo de planejamento e controle das organizações;
3. e, por fim, as propostas em voga até hoje, que sugerem novos modelos, caracterizados por múltiplas dimensões como forma mais eficaz de mensuração do fenômeno desempenho.

A complexidade e o multifaceamento, com diferentes autores enfocando o fenômeno do desempenho organizacional por diferentes ângulos, confirma a impossibilidade de expressar tal fenômeno por uma única métrica, considerando que cada medida de desempenho apresenta limitações demandando aplicação de múltiplas abordagens para sua adequação.

Brito e Brito (2011, p.72) consideram que um dos “desafios-chave do entendimento e da pesquisa sobre desempenho organizacional está no desenvolvimento da interação entre a abordagem teórica e a observação empírica do construto”. Para os autores o desempenho organizacional está subordinado à eficácia da organização sendo que esta inclui aspectos sociais e ambientais decorrentes das relações entre as organizações e seus stakeholders, e abriga, também, outros indicadores, além dos financeiros.

Para Barney (2002) a mensuração do desempenho organizacional envolve medidas contábeis e de valor presente além da perspectiva de múltiplos stakeholders, entre outras; Hirschey e Wichern (1984) apontaram inconsistência entre medidas contábeis e de mercado no que se refere à lucratividade e sugeriram que, embora possam ser utilizados como únicos, dados contábeis e de mercado são indicadores imperfeitos da lucratividade. Venkatraman e Ramanujam (1987) classificaram abordagens alternativas para mensurar a performance, considerando dados primários e secundários cujas avaliações poderiam ser objetivas ou perceptuais e compararam as vantagens e desvantagens dos indicadores financeiros contra os operacionais. Carneiro, Silva, Rocha e Hemais (2005) também atestam essas características e propõem um modelo genérico para mensuração do desempenho organizacional que considera macro dimensões conceituais e macro dimensões metodológicas.

Ainda de acordo com Carneiro et al. (2005) o fenômeno do desempenho organizacional deve primeiro ser conceituado para depois ser mensurado sendo que este deve considerar os interesses de distintos stakeholders, abranger indicadores financeiros e não financeiros, utilizar benchmarks, comparar resultados presentes e expectativas futuras frente a resultados passados, entre outros, pois nenhum indicador, individualmente, será capaz de comportar a complexidade do fenômeno do desempenho organizacional.

3. Procedimentos metodológicos

Este trabalho é resultado de um estudo bibliométrico, descritivo, de abordagem quantitativa, com análise de artigos publicados sobre os temas RBV e Desempenho da Firma, com a seleção de categorias pelo sistema ISI Web of Science (WoS).

Obteve-se um total de 76 artigos, publicados ao longo do período de 1994 a março de 2016, com cerca de 21 anos de produções. A coleta de dados foi realizada com o sistema WoS, sendo adotados os seguintes critérios de pesquisa: em um primeiro momento, inseriram-se os termos em inglês “RBV and firm performance” como tópico, com a geração de 305 resultados, os quais passaram por uma sequência de filtros até resultarem em 76 artigos selecionados para este trabalho. Os critérios para os filtros foram, essencialmente: refinamento de busca por artigos e seleção de categorias do WoS, Business e Management. Este procedimento foi realizado durante o mês de março de 2016.

Os dados utilizados para este estudo foram exportados do WoS em arquivos textos, no formato separado por vírgulas (CSV) e também em formato padrão para referências bibliográficas (BibTex®). A tabulação, análise e confecção de gráficos foram elaboradas no software de planilhas eletrônicas Microsoft Excel®. Para a criação das matrizes de nós e relacionamentos, a visualização gráfica e a análise das medidas das redes utilizou-se o software ORA-NetScenes® versão 3.0.9.9.26. As análises de citação e cocitação foram criadas com auxílio do software Bibexcel versão 2014-03-25 que permite a sumarização dos dados e respectivas conversões para outros formatos de arquivo. O gráfico da rede de cocitação foi editado no software Gephi® versão 0.9.1.

4. Análise bibliométrica

A base de dados consultada para a realização desta análise bibliométrica foi a ISI Web of Science. Adotaram-se os seguintes critérios de pesquisa: em um primeiro momento, inseriram-se os termos em inglês “RBV/firm/performance” como tópico.

Geraram-se 305 resultados, os quais passaram por uma sequência de filtros até resultarem em 76 artigos selecionados para esse trabalho. Os critérios para os filtros foram essencialmente estes: refinamento de busca por artigos e seleção de categorias do ISI Web of Science, Business e Management.

O gráfico 1 apresenta os dez autores com publicação de maior quantidade de citações. O artigo mais citado é o de Sirmon, Hitt e Ireland (2007), entretanto, o segundo e o quarto artigos mais citados são mais antigos, respectivamente dos anos 1994 e 1999.

Gráfico 1 – Autores com os artigos mais citados

Fonte: Adaptado de ISI Web of Science (2016)

No que se refere, especificamente, aos autores com artigos mais citados a respeito do assunto principal que norteia esta análise bibliométrica, é importante resgatar os aspectos gerais discutidos por esses autores, a fim de delinear os pontos centrais da relação entre RBV e desempenho da firma.

Sirmon et al. (2007), com 432 citações, desenvolvem uma pesquisa sobre recursos gerenciais em ambientes dinâmicos para criação de valor. O artigo resultante deste estudo tem o maior número de citações (432). O estudo essencialmente retoma as críticas à RBV, no que tange ao seu papel dinâmico, às contingências ambientais e papel dos gestores ao associarem a ideia de criação de valor nos contextos dinâmicos do ambiente de negócios assim como a alocação de recursos gerenciais. O modelo proposto de componentes de recursos gerenciais inclui estruturação de portfólio de recursos, agrupamento dos recursos ao processo de elaboração e nivelamento das capacitações necessárias a fim de se agregar valor aos consumidores, adquirir vantagem competitiva e gerar rentabilidade aos proprietários.

Em relação à vantagem competitiva, Black e Boal (1994) refletem sobre os recursos estratégicos e como suas configurações viabilizam uma vantagem competitiva sustentável. Argumentam que a RBV contém ativos que apresentam características que levam a essa vantagem competitiva. Isto ocorre em função do dinamismo que permeia a criação dos recursos da firma, notadamente aqueles que constituem fatores estratégicos importantes, conforme identificado pela teoria RBV. O artigo propõe que os recursos são redes de fatores que denotam relacionamentos entre fatores e entre recursos, o que resulta em traços que se tornam mais evidentes.

Colbert (2004) realiza um estudo voltado à complexidade da RBV tendo por foco a gestão de recursos humanos estratégicos. Para tanto, considera as implicações da pesquisa e prática de gestão de recursos humanos como uma extensão complexa de sistemas existentes na RBV.

Dutta, Narasimhan e Rajiv (1999) propõem uma estrutura de RBV como interface teórica para explicar as diferenças entre firmas, especialmente em relação à lucratividade e mercados de alta tecnologia, em termos de suas diferenças quanto às capacidades funcionais. Sugerem que marketing, pesquisa e desenvolvimento (P&D), operações, paralelamente com as interações dessas capacidades são fatores determinantes para se avaliar o desempenho financeiro dentro da indústria.

Ainda sobre a vantagem competitiva e criação de valor, Newbert (2008) reflete sobre a RBV tendo por hipóteses o uso de valor, recursos raros e capacidades para a vantagem competitiva da firma, o que por sua vez contribui para seu desempenho. Apesar desta situação, o artigo defende que alguns estudos testam estas hipóteses no nível conceitual e a contribuição de Newbert (2008) está na avaliação dos aspectos referentes ao valor, à sua raridade, à vantagem competitiva e o processo que leva ao desempenho da firma. Os resultados da pesquisa sugerem que valor e raridade se relacionam com vantagem competitiva e esta por sua vez com desempenho.

Barthelemy e Quelin (2006) recorrem à teoria econômica de custos de transação (TCE) para discutir RBV nos acordos de outsourcing da firma. Desenvolvem uma abordagem sobre complexidade dos contratos e analisam as relações com aspectos como especificidade e incerteza no ambiente de negócios, assim como elementos integrantes dos contratos de outsourcing (controle, incentivos, multas, cláusulas relativas a preço e flexibilização).

Makhija (2003) concentra sua análise na comparação de RBV com a visão baseada em marketing da firma, a partir de estudo empírico com empresas tchecas que foram privatizadas. Afirma que é difícil identificar os papéis relativos de ambas as teorias para se avaliar o desempenho da firma e o valor desta.

Sharma, Aragon-Correa, Alberto e Rueda-Manzanares (2007) descrevem os resultados obtidos de uma pesquisa com 134 resorts de esqui e avaliam o grau de influência das capacitações organizacionais para gerar estratégias ambientais proativas sob efeitos de contingência e grau de incerteza no ambiente de negócios. O artigo revela que as capacitações para proatividade estratégica e inovação contínua estão relacionadas com estratégias ambientais. As percepções gerenciais de grau de incerteza no ambiente de negócios moderam o uso inadequado de capacitação contínua com vistas à inovação, o que gera incerteza entre os stakeholders.

Wu (2010) analisa também a questão das mudanças no ambiente de negócios em um artigo dedicado à aplicação da RBV em situações em que se denotam ambiente volátil.  Trata-se do resultado de uma pesquisa com 253 firmas localizadas em Taiwan, a qual indica que firmas que possuem capacidades dinâmicas podem efetivamente melhorar suas vantagens competitivas.

O último artigo entre os 10 com maior número de citações é de autoria de Hansen, Perry e Reese (2004) e trata da relação entre a diferença entre utilidade teórica e prática da RBV, a qual pode diminuir se houver operacionalização da teoria de modo mais consistente. Esta operacionalização proposta parte da intensificação de RBV pelo reconhecimento das classes de recursos administrativa e produtiva. A distinção dessas classes sugere que as decisões administrativas dos gestores levam ao desempenho econômico. Os autores propõem o uso da metodologia hierárquica bayesiana para avaliar o relacionamento entre decisões administrativas e seu impacto no desempenho econômico no decorrer do tempo.

Além dos autores com artigos mais citados, vale destacar os locais em que foram publicados. Estados Unidos da América lideram com o maior número de registros, contando com 36,9% do total, seguido de Taiwan com 13,2%, conforme se observa na tabela 1.

Tabela 1 – Principais Países das Publicações sobre RBV e Desempenho da Firma

Fonte: Adaptado de ISI Web of Science (2016)

A tabela 2 refere-se às principais instituições em que atuam os autores dos artigos e observa-se que grande parte delas se concentra também em território norte-americano.

Tabela 2 – Principais Instituições

Fonte: Adaptado de ISI Web of Science (2016)

Em relação aos principais periódicos em que se concentram as publicações dos artigos selecionados para esta análise, conforme a tabela 3, Strategic Management Journal contém dez registros, representando 13,2% da amostra, seguido do Journal of Business Research com seis, ou seja, 7,9% do total. Em relação aos periódicos, vale mencionar que a pesquisa na base de dados revelou diversidade nos periódicos das publicações, daí o fato de os demais periódicos destacados terem percentuais entre 2,6% e 4%.

Outra referência constante na tabela 3 considera o fator de impacto dos periódicos (JCR) das publicações selecionadas. O indicador JCR vem sendo amplamente adotado na classificação de periódicos acadêmicos, dada sua simplicidade no sentido de avaliar a qualidade e a credibilidade de uma publicação pela verificação do interesse de outros autores pelas pesquisas publicadas, embora o uso exclusivo desse indicador como indexador do valor acadêmico de um periódico possa ser contestado. Todavia, conforme Ruiz, Grecco e Braile (2009, p. 277) “isoladamente não existe nada melhor e por isto ainda hoje o índice deve ser considerado como um bom recurso técnico de avaliação científica”. Com relação à dimensão longitudinal adotada - cinco anos - decorre do fato de áreas como a ciências sociais aplicadas apresentarem longo período de tempo entre a publicação e as respectivas citações e, portanto, para o tema alvo deste trabalho, o fator de impacto de cinco anos sugere maior precisão quando comparado a períodos inferiores (Strehl, 2005).

Tabela 3 – Títulos de fonte dos principais periódicos

Fonte: Adaptado de ISI Web of Science (2016)

Em relação aos anos de publicação (tabela 4), o período de maior número de publicações sobre o assunto pesquisado concentra-se nos anos de 2014, representando 19,7%, 2010, indicando 15,8% e 2009 com 9,2% do total.

Tabela 4– Anos de Publicação

Fonte: Adaptado de ISI Web of Science (2016)

5. Análise de redes

5.1. Coautoria

A rede expressa na figura 1 representa, em todas as suas formas, a relação de coautoria (arestas) entre os autores (nós). A amostra, embora tenha produzido uma rede com 225 autores, apresenta baixa densidade (0,08%), indicando uma rede de colaboração com baixo grau de conectividade, confirmado por uma média de 0,8 autor por artigo.

As medidas de centralidade da rede tenderam a zero indicando que não há autor estruturalmente bem posicionado e que apresente possibilidade de expandir sua rede egocêntrica - nó central, que possui e exerce domínio com maior grau de poder relativo dentro da rede (Delgado et al, 2009) – ou seja com condições de aumentar o número de autores com quem possa compartilhar autoria sobre o tema em questão.

Uma explicação possível para tais medidas pode ser encontrada na teoria do Desempenho da Firma cuja caracterização se dá por distintas dimensões e metodologias assim como sua mensuração assumir tanto caráter objetivo quanto subjetivo, possibilitando diversos contextos para pesquisas, mesmo ancoradas em teoria consistente como a RBV.

Figura 1 – Relações de coautoria

Fonte: Elaborado pelos autores

5.2. Cocitação

A análise da cocitação indica a ocorrência de interlocução entre pesquisadores de um determinado tema, considerando que quando dois autores são citados conjuntamente, em trabalhos posteriores, sugere similaridade entre os trabalhos realizados, contribuindo “para a visualização do processo comunicativo e das interações ocorridas que explicitam a estrutura subjacente de um domínio do conhecimento” (Grácio & Oliveira, 2013, p.2).

No contexto deste estudo a análise efetuada considerou 381.817 citações, concentradas em 7642 artigos, nos quais 89 autores foram citados uma única vez, 657 apresentaram menos de 10 citações, representando 9% do total de artigos referenciados, sendo que 61% do total (4.689 referências) obtiveram mais de 40 citações.

Os valores apresentados sugerem uma concentração, além dos artigos, em autores reconhecidos pela comunidade de pesquisadores, visualizada na figura 2, formada pelos 10 autores mais citados. O nome dos autores está destacado pela grandeza de sua medida de Autovalor (Eigenvector), e a espessura das arestas está representando o número de cocitações.

Figura 2 – Rede de cocitação

Fonte – Elaborado pelos autores

A tabela 5 compara as medidas de centralidade na rede de cocitação completa e na sub-rede dos dez autores mais citados. Optou-se pela medida de centralidade de autovalor considerando que esta mensura o nível de conexão do autor e o nível de influência direta que esse autor pode ter com outros autores conectados na rede. Nesse contexto, destacam-se os autores Jay Barney e Birger Wernerfelt, ambos pesquisadores americanos, com alto grau de cocitação e centralidade cujas publicações iniciais são consideradas o ponto de partida para a evolução da teoria RBV.  Estes autores, assim como os demais apresentados na sub-rede de cocitação possuem em comum publicações de impacto no tema RBV. Esta teoria é tida como uma das mais aceitas internacionalmente na área de estratégia organizacional dado o grande volume de estudos e de sua extensão às outras áreas como Administração de Recursos Humanos, Marketing e Sistemas de Informação Gerencial (Przyczynski & Bitencourt, 2011) o que possivelmente justifica o predomínio de cocitações e centralidade dos autores no universo considerado nesta pesquisa.

Tabela 5 – Medidas de centralidade da rede de cocitação

Fonte: Elaborado pelos autores

6. Considerações finais

A proposta pretendida neste artigo foi a de apresentar um estudo bibliométrico, seguido de análise de rede, em uma base de artigos publicados sobre os temas RBV e Desempenho da Firma.

Os resultados apresentados pelas análises bibliométricas são consistentes com os referenciais teóricos na medida que se constata a diversidade dos elementos de composição constantes nos dez artigos mais referenciados – criação de valor; vantagem competitiva, recursos humanos, desempenho financeiro; capacidades dinâmicas; entre outros – com a aceitação e reconhecimento da RBV, na área de gestão estratégica e dos estudos organizacionais, como abordagem de sustentação teórica sobre o desempenho das firmas. Essas considerações também encontram respaldos nas análises de rede considerando que ao mesmo tempo que a coautoria entre 225 autores aponta para uma baixa conectividade entre os autores, sugerindo pobre padrão de compartilhamento de abordagens comum entre eles, a rede de cocitação indica a influência direta dos autores de impacto no tema RBV.

Todavia, em uma análise inicial, dada à limitação deste estudo, circunscrito aos 10 principais artigos publicados no período estabelecido, pode-se supor que os temas abordados se constituem em oportunidades para aprofundamento das pesquisas, tanto teórica quanto empírica, assim como, sob o ângulo da análise de rede social, para o desenvolvimento de papeis do tipo boundary spanner, considerando a concentração do tema em universidades americanas bem como os benefícios gerados por essa posição na rede, tais como estímulo à partilha de conhecimento gerado com participantes de várias comunidades, possível crescimento da criatividade pelo surgimento de novas perspectivas, entre outros, contribuindo na obtenção de novas competências relacionadas ao tema.

Referências

Andrews, K. R. (1971). The concept of corporate strategy. Homewood, IL: Dow Irwin, 1971.

Ansoff, H. I. (1965). Corporate Strategy: An Analytic Approach to Business Policy for Growth and Expansion. New York: McGraw-Hill

Ansoff, H. I. (1977). Estratégia empresarial. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.

Bandeira-De-Mello, R. & Cunha, C. J. C. A. (2001). A natureza e a dinâmica das capacidades organizacionais no contexto brasileiro: uma agenda para pesquisas sobre a vantagem competitiva nas empresas brasileiras. Encontro da ANPAD- EnANPAD, 21., 2001, Campinas-SP.

Barney, J. B. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, USA, 17(1):99-120.

Barney, J. B, (1995). Looking inside for Competitive Advantage. The Academy of Management Executive, 9(4): 49-61.

Barney, J. B. (2002). Gaining and Sustaining Competitive Advantage. USA, Prentice Hall.

Binder, M. P. (2009). Rede de recurso: um modelo desenvolvido a partir do caso Gol Linhas Aéreas. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, 6(2): 28-43.

Barthelemy, J. & Quelin, B. V. (2006). Complexity of outsourcing contracts and ex post transaction costs: an empirical investigation. Journal of Management Studies, 43(8): 1775-1797.

Black, J. A., Boal, K. B. (1994). Success in high-technology markets: Is marketing capability critical? Strategic Management Journal, Sum., 15: 131-148.

Brito, R. P. de; Brito, L. A. L. (2012). Vantagem competitiva, criação de valor e seus efeitos sobre o desempenho. RAE -Revista de Administração de Empresas. São Paulo, 52(1):70-84.

Carneiro, J. M. T., Silva, J.F., Rocha, A. & Hemais, C. A. (2005). Mensuração do Desempenho Organizacional: Questões conceituais e metodológicas. II Encontro de Estudos em Estratégia - ANPAD, 08 a 10 de junho, Rio de Janeiro.

Carneiro, J. M. T.; Cavalcanti, M. A. F. D.; Silva, J. F. da. (1999). Os determinantes da sustentabilidade competitiva na Visão Resource-Based. Encontro da ANPAD, 23, 1999, Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999. 1 CD-ROM.

Chandler, A. D. (1962). Strategy and structure: chapters in the history of the industrial enterprise. Cambridge: MIT Press.

Christensen, C. R., Andrews, K. R. & Bower, J. L. (1973). Business policy: Text and cases, Richard D. Irwin, Homewood.

Colbert, B. A. (2004) The complex resource-based view: Implications for theory and practice in strategic human resource management. Academy of Management Review, Jul., 29(3): 341-358.

Collis, D. J. (1991) A Resource Based Analysis of Global Competition: The Case of the Bearings Industry. Strategic Management Journal, jun, p. 49-68,

Collis, D. J.& Montgomery, C. A. (1995). Competing on resources: strategy in the 1990s. Harvard Business Review, jul/aug. p. 118-128.

Delgado, S. S., Santos, S.R.S. & Côrtes, M.R. (2009). Mapeamento da rede egocêntrica de uma empresa automobilística e seus fornecedores, através da análise de redes sociais: aspectos de cooperação, de confiança, de centralidade e de poder. XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 06 a09 de outubro, Salvador.

Dierickx, I. & Cool, K. (1989). Asset stock accumulation and sustainability of competitive advantage. Management Science, USA, 35(12) : 1.504-11.

Dutta, S., Narasimhan, O, Rajiv, S. (1999) Success in high-technology markets: Is marketing capability critical? Marketing Science, 18(4): 547-568.

Figueiredo, M. A. D., Macedo-Soares, T.D.L.A., Fuks, S. & Figueiredo, L.C. (2005). Definição de atributos desejáveis para auxiliar a auto-avaliação dos novos sistemas de medição de desempenho organizacional. Revista Gestão & Produção, v.12, n.2, p.305-315, mai/ago.

Grácio, M. C. C., Oliveira, E. F. T. (2013). Estudos de análise de cocitação de autores: uma abordagem teórico-metodológica para a compreensão de um domínio. XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, 29-out. a 01-nov., Florianópolis.

Hamel, G. & Prahalad, C. K. (1994). Competing for the future. Boston: Harvard Business School.

Hansen, M. H., Perry, L. T., Reese, C. S. (2004) A Bayesian operationalization of the resource-based view. Strategic Management Journal, Dec., 25 (13): 1279-1295.

Hirschey, M. & Wichern, D. W. (1984). Accounting and market-value measures of profitability: consistency determinants, and uses. Journal of Business & Economic Statistics, 2(4):375-383.

Lippman, S. A.& Rumelt, R. P. (1982). Uncertain imitability. Bell Journal of Economics, 13(2):418-438.

Mahoney, J.T.& Pandian, J.R. (1992). The Resource-Based View Within the Conversation of Strategic Management. Strategic Management Journal. 13(5): 363-380.

Makhija, M. (2003) Comparing the resource-based and market based views of the firm: empirical evidence from Czech privatization. Strategic Management Journal, May, 24(5): 433-451.

Nelson, R. & Winter, S. (1982). An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Mass.: Harvard University Press.

Newbert, S. L. (2008). Value, rareness, competitive advantage, and performance: A conceptual-level empirical investigation of the resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, Jul., 29(7): 745-768.

Paiva, R. V. C., Barbosa, F. V.& Gonçalves, R. G. (2008). A visão baseada em recursos: o que se vê é diferente, mas igual. Reuna. Belo Horizonte, 13(3):27-39.

Penrose, E. (1959). The theory of the growth of the firm. Oxford: Oxford University Press.

Peteraf, M. A. (1993). The cornerstones of competitive advantage: a resource-based view. Strategic Management Journal, 14(3):179-191.

Píscopo, M. R. (2004). Estratégias das empresas organizadoras de eventos nos anos 2000: um estudo exploratório da indústria paulistana de eventos,2004, 256 p. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

Porter, M. (1980). Competitive Strategy, New York: Free Press.

Porter, M. (1985). Competitive advantage: creating and sustaining competitive performance. New York:Free Press.

Przyczynski, R. & Bitencourt, C. C. (2011). Resource-Based View (RBV): perspectiva Empírica, tendências e abrangências em duas décadas. XXXV Encontro da ANPAD, 04 a 07 de setembro, Rio de Janeiro.

Ribeiro, H. C. M., Costa, B.K., Muritiba & Oliveira Neto, G. C. (2012). Visão baseada em recursos: uma análise bibliométrica dos últimos 11 anos. Revista de Ciências da Administração, 14(34): 39-59.

Ruiz, M. A., Greco, O. T., Braile, D. M. (2009). Fator de impacto: importância e influência no meio editorial, acadêmico e científico. Rev Bras Cir Cardiovasc ., 24(3): 273-278.

Schneider, L. C. (2013). Pensamento estratégico organizacional - origens, evolução e principais influências. VI Encontro de Estudos em Estratégia. ANPAD, 19 a 21 de maio, Bento Gonçalves.

Sehnem, S. & Rossetto, A.M. (2014). Estratégia ambiental e desempenho econômico e ambiental: um modelo de análise para o setor de frigoríficos. Revista Gestão e Produção, São Carlos, 21(4):745-759. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0104-530X834-11.

Schumpeter, J. A. (1950). Capitalism, socialism, and democracy. 3d ed. New York: Harper and Row.

Selznick, P. (1957). Leadership in Administration. Avanston: Northwestern University Press.

Sharma, S., Aragon-Correa, J. A., Rueda-Manzanares, A. (2007). The contingent influence of organizational capabilities on proactive environmental strategy in the service sector: an analysis of North American and European ski resort. Canadian Journal of Administrative Sciences – Revue Canadienne des Sciences de l’Administration, 24(4): 268-283.

Sirmon, D.G., Hitt, M.A., Ireland, R. D. (2007). Managing firm resources in dynamic environments to create value: Looking inside the black box. Academy of Management Review, 32(1): 273-292.

Smith, K. G.& Hitt, M. A. (Eds.). (2005). Great minds in management: the process of theory development. New York: Oxford University Press.

Strehl, L. (2005). O fator de impacto do ISI e a avaliação da produção científica: aspectos conceituais e metodológicos. Ci. Inf., Brasília, 34(1):19-27.

Vasconcelos, F.C. & Cyrino, A. B. (2000). Vantagem competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e teoria organizacional. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, 40(4):20-37.

Venkatraman, N. & Ramanujam, V. (1987). Measurement of business performance: an examination of method convergence. Journal of Management, 109-122.

Wernerfelt, B. (1984). A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, 5(2):171-180.

Wernerfelt, B. (1995). The resource-based view of the firm: ten years after. Strategic Management Journal, 16(3): 171-174.

Wu, L-Y. (2010). Applicability of the resource-based and dynamic-capability view under environmental volatility. Journal of Business Research, Jan., 63(1): 27-31.

1. Doutorando de Administração e Professor MS da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUCSP – itrigo@pucsp.br
2. Doutoranda de Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUCSP e Professora Dra do Instituto Sumaré de Educação Superior - analucianovais@gmail.com
3. Doutoranda de Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Professora do Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP -  r.furlani@uol.com.br

4. Mestrando de Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUCSP – dangelo.max@gmail.com

5. Professor Titular do Programa de Pós Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUCSP – bjoao@pucsp.br