ISSN 0798 1015

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Vol. 38 (Nº 17) Año 2017. Pág. 18

Uso de espécies arbóreas em diferentes formações florestais de Santa Catarina, sul do Brasil

Use of tree species in different forest formations of Santa Catarina, southern Brazil

Roni Djeison ANSOLIN 1; Manoela Drews de AGUIAR 2; Ana Carolina da SILVA 3; Pedro HIGUCHI 4; João FERT NETO 5

Recibido: 28/10/16 • Aprobado: 13/11/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Material e métodos

3. Resultados e discussão

4. Conclusões

Agradecimentos

Referências


RESUMO:

Objetivou-se conhecer a utilização de espécies arbóreas por uma comunidade na floresta com araucária de Santa Catarina, sul do Brasil, e identificar os padrões de utilização de espécies arbóreas nas demais formações florestais do Estado. A caracterização do uso de espécies arbóreas foi realizada por meio de entrevistas e revisão de literatura. Na comunidade estudada, 11 espécies arbóreas são utilizadas pela população, sendo uma indicadora da floresta com araucária. Dentre as espécies indicadoras, 35 apresentam usos descritos na literatura, se destacando o uso madeireiro. Conclui-se que as espécies típicas de cada formação, apesar de distintas, apresentam padrões semelhantes de utilização.
Palavras-chave: etnobotânica, espécies indicadoras, uso madeireiro.

ABSTRACT:

This study aimed to know the tree species usage by a community located in an area of Araucaria Forest (AF), SC, and to identify usages patterns of tree species in other forest vegetation types of the state. The characterization of the tree species usages was conducted by interviews and by literature review. In the study community, 11 species are used by the population, with only one considered as AF indicator. Among all indicator species, 35 showed usages described in the literature, highlighting logging. We conclude that, although being different, the typical species of each vegetation type have similar usage pattern.
Key words: ethnobotany, indicator species, logging

1. Introdução

A Mata Atlântica brasileira, um dos hotspots mundiais, ocupa boa parte da porção leste do país, inclusive todo o Estado de Santa Catarina, localizado no sul do Brasil. Três formações florestais principais se destacam na Mata Atlântica do Estado, em termos de área ocupada (Klein, 1978): a floresta com araucária, classificadas segundo o IBGE (2012) como Floresta Ombrófila Mista (FOM), que ocupa a região do Planalto Meridional e se destaca pela presenta da gimnosperma Araucaria angustifolia (Bert.) Ktze., a Floresta Ombrófila Densa (FOD), localizada na região litorânea ao leste, e as Florestas Estacionais (FE’s) (Semidecidual e Decidual), localizadas à oeste. Cada uma dessas formações apresenta uma identidade florística particular, uma vez que são influenciadas por diferentes condições ambientais e por paleoeventos que influenciaram a distribuição das espécies (Higuchi et al., 2013a).

Atualmente, os remanescentes dessas formações florestais coexistem com a população humana, especialmente a população rural, que utiliza os recursos florestais presentes. É esperado que, devido às formações distintas, existam espécies arbóreas próprias de cada região do Estado e que estas, culturalmente e devido às próprias características das espécies, resultem em formas de uso diferenciados das espécies pela população.

A despeito da riqueza fisionômica vegetal e cultural da população humana, são raros os estudos investigativos a respeito da utilização de produtos florestais no Estado em áreas FOM, FOD e FE’s. Em áreas de FOM, citam-se revisões bibliográficas do uso de espécies, como as do estudo de Martins-Ramos et al.(2010); de Aguiar et al.(2012) e de Ferreira et al. (2016), porém, são poucos os levantamentos etnobotânicos, como os de Menegatti et al.(2014) e de Zuchiwschi et al. (2010), este último que avaliou a utilização de espécies de FOM e de FE’s. Em FE’s existe também o estudo de Ruschel et al. (2003), com espécies arbóreas madeireiras. Nas áreas de FOD, destacam-se os estudos de Giraldi & Hanazaki (2010) e de Meyer et al. (2012), com o uso de plantas medicinais, e o estudo de Perucchi (2009), que engloba diferentes usos. Ainda, em comunidades na restinga, destacam-se os estudos etnobotânicos de Gandolfo & Hanazaki (2011), de Melo et al. (2008) e de Miranda & Hanazaki (2008). O presente estudo, realizado em uma comunidade na FOM, visa suprir parte da lacuna existente em estudos sobre os usos de espécies arbóreas em Santa Catarina.

Dessa forma, os objetivos do trabalho foram: i) conhecer a utilização de espécies arbóreas por uma comunidade situada em área de domínio da Floresta Ombrófila Mista ou floresta com araucária; e ii) identificar os padrões de utilização de espécies arbóreas em comunidades localizadas em diferentes formações florestais no Estado de Santa Catarina, de acordo com a distribuição natural da vegetação arbórea. As hipóteses do presente trabalho são: i) as principais formações florestais do Estado de Santa Catarina possuem espécies típicas, que são indicadoras de cada região; ii) essas espécies, por sua ampla distribuição dentro das formações, são utilizadas pela população local; iii) O uso das espécies indicadoras de cada formação florestal é distinto, refletindo a diversidade cultural das comunidades rurais e as características das espécies florestais indicadoras.

2. Material e métodos

A caracterização do uso de espécies florestais em uma comunidade rural, inserida em área de domínio da floresta com araucária ou FOM, foi realizada no município de Lages, Santa Catarina, Brasil, na localidade do Guará. Lages está localizada na latitude 27°48’58’’S e longitude 50°19’30’’O, e possui altitude em torno de 916 m. O município está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Canoas e do Rio Pelotas, com topografia suave-ondulada a ondulada.

A coleta de dados teve auxílio de um questionário aplicado aos moradores da comunidade, em forma de entrevistas, que se baseou em 11 perguntas sobre os usos das espécies arbóreas presentes nas propriedades e as partes das plantas utilizadas. O questionário do tipo semiestruturado permitiu aos entrevistados manifestar suas opiniões, seus pontos de vista e seus argumentos, conforme recomendação de Alencar & Gomes (1998). Foram entrevistados os moradores ou caseiros residentes que possuíam uma área de floresta em suas propriedades. Em 56,25% das propriedades visitadas os donos residiam na localidade, os outros 43,75% não moravam no local e o questionário foi aplicado ao caseiro. A comunidade consta de 20 propriedades com área florestal, sendo que em 16 foi realizada a entrevista. As quatro não entrevistadas foram devido à recusa dos proprietários.

A fim de se conhecer as espécies arbóreas, os usos e as partes das plantas utilizadas nos outros estudos realizados em Santa Catarina, foi feito um levantamento dos estudos publicados, que envolviam entrevistas com a comunidade sobre os usos das plantas (Tabela 1) em áreas de FOM, FOD e FE’s no Estado. Três áreas de restinga foram analisadas juntamente às FOD por apresentar, segundo Mantovani (2003), grande similaridade florística com esta.

Tabela 1. Levantamentos dos usos de plantas e estudos florísticos/fitossociológicos dos remanescentes
de Floresta Ombrófila Mista (FOM), Floresta Ombrófila Densa (FOD) e Florestas Estacionais (FE’s) em Santa Catarina, Brasil.
Table 1. Survey of tree species usage and floristic/phytosociological studies of Araucaria Forest (FOM),
Dense Ombrophylous Forest (FOD) and Seasonal Forests (FE's) remnants in Santa Catarina, Brazil.

Estudos sobre os usos

Município

CE

FITO

Autor(es)

Lages (Guará)

M1

FOM

Presente estudo

Urupema

M2

FOM

Menegatti et al. (2014)

Anchieta

ME1

FOM/FE’s

Zuchiwschi et al. (2010)

Florianópolis*

D1

FOD

Giraldi & Hanazaki (2010)

Florianópolis

D2

FOD (R)

Gandolfo & Hanazaki (2011)

Florianópolis

D3

FOD (R)

Melo et al. (2008)

Florianópolis

D4

FOD (R)

Miranda & Hanazaki (2008)

Praia Grande

D5

FOD

Perucchi (2009)

Ascurra*

D6

FOD

Meyer et al. (2012)

São Miguel do Oeste, Descanso, Iporã do Oeste, São João do Oeste e Itapiranga**

E1

FE’s

Ruschel et al. (2003)

Estudos florísticos/fitossociológicos

Município

FITO

Autor(es)

Bom Jardim da Serra (Ribeiro e Machado)

FOM

Eskuche (2007)

Bom Jardim da Serra (Serra Rio do Rastro)

FOM

Falkenberg (2003)

Caçador

FOM

Negrelle & Silva (1992)/Silva et al. (1997)/Lingner et al. (2007)/Herrera et al. (2009)

Campo Belo do Sul

FOM

Formento et al. (2004)

Lages (Próximo à AMBEV)

FOM

Negrini et al. (2014)

Lages (Guará)

FOM

Silva et al. (2012)

Lages (PARNAMUL)

FOM

Klauberg et al. (2010)

Lages (Pedras Brancas)

FOM

Higuchi et al. (2012)

Lages (Vale das Trutas)

FOM

Nascimento et al. (2011)

Painel

FOM

Higuchi et al. (2013b)

Ponte Serrada

FOM

Floss (2011)

Urubici (Serra do Corvo Branco)

FOM

Falkenberg (2003)

Urubici (Morro da Igreja)

FOM

Falkenberg (2003)

Urupema

FOM

Martins-Ramos et al. (2011)

Criciúma

FOD

Silva (2006)

Ilhota

FOD

Iza (2002)

Itapoá

FOD

Negrelle (2006)

Joinville

FOD

Carvalho (2003)

São Pedro de Alcântara

FOD

Mantovani et al. (2005)

Siderópolis

FOD

Colonetti et al. (2009)

Arabutã

FE’s

FURB (2009)

Barra Bonita

FE’s

FURB (2009)

Chapecó/Saudades

FE’s

Floss (2011)

Chapecó (Sede Figueira)

FE’s

FURB (2009)

Paial

FE’s

FURB (2009)

Palmitos

FE’s

FURB (2009)

Saudades/Guatambu

FE’s

Floss (2011)

São Miguel do Oeste, Descanso, Iporã do Oeste, São João do Oeste e Itapiranga

FE’s

Ruschel et al. (2003)

Tunápulis

FE’s

FURB (2009)

CE= código dos estudos; FITO= formação florestal; R= restinga.
*O estudo enfocou somente o uso medicinal;
**o estudo enfocou somente o uso madeireiro.

Para conhecer a distribuição natural das espécies arbóreas no Estado, foi utilizada a Análise de Espécies Indicadoras (Dufrene & Legendre, 1997), a fim de se determinar as espécies indicadoras das formações florestais abordadas. Segundo Dufrene & Legendre (1997), este método permite identificar espécies com forte associação a um determinado grupo de amostras, sendo que os valores indicadores encontrados para cada espécie são independentes da abundância relativa de outras espécies e não há a necessidade da utilização de pseudo-espécies. Essa análise permite, portanto, conhecer as espécies de ampla distribuição em cada formação florestal, além de indicar as exclusivas dessas áreas. Assim, foi possível inferir, por meio de levantamentos dos usos das espécies já realizados, quais espécies arbóreas de ocorrência ampla em cada formação estão sendo utilizadas pelas populações locais. Para a realização da análise, foi utilizado um banco de dados de presença e ausência de espécies arbóreas presentes nas principais formações florestais do Estado de Santa Catarina - FOM, FOD e FE’s -, excluindo-se áreas de ecótonos. Esse banco de dados foi compilado a partir de estudos florísticos e fitossociológicos publicados (Tabela 1), com cada estudo considerado como uma amostra, sendo realizada revisão das sinonímias e hábitos. A Análise de Espécies Indicadoras (p ≤ 0,005) foi processada por meio do programa estatístico R (R Development Core Team, 2016), utilizando a Biblioteca indicspecies (Cáceres & Legendre, 2009).

3. Resultados e discussão

Na comunidade estudada na floresta com araucária, verificou-se que a floresta tem um papel importante para a população local, pois 100% dos entrevistados utilizam recursos de origem florestal. Destes, 93,75% utilizam frutos e sementes para alimentação, 68,75% utilizam galhos e árvores caídas para lenha para consumo próprio, 37,5% fazem uso de madeira para a construção e confecção de pequenos objetos, como cabo de ferramenta, mourões, cercas, etc., 37,5% utilizam diferentes partes das árvores para uso medicinal e somente um entrevistado, representando 6,25%, utiliza mudas ou sementes da floresta para a arborização da propriedade. Um total de 11 espécies arbóreas foi citado como sendo utilizado pelos entrevistados (Tabela 2), sendo as mais comuns: Araucaria angustifolia (araucária, citada por 62,5% dos entrevistados), Acca sellowiana (O.Berg) Burret (goiaba serrana, citada por 31,5%), Maytenus muelleri Schwacke (espinheira santa, citada por 12,5%)e Persea major L.E.Kopp (pau-andrade, citada por 12,5%).

Tabela 2. Espécies citadas nas entrevistas realizadas na comunidade
Guará-Lages, ordenadas por ordem alfabética.
Table 2. Species cited in the interview conducted in Guará community,
in the municipality of Lages, ranked in alphabetic order.

 Espécies

Nome popular

Uso

Parte utilizada

Acca sellowiana (O.Berg) Burret

Goiaba serrana

Me; La

Fo; Ga

Annona rugulosa (Schltdl.) H.Rainer

Araticum de porco

Me

Fo

Araucaria angustifolia (Bert.) Ktze.

Araucária

La; Al; Ot

Ga; Se; Tp

Campomanesia xanthocarpa O.Berg

Guaviroba

Al

Fr

Eugenia pyriformis Cambess.

Uvaia

Al

Fr

Eugenia uniflora L.

Pitangueira

Al

Fr

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Cambará

Me

Fo; Ca

Lithraea brasiliensis Marchand

Bugreiro

La

Ga

Maytenus muelleri Schwacke

Espinheira santa

Me

Fo

Persea major L.E.Kopp

Pau-Andrade

Me

Ca

Psidium cattleianum Sabine

Araçá

Me; Ar

Fo; Tp

Usos: Al- alimentício, Me-medicinal, Cs-construção, La-lenha, Ar-borização e Ot-outros;
Parte usada: Fo-folha, Fl-flor, Fr-fruto, Ga-galho, Se-semente, Ca-casca e Tp-toda planta.

Esse é um número baixo de espécies utilizadas, já que alguns estudos relatam a ocorrência de mais de 80 espécies arbóreas nativas nos fragmentos da região (Silva et al., 2012). Aguiar et al. (2012) citam que, das 87 espécies inventariadas em um fragmento florestal localizado na mesma comunidade do presente estudo, 81 espécies possuem algum tipo de uso na literatura consultada. Por meio desse resultado, é possível constatar que, apesar do grande número de espécies arbóreas com potencial de utilização na região, o número de espécies efetivamente utilizadas pela comunidade rural estudada é reduzido.

Das 11 espécies utilizadas, cinco são pertencentes à família Myrtaceae (goiaba serrana, guaviroba, uvaia, pitangueira e araçá). Esta família é a de maior riqueza nos fragmentos da região (Higuchi et al., 2012; Silva et al., 2012) e bastante apreciada pela população rural, principalmente devido aos seus frutos, o que explica o resultado.

Os usos mais citados para as espécies relatadas foram o medicinal (seis espécies) e alimentício (quatro), estando de acordo com outros estudos etnobotânicos (e.g. Silva & Andrade, 2005). Apesar de poucos entrevistados utilizarem espécies arbóreas como medicinais (37,5%), quando se analisa esses resultados em termos de número de espécies citadas, a maioria das espécies é utilizada para este fim. Isso ocorreu porque a utilização na alimentação - a mais citada – era concentrada em poucas espécies, principalmente na araucária. Porém, apesar do maior número de espécies medicinais, os entrevistados relataram que este uso está cada vez menos comum, devido à facilidade de acesso a medicamentos de laboratórios farmacêuticos. As partes das árvores mais utilizadas foram as folhas, galhos e frutos.

Dentre as espécies, Araucaria angustifolia se destacou no presente estudo por apresentar o maior número de partes utilizadas (galhos, sementes e toda a planta), usos (lenha, alimentação e outros) (Tabela 2) e por ser uma das poucas indicadoras de FOM (Tabela 3), devido a sua ampla distribuição nessa formação florestal. Seu uso madeireiro foi de grande importância para o desenvolvimento econômico do estado de Santa Catarina (Goularti Filho, 2002), porém, atualmente, esta é protegida por lei e há grande restrição ao seu uso. Na comunidade estudada, os entrevistados a utilizam, principalmente, para a coleta de pinhões para a alimentação, sendo 82% para consumo próprio e o excedente para a venda. No entanto, o excedente vendido não é a principal fonte de renda da propriedade, tendo em visto à sazonalidade da produção do pinhão, predominantemente de abril a julho no Estado de Santa Catarina. Mesmo assim, a coleta de pinhão constitui uma importante atividade econômica que contribui, na época de produção, com a rentabilidade do proprietário rural, sendo uma atividade, algumas vezes, associada à agricultura familiar. Segundo Silveira et al. (2011), a extração do pinhão é de grande importância social e econômica para comunidades rurais em áreas de ocorrência da floresta com araucária no sul do Brasil. A araucária também é utilizada para lenha (13% dos que a utilizam), sendo, no entanto, utilizados somente galhos caídos e “nós de pinho”, como são popularmente conhecidos os resquícios das inserções de galhos no tronco, frequentemente encontrados no solo, que resistiram à decomposição. Também foram citados outros usos menos frequentes (5%) como o paisagismo e artesanato. Usos não citados para a espécie, mas que foram constatados seu potencial de utilização pela literatura, é o uso medicinal (Martins-Ramos et al., 2010; Aguiar et al., 2012; Ferreira et al., 2016) e para a extração de resinas, óleos, etc. (Aguiar et al., 2012).

Tabela 3. Espécies arbóreas indicadoras (p ≤ 0,005) das principais formações
florestais de Santa Catarina e sua utilização pela população do Estado.
Table 3. Indicator tree species (p ≤ 0.005) of the main forests physiognomies
of Santa Catarina and its use by the state population.

Espécies

Estudo

Uso

Parte utilizada

FOM

Araucaria angustifolia (Bert.) Ktze.

M1;M2;ME1

La;Al;Cs;Ot

Ga; Se; Tp

Dicksonia sellowiana Hook.

ME1

Me

NI

Drimys brasiliensis Miers

ME1

Al; Me

NI

Mimosa scabrella Benth.

M2

La; Cs

NI

Espécies indicadoras da FOM sem uso citado:Escallonia bifida Link. & Otto, Myrceugenia euosma (O.Berg) D.Legrand, Myrceugenia oxysepala (Burret) D.Legrand & Kausel, Myrrhinium atropurpureum Schott, Oreopanax fulvus Marchal, Rhamnus sphaerosperma Sw., Schinus polygamus (Cav.) Cabrera, Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler.

FOD

Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg.

D5

Ar

Tp

Cecropia glaziovii Snethl.

D6

Me

Fl; Fo

Garcinia brasiliensis Mart.

D3

Al

Fr

Guapira opposita (Vell.) Reitz

D2; D3

La; Ot

Ga; Fr

Hieronyma alchorneoides Allemão

D5

Ot

Tp

Inga sessilis (Vell.) Mart.

D2; D5

Al

Fr

Leandra dasytricha (A.Gray) Cogn.

D5; D6

Me; Al

Fr; Cs; Fo

Matayba guianensis Aubl.

D2; D3

La

Ga

Myrcia brasiliensis Kiaersk.

D2

La

Ga

Myrcia glabra (O.Berg) D.Legrand

D2

La

Ga

Myrcia pubipetala Miq.

D2

La

Ga

Myrcia spectabilis DC.

D2

La

Ga

Myrcia tijucensis Kiaersk.

D2

La

Ga

Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.

D5

La; Cs

Ga; Tp

Posoqueria latifolia (Rudge) Schult.

D5

Al; Ot

Fr; Tp

Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns

D5

Ot; Cs

Ga; Tp

Psidium cattleianum Sabine

D1;D2;D3; D4;D5

Me;Al;Cs; La

Tp; Fr; Ga; Fo; Ca

Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel

D1

Me

Fo

Espécies indicadoras da FOD sem uso citado:Aiouea saligna Meisn., Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez, Annona cacans Warm., Annona neosericea H.Rainer, Aspidosperma parvifolium A.DC., Buchenavia kleinii Exell, Byrsonima ligustrifolia A.Juss., Calyptranthes lucida Mart. ex DC., Chionanthus filiformis (Vell.) P.S.Green, Cordiera concolor (Cham.) Ktze., Duguetia lanceolata A.St.-Hil., Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr., Esenbeckia grandiflora Mart., Eugenia stigmatosa DC., Eugenia ternatifolia Cambess., Euterpe edulis Mart., Faramea latifolia (Cham. & Schltdl.) DC., Guarea macrophylla Vahl, Guatteria australis A.St.-Hil., Heisteria silvianii Schwacke, Hirtella hebeclada Moric. ex DC., Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng., Marlierea eugeniopsoides (D.Legrand & Kausel) D.Legrand, Marlierea silvatica (O.Berg) Kiaersk., Miconia cabucu Hoehne, Mollinedia triflora (Spreng.) Tul., Myrcia splendens (Sw.) DC., Nectandra oppositifolia Nees, Ocotea urbaniana Mez, Ouratea parviflora (DC.) Baill., Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill., Protium kleinii Cuatrec., Psychotria suterella Müll.Arg., Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg., Sloanea guianensis (Aubl.) Benth., Virola bicuhyba (Schott) Warb., Xylopia brasiliensis Spreng.

FE’s

Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr.

E1; ME1

Cs; La

Tp

Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl.

E1; ME1

Cs; La; Ot

Tp

Bauhinia forficata Link

ME1

Me; La

Fo; Tp

Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl.

ME1

La; Al; Ot

Fr; Tp

Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk.

E1; ME1

Cs; La

Tp

Cordia americana (L.) Gottschling&Mill.

ME1

Cs; Ot

Tp

Diatenopteryx sorbifolia Radlk.

E1; ME1

Cs; La; Ot

Tp

Holocalyx balansae Micheli

E1; ME1

Cs; La

Tp

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.

E1; ME1

Cs; La; Ot

Tp

Myrocarpus frondosus Allemão

ME1

Cs

Tp

Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

E1; ME1

Cs; La; Me

Tp

Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.

E1; ME1

Cs; La

Tp

Pilocarpus pennatifolius Lem.

ME1

La; Ot

Tp

FOM= Floresta Ombrófila Mista; FOD= Floresta Ombrófila Densa e FE’s= Florestas Estacionais. Al-alimentício, Ar-arborização, Cs-construção, La-lenha, Me-medicinal e Ot-outros; Parte usada: Ca-casca, Ga-galhos, Fl-folha, Fo-folha, Fr-fruto, Se-semente, Tp-toda a planta, NI-não informado.

Com exceção da A. angustifolia, Dicksonia sellowiana Hook., Drimys brasiliensis Miers e Mimosa scabrella Benth., as demais espécies indicadoras de FOM, como Escallonia bifida Link. & Otto, entre outras, não foram citadas como utilizadas pela população entrevistada nos três estudos da FOM (Tabela 3). No entanto, o pequeno número de estudos a respeito do uso de espécies arbóreas nessa formação dificulta maiores inferências, sendo relatadas duas espécies indicadoras com uso para lenha, duas de uso em construções (usos madeireiros), duas espécies com uso medicinal e duas espécies de uso na alimentação (usos não madeireiros). Sabe-se que outras espécies não citadas possuem potencial de utilização, como Schinus polygamus (Cav.) Cabrera, para a produção de medicamentos (Damasceno et al., 2010), entre outros usos (Aguiar et al., 2012), Oreopanax fulvus Marchal, para uso madeireiro (madeira de qualidade inferior ou de pequenas dimensões, indicadas para lenha, etc.), na arborização urbana e na recuperação de áreas degradadas (Aguiar et al., 2012), Myrceugenia euosma (O.Berg) D.Legrand, com potencial medicinal (Martins-Ramos et al., 2010), madeireiro (qualidade inferior ou pequenas dimensões), na arborização e recuperação (Aguiar  et al., 2012), Myrceugenia oxysepala (Burret) D.Legrand & Kausel, com potencial madeireiro (qualidade inferior ou pequenas dimensões) (Aguiar et al., 2012), Myrrhinium atropurpureum Schott, com potencial medicinal (Martins-Ramos et al., 2010) e madeireiro (qualidade inferior ou pequenas dimensões) (Aguiar et al., 2012) e Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler, com potencial madeireiro (qualidade inferior ou pequenas dimensões), fitoterápico e na arborização e recuperação (Aguiar et al., 2012).

Além das 12 espécies indicadoras de FOM, 55 espécies foram classificadas como indicadoras de FOD e 13 espécies como indicadora de FE´s. Considerando-se todas estas formações, observa-se que as espécies arbóreas indicadoras apresentam o uso da madeira como predominante, com 22 espécies sendo utilizadas para lenha e 15 espécies para construções. Zuchiwschi et al. (2010), analisando o uso de espécies florestais por agricultores familiares na FE e na FOM no Estado de Santa Catarina, também verificaram o uso da lenha como sendo comum. O uso de lenha é esperado tendo em vista a grande demanda por esse produto, especialmente no setor rural, onde a fonte de energia para o preparo de alimentos e aquecimento ainda é, em grande parte das vezes, obtido pela queima da biomassa florestal. Porém, é importante ressaltar que parte das comunidades, como a entrevistada na área de FOM, relata a utilização de lenha somente de “madeira caída”, ou seja, de árvores ou galhos mortos na floresta ou, no caso da araucária, de “nós de pinho”. Também é relevante citar que o estado catarinense foi alvo de exploração madeireira (Cabral & Cesco, 2008), o que contribuiu, culturamente, para o uso madeireiro, seja para energia ou outros usos. Além disso, em função da restrição legal de uso dos recursos florestais, é esperado o uso de produtos madeireiros para fins menos nobres, pois esta situação cria um cenário em que a manutenção da floresta nativa não se justifica do ponto de vista econômico, o que aumenta a pressão da substituição de áreas de vegetação por outras formas de uso do solo, como, por exemplo, atividades agrícolas, silviculturais e pecuárias. Essa substituição da floresta também foi constatada por Siminski e Fantini (2010), que destacaram a necessidade de uma política de valorização dos remanescentes que, segundo os autores, poderia ocorrer pelo pagamento de serviços ambientais ou pelo incentivo ao manejo econômico das formações secundárias, também sugerido pelos autores em outro trabalho (Fantini & Siminski, 2007).

Em seguida ao uso da madeira, se destacaram o uso para alimentação (oito espécies) e medicinal (oito espécies). O uso na alimentação de sementes, frutos ou outras partes das plantas, utilizadas como condimentos ou temperos, indicam mais um importante uso da floresta. O uso medicinal de produtos da floresta indica que a mesma serve como uma fonte alternativa ou complementar de medicamentos vendidos nos centros urbanos.

Considerando-se somente a FOD, o uso das espécies arbóreas indicadoras para lenha continua sendo o predominante (nove espécies), incluindo, principalmente, espécies de Myrtaceae, conhecidas popularmente como guamirins: Myrcia brasiliensis Kiaersk., Myrcia glabra (O.Berg) D.Legrand, Myrcia pubipetala Miq., Myrcia spectabilis DC. e Myrcia tijucensis Kiaersk. A grande utilização para lenha dessas espécies de Myrtaceae se deve à alta densidade da madeira, ideal para este uso, associado, normalmente, ao pequeno porte das plantas, que não permitem outras formas de utilização madeireira.

Em seguida para FOD está o uso na alimentação (cinco espécies indicadoras), em que são utilizadas: Garcinia brasiliensis Mart. (bacupari), Inga sessilis (Vell.) Mart. (ingá), Leandra dasytricha (A.Gray) Cogn. (pixirica), Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult. (baga-de-macaco) e Psidium cattleianum Sabine (araçá). Os demais usos em FOD foram representados por quatro espécies na categoria “outros usos”, que inclui os usos para forrageio de animais domésticos e artesanais, quatro espécies de uso medicinal, três espécies com uso para construção e apenas uma espécie na arborização.

Destaca-se o elevado número de espécies indicadoras da FOD não citadas com uso nas entrevistas dos estudos etnobotânicos encontrados. Porém, parte dessas foram constatas como de potencial de utilização por meio de revisões realizadas por Elias e Santos (2016), como exemplo: i) potencial ornamental Aiouea saligna Meisn., Annona neosericea H.Rainer, Aspidosperma parvifolium A.DC, Duguetia lanceolata A.St.-Hil., Esenbeckia grandiflora Mart., Euterpe edulis Mart., Heisteria silvianii Schwacke, Hirtella hebeclada Moric. ex DC., Nectandra oppositifolia Nees, Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill., Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. e Virola bicuhyba (Schott) Warb., ii) potencial alimentício A. neosericea, Byrsonima ligustrifolia A.Juss. e E. edulis, iii) potencial medicinal A. parvifolium, E. grandiflora, E. edulis, Myrcia splendens (Sw.) DC. e V. bicuhyba, iv) potencial ecológico (para recuperação de áreas, etc.) A. saligna, A. neosericea, A. parvifolium, B. ligustrifolia, Calyptranthes lucida Mart. ex DC., D. lanceolata, Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr., E. edulis,Guarea macrophylla Vahl., Guatteria australis A.St.-Hil., H. silvianii, H. hebeclada, Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng., Marlierea silvatica (O.Berg) Kiaersk., Miconia cabucu Hoehne, M. splendens, N. oppositifolia, Ocotea urbaniana Mez, P. glabrata, Protium kleinii Cuatrec., Psychotria suterella Müll.Arg. e Sloanea guianensis (Aubl.) Benth.

Na FE’s, apesar de poucos estudos, todas as indicadoras foram citadas com usos. As FE’s, localizadas na região oeste do Estado, passou por um intenso período de colonização e exploração madeireira, principalmente a partir da década de 1910 (Cabral & Cesco, 2008). Ruschel et al. (2003) citam que, com a vinda dos colonos para a região, dá-se início ao ciclo de extrativismo vegetal, em que as madeiras nobres eram extraídas pelas companhias colonizadoras ou pelos próprios colonos. Atualmente, a região é extensamente fragmentada (Vibrans et al., 2012), sendo, de acordo com Gasper et al. (2013), a formação florestal mais afetada do estado pela colonização recente. Apesar da escassez de estudos sobre o uso das espécies na FE’s, dificultando maiores inferências sobre essa formação, esse histórico de colonização possivelmente contribuiu para o uso madeireiro nessa formação, podendo-se afirmar que esta é uma região de intensa exploração madeireira. Isso é confirmado pela constatação de Ruschel et al. (2003) que citam que, mesmo com essa atividade tendo diminuído na atualidade devido à legislação ambiental, ainda assim ela ocorre com a exploração clandestina. Das espécies indicadoras, o uso da madeira também foi o principal, sendo que 11 espécies possuem uso para lenha e 10 em construções. Somente duas espécies indicadoras possuem uso medicinal e uma o uso na alimentação.

4. Conclusões

Por meio das entrevistas realizadas, foi possível conhecer as espécies arbóreas utilizadas por uma comunidade rural em área de floresta com araucária. Entre as espécies citadas, destaca-se Araucaria angustifolia, por apresentar o maior número de usos, partes utilizadas e por ser a única espécie indicadora dessa formação florestal citada pelos entrevistados do presente estudo. Além dessa, foi possível classificar mais 11 espécies como indicadora da FOM, 55 espécies como indicadora de FOD e 13 espécies como indicadoras das FE’s. Apesar de poucos estudos sobre o uso das espécies arbóreas, especialmente na FOM e FE’s, o que dificultou maiores inferências, foi possível destacar, entre as espécies indicadoras, 35 espécies com diferentes tipos de uso, sendo predominante o uso madeireiro. Analisando-se as formações florestais separadamente, apesar de ser possível distinguir, para cada uma delas, um conjunto de espécies arbóreas indicadoras, que são utilizadas pelas populações locais, as formas de usos dessas espécies tendem a seguir a um padrão semelhante, caracterizado pelo uso predominante da madeira.

Agradecimentos

À Universidade do Estado de Santa Catarina pela concessão de bolsa ao primeiro autor do trabalho, e ao CNPq, pela concessão de bolsa de produtividade para o terceiro e quarto autor.

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1. Engenheiro Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina. E-mail: roni_ansolin@hotmail.com

2. Engenheira Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

3. Doutora em Engenheira Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina

4. Doutor em Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina

5. Doutor em Ciências Humanas. Universidade do Estado de Santa Catarina


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 38 (Nº 17) Año 2017

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