ISSN 0798 1015

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Vol. 38 (Nº 45) Año 2017. Pág. 9

Escola verde: Uma proposta para o ensino sustentável em São Miguel do Guamá/PA, Amazônia, Brasil

Green School: A proposal for sustainable education in São Miguel do Guam/PA, Amazon, Brazil

Adriana Silva de SOUZA 1; Antonia Cleide Lima GOMES 2; Solange Silva SIMÕES 3; Rodrigo Fraga GARVÃO 4

Recibido: 11/05/2017 • Aprobado: 11/06/2017


Conteúdo

1. Introdução

2. Desenvolvimento do projeto

3. Considerações finais

Referências


RESUMO:

Essa pesquisa tem o intuito de relata o percurso metodológico e as perspectivas da atividade de extensão desenvolvida em uma Escola da Rede Pública da educação básica do Município de São Miguel do Guamá. Cujo objetivo principal constitui-se em implantar junto com a comunidade escolar, princípios de sustentabilidade no trabalho educativo, em uma perspectiva que integra os domínios do currículo (planejamento e práticas), da gestão do espaço físico da escola e das relações com a comunidade. O mesmo visa o acompanhamento do processo de implementação do projeto “Escola-Verde” e os princípios da educação ambiental na cultura e no cotidiano escolar, com o propósito último de qualificá-lo mediante a reflexão coletiva sobre a prática. A atividade tem como pano de fundo políticas e programas voltados à construção de espaços educadores sustentáveis, e como corpo de referências a literatura sobre a relação entre educação e sustentabilidade.
Palavras-chave: Escola verde, Educação Ambiental, Sustentabilidade, Comunidade.

ABSTRACT:

This research aims to reports the methodological approach and the prospects of extension activity developed in a network of the School published basic education in São Miguel do Guama. Whose main objective consists seem deploy along with the school community, sustainability principles in educational work, from a perspective that integrates the areas of curriculum planning (and practices), the management of the school's physical space and community relations. The same is aimed at monitoring the implementation process of the project "School-Green" and the principles of environmental education in culture and in everyday school life, with the ultimate purpose of qualifying it by collective reflection on practice. The activity has the background of policies and programs aimed at building sustainable educators spaces, and as the body of references to literature on the relationship between education and sustainability.
Keywords: Green School, Environmental Education, Sustainability, Community.

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1. Introdução

O Meio Ambiente é assunto que muitas pessoas relacionam com certeza a lindas paisagens, belas praias, bichos livres e a imensidão de outras coisas maravilhosas, pena que essa realidade está um pouco distante da real, hoje é frequente nos depararmos com lixo por toda a parte, até mesmo na porta de nossas casas, lixões a céu abertos sem tratamento nem um, onde muitas famílias necessitam até revirar o lixo para a sua sobrevivência, e principalmente o desmatamento com os avanços das cidades causando muitos problemas ambientais como enchentes, deslizamento entre outros acabando com as reservas verdes que possui para dar lugar às cidades superdesenvolvida.

Portanto quando se remete ao meio ambiente deve se ter consciência do que realmente é espaço natural e o respeito que o homem em geral deve ter com o meio ambiente. Essa realidade não está longe do Município onde resido; pois com o avanço da cidade e aumento da população o desmatamento, crescimento das indústrias e da extração de argila, dessa área que antes era mata foi dando lugar às casas e propriedades de fazendas com pequenos agricultores; espaço urbano, hoje encontramos muitos espaços devastados pelo pasto e algumas construções com esse aumento há poluição de várias maneiras e o desmatamento de alguns lugares que antes eram reservas de matas.

Dessa forma esse trabalho se justifica pelo fato que o Município de São Miguel do Guamá já ter realizado vários movimentos ambientais na área educacional com o intuito de alerta a população sobre os problemas ambientais que o Município vem enfrentando. Visando essas consequências esse diagnóstico tem como base na educação oferecida a essa população como forma de educar; pois se educação transforma e busca de certa maneira leva os educando a uma visão mais preservadora do ambiente que se pretende viver.

Daí o projeto “Com Vida” almeja alcançar os resultados mais favoráveis possíveis sobre as atitudes que irá ser desenvolvida no projeto com o objetivo de partir de uma escola como referência para ser implantada nas demais alcançando assim o Munícipio como um todo da escola até as famílias e todos que fazem parte da sociedade Guamaense.

1.1. Processo de inserção do desenvolvimento sustentável no ambiente educacional:

A sustentabilidade vem sendo palco de muitas discursões nos eventos e encontros que discutem essa implementação de um mundo sustentável, entre essa implantação um olhar na aprendizagem e principalmente na educação.

A Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) apresenta como objetivo a implementação da Educação para o Desenvolvimento Sustentável em milhares de situações que envolvam a integração dos princípios do Desenvolvimento Sustentável numa multiplicidade de enfoques para a aprendizagem (Assembleia Geral das Nações Unidas/ UNESCO).

A educação, que é o alicerce do Estado Democrático de Direito, é um direito público subjetivo do cidadão, por intermédio do qual ele assume a plenitude de sua dignidade e resgata a cidadania, figurando no rol dos direitos humanos, reconhecidos pela comunidade internacional. É a forma, ainda, de atingir diversas finalidades, como saúde pública. É um processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política.(MOUSINHO, 2003, P. 158)

Desta forma a autora destacar a importância da educação na formação do indivíduo mais participativo nas questões que envolvem a sociedade na busca por um meio de vida melhor e para todos com respeito no ambiente que vive e faz parte.

Em 2008, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), lançado pelo Governo Federal, deu ênfase a importância de transformar a escola em espaços educadores sustentáveis.

De acordo com Bortolon e Mendes (2014, p.124) ressalta sobre a preocupação do ser humano em relação aos problemas ambientais diz que:

Nos últimos anos a sociedade vem acordando para a problemática socialambiental, repensando o mero crescimento econômico, buscando fórmulas alternativas, como o desenvolvimento sustentável ou o eco desenvolvimento, cuja característica principal consiste na possível e desejável conciliação entre o desenvolvimento, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida.

Assim os espaços educadores sustentáveis são aqueles que têm intencionalidade de educar para a sustentabilidade; eles mantêm uma relação equilibrada com o meio ambiente e compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas. Permitindo melhor qualidade de vida, estes espaços educam por si e irradiam sua influência para as comunidades nas quais se situam.

O aprender a cuidar da natureza é algo gradativo, onde o ser humanocompreende que o uso indevido dos recursos naturais pode afetar sua qualidade de vida e do resto do mundo e que o cuidado com o meio ambiente não é somente responsabilidade dos órgãos governamentais. Além disso, os cidadãos devem ter a possibilidade de participar ativamente nos processos decisórios para que assumam sua corresponsabilidade na fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação ambiental. (BORTOLON, MENDES, 2014, p.128).

Mediante as afirmações das autoras não se deve buscar culpados mais sim todos que fazem parte desse ambiente devem participar nas decisões em conjuntos para as melhorias de modificar a degradação do espaço em que vive para que todos tomem consciência que devem cuidar do ambiente que faz parte e que não dependem unicamente dos governantes mais uma parceria de todos.

Todavia o conceito desenvolvimento sustentável é bem descrito Ignacy Sachs (1996) onde aborda que:

Desenvolvimento sustentável é um conceito aparentemente indispensável nas discussões sobre a política do desenvolvimento neste novo milênio. Trata-se, na visão de Ignacy Sachs, de “introduzir uma perspectiva nova para o planejamento econômico. Torná-lo sensível para a adoção de técnicas adaptáveis ao nível cultural das pequenas comunidades rurais do terceiro mundo”. (SACHS, 1986, p. 15, 26-7)

Portanto o conceito de sustentabilidade ambiental por vezes é ignorado, até mesmo por não ser percebido pela própria sociedade e por educadores, como algo que deve fazer parte do não só do ambiente escolar mas como no cotidiano de sua vida.

A ideia de que o meio ambiente se reduz a preocupações com a ecologia ou à natureza ainda se faz muito presente e restringe a compreensão sobre suas possibilidades e alcances no contexto atual.

Assim segundo Jacobi (2004) que faz uma reflexão sobre a complexidade ambiental ressalta que:

É um estimulante espaço para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber. Mas também questiona valores e premissas que norteiam as práticas sociais prevalecentes, isto implicando numa mudança na forma de pensar, uma transformação no conhecimento e das práticas educativas(JACOBI, 2004, p.30).

Para que a educação ambiental aconteça de fato, cada medida adotada em relação ao espaço escolar, ao currículo e à gestão da escola precisa considerar critérios de sustentabilidade, que devem funcionar como balizadores de todas as ações.

Mediante as afirmações de Pavesi e Freitas (2013) que fazem uma análise sobre a educação e escolas sustentáveis: aprender para transformar debates para gerar propostas para a sustentabilidade e o processo de ensino aprendizagem diz que:

Em 2005, a UNESCO lançava a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS), iniciativa que mobilizaria educadores ambientais do mundo inteiro, envolvendo-os em um debate marcado por controvérsias de ordem conceitual e institucional (Freitas, 2005), mas também gerador de políticas e propostas metodológicas voltadas à incorporação da sustentabilidade nos processos de ensino e aprendizagem (PAVESI E FREITAS, 2013, p.2).

A escola passa a ser um espaço vivo, integrado à natureza, um ambiente bonito, aconchegante e motivador, que estimula a inovação, a aprendizagem e reflete o cuidado com o ambiente e com as pessoas.

Com isso propor um ensino voltado as práticas de sustentabilidade no espaço escolar se torna importantíssimo para se pensar em um ambiente mais agradável a todos nas definições de Pavesi e Freitas (2013) ressalta que:

Atualmente, até mesmo os críticos mais ferrenhos concordam que, embora não se deva educar para o desenvolvimento sustentável, os argumentos tanto de suporte como de censura a este conceito precisem ser esclarecidos, e que os aprendizes tenham oportunidades e competências para participar do debate entre visões concorrentes (Jickling, 1992). Para Huckle (1999), a compreensão dos significados, da natureza epistemológica e ideológica e das contradições presentes nos discursos sobre a sustentabilidade, torna este conceito um meio ideal para uma “educação crítica”, desde que se supere a abordagem “bancária” – que consiste em falar sobre sustentabilidade – para prover oportunidades de engajamento em situações propícias à aprendizagem por meio da reflexão, ação e implementação de alternativas escolhidas democraticamente. O autor propõe, em suma, superar a crítica como negação para desenvolver abordagens pedagógicas, didáticas, curriculares e organizacionais necessárias para garantir que a educação cumpra seu papel transformador (PAVESI, FREITAS, 2013, p.2).

Desde o ano 2003 com a realização da Conferência Infanto-juvenil promovida pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) e MEC (Ministério da Educação), surgiu a ideia de cuidar do meio ambiente em conjunto com as escolas e assim construir um Brasil sustentável.

Para Barros (2009, p.7)

Com a educação ambiental, o papel dos alunos e professores são redimensionados, envolvendo uma relação de diálogo em que ambos aprendem [...] Além disso, são conhecimentos que não se mostram suficientes para a resolução dos graves problemas socioambientais advindos da própria expansão tecnológica e do modelo de sociedade em que nos inserimos. Considerando que o papel transformador do conhecimento é irreversível e que não retornaremos à forma como vivíamos no passado, devemos pensar em um futuro onde essas transformações sejam em prol da qualidade de vida. Urge que saibamos lidar com as possibilidades e os limites desses conhecimentos para garantimos a continuidade da vida.

O Meio Ambiente é assunto que muitas pessoas relacionam com certeza a lindas paisagens, belas praias, bichos livres e a imensidão de outras coisas maravilhosas, pena que essa realidade está um pouco distante da real, hoje é frequente nos depararmos com lixo por toda a parte, até mesmo na porta de nossas casas, lixões a céu abertos sem tratamento nem um, onde muitas famílias necessitam até revirar o lixo para a sua sobrevivência, e principalmente o desmatamento com os avanços das cidades causando muitos problemas ambientais como enchentes, deslizamento entre outros acabando com as reservas verdes que possui para dar lugar às cidades superdesenvolvida

Nesse sentido falar de sustentabilidade não é apenas pensar em um País verde é muito mais é propor um espaço verde e levar ao conhecimento das pessoas a importância de cuidar desse ambiente como sendo uma forma de aprendizagem para as futuras gerações.

Segundo Reigota (2002, p.79-80) faz uma análise sobre a educação ambiental na escola:

A tendência da educação ambiental escolar é torna-se não só uma prática educativa, ou uma disciplina a mais no currículo, mais sim consolidar-se como uma filosofia de educação, presente em todas as disciplinas nas existentes e possibilitar uma concepção mais amplas do papel da escola no contexto ecológico local e planetário contemporâneo.

Portanto quando se remete ao meio ambiente deve se ter consciência do que realmente é espaço natural e o respeito que o homem em geral deve ter com o meio em que vive.

Essa realidade não está longe; pois com o avanço da cidade e aumento da população, o consumo desenfreado, o desmatamento, a poluição enfim um ambiente sufocado com tanta falta de respeito nem parece que homem mora nesse espaço.

Trazer a sustentabilidade para o espaço escolar são discursões que tratam a agenda 21, para Sampaio (2011, p.167-168):

A Agenda 21, está contemplada em quarenta capítulos e mais de oitocentas Páginas, um detalhado manual para a futura implementação do desenvolvimento Sustentável, tratando-se de um plano de ação para incluir: 1) dimensões sociais e econômicas; 2) políticas de conservação e gestão de recursos; 3) fortalecimento de grandes grupos; e 4) formas de implementação dessas medidas. A Agenda 21 gerou movimento de concepção, elaboração, desenvolvimento e implantação nos governos internacionais e locais, o Brasil, passou a elaborar e adotar as diretrizes constantes da Agenda 21,

Dessa forma a sustentabilidade está presente nesse mundo globalizado que precisa se educar em termos de respeito pelo meio em que vive e futuras gerações precisam viver.

1.2. Contexto histórico da Educação Ambiental no Município de São Miguel do Guamá:

A preocupação com a questão ambiental no município de São Miguel surgiu após a ECO 92, com a criação da ONG “Rio que Chove”, pelos professores Carlos Vaz e Lindalva Fernandes, cujo objetivo estava relacionado com o combate à degradação ambiental no município ocasionado pelo aumento da população às margens do Rio Guamá e igarapés e com o crescente desmatamento e retirada da argila pelas indústrias cerâmicas para a produção cada vez mais crescente de tijolos e telhas.

Segundo Giddens o desmatamento enfreado as margens do rio e o aumento do povoamento sem respeito pelas margens do rio trás o descarte de recurso hídrico e entre outros.

As florestas representam um elemento essencial do ecossistema: elas ajudam a regular os estoques de água, liberam o oxigênio na atmosfera e impedem erosão do solo. Elas também contribuem para a vida de muitas pessoas com fontes de combustível, alimentos, madeiras, óleo, corantes, erva e medicamentos. Ainda assim, apesar da sua importância crucial, mais de um terço das florestas originais da terra já desapareceram. (GIDDENS, 2012, p.132).

De acordo com Giddens, as florestas são primordiais para nossa existência, e cuidar dessas reservas verdes garante um futuro promissor. Mas a busca por desenvolvimento e a grande produtividade e os avanços industriais tecnológicos são fatores que contribui para esse desmatamento.

Ao longo dos anos foram vários gritos ambientais envolvendo toda a rede de Ensino do Município e simpatizantes da causa. Entre os temas abordados têm-se: “Guamá te quero Verde”; “A guamá: Precisa melhorar”; “Lixão tem Solução”; “Aquecimento Global”.

A luta pacífica através dos gritos ambientais teve o apoio de muitas pessoas da sociedade que sensibilizaram-se com questão ambiental do Município e como consequência houve a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em 2013 assim como a revitalização do igarapé do Patauateua (bairro periférico) e do Parque Ambiental que estava a anos abandonado pelo poder público.

De acordo com Barros, (2009) essas questões ambientais estão presentes em nossas relações cotidianas e devem sim se levar um olhar mais aguçado ao futuro do planeta em que vivemos.

Para superamos concepções ambientais dualistas, do tipo homem/natureza, precisamos modificar nosso modo de encarar os acontecimentos, percebendo-os como problema complexos e dinâmico, inseridos nua teia de saberes e relações. Precisamos compreender que a resolução desses problemas envolve aspectos diversos e a participação de diferentes instancia da sociedade, portanto, não basta dominarmos a tecnologia, mas também estarmos atentos às questões éticas e políticas. É fundamental modificarmos a relação que temos com os outros elementos do ambiente e nos colocarmos como parte desse ambiente para avançarmos na luta pela melhoria ambiental e qualidade de vida (BARROS, 2009, p.12).

Nos dias atuais a questão ambiental avançou consideravelmente pós a criação, descentralização e certo grau de consolidação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vem dando ênfase a Educação Ambiental e inclusive a implantação da primeira “Escola Verde” do Município. 

A Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro é a primeira escola do Município que promove ações de inserção do Com-vida no contexto escolar em que a direção e professores estão engajados em desenvolver um trabalho coletivo, abrangendo processos de socialização do projeto Escola verde para implementação do mesmo na escola. “A Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) apresenta como objetivo a implementação da Educação para o Desenvolvimento Sustentável em milhares de situações que envolvam a integração dos princípios do Desenvolvimento Sustentável numa multiplicidade de enfoques para a aprendizagem. ” (Assembleia Geral das Nações Unidas/ UNESCO),

O projeto foi apresentado aos professores da escola em parte por causa da proximidade com o Parque Ambiental do município, pois este fato permite à escola adotar técnicas de resfriamento do ambiente inserindo as árvores com copas que ultrapassam dos limites do parque para o interior da escola e por causa do espaço que a escola tem.

O projeto está em fase de formação com os professores, que esperam que o projeto seja implantado a partir do próximo ano. Até agora houve palestras sobre a projeto “Com-vida”.

De acordo com as ecotécnicas eles esperam começar pela horta escolar.

Assim o processo de ecotécnicas são tecnologia ambientais sustentáveis que visam à economia e ao aproveitamento dos recursos naturais incorporando saberes históricos dos grupos humanos tanto o conhecimento universal como, principalmente, as sabedorias da população local. Integrarem-se nesta opção de linha tecnologia do conhecimentos históricos e novas sínteses e descobertas científicas e tecnologia dos cotidiano além de técnicas de gestão ambiental (PEREIRA, 2010, p.9).

As expectativas é que a escola se torne referência para outras em sustentabilidade e que seja levado o projeto futuramente para outras escolas, comunidades e o Município.

Portanto como “Projeto Escola Verde”, realizado nos anos de 2011-2012, é uma iniciativa pactuada com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por sua 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Duque de Caxias.” Que defini a sustentabilidade em:

Sustentabilidade nada mais é que a utilizaçãoracional de recursos naturais para satisfazer as necessidades atuais de uma empresa/população, sem que esse uso comprometa as gerações futuras. No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e consequentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos (UNIGRANRIO, 2012, p.17).

Mas o grande problema é com o aumento dessa qualidade de vida o progresso assim como os problemas ambientais vão surgindo em decorrência do aumento da população sendo que nas encostas próximo ao rio cresce as habitações dentre outros na zona rural onde o modo de vida se modificar cada vez mais dando origem as tecnologias, e os pastos imensos não respeitando o limitem da natureza.

O projeto “Escola Verde” tem o intuito de chamar atenção a partir do espaço educacional que é possível criar situações no cotidiano que auxiliem na luta por um ambiente mais puro e preservado e que não só a comunidade escolar possam ter conhecimento disso mais toda a sociedade Guamaense na buscar por uma qualidade de vida melhor.

2. Desenvolvimento do projeto

Esta proposta de projeto foi realizada na Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro é a primeira escola do Município que promove ações de inserção do projeto “Com-vida”que está localizada próximo ao Parque Ambiental, em São Miguel do Guamá/PA.

O ponto principal é a mobilização não só de professores e alunos, mas de todos os funcionários da escola, dando atenção especial para a equipe de limpeza e da cozinha.

Dessa forma o apoio da direção é de fundamental importância para que este projeto seja permanente e duradouro.

Esta é uma excelente oportunidade para serem pensadas ações, que irão colaborar para mudanças de atitudes na escola, transformando-a em um espaço educador sustentável.

A Com-Vida como uma organização na escola que tem por objetivo desenvolver e acompanhar a Educação Ambiental de forma permanente e continuada, envolvendo a comunidade. Pode contribuir muito para a efetiva melhoria do meio ambiente, não só da Escola como também do todo, pois segundo (LEONARDI, 1997, p. 399).

A educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica.

Segundo Barros (2009, p.12), define que: “A educação ambiental crítica é aquela que propõe a discursão sobre os papeis sociais de cada um e vise à atuação política. Constitui um desafio à escola, mas também uma oportunidade para se rever concepções e ações pedagógicas”.

Então por que desmata áreas grandes de floresta, poluir, criar situações de descarte do meio ambiente só em nome do progresso do crescimento econômico.

Nos últimos anos a sociedade vem acordando para a problemática socialambiental, repensando o mero crescimento econômico, buscando fórmulas alternativas, como o desenvolvimento sustentável ou o ecodesenvolvimento, cuja característica principal consiste na possível e desejável conciliação entre o desenvolvimento, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida (MILARE, 2004, P.50).

O pensamento só na economia no avanço não será possível alguns anos sem áreas verdes; por isso a educação é um bem valioso, onde o professor que muitas vezes não tem o reconhecimento merecido, tenta de todas as formas educarem, e não educar por educar, mas educar para preservar, respeitar, decidir e se tornar seu alunado em seres humanos de caráter, e sociáveis de todas as formas para o bem de todos e do meio em que viver.

Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva a nível local, nacional e planetário.

A gestão escolar deve ser a grande incentivadora para a implantação do Projeto Escola Sustentável e Com- Vida. Promovendo reflexões sobre a escola que temos e a escola que queremos. Apesar de ser um grande desafio, é possível sua realização com envolvimento de todos.

É oportuno envolver a todos, no momento da revisão do projeto político pedagógico (PPP) da escola. Entre as ações pensadas para incluir no PPP estão: o clube ambiental, o grupo de teatro com temáticas ambientais e um grupo interdisciplinar para discutir os principais problemas a nível global e local.

Além disso, é preciso envolver toda a comunidade escolar na formação de atitudes sustentáveis e inclusiva. O espaço físico e o currículo também devem ser ajustados a fim de que se possam trabalha de maneira mais consistente estas questões.

 É justamente nesse tripé “espaço físico, gestão e currículo” que reside uma explicação detalhada para escolas, que aderem ao programa, ficarem atentas. O uso de um espaço físico que cuida e educa, em que as construções tenham um maior conforto térmico e acústico, a energia e a água sejam usadas de forma eficiente, estão entre as reformas sugeridas com o uso das ecotécnicas.

As ecotécnicas são técnicas ecológicas concebidas com os 5R’s que visam um melhor aproveitamento dos recursos naturais pela escola, como utilização de calhas para o reaproveitamento de água das chuvas implantação de placas solares, hortas, compostagem, telhado verde entre outras boas alternativas sustentáveis.

Mas é importante lembrar que não basta mudar a estrutura física da escola, o mais importante é a mudança de atitudes e que estimulem corresponsabilidades detodos: professores, técnicos, alunos, apoio, pais, comunidade do entorno envolvidos no projeto.

Organizar um espaço é uma boa alternativa para a aplicação e estudo das ecotécnicas, discutir possibilidades e perspectivas em que os alunos podem participar. Pode-se levar em conta o conhecimento popular e tradicional à cerca do meio ambiente em torno da escola, da comunidade e do município.

A aprendizagem será mais efetiva se as atividades das ecotécnicas estiverem adaptadas às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor, como por exemplo hortas comunitárias, calhas para reaproveitamento de água da chuva ou reflorestamento de praças ou quintais.

Os estudantes podem obter informações de sua escolha e leva-las para outros grupos. Dependendo das circunstâncias, podem ser socializados na escola e na comunidade. Tornando-se uma forma efetiva de aprendizagem e ação social.

Dentre os objetivos das ecotécnicas podemos destacar: contribuir para que a escola se torne um espaço educador sustentável, acessível, aconchegante, agradável, democrático, saudável, motivador que estimule a inovação, a aprendizagem e reflita o cuidado com o ambiente e com as pessoas, além de desenvolver e acompanhar a Educação Ambiental na escola e comunidade de forma permanente.

3. Considerações finais

Desse modo esse trabalho se finalizar com o objetivo principal alcançado relatar a implantação do projeto “Com Vida” na Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro a primeira escola do Município que promove ações de inserção do projeto “Com-vida” que está localizada próximo ao Parque Ambiental, em São Miguel do Guamá/PA.

O meio ambiente está pedindo uma mudança real, a mudança para melhorar o mundo em todos os sentidos, pois, se tudo continuar como está à tendência é tudo piorar cada vez mais, podendo no futuro, não tão distante faltar água potável, não haverá terra fértil para o plantio e cultivo de hortaliças saudáveis.

 Nas observações realizadas nas encostas do rio foi visível a degradação do rio; pois além do desmatamento e o aumento de habitação próximo do rio acontecem frequentemente enchentes nos bairros próximos aos rios, assim como o deposito de lixo perto do rio.

A falta de respeito pelo ambiente está cada faz mais crescendo falta muito para que as pessoas se eduquem enquanto o lugar onde vive para que as gerações futuras possam usufruir desse ambiente. Portanto os objetivos propostos foram alcançados, analisar a inserção do Projeto Com Vida que será inserido na área educacional para levar a população reflexão sobre a melhoria sobre as atitudes que serão desenvolvidas no projeto em relação à saúde, educação e bem-estar, compreender como esse espaço preservado será o lugar das próximas gerações.

Deve-se saber importância de preservar o meio ambiente para as futuras gerações, com atitudes pequenas fazem uma grande diferença para a sobrevivência desse ambiente.

Assim como aproveitar e respeitar o espaço da natureza aprendendo com ela formas simples de se evitar a destruição da casa onde moramos e essas formas de aprendizagem não poderia ser em um lugar diferente a escola e levar que levamos o que aprendemos para a vida.

Referências

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BARROS. Maria de Lordes Teixeira. Educação Ambiental no cotidiano da sala de aula: um percurso pelos anos iniciais. Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1º ed. 2009.

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LEONARDI, Maria Lúcia Azevedo. A educação ambiental como um dos instrumentos de superação da insustentabilidade da sociedade atual. In: CAVALCANTI, Clóvis (Org.). Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1997.

MOUSINHO, Patrícia. Glossário. In: TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 3. ed. rev. atual. São Paulo: EditoraRevista dos Tribunais, 2004. p.50.

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PEREIRA. Dulce Maria. Processo Formativo em Educação Ambiental: Escolas Sustentáveis e “Com Vida”: Tecnologias Ambientais Universidade Federal de Ouro PretoProjeto Escola Verde: educação, saúde e meio ambiente, 2010.

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SAMPAIO, Rômulo Silveira da Rocha. Direito Ambiental: doutrina e casos práticos. Rio de Janeiro: Elsevier :FGV, 2011. p. 167-168.

UNIGRANRIO. Projeto Escola Verde: Educar para Sustentabilidade - uma abordagem através de ações e ferramentas de ensino. Coordenação e revisão Carlos Henrique de Freitas Burity. - Rio de Janeiro:Bayer, 2015.


1. Especialista em Educação Ambiental, Faculdade Pan Americana (FPA).

2. Especialista em Educação Ambiental, Faculdade Pan Americana (FPA).

3. Especialista em Educação Ambiental, Faculdade Pan Americana (FPA).

4. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano, Universidade da Amazônia e professor da Universidade Federal Rural da Amazônia. Email: rodrigofragabh@gmail.com


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