ISSN 0798 1015

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Vol. 41 (Nº 03) Ano 2020. Pág. 16

Governança da aprendizagem (GovA): o estado da arte sobre o termo

Learning governance (GovLearn): the state of the art about the terms

RIZZATTI, Giselly 1 e FREIRE, Patrícia de S. 2

Recebido: 10/09/2019 • Aprovado: 12/12/2019 • Postado 06/02/2020


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

O artigo tem como objetivo identificar a conceituação do constructo Governança da Aprendizagem proposta na literatura, seus objetivos, tipologias, mecanismos, componentes e ambientes para implantação, elaborando o estado da arte sobre o termo. Para tal, foi realizada uma pesquisa teórica por meio de uma sistemática revisão da literatura, seguida de análise descritiva. Após realizar um diálogo subjetivo entre os autores, o objetivo foi alcançado e seus resultados poderão embasar futuras pesquisas sobre governança, gestão do conhecimento e aprendizagem organizacional.
Palavras chiave: Gestão do Conhecimento, Aprendizagem Organizacional Governança do Conhecimento, Governança da Aprendizagem

ABSTRACT:

The article aims to identify the concept of the Learning Governance construct proposed in the literature, its objectives, typologies, mechanisms, components and environments for implementation, elaborating the state of the art on the term. To this end, a theoretical research was conducted through a systematic literature review, followed by descriptive analysis. After conducting a subjective dialogue between the authors, the objective was achieved and its results may support future research on governance, knowledge management and organizational learning.
Keywords: Knowledge Management, Organizational Learning, Knowledge Governance, Learning Governance

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1. Introdução

A gestão do conhecimento e a aprendizagem organizacional tornaram-se essenciais para a sobrevivência das organizações. Para isso, criou-se a necessidade de governar os esforços de gestão do conhecimento nas organizações (Pemsel & Muller, 2012). 

Assim sendo, para governar os mecanismos e procedimentos que envolvem uma gestão do conhecimento e alcançar os objetivos estratégicos das organizações, há a necessidade de uma governança que reconheça o conhecimento, seus mecanismos e processos favorecem a aprendizagem do nível individual até o organizacional denominado Governança da Aprendizagem (GovA).

Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo identificar a conceituação do constructo Governança da Aprendizagem proposta na literatura científica, seus objetivos, tipologias, mecanismos, componentes e ambientes, elaborando o estado da arte sobre o termo.  Para tal foi realizado uma revisão sistemática da literatura (RSL) para identificar publicações que permitissem promover um diálogo subjetivo entre os autores que tratam o tema.

2. Metodologia

Este estudo pode ser considerado como uma pesquisa de abordagem qualitativa, de cunho teórico, com objetivos exploratórios e descritivos, por meio bibliográfico (Minayo, 1998; Marconi & Lakatos, 2009). Dessa forma, foi realizada uma RSL respeitando-se os procedimentos propostos pelo Manual Cochrane (Higgins & Green, 2009), para alcançar maior abrangência e construir o estado da arte sobre o tema.

Com base na análise descritiva aplicada aos resultados alcançados, pode-se realizar a síntese do conhecimento sobre o constructo Governança da Aprendizagem na perspectiva organizacional e compreender como o termo vem sendo estudado por diferentes autores.

No que se refere ao planejamento da revisão foi elaborado o protocolo da pesquisa bibliográfica, definindo a pergunta da revisão – qual a conceituação do termo Governança da Aprendizagem, seus objetivos, tipologias, mecanismos, componentes e ambientes propostos pela literatura científica? - os critérios de inclusão e exclusão e as estratégias de buscas nas bases de dados.

As bases de dados multidisciplinares e internacionais utilizadas consistiram na Scopus e Web of Science.

Como critério de inclusão, foram consideradas as publicações que se referiam aos descritores no título, nos resumos e nas palavras-chaves. E combinados os descritores “governance of learning” ou “learning governance” ou “governance learning”, com o operador lógico - ou - em inglês - or -.

Quanto aos critérios de exclusão, foram utilizados: não utilizavam o termo no título, palavras chave ou resumo (4) e/ou; não ofereciam acesso ao artigo completo ou gratuito (6); não relacionavam os temas governança e aprendizagem como um constructo “governança da aprendizagem” (34) e/ou; não analisavam o constructo Governança da Aprendizagem pela perspectiva organizacional (26). Não foi utilizado o critério de exclusão quanto à data de publicação, porém a seleção de documentos compreendeu até o mês de dezembro de 2018. Pontua-se que nenhuma publicação foi excluída antes de ter sido lida e analisada.

Ao total foram identificadas nas bases de dados consultadas, 112 publicações, sendo 65 na Scopus e 47 na Web of Science. Sobre as publicações selecionadas, foi realizada análise descritiva, apresentada neste artigo.

Para realizar a análise descritiva sobre o constructo, os documentos foram exportados para o software EndNote X7 que auxiliou na análise. Entre os documentos retornados, foram excluídos 35 duplicados, chegando a 77 elegíveis para análise (Quadro 1).

Quadro 1
Distribuição de publicações por Base de Dados

Descritores

Scopus

WoS

Total de GovA

Análise de duplicação

Resultado

“governance of learning” or “learning governance” or “governance learning”

 

65

 

47

 

112

35

77

Fonte: Elaborado pelas autoras

Vale apontar que a análise descritiva foi realizada sobre 45 publicações resultados da RSL. Sobre as 7 publicações selecionadas a partir da aplicação dos critérios de exclusão (Gnerre, 1996; CarrHill, 1996; Nooteboom, 2009; Lof, 2010; Fong & Chen, 2012; Vitry & Chia, 2015; Rzadca & Struminska-Kutra, 2016) e outras 35 publicações relevantes quando aplicados os critérios de inclusão. As 7 publicações iniciais, mencionaram as novas 35 publicações incluídas (Argyris & Schon, 1978; March, 1991; Grant, 1996; Kaplan & Norton, 1996; Spender, 1998; Crossan, Lane, & White, 1999; Eisenhart & Martin, 2000; Gavetti & Levinthal, 2000; Gold, Malhotra, & Segars, 2001; Alavi & Leidner, 2001; Subramaniam & Venkatraman, 2001; Zollo & Winter, 2002; Stacey, 2003; Darroch, 2003; Scholl et al., 2004;  Nonaka & Takeuchi, 2004; Pierre & Peters, 2005;  Keen & Mahanty, 2006; Egbu, 2006;  Thomas & Allen, 2006; Senge, 2006; Teece, 2007; Foss, 2007; Chen & Mohamed, 2007; Duguid, Mundel, & Schugurensky, 2007; Abell, Felin, & Foss, 2008; Chen & Mohamed, 2008; Anumba, 2009; Linchtenthaler & Linchtenthaler, 2009; Sterling, 2010; Pietersen, 2010; Van Assche et al., 2013; Chen & Fong, 2013; Belle, 2016; Dee & Leisyte, 2016). Entre as publicações complementares foram acrescentados os artigos de Nonaka, Toyama, & Konno (2002) e Maillet et al (2015) e o capítulo de livro de Freire e Silva (2016) por abordar sobre os componentes e ambientes que, outros autores, relacionam à GovA.

Desta forma, em resumo, após encontradas 112 publicações sobre o termo, com a aplicação dos filtros, selecionaram-se 45 para aplicar a análise descritiva.

3. Resultados

O termo “Governança da Aprendizagem” (GovA) surgiu em 1993 através do livro escrito por Judith Marshall, no qual Gnerre (1996) e CarrHill (1996) explicam que Marshall (1993) tratou da GovA por meio dos programas de implementação da alfabetização num ambiente organizacional complexo e o papel da educação para a aprendizagem em Moçambique.

Dentro deste contexto, para compreender a Governança da Aprendizagem faz necessário compreender que aprendizagem organizacional pode ser concebida como um meio de alcançar a renovação ou a mudança estratégica de uma organização (Vitry & Chia, 2015), ou seja, modo pelo qual se aprendem novos conhecimentos (exploration), enquanto exploram o que já aprenderam (exploitation) (March, 1991).

A aprendizagem organizacional trata-se de um processo dinâmico, que ocorre ao longo do tempo, entre diferentes níveis de análise - indivíduo, grupo e organização, através dos processos - intuição, interpretação, integração e institucionalização – denominado de 4I e envolve uma tensão entre a assimilação da nova aprendizagem (feed forward) e a utilização daquilo que já foi aprendido (feedback) (Crossan, Lane, & White, 1999). E também para verificar os mecanismos que promovem essa aprendizagem (Dee & Leisyte, 2016).

Ao compreender a Aprendizagem Organizacional como aprender a trabalhar juntos e compartilhar valores, definir objetivos e linguagens comuns, criar um modelo mental compartilhado e adquirir capacidades organizacionais de aprender a se adaptar em situações novas e incertas, Vitry & Chia (2015, p. 281) definem Governança da Aprendizagem como:

“os processos cognitivos e comportamentais que permitem aos atores e stakeholders produzirem uma visão compartilhada sobre a organização, criarem e desenvolverem uma organização coletiva e negociarem estratégias e objetivos comuns”.

Como objetivos da GovA, foi identificado desenvolver a capacidade para adaptar a situações novas e incertas (mudança organizacional) (Vitry & Chia, 2015), melhorar o desempenho organizacional (Fong & Chen, 2012; Kaplan & Norton, 1996) e adaptação e transformação organizacionais (Lof, 2010).

No que se refere a tipologia, os autores Rzadca & Struminska-Kutra (2016), entendem que existe dois tipos na GovA. O primeiro é a aprendizagem de ciclo simples (simple cycle), que baseia-se nos resultados de comportamentos antecedentes e experiências e se concentra em "detecção e correção de erros" (Argyris & Schön, 1978, p.3), onde se aprimora a prática sem questionar o objetivo da organização (Probst & Buchel, 1997).

O segundo tipo é a aprendizagem de ciclo duplo (double cycle). A aprendizagem em ciclo duplo questiona a apropriação das condutas anteriores¸ princípios, suposições, ameaças e modificação da organização (Rzadca & Struminska-Kutra, 2016; Argyris & Schön, 1978), com questionamento e alterações quando necessário (Argyris & Schön, 1978).

Complementando, Löf (2010) acrescenta que além do ciclo simples e duplo de aprendizagem, existe também o ciclo triplo, que aborda as mudanças fundamentais de todo o modelo mental em que o processo de governança ou gerenciamento se baseiam (Sterling, 2010; Keen & Mahanty, 2006). Este ciclo acontece por meio de liderança e visões compartilhadas para a implementação da aprendizagem em todos os níveis, entendimentos de modelos mentais implícitos e estruturas que permitem redes e socialização informais (Thomas & Allen, 2006).

No que se refere aos mecanismos, Fong e Chen (2012), sugerem que para governá-los, as organizações podem basear-se em quatro perspectivas teóricas e nos seguintes autores como visão baseada no conhecimento (Grant, 1996; Spender, 1998), da visão da capacidade dinâmica (Lichtenthaler & Lichtenthaler (2009), Eisenhart & Martin 2000; Teece, 2007; Zollo & Winter, 2002), na abordagem da governança do conhecimento(Foss, 2007) e na aprendizagem estratégica (Kaplan & Norton, 1996; Pietersen, 2010; Stacey, 2003). 

Com base na literatura de gestão estratégica, Fong & Chen (2012), formularam uma estrutura denominada por eles de Framework de asserções da visão de capacidades dinâmicas e aprendizado estratégico sobre a gênese e evolução da capacidade de gestão do conhecimento que é formado pelas relações de mecanismos de governança do conhecimento, processos de conhecimento e resultados de desempenho organizacional, que evidencia a eficácia dos mecanismos de aprendizagem e da capacidade de gestão do conhecimento na criação de valor e sustentação de vantagens competitivas ao longo do tempo (Figura 1).

Figura 1
Framework de asserções da visão de capacidades dinâmicas e aprendizado
estratégico sobre a gênese e evolução da capacidade de gestão do conhecimento

Fonte: Chen & Fong (2013)

Conforme este sistema, os mecanismos de governança do conhecimento e processos de conhecimento interagem uns com os outros e formam mecanismos de aprendizado (Abell, Felin, & Foss, 2008; Foss, 2007; Lichtenthaler & Lichtenthaler, 2009; Teece, 2007; Nooteboom, 2009), que guiam e conduzem (Eisenhart & Martin, 2000, Zollo & Winter, 2002), a gênese e evolução da capacidade de gestão do conhecimento em uma capacidade dinâmica especial de uma empresa (Lichtenthaler & Lichtenthaler, 2009).

Neste modelo, conforme Fong & Chen (2012), os mecanismos de Governança do Conhecimento têm duas abordagens, uma centralizada nas pessoas (organizacionais) e outra na tecnologia (Anumba, 2009; Scholl et al., 2004).  Os mecanismos de organizacionais envolvem a inovação, liderança, orientações estratégicas de conhecimento, comunicações abertas, clima e cultura de criação, compartilhamento e reutilização do conhecimento para resoluções de problemas, melhorar a capacidade organizacional, desempenho, habilidade e competência necessária para desenvolvimento e desempenho da organização (Subramaniam & Venkatraman, 2001; Nonaka & Takeuchi, 2004; Chen & Mohamed, 2008, Egbu, 2006, Alavi & Leidner, 2001; Gold, Malhotra, & Segars, 2001).

E os mecanismos tecnológicos representam os mecanismos que ajudam a desenvolver e aplicar sistemas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como infraestrutura tecnológica e sua capacidade de responder ao ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico para minimizar o custo da solução de problemas, reduzir a probabilidade de repetição de problemas e aumentar a capacidade de inovação (Alavi & Leidner, 2001; Chen & Mohamed, 2008; Tserng & Lin, 2004).

Para os autores Fong e Chen (2012), complementando os mecanismos de GovC, é necessário o “processo do conhecimento”, que é composto por quatro processos cíclicos como capacidade de resposta ao conhecimento (KR), Aquisição de conhecimento (KA), Disseminação do conhecimento (KD) e Utilização do conhecimento (KU) (Fong & Chen, 2012; Chen & Mohamed, 2007; Gold, Malhotra, & Segars, 2001).

Outro mecanismo constitutivo da GovA, segundo Zollo & Winter (2002), são aqueles processos de melhoria relacionados com um ciclo de evolução do conhecimento, o qual faz uso de três mecanismos de aprendizagem: acumulação de experiência, articulação do conhecimento e codificação do conhecimento, por meio de rotinas, compartilhamento e documentação do conhecimento (Zollo & Winter, 2002; Gavetti & Levinthal, 2000) (Figura 2).

Figura 2
Fases do Ciclo de Evolução do Conhecimento

Fonte: Zollo & Winter (2002, p.343)

De acordo, com Pierre & Peters (2005), para entender a governança da aprendizagem, devem ser considerados dois componentes principais: a capacidade institucional e informações confiáveis. Complementando, Senge (2006) acrescenta modelos metais e visão compartilhada, Van Assche et al (2013) objetivos comuns, Lichtenthaler & Lichtenthaler (2009), capacidade dinâmica, Maillet et al (2015), capacidade de auto-organização, Duguid, Mundel, & Schugurensk (2007), relacionamentos interpessoais, trabalho em equipe e cooperação e Fong &Chen (2012), inovação, liderança, orientação estratégica, TIC e clima organizacional.

 No entanto, é necessário a presença dos ambientes voltado para a aprendizagem denominado BA e 8C’s conforme a Figura 3 e 4.

O ambiente BA abrange duas dimensões de interação (individual e coletivo) e de meio de comunicação (presencial ou virtual) formando quatros ambientes de origem (originating ba), de interação (interacting ba) ou (dialoguing ba), sistêmico (systemising ba) ou (cyber ba) e o de exercício (exercising ba). (Nonaka, Toyama, & Konno, 2000; Nonaka, Toyama, Konno, & 2002; Nonaka & Toyama, 2003; 2005).

Figura 3
Os quatros tipos Ba’s

Fonte: Nonaka, Toyama, & Konno (2002)

E por fim, o modelo de ambiente para aprendizagem 8C’s propostos por Freire & Silva (2016) resultou nos seguintes componentes: cultura organizacional para o compartilhamento do conhecimento; colaboração; elevação do nível de consciência dos colaboradores para que percebam a importância de seu papel para a cadeia de valor e crescimento da empresa; conquista da confiança do colaboradores na organização e nos pares; comunicação aberta para ouvir e ser ouvido e criação de competências que levarão a organização ao desenvolvimento sustentável, conforme a figura 4.

Figura 4
Ambiente 8C para aprendizagem

Fonte: Freire & Silva (2016, p. 607)

Por fim, identificados o conceito, objetivos, tipologias, mecanismos, componentes e ambientes, pode-se elaborar o modelo conceitual de Governança da Aprendizagem Organizacional.

3.1. Modelo conceitual de GovA

Após promover um diálogo subjetivo entre os diferentes autores identificados pela RSL, foi possível identificar três objetivos, três tipologias, quatro mecanismos, treze componentes e dois ambientes, que devem ser considerados para governar a aprendizagem nas organizações (Quadro 2).

Quadro 2
Objetivos, Tipologias, Mecanismos, Componentes e
Ambientes da Governança da Aprendizagem (GovA)

Objetivos

Tipologias

Mecanismos

Componentes

Ambientes

1.Desenvolver a capacidade para adaptar a situações novas e incertas (mudança organizacional);

2.Melhorar o desempenho;

3.Promover adaptação e Transformação Organizacional.

1.Ciclo simples;

2.Ciclo duplo;

3. Ciclo triplo.

1.Governança do Conhecimento;

2.Gestão do Conhecimento;

3.Ciclo do conhecimento

4.Ciclo de Aprendizagem;

1.Modelos mentais compartilhados;

2. Visão Compartilhada;

3. Objetivos Comuns;

4. Capacidade Dinâmica

5.Capacidade de auto-organização;

5.Informações confiáveis

6. Inovação;

7. Liderança;

8.Orientação Estratégica;

9. TIC

10. Clima Organizacional

11.Trabalho em equipe;

12.Relacionamentos Interpessoais

13. Cooperação

1.BA

2.8C’s

Fonte: Elaborado pelas autoras

Como não existe um consenso na literatura sobre o constructo Governança da Aprendizagem (GovA) e com base nas pesquisas estudadas, percebe-se há necessidade de um alinhamento entre a aprendizagem organizacional (AO), gestão do conhecimento (GC), governança corporativa (GovCorp) e governança do conhecimento (GovC) para haver governança da aprendizagem organizacional. Desta forma, a partir dos resultados alcançados entende-se que para alcançar os objetivos pretendidos pela GovA, é necessário ter certos componentes e ambientes interconectados que precisam de mecanismos apropriados que efetivem a GovA nas organizações (Figura 5).

Figura 5
Modelo Conceitual de Governança da
Aprendizagem Organizacional (GovA)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Este modelo é resultante dos estudos realizados representando o estado da arte sobre o constructo Governança da Aprendizagem (GovA). Compreende-se que, existe três tipos de GovA, pelo ciclo simples, duplo, triplo que visam, em sua trajetória organizacional, promoverem o alcance de objetivos entre os três listados: desenvolver a capacidade para adaptar a situações novas e incertas (mudança organizacional), melhorar o desempenho organizacional e promover adaptação e transformação organizacional.

No entanto, para que a GovA se processe, são necessários treze componentes que tratam-se de modelos mentais compartilhados, visão compartilhada, objetivos comuns; capacidade dinâmica e de auto-organização, informações confiáveis, inovação, liderança, orientação estratégica, TIC, clima organizacional, trabalho em equipe, relacionamentos interpessoais e cooperação e dois ambientes voltado para aprendizagem como BA e 8C, para que os quatro mecanismos como governança do conhecimento, gestão de conhecimento, ciclo do conhecimento e ciclo de aprendizagem organizacional governem a aprendizagem necessária para desenvolvimento da organização.

Omodelo conceitualresultante dos estudos bibliográficos e análise profunda das publicações oriundas da RSL, vem preencher as lacunas de conhecimentos sobre Governança da Aprendizagem Organizacional.

4. Conclusões

Este artigo apresentou uma revisão de literatura sistemática e bibliográfica, para identificar a conceituação do constructo Governança da Aprendizagem proposta na literatura científica e seus objetivos, tipologias, mecanismos, componentes e ambientes para implantação, elaborando o estado da arte sobre o termo.

Com base na literatura estudada, identificou-se que a GovA, é fundamental para melhorar continuamente os processos de aprendizagem organizacional, governança corporativa, governança do conhecimento e gestão do conhecimento, de maneira gerar a aprendizagem e conhecimentos individuais, de grupos e organizacionais para a melhoria do desempenho organizacional. Para tal, é necessário a governança de uma série de mecanismos, componentes e ambientes para processamento da GovA e consequentemente alcance de seus objetivos.

No entanto, o constructo Governança da Aprendizagem (GovA) é emergente e ainda necessita ser estudado em profundidade, devido aos poucos trabalhos que tratam da governança com perspectiva organizacional e pelo termo ser muitas vezes utilizado para se referir a aprendizagem organizacional em diversas áreas e perspectivas.

E como, a GovA é ainda um tema com poucas publicações na perspectiva organizacional, existe há necessidade de publicações na área para consolidação do seu conceito, modelagem e aprofundamento, onde reconheça que governar a aprendizagem através do conhecimento tem valor e é fundamental para o desenvolvimento e sucesso das organizações.

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1. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Departamento de Engenharia do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina. girizzatti@gmail.com

2. Doutora e Professora do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Departamento de Engenharia do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina. patriciadesafreire@gmail.com


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 41 (Nº 03) Ano 2020

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