ISSN 0798 1015

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Vol. 41 (Nº 13) Ano 2020. Pág. 5

Mulheres filósofas e violencia contra a mulher: teoria e prática em Filosofia no Ensino Médio

Women philosophers and violence against women: theory and practice in high school

CAMILO, Merielle 1; BELONI, Belmiro M. 2; TEIXEIRA, Maria C. 3 & CAMPOS, André de. 4

Recebido: 18/12/2019 • Aprovado: 07/03/2020 • Publicado: 16/04/2020


Conteúdo

1. Introdução

2. As filosófas e cientistas

4. Referencial Teórico

5. Metodologia

6. Resultados

7. Considerações Finais

Referências bibliográficas


RESUMO:

A atuação docente em sala de aula é de grande importância para que ajam mudanças de comportamento na sociedade. Ligado à discussão sobre ética e direitos humanos o combate à violência de gênero pode ser abordada de forma teórica e visual com os alunos do Ensino Média afim de que estes possam repensar suas atitudes e dar um início de transformação social. A metodologia empregada foi a de conscientização durante aulas e palestras da importância do respeito à diversidade sexual e de gênero, e valorização (empoderamento) do feminino, com confecção de cartazes expostos para a comunidade de Guarapuava-PR em palestras ocorridas nos anos de 2016 a 2018.
Palavras chiave: Empoderamento, violência, gênero, Direitos Humanos

ABSTRACT:

The teaching activity in the classroom is of great importance for changing behavior in society. Linked to the discussion on ethics and human rights, the fight against gender violence can be approached in a theoretical and visual way with the students of the High School in order that they can rethink their attitudes and give a beginning of social transformation. The methodology used was to raise awareness during lectures and lectures on the importance of respecting sexual and gender diversity and enhancing (empowering) the feminine, with the preparation of posters for the community of Guarapuava-PR in lectures from 2016 to 2018.
Keywords: Empowerment, Violence, Gender, Human Rights.

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1. Introdução

A sociedade brasileira vem acompanhando diariamente notícias de feminicídios ou crimes passionais, agressões domésticas às mulheres, assédio e estupros em locais públicos e privados, por desconhecidos, conhecidos, chefes ou parentes, bem como um alto índice de mortes e espancamentos de indivíduos da comunidade LGBT. Não é possível na pratica educadora ficar indiferente à esse quadro alarmante, principalmente quando se percebe que muitas vítimas e agressores tem a idade dos alunos que ministramos aulas diariamente, e discursos de ódio são observados, nas falas destes, em várias ocasiões em sala.

A prática docente deve ser transformadora de realidades, principalmente quando se trata de disciplinas humanas como na Filosofia, que em sua essência possui o caráter reflexivo sobre nossa condição humana perante nós mesmos, para com o outro e o mundo. Estabelecer relações positivas e afirmativas com os alunos durante as reflexões filosóficas e trabalhos que abordem a dignidade humana é de fundamental importância para que se possa interagir de forma real e transformadora na realidade dos jovens. Os laços de confiança entre professor e aluno são fundamentais para a transformação dos papeis estereotipados de gênero na sociedade e de comportamentos violentos. A percepção da necessidade de respeito ao diferente, e de empatia ao outro, é o primeiro movimento no caminho de uma sociedade mais pacífica, justa, humana e igualitária.

A proposta da metodologia aplicada é a de mostrar uma alternativa prática, e pedagógica, capaz de proporcionar um movimento de enfrentamento através da promoção do conhecimento, da empatia e da reflexão introspectiva dos alunos em relação às suas próprias perspectivas de vida sobre a violência, o empoderamento feminino e a importância da mulher na através de filósofas pouco trabalhadas no currículo escolar tradicional. As atividades ocorreram com turmas do terceiro ano do Ensino Médio nos anos de 2016 a 2018 no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, no município de Guarapuava – PR.

2. As filosófas e cientistas

Um ponto percebido no currículo escolar e na análise dos livros didáticos e a ausência, completa ou parcial, de personalidades femininas na história da filosofia. A empatia, o reconhecimento e a inspiração são elementos chave para que se possa incentivar a mudança de posturas, tanto para provocar o empoderamento feminino quanto para instigar os meninos a um olhar com mais respeito e admiração à mulher não apenas por características de beleza ou maternais, mas como pessoa plena e capaz, com inteligência, autonomia e relevância histórica e social.

            As principais filósofas que temos desde a antiguidade, se colocadas em um panteão somariam em um levantamento rápido no mínimo 30 personalidades, das quais destacamos 13 para abordar durante as aulas, que foram escolhidas por sua relevância e conexão com os conteúdos estabelecidos para a disciplina de filosofia na Base Nacional Comum (BNC):

Todas essas autoras tiveram grande participação em processos transformadores da sociedade humana, e com obras equivalentes em riqueza a autores costumeiramente estudados nos livros didáticos. Foi considerado para escolha das mesmas o período histórico, afim de que o aluno pudesse perceber em diferentes épocas a participação do pensamento feminino filosófico.  A introdução destas nos estudos causa uma mudança de paradigma dos meninos que não percebiam a participação da mulher nas transformações do pensamento no decorrer da história e em momentos decisivos como Guerras e Revoluções, e para as meninas que identificam-se com suas histórias de vida e podem se espelhar para serem muito mais do que um dia puderam pensar.

Para vários teóricos a autonomia e o consequente empoderamento somente ocorre através do trabalho de conscientização e empatia. “O processo de empoderamento é um passo pequeno para o ser humano quando comparado ao salto gigante que a humanidade precisa para que haja transformação social em direção a uma sociedade mais justa, menos discriminatória, mais humana.”  (Roso, A., & Romanini, M.; 2014, p. 93).

2.1. LGBTs nas ciências e filosofia

Do mesmo modo que as personalidades femininas, personalidades masculinas que eram homossexuais, ou bissexuais, não são retratadas como tal, excluídas de suas biografias esse fato, o qual seria também importante para a inclusão dos mesmos na sociedade. É de conhecimento público, por exemplo, a bissexualidade de Sócrates nos diálogos platônicos que descrevem sua esposa Xantipa e seu amante Aristides, além de ter toda a alegoria do mito do Andrógeno exaltando todas as formas de sexualidade. 

Na Antiguidade tivemos também Safo de Lesbos, já citada como uma autora feminina da filosofia, poucos escritos seus sobreviveram até os dias atuais, porém ela é citada por Platão e outros filósofos desse período por sua inteligência e beleza, porém foi sua homossexualidade que lhe deu fama através dos tempos, sendo derivado do seu sobrenome o termo Lésbica. Assim como os homens praticavam a pederastia com seus discípulos, Safo teve envolvimentos amorosos com suas alunas. “Contudo, esse modelo com origens na antiguidade clássica não dá conta das formas que o lesbianismo tomou no desenrolar do século XX. Contemporaneamente, o lesbianismo surge como um tipo de subjetividade social, que busca, onscientemente, afirmar uma “identidade lésbica” e estabelecer modelos sociais positivos.” (SASSE, 2016, p.46).

Outro autor muito conhecido e estudado que tem sua sexualidade camuflada pela sua fama é Foucault, que inclusive tem escritos em relação à homossexualidade, ele dizia que "o que é próprio das sociedades modernas não é terem condenado o sexo a permanecer na obscuridade, mas sim o terem-se devotado a falar dele sempre, valorizando-o como segredo". Foucault (1999, p. 36).

Sobre a homossexualidade Foucault afirmava que:

É necessário lutar para dar espaço aos estilos de vida homossexual, às escolhas de vida em que as relações sexuais com pessoas do mesmo sexo sejam importantes. Não basta tolerar dentro de um modo de vida mais geral a possibilidade de fazer amor com alguém do mesmo sexo, a título de componente ou de suplemento. (...) O fato de fazer amor com alguém do mesmo sexo pode muito naturalmente acarretar toda uma série de escolhas, toda uma série de outros valores e opções para os quais ainda não há possibilidades reais.”  (Foucault, 2004, p.119).

3. Referencial Teórico

A sociedade brasileira vem acompanhando diariamente notícias de feminicídios (ou crimes passionais), e violência doméstica. Em Guarapuava as notícias sobre episódios lamentáveis envolvendo agressão ou morte de mulheres estampa quase diariamente as manchetes, sendo que há alguns anos (2011) tivemos na cidade um caso de morte de uma aluna, Jessica Borodiak, no Colégio Estadual Leni Marlene, motivada por ciúmes das colegas.

Não é possível na pratica educadora ficar indiferente à esse quadro alarmante, principalmente quando se percebe que muitas vítimas e agressores tem a idade dos alunos que ministramos aulas diariamente, e discursos de ódio são observados, nas falas destes, em várias ocasiões em sala ou agressões que ocorrem dentro e fora dos muros da escola por motivos passionais (chamadas também de “brigas por namorado”). Não podemos fechar os olhos para o fato de que eles namoram, (mesmo no ambiente escolar ser proibida a prática do namoro), e muitos estabelecem um relacionamento abusivo com seus parceiros motivado pelo ciúme, estereótipos sociais e principalmente imaturidade.

A ONU coloca como uma de suas metas a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, estipulando metas e estratégias no combate à violência. Em 2015, Silvani Arruda e Marcos Nascimento elaboraram um documento publicado pela ONUMULHERES com enfoque na necessidade de se estabelecer uma relação mais igualitária intitulada: “O valente não é violento”. Trata-se de seis planos de aula para serem aplicados pelos professores em sala de aula:

Portanto a prática docente deve ser transformadora de realidades, principalmente quando se trata de disciplinas humanas como a Filosofia, que em sua essência possui o caráter reflexivo ético sobre nossa condição humana e perante nós mesmos, para com o outro e o mundo. Estabelecer relações positivas e afirmativas com os alunos durante as reflexões filosóficas e trabalhos que abordem a dignidade humana é de fundamental importância para que se possa interagir de forma real e transformadora na realidade dos jovens. Os laços de confiança entre professor e aluno são fundamentais para a transformação dos papeis estereotipados de gênero na sociedade e de comportamentos violentos.

Segundo Oliveira e Maio (2016) “todos esses aspectos de exclusão da mulher e empoderamento do homem – na sociedade, incluindo as instituições escolares – fazem com que as pessoas tomem como ‘natural’ o ambiente de ocupação de um gênero e outro, de modo que os espaços com menos prestígio são ocupados, em sua maioria, por pessoas do gênero feminino, enquanto que os espaços com maior prestígio são ocupados, em sua maioria, por pessoas do gênero masculino. A isso também se chama de machismo.”

A percepção da necessidade de respeito e combate à ideias que deflagram a violência e inferiorização do outro, o asco ao diferente, e ressaltam a empatia ao outro de forma valorativa e empoderadora é o primeiro movimento no caminho de uma sociedade mais pacífica, justa, humana e igualitária.

Em 2018 houve o assassinato da advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava, em edifício próximo ao colégio, o que também motivou a continuidade das atividades de conscientização, empoderamento feminino e discussão de estereótipos de gênero e violência.

4. Metodologia

Através da reflexão de temas associados à Ética, História da Filosofia e Poçítica no decorrer das aulas do ano, em que a figura da mulher aparece como protagonista, é realizado um trabalho relacionado à violência doméstica contra a mulher, em que os alunos confeccionam de cartazes em sala de aula através de sua percepção individual (figura 1).

Estes cartazes foram expostos em frente ao colégio, que fica na área central da cidade de Guarapuava-Pr, como uma maneira de estimular àqueles que passem pela exposição à refletir sobre seus próprios posicionamentos.

Figura 1
Cartazes expostos em 2016

A data escolhida para a realização dessa exposição foi o dia seguinte do dia dos namorados, dias 13 de junho de 2016 (figura 1), 2017 (figura 2) e 2018 (figura 3), propositalmente escolhida uma vez que são nos relacionamentos amorosos que acontecem quase a totalidade dos casos de agressão ou feminicídios no nosso país. O nome do projeto na escola também é referência a data, uma vez que nem tudo são flores nos relacionmentos, os espinhos as vezes são a única coisa que observa-se.

Figura 2
Cartazes de 2017

Figura 3
Cartazes 2018

Paralelo a exposição de cartazes ocorreram palestras (figura 5) com a professora Cerize Gomes do Nascimento que trabalhou temáticas envolvendo a ética e a violência nos relacionamentos, com o nome: “Do primeiro tapa ao feminicídio”, fundamentada em pesquisas realizadas com os relatos contidos nos boletins de ocorrência da delegacia da mulher de Guarapuava.

Figura 4
Palestra prof.ª
Cerize N. Gomes

Em 2018 a atividade foi adiada por causa da paralização em decorrência da “greve dos Caminhoneiros” que afetou todas as atividades pedagógicas do colégio. Em 22 de julho de 2018 aconteceu em edifício próximo ao colégio o assassinato de Tatiane Spitzner, o que retomou a necessidade da ação com os alunos. A ação ocorreu então em dois momentos, afim de fortalecer a ação neste ano marcado por uma tragédia próxima, em 06 de agosto de 2018, com palestra do coletivo Feminista Claudia da Silva (figura 5), e exposição dos cartazes, e em 18 de setembro de 2018 com outra palestra sobre violência de gênero com a psicóloga Carine Suder Fernandes (figura 6).

Figura 5
Palestra coletivo Feminista
Claudia da Silva

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Figura 6
Palestra psicóloga
Carine S. Fernandes

5. Resultados

Os alunos através deste trabalho discutiram em sala de aula a violência nos relacionamentos, e observou-se a diminuição de ocorrências de brigas no ambiente escolar e relatos de agressão. O projeto também ganhou repercussão local por ter acontecido em um dos colégios mais antigos de Guarapuava-Pr em jornal local Redesul de Notícias (figuras 7, 8 e 9). A visibilidade dos cartazes produzidos pelos alunos, com frases e alusões às personalidades femininas abordadas em sala de aula, bem como frases que chamam a reflexão é de grande importância para difundir uma nova mentalidade de valorização e empatia com o outro.

As ações que visam a discussão de temáticas que envolvem a mudança de paradigma em busca de uma cultura de respeito e paz são de extrema importância para uma sociedade melhor, mais justa e com menos preconceitos sexistas e toda a violência agregada a esses comportamentos que estereotipam gêneros e segregam pessoas. Precisamos falar sobre essas temáticas para promover através do desenvolvimento da empatia, da conscientização ética e do empoderamento de grupos vulneráveis e oprimidos, para assim construir um mundo melhor.

Figura 7
Reportagem de 2016

Figura 8
Reportagem em 2017


Figura 9
Reportagem em 2018

6. Considerações Finais

 O presente artigo foi um trabalho realizado com os alunos de Ensino Médio como reflexão a um problema social que aflige a população brasileira, e persiste mesmo com as tentaivas governamentais com conscientização através da mídia e alterações de leis. É necessário atividades que promovam essa reflexão de forma contínua entre os jovens, afim de que as novas gerações possuam uma perspectiva mais igualitária de gênero, com respeito, compreensão, e acima de tudo, sem objetificação do corpo e vida feminina. Precisamos lutar sempre para que a vida e a liberdade das mulheres seja  respeitada, preservada e valorizada na sociedade brasileira.

Referências bibliográficas

ABRAMOVAY, M. (2012). Conversando sobre violência e convivência nas escolas. Rio de Janeiro: FLACSO - Brasil.

FOUCAULT, M. (1999). História da sexualidade – volume 1: A vontade de saber. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Graal.

_______________. O cuidado com a verdade (2004). In: MOTTA,M. B., Ética, Sexualidade e Política. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

_______________. Microfísica do Poder (1979).Rio de Janeiro: Edições Graal.

OLIVEIRA, M.; MAIO, E. (2016). Você tentou fechar as pernas – A Cultura Machista impregnada nas práticas sociais. Polêm!ca, v. 16, n.3, julho -setembro 2016. DOI:10.12957/polemica.2016.25199

ONU MULHERES. (2016) Iniciativa O valente não é violento. Plano de aulas. Disponível em:<http://www.onumulheres.org.br/noticias/onu-mulheres-e-uniao-europeia-lancam-curriculo-e-planos-de-aulas-para-o-ensino-fundamental-sobre-igualdade-de-genero-e-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres-e-meninas/> Acesso em 31 de mai.  2018.

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REDE SUL DE NOTÍCIAS (2018). Morte de Tatiane traz à tona debate sobre a violência contra a mulher em escola de Guarapuava. Disponivel em: <https://redesuldenoticias.com.br/noticias/morte-de-tatiane-traz-a-tona-debate-sobre-violencia-contra-mulher-em-escola-de-guarapuava/> Acesso em 14 nov 2019.

REDE SUL DE NOTÍCIAS (2017). Pelo segundo ano consecutivo ação do Visconde lembra que amor não combina com violência Disponível em: <http://www.redesuldenoticias.com.br/noticias/13_06_2017_pelo_segundo_ano_consecutivo__acao_do_visconde_lembra_que_amor_nao_combina_com_violencia.htm/> Acesso em 14 nov 2019.

ROSO, A. ROMANINI, M (2014). Empoderamento individual, empoderamento comunitário e conscientização. Psicologia e Saber Social. São Paulo: Cortez.

SASSE, Carolina (2016). Estudo faz uso das teorias psicanalítica, social e literária para compreender o lugar da homossexualidade feminina na sociedade. Revista Psico.USP – Sociedade nº 2/3 p. 44 -49. São Paulo: USP.


1. Professora de Filosofia e Ciências Naturais da Rede Estadual de Educação do Estado Paraná, Brasil. Mestre em Bioenergia, UEL/UNICENTRO. E-mail de contato: merielle.camilo@gmail.com

2. Departamento de Educação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Mestre em Geografia. Doutorando em Ensino de Ciência e Tecnologia, UTFPR. E-mail de contato: belmirobeloni@gmail.com

3. Departamento de Letras. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Mestre em Letras. Doutoranda em Linguística, UNICAMP. E-mail de contato: m_teixeira5@yahoo.com.br

4. Professor de Matemática da Rede Estadual de Educação do Estado de Santa Catarina. Mestrando em Ensino de Ciência e Tecnologia, UTFPR. E-mail de contato: endriuscampos@gmail.com


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