ISSN 0798 1015


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Vol. 41 (Nº 18) Ano 2020. Pág. 1

Dificuldades de leitura nas séries iniciais do fundamental I

Difficulties of reading in the initial series of fundamental I

AZEVEDO, Celene Silva de 1; OLIVEIRA, Margarete Maria Gonçalves Tabosa de 2; OLIVEIRA, Hildegard Ramos de 3; Diogenes José Gusmão Coutinho 4

Recebido: 21/10/2019 • Aprovado: 02/05/2020 • Publicado: 21/05/2020


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados e discussão

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

O presente estudo retrata uma pesquisa realizada junto à direção e ao corpo docente que leciona na educação fundamental I da Escola Municipal no Grupo Escolar Rural e Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos, ambas situadas no Povoado de Poços, município de Cumaru-PE, uma vez que há dificuldades na prática de leitura e na aprendizagem nessa escola, pois o processo de construção da leitura das crianças das séries iniciais vem se tornando um grande desafio para os educadores em todo o Brasil.
Palavras chiave: Leitura. Professores. Instituição Escolar.

ABSTRACT:

This study presents a survey carried out with the management and the faculty that teaches in elementary education I of the Municipal School in the Escola Escolar Rural and Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos, both located in Poços Village, municipality of Cumaru-PE, since there are difficulties in the practice of reading and learning in this school, since the process of constructing the reading of children in the initial grades has become a great challenge for educators throughout Brazil.
Keywords: Reading. Teachers. School Institution

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1. Introdução

As dificuldades de leitura e escrita nas series iniciais do fundamental I, não é um problema isolado nem tão pouco novo; está em todas as escolas brasileiras mesmo obedecendo a lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB), que assegura que toda criança deve estar na escola, o problema continua. Como também a (LDB) estabelece como um dos seus princípios “a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura o pensamento, a arte e o saber”. (Brasil, 2010). Encontrasse também respaldado no artigo 22 da mesma (LDB, 1996), em que se afirma que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio tem a finalidade primordial de assegura aos seus educandos os conhecimentos básicos para o exercício da cidadania.  Quando aprendemos a ler, em primeiro lugar, lemos letras, depois palavras, as quais são formadas por letras, após frases e, por fim, o texto, o qual é formado por frases. Portanto, é imprescindível que logo em que a criança começa sua vida escolar nas séries iniciais, o aluno comece o processo de introdução da leitura.

O tema citado foi escolhido, pois é notória a dificuldade que algumas pessoas possuem na hora de interpretar e/ou redigir um texto, devido à não valorização da leitura nos primeiros anos escolares. Diante do grande número de alunos que chegam às séries finais do ensino fundamental sem o domínio da leitura, tal estudo visa investigar quais os fatores causadores da defasagem do aprendizado da leitura e ainda reconhecer estratégias facilitadoras na superação dessas dificuldades (Bronfenbrenner, 2018)

Faz parte de práxis pedagógica, entre outros procedimentos proporcionar aos educandos situações de ensino-aprendizagem voltadas para auto construção de conhecimentos, por parte do aluno em relação ao ler para aprender. O professor só ganha força, para que os estudos se tornem “qualitativos” quando englobam métodos que levam as mudanças favoráveis da aprendizagem. Para se produzir algum novo e habilidades especificas a cada aluno onde aconteça a construção do conhecimento na leitura e na escrita (Fonseca et al., 2018).

Na visão Bakhtiniana, a aprendizagem deve ser construtivista, não com livro didáticos, mais a leitura de mundo, reflexiva crítica, são primordiais para o desenvolvimento da aprendizagem. Os meios pedagógicos são utilizados em sala de aula, mais mesmo assim tem discentes que não avançam na leitura e escrita. Gostaria de poder contribuir com essa pesquisa para que o aprendizado aconteça, e se não acontecer, identificar os fatores que os levou ao insucesso na leitura e escrita, pois só se aprende ler, lendo, só se escrever escrevendo. E o ato de escrever é uma sequência do ato de ler (Paro, 2017).

O objetivo geral é analisar e compreender as dificuldades da aprendizagem na leitura e escrita dos alunos nas séries iniciais no ensino fundamental I da Escola Municipal no Grupo Escolar Rural e Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos, ambas situadas no Povoado de Poços, município de Cumaru-PE, e suas possíveis soluções.

Baseando-se na revisão da literatura sobre a temática leitura, os objetivos específicos são: Observar os aspectos que interferem no processo de aprendizagem dos alunos nas sériesiniciais do ensino fundamental; além de discutir as dificuldades vivenciadas pelos alunos naleitura; Analisar as práticas e os incentivos desenvolvidos dentro e fora da sala de aula para a aquisição da leitura para os alunos das series iniciais do ensino fundamental I.

Quando se fala em compreensão de leitura, pensa-se logo, no entendimento do texto como um todo significativo. Na verdade, o esperado é isso, mas há todo um processo para se chegar a essa finalidade. Quando aprendemos a ler, em primeiro lugar, lemos letras, depois palavras, as quais são formadas por letras, após frases e, por fim, o texto, o qual é formado por frases. (Szimansky, 2019).

Justifica-se esta pesquisa através da dificuldade prática de leitura na aprendizagem dos alunos do Fundamental I no Grupo Escolar Rural e Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos, ambos situados no Povoado de Poços, município de Cumaru-PE, sendo observados, nestas escolas, a dificuldade de alunos de se expressarem com clareza e assim esses alunos com tal dificuldade de leitura não consegue perceber a extensão dos acontecimentos que o cercam, nem sentir o prazer de ler uma boa frase.

Para construir o conhecimento é necessário unir o saber, a experiência e a consciência, pois a leitura é muito importante para o desenvolvimento da vida e um ser humano. Deve ser praticada sempre, em local amplo para que seja prazeroso o ato de ler. Muitas vezes pensamos que leitura tem que ter letras, mais nem toda leitura tem que ter letra. Um desenho, um gráfico, uma paisagem, um outdoor, placas, quadrinhos também se faz leitura. Mais para que essas leituras sejam feitas, os profissionais da educação têm que trabalhar bem desde das series iniciais, esse aprender que é primordial a contribuição tanto do docente quanto dos docentes. Para formar leitores para uma sociedade contemporânea que busca refletir conceito sabendo discernir opiniões dentro da compreensão do que seja o aprender no raciocínio critico, lógico, coerente, no que seja aprendizagem de leitura e escrita. Buscando fundamentos, aproveitando a bagagem existente em cada ser devesse usar estratégia que propicie o desenvolvimento amplo significativo favorável com sua capacidade de criar, modificar seu próprio aprender. (Sarmento, Marques, 2019).

A leitura é um processo político que forma qualquer outro profissional. Sem leitura não chegamos a nenhum lugar, seja em qual área for quanto mais se prepara o indivíduo para uma aprendizagem significativa mais amplo é o seu mundo interior. O docente deve exercer cada período que seja proporcionado ao discente com planejamento e métodos que possibilite a eficácia de uma importante superação desse tabu que inquieta tanto esses profissionais da educação que é dificuldade de leitura e escrita. (Sarmento, Marques, 2019).

As dificuldades de leitura e escritas ainda persistem por falta de uma educação de qualidade, que explore a linguagem oral e escrita desde a educação infantil. Também contribui a falta de incentivo dos pais, materiais pedagógicos, professores e coordenadores descompromissados e até desmotivados a trabalhar, sem levar uma educação de qualidade. Para resolução desses problemas tem que haver uma política de compromisso e responsabilidade por toda classe educativa.  

Diante disso, serão apresentados os seguintes capítulos para entender melhor as dificuldades encontradas nas escolas que foram realizadas as pesquisas; porque ler é importante, dificuldades de leitura e da relação professor-aluno: questões de ensino; trilha metodológica, resultados e análises de dados.

1.1 Dificuldade de leitura e escrita

Com base nos estudos sobre o que alguns teóricos dizem a respeito das dificuldades de leitura e escrita nas serie iniciais de fundamental I, existem varia versões que favorecem a estas realidades. Mas o que todos almejam é contribui na melhoria do crescimento tanto do educando quanto do educado.

Na visão de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky ambas com pesquisas focadas na superação da problemática mostrando que a criança tem jeito. E o problema existem mais pode ser minimizado com estratégia que ajudem no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo no crescimento da clientela. As pesquisadoras Emilia e Ana estudando e encarando tais dificuldades e buscando fatores de interferência na melhoria da leitura e escrita. 

Segundo Emília Ferreiro, (2018, p.123): “A escrita não é um produto escolar e sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade, como objeto cultural, a escrita cumpri diversos funções de existência”.

Emilia Ferreiro diz: ensinar a ler e escrever continua sendo uma das mais importantes tarefas da vida. Mais com o fracasso desse tema nas escolas brasileiras temos que busca subsídios para não deixa essa criança frustrada nos primeiros anos de escolaridade e seguintes... São esses que preocupa e inquieta os profissionais da educação que cada vez mais buscam estratégia como mostram as teóricas acima citadas, para que alcance os resultados almejados.

Para Emilia Ferreiro (2018) os saberes que a clientela trás para a escola devem ser aproveitado fazendo dos mesmo um conhecimento e pondo-os em pratica no processo de alfabetização, para que o processo de aquisição de leitura e escrita em um contexto escolar considerando o desenvolvimento dos alunos pois esse começa muito antes da escolarização.

De acordo com Gomes (2015) recomenta trabalhar leitura através de textos literatura, pois a leitura é o processo político que forma qualquer outro profissional. Sem leitura não chegamos a lugar nenhum. Seja em qual área for, quanto mais se prepara o indivíduo mais amplo fica seu mundo interior, possibilitando fazer qualquer tipo de leitura.   

Jean Piaget (Costa, 2017), aparte da década de 80 quando tornou-se mundialmente conhecido ao longo de sua careira, fez inúmeras críticas as formas de ensina “tarefeiras”.  No sentido que prega era que o aluno não tinha direito de optar. Enquanto Ana Teberosky em um dos seus livros publicado em 1985, a psicogênese da língua escrita fala que alfabetização é u processo de reflexões, pois a cada obstáculo descoberto, se reflete a um caminho que Leve-o a solução.

Ao ser definido a identidade da escola e dos alunos, fala-se em objetivos do ensino fundamental e das habilidades que os alunos deveriam desenvolver durante os anos de escolaridade, tais como os PCNs destacam. Segundo Brasil, (2015, p. 9).

Utilizar as diferentes linguagens – verbais, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo as diferentes intenções se situação de comunicação.

Isso demonstra que a leitura é feita de todos as linguagens, por isso deve-se está preparado para observar que há uma necessidade de se utilizar as linguagens. Para enfrentar todas as dificuldades no mundo do trabalho e fazer diferentes leituras do mundo, os PCNs afirmam que segundo Brasil, (2015, p. 21).

O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

O letramento é um processo continuo que, por sinal, não se trata apenas de decodificação de letras, sons, sinais, e sim de algo que estar sempre em movimento e acontece ao longo da vida. A leitura foi um ponto de discutição como causa do fracasso escolar, tudo isso pode acontecer devido à dificuldade e a carência de recursos e a formação teórica dos professores enfrentados pela escola pública, isso afeta no processo de alfabetização a na garantia do desenvolvimento das habilidades necessárias para se formar um bom leitor.

Por conseguinte, para garantir o sucesso dos alunos na aquisição da leitura e da escrita nas séries iniciais da educação na zona rural foi preciso a discussão da prática pedagógica dos professores no exercício do planejamento, registro e avaliação dentro do respeito a diversidades encontradas e a identidade individual. Observou-se que para a promoção de um ensino de qualidade é preciso o atendimento personalizado para tais alunos, pois as salas são multisseriadas e em muitas das vezes suas necessidades não eram atendidas devido à superlotação das salas, por isso uma das metas foi à ação do planejamento feito pelos docentes de forma coletiva e individual.  A compreensão da linguagem é um fator essencial na aprendizagem da leitura. Dessa forma, foram confirmadas as observações feitas durante realizações de testes de leitura aplicados para as crianças, segundo os PCNs, segundo Brasil, (2015, p. 21).

Os resultados dessas investigações também permitiram compreender que a alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar, e, para aprender a ler e a escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: ele precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem.

Ainda segundo os PCNs, (BRASIL, 2015, p.24):

a língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas.

No entanto, ler e escrever são processos distintos e complementares que exigem diferentes habilidades, competências, ações que, por sua vez, varia de acordo com cada tipo de texto, dos mais simples aos mais elaborados, que os tornará leitores e escritores competentes.  Para desenvolver práticas eficazes de leitura e escrita foi preciso que a produção juntamente aos alunos temáticos que faziam parte do seu cotidiano. Mas, em primeiro lugar é importante saber que a leitura do texto não começa pelas palavras. Muitas vezes as pessoas lêem um determinado tipo de texto pelas características visuais. Observa-se uma receita ver que nela tem o nome do prato e logo abaixo da folha são apresentados os ingredientes. (Sarmento, Marques, 2019).

Para o bom desempenho da leitura observou-se que desde cedo é importante que o aluno tenha contato com textos variados: ler poemas, uma história aconchegante, contos de fadas, princesa e castelos, notícias de jornal, trovas populares, adivinhações e parlendas. Essas práticas são experiências fundamentais para a formação do leitor proficiente.

Toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais — que podem estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano, à transmissão e busca de informação, ao exercício da reflexão. De modo geral, os textos são produzidos, lidos e ouvidos em razão de finalidades desse tipo. Sem negar a importância dos que respondem a exigências práticas da vida diária, são os textos que favorecem a reflexão crítica e imaginativa, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada (Brasil, 1996, p.37).

A leitura é muito importante em todo momento, principalmente no início da escolarização. Que se inicia desde a pré-escola, no fundamental I, e se estende durante toda a vida, abordamos as dificuldades existentes por parte do leitor. Só através da leitura, descobrimos a questão do letramento e suas dificuldades, aonde as crianças vão aprendendo num processo construtivo, e se conscientizando que é através de leituras que se constroem caminhos para um futuro evolutivo dentro do ambiente estudantil. Pois este artigo conta como foi que nasceu em mim o interesse sobre dificuldades de leitura e escrita na alfabetização. Surgiu o interesse em trabalhar métodos e estratégias para melhorar a alfabetização e os anos seguintes, pensando em uma maneira de ajudar, decidir fazer este estudo com o intuito de ampliar conhecimentos, portanto, me dispus a pesquisar com mais três colegas, nas mesmas aéreas e também com experiências vividas no cotidiano escolar.

Porém como professora que somos, tenho interesse em buscar caminhos que ajude a melhorar nossa prática docente e enfrentar os desafios profissionais que surge em relação ao ensino aprendizagem inicial da leitura e da escrita. Há questões que desde a minha entrada no exercício do magistério sempre estiveram presentes em minhas reflexões, e sobre essa temática que busco, pretendo melhorar, auxiliando as crianças e adolescentes até mesmo aqueles que estão nos anos finais da educação básica, que apresenta um desempenho insatisfatório na leitura e na escrita. Desejo propiciar às crianças e aos adolescentes um ensino que os leves ao domínio efetivo da linguagem, sobre essas indagações são despertadas a cada dia no exercício de ser professora, que nos levam a buscar “respostas” para enfrentar essa tarefa tão complexa que é o desenvolvimento do processo de alfabetização em nossas escolas onde tal missão foi a mim confiada. (Sarmento, Marques, 2019).

Ao longo de nossa profissão são muitos os obstáculos surgidos, e é ao longo do caminho que venho trilhando e dialogando com professores alfabetizadores e com autores que desenvolveram estudos e pesquisas dentro desta área. Como os teóricos Bakhtin, Freire, Regina Celi, Terezinha Nunes e muito outros abordam essa temática, observa-se que todos os autores na verdade esclarecem nossas dúvidas na leitura e na escrita na alfabetização auxiliando na prática para um desempenho de nosso trabalho levando-os ao conhecimento e a posse de uma aprendizagem construída, “não” uma aprendizagem como receitas, de quem seja dona da verdade. Portanto temos que estudar cada dia, pondo em prática textos teóricos.

Emília Ferreiro (2018, p. 136) mostra que “[...] devemos começar o processo de alfabetização partindo do nome da criança, utilizando como suportes: textos, rótulos, bulas, jornais, revistas, livros, entre outros, [...]” e que passaram a fazer parte do dia-a-dia das salas de aulas apesar de desenvolver atividades consideradas “construtivistas”, o método de alfabetização conhecidos como “tradicionais” deve ser excluídos da prática pedagógica, mas com sabedoria, para que a mudança vá “fluir” na construção dessa prática considerada inovadora, levando-os a uma conscientização de que, não há um único caminho, e que esse “leque” que existe na concepção dos discentes seja aproveitado de maneiras coerente na construção do seu próprio saber.

De acordo com os teóricos acima citados tais estudos revelam que a escrita é um objeto cultural por excelência e as apropriações pela criança se dão através de um longo período que se inicia antes do seu ingresso na escola. Desde cedo, as crianças já têm oportunidades de observar e participar de atos de leitura e escrita que são praticados a sua volta, o que as tornam conhecedoras das funções que lhe são atribuídas a esse objeto de conhecimento.

Ao classificar a leitura e a escrita como objeto de estudo e reflexão, levei a compreender a realidade de cada Escola e de cada criança, por sermos “impar”, o trabalho em sala de aula deve ser diferenciado, de modo a atender de maneira agradável e satisfatória, tanto para o professor, como para sua clientela, para a escola e para essa sociedade globalizada. (Zanberlan, 2018).

Na fala do filósofo Bakhtin ao afirmar que, na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras. E somente reagimos àqueles que desperta em nós ressonou ideológicas ou convenentes à vida. (1999, p.95).

2. Metodologia

Esse artigo é de um trabalho que foi feito em busca de resultado de observações e pesquisas teóricas e práticas em relação em um contexto de algumas escolas rurais no município de Cumaru-PE, além de ser explorados conceitos e concepções ou fundamentação teórica relacionada à temática. A referente pesquisa é um estudo de caso ação participativa realizada através de formulário e foi realizada em Cumaru – PE, destinando-se a apresentar o discurso dos 2 (dois) professores entrevistados no que diz respeito a importância da leitura, bem como a contribuição da pesquisa na formação de leitores.

O estudo de caso tem por objetivo o exame detalhado de um ambiente, ou de um local, e de uma situação, de um determinado objeto, ou, simplesmente de um sujeito de uma situação.  Segundo Gil (2011), trata-se de uma forma de se fazer pesquisa investigativa de fenômenos dentro do contexto real, em situações em que as fronteiras entre o fenômeno e o contexto estão claramente estabelecidos.

Ainda de acordo com Gil, o estudo de caso é caracterizado pelo estudo a permitir conhecimento amplo e específico. O autor ainda acrescenta que “o delineamento se fundamenta na ideia de que a análise de uma unidade de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa” (Gil, 2011, p.79).

No que diz respeito ao hábito da leitura, por observar e participar do objeto de estudo tivemos acesso a esta informação, todos os professores entrevistados foram unânimes em responder, o que se constitui em um fato favorável ao desenvolvimento da leitura, pois não se pode desenvolver no outro, aquilo que não é realizado por mim, assim sendo um primeiro passo já foi dado pelos professores. “Professores leitores, certamente terão mais facilidade em formar alunos também leitores.” (Ferreiro 2018 e Teberosky 1992) oportunizam ao professor conhecer que quanto mais metodologia mais conhecimento, em uma pratica que se busque incentivo pela família, escola, e profissionais da educação, e que se ver a aprendizagem acontecer. É um processo de mudanças, pois o aluno é um ser antes da leitura, e depois da superação da leitura e escrita é outro totalmente diferente; e cada vez, melhor. Só se resolver esse problema de dificuldade de aprendizagem de leitura e escrita, analisando de onde vem tas dificuldades; é que se pode trabalhar partindo do alicerce do problema na busca pela resolução. É através da descoberta de casos que chegamos de maneira lúdica e clara com metas adequadas que possa auxiliar e facilitar a aprendizagem e a compreensão de textos.

É necessário que os indivíduos estejam imersos em um ambiente de letramento a fim de que possa entrar num mundo letrado, para que a leitura se transforme em necessidade e forma de lazer para eles. O professor não deve determinar o que ler, mas oportunizar ao aluno contato com diversidade de materiais de leitura (jornais, revistas, livros), respeitando-se o nível de aprendizagem de cada um.

Esta pesquisa foi elaborada na Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos e no Grupo Rural do povoado de Poços, ambos localizados no Município de Cumaru – PE, mostrando a possibilidade ao seu aluno seu desenvolvimento com o conhecimento adequado à sua realidade de maneira que venha transformar a mesma a exercer sua cidadania, oferecendo Educação Básica na Pré-escola e no Ensino Fundamental I, com funcionamento em dois turnos, manhã e tarde.

Os 2 (dois) professores atuam dentro de sua área de formação, são graduadas e tem o curso de especialização, as mesmas atuam há mais de quinze anos e tem uma clientela de 48 alunos, e há um interesse em buscar ascensão profissional através de cursos, capacitações, como condição importante para o seu crescimento profissional e melhoria do seu trabalho.

O plano de desenvolvimento da Escola é desenvolvido, elaborado dentro das necessidades e mudanças dentro da mesma. O projeto didático é realizado dentro das necessidades das turmas e suas dificuldades. O método utilizado na realização desta pesquisa foi baseado em leituras de textos e autores citados na bibliografia e através de entrevistas com professores e alunos de duas escolas da rede municipal de Cumaru.

Na pesquisa de campo, a observação do campo possibilitou verificar as dificuldades que os professores enfrentam para realizar as diferentes atividades de leitura em sala de aula e atender as necessidades individuais dos alunos. A disponibilidade dos sujeitos da pesquisa: educandos e educadores de ensino contribuíram favoravelmente na realização da pesquisa. As informações obtidas foram analisadas e depois transformadas em capítulos acrescentando meu ponto de vista e visão de alguns autores.

A metodologia propõe conteúdos e atividades para serem feitas sobre a leitura de gêneros não-verbais, abordando a aprendizagem significativas em que o sujeito é capaz de interpretar, refletir, criar, construir e analisar mostrando que lemos não só para aprender, mas também por prazer. Usando gêneros lendas contos e fábulas estimulando a produção escrita, desenvolvendo a análise linguística também através dos textos escritos pelos alunos. Que podem ser leituras informativas desenvolvidas a partir de gêneros e práticas cotidianas como: revistas, cartas, bilhetes, receitas sugerindo um plano de aulana perspectiva sócio-interacionista de linguagem  de linguagem formando leitores competentes em um processo  criativo capaz de ler o mundo modernizado, com debates oficinas de leitura, produção textual, livros paradidático, como fonte de incentivo para a leitura construindo caminhos que nos conduzam a uma educação melhor e de qualidade.

3. Resultados e discussão

A análise de dados/informações numa pesquisa qualitativa é baseada essencialmente nos resultados textuais como transcrições de entrevistas, relatos de observação ou anotações oriundas de uma análise documental. Gil (2011) citando vários autores reforça que,

O primeiro cuidado na análise de dados qualitativos é a construção de um sistema de categorias.  Para tal é necessário ler, reler os documentos a serem categorizados com vista a identificar tópicos, temase padrões relevantes. Mesmo não havendo critérios rígidos quanto às distinções entre aqueles construtos, tópicos pode ser um assunto e tema pode ser uma ideia, citando um autor estrangeiro. Afirma não haver diretrizes específicas para o estabelecimento de método adequado para a construção de unidades de análise documental. (2011, p.19).

A análise de dados possibilita ao pesquisador sua imersão no assunto. A interação do pesquisador com o objeto pesquisado forma uma unidade singular em cada estudo de natureza qualitativa. É necessário que os dados sejam examinados atentamente, buscando regularidades, isto é, para que não haja contradições entre as respostas do pesquisado e a análise do pesquisador.

Com a intenção de conhecer como os docentes estão trabalhando a leitura nas séries iniciais, realizamos uma pesquisa com professores e alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental I. Foram entregues questionários a dois professores e 26 alunos para análise dos dados. Em relação ao Questionário do Professor, analisamos as seguintes questões:

3.1. Como são as atividades de leitura na escola?

O professor “A”- disse que é desenvolvido com programas com a classe uma leitura diária, onde cada educando terá o seu dia para apresentar uma leitura;

O professor “B”- afirmou que através de atividades lúdicas, ora individuais, ora coletivas.

3.2. Os alunos tem acesso a que fontes de leitura?

O professor “A”- diz que os alunos têm acesso a livros, jornais, revistas, gibis, cartazes, pastas específicas para leitura;

O professor “B-” diz que através de livros didáticos, livros infantis e outras fontes que podem ser trabalhadas em sala de aula.

3.3. Quais as atividades de escritas exitosas realizadas em sua sala de aula?

O professor “A”- respondeu que as atividades são realizadas com estórias ou fatos que eles próprios viveram e contaram;

“Já o professor B”- afirma que através de estórias infantis e outros textos, que depende do profissional nesse desenrolar do trabalho com projetos de leitura.

3.4. Por que muitas crianças sabem escrever e não sabem ler?

O professor “A”- afirma que a leitura abrange tanto a visão quanto a audição da criança, pois a mesma precisa perceber as informações que seu cérebro processará, se um desses dois canais estiver recebendo as informações distorcidas, a criança apresentará distúrbios deleitura devido às dificuldades de percepção visual ou auditiva.

 O professor “B”- diz que o processo depende muito do profissional alfabetizador, se o aluno for bem alfabetizado, jamais terá dificuldades na leitura.

3.5. Como despertar o prazer de ler?

O professor “A” diz que são várias as propostas que poderão despertar o prazer pela leitura. Eis aqui algumas delas:

O professor “B” afirma que todos os dias, mostrando ao aluno que é importante o uso da leitura, uma vez que leitura e produção escrita andam juntas.

3.6. Por que a aluno tem dificuldades para aprender a ler e escrever?

O professor “A”- pois antes de ingressar na escola a criança tem o primeiro contato com a família, porém, a participação da família à aprendizagem da criança é de suma importância, diz que nem sempre a escola leva em conta os conhecimentos prévios que toda criança traz de casa. O aluno já faz uma leitura de mundo a partir delas é que se deve iniciar o processo de leitura e escrita

O professor “B”- diz que o aluno não tem um acompanhamento familiar e isso interfere na aprendizagem do aluno.

Para analisar a pesquisa de campo, tendo como instrumento um questionário de pesquisas com perguntas fechadas, foram feitas e entregue três questões com os seguintes objetivos: - Identificar quais as fontes de leitura que os alunos têm acesso; - Descobrir a preferência dos alunos em relação ao tipo de texto pelo mesmo no dia-a-dia;  - Verificar se os alunos reconhecem vários tipos de leitura na escola que estuda. Em relação ao Questionário dos Alunos, temos os seguintes dados:

 

Tabela 1
Entrevista com alunos do fundamental I, da Escola Josefa Bezerra de Vasconcelos,
localizada no Povoado de Poços Zona Rural Cumaru - PE.

PERGUNTAS/ ALUNOS

QUAIS OS MOMENTOS DE LEITURA QUE SUA PROFESSORA OFERECE?

O QUE VOCÊ GOSTA DE LER?

O QUE VOCÊ GOSTA DE ESCREVER?

ALUNO (A)

Nas atividades

Livros de histórias

Textos

ALUNO (B)

No momento de leitura

Livros de histórias

Textos de história

ALUNO (C)

Tarefa no livro

Livros de histórias

Atividades no quadro

ALUNO (D)

Quando toma a lição

Livros de histórias

Textos

ALUNO (E)

Quando toma a lição

Livros de histórias

Matemática

ALUNO (F)

Quando realizar atividade

Livros de histórias

Textos e perguntas

ALUNO (G)

Quando toma a lição

Livros de histórias

Matemática

ALUNO (H)

Quando toma a lição

Histórias em quadrinhos

Textos

ALUNO (I)

Quando toma a lição

Histórias em quadrinhos

Histórias

ALUNO (J)

Quando realizar atividade

Livros de histórias

Atividades no quadro

ALUNO (K)

Quando toma a lição

Histórias em quadrinhos

Textos

 ALUNO (L)

Momento de atividade

Cordel e terror

Assunto de prova

ALUNO (M)

Quando toma a lição

Livros de histórias

Atividades no quadro

ALUNO (N)

Realização das tarefas

Ficção dramática

 

ALUNO (O)

No fim da aula

Livros de histórias

Tarefas

ALUNO (P)

Leitura individual

Cordel

Assuntos e atividades

ALUNO (Q)

Momento de atividade

Contos

Poema

ALUNO (R)

Momento de atividade

Livros de histórias

Textos

ALUNO (S)

Quando toma a lição

Livros de histórias

Atividades no quadro

ALUNO (T)

Quando toma a lição

Contos

Textos

ALUNO (U)

Cantinho da leitura

Livro

Atividades no quadro

ALUNO (V)

Quando toma a lição

Livro de guerra

Versos

ALUNO (W)

Quando toma a lição

Histórias em quadrinhos

Textos

ALUNO (X)

Leitura individual

Livro didático

Histórias em quadrinhos

ALUNO (Y)

Quando toma a lição

Poema

Assunto de prova

ALUNO (Z)

Leitura individual

Livro infantil

Atividades no quadro

Fonte: autoria própria

Analisando os dados dos questionários junto aos alunos do 3º e 4º ano, verifica-se que os professores realizam atividades de leitura em momentos diferentes.  Seguindo para a próxima pergunta sobre o que os alunos gostam de ler, obtivemos nas respostas dos 26 (vinte e seis) alunos, e verificamos, uma amplitude no gosto pela leitura. Eles em sua maioria gostam de ter acesso a diversos tipos de texto, estando a história em quadrinhos, a literatura infantil, os contos, a literatura de cordel, histórias de ficção e outros presentes no contexto de leitura deles. Com isso, entendemos que a prática da leitura deve ser estimulada na infância, antes mesmo de a criança entrar na escola. O incentivo e o estímulo facilitarão seu aprendizado, permitindo que a criança, no futuro, seja leitor assíduo e consciente do seu papel na sociedade (Santos, 2016).

É importante desenvolver um trabalho de leitura com uma variedade de gêneros textuais, ler muito, de tudo um pouco, nos ajudam a escrever de modo mais flexível, seguindo códigos linguísticos sintonizados a contextos diversos, tal como o rico mundo em que vivemos. Escrever não é fácil, mas quando o professor é responsável pela aprendizagem, ele não ataca apenas os erros ortográficos, este consegue que os alunos nas séries iniciais escrevam frases gramaticalmente aceitáveis e ainda mais complicadas, textos organizados com ideias logicamente expressas (Oliveira, 2018).

Conforme apresenta os dados, os professores relatam que trabalham com o projeto de leitura vivenciado na escola e outras fontes que são trabalhadas na sala, textos diversos, utilizando métodos atrativos sempre partindo do contexto que o aluno está inserido, mostrando para o aluno que é importante o uso da leitura, uma vez que a leitura e produção caminham juntas. Na escola pesquisada foram entrevistados 26 alunos. Verificamos que a maior parte dos educandos gosta de ter acesso a diversos tipos de textos (Prado, 2019).

Constatamos com a pesquisa que existem atividades criativas e atraentes, onde todos participam da prática de leitura, tendo o professor intuito de envolver e direcionar o aluno a essa prática. A biblioteca escolar é a base para a formação de leitores (Vitta, Fabiana Cristina Frigieri de, Silva, Carla Cilene Baptista da, & Zaniolo, Leandro Osni, 2016). O planejamento do espaço da biblioteca deve ser feito em função do usuário como também do acervo e do que se pretende fazer nele. Além de salas para abrigar o acervo geral, também estão previstas salas para referências e periódicos para estudos individuais e de grupos e ainda locais específicos para o uso de equipamentos (Fino, 2016).

Percebe-se que o aluno, professor e a biblioteca compreendam que a concretização efetiva da pesquisa escolar ocorre em etapas, não em bloco único e que a riqueza do processo se traduz na modificação de pensar do estudante, a partir do processo de ensino aprendizagem. É importante que o conteúdo lido seja socializado com o restante da turma, utilizando como meio rodas de leituras, através de conto e reconto nos quais os alunos partilham o que aprendem, destacando os pontos relevantes e que mais gostaram em sua leitura possibilitando, no entanto, uma construção de conhecimento, conjunto e dinâmica. (Guerra, 2014).

É interessante ministrar pelo menos uma aula semanal de leitura, biblioteca, porém não convém limitar-se apenas a esta aula, pois discentes precisam de várias oportunidades para visitas de pesquisas ou empréstimos em horários diferentes e amplos com liberdade de escolha. É necessário preparar uma ambientação adequada e de acordo com cada assunto, objetivando despertar a curiosidade dos discentes leitores, todavia é fundamental utilizar a criatividade, pois assim torna-se mais fácil tocar no emocional dos alunos, incentivando-os a buscarem essencialmente a leitura cultivando-os em si o ato e ler e colocando em destaque os que não gostam de ler e ou, os que têm em casa fontes de leitura. (Marinis, 2016).

4. Conclusões

Com este trabalho, constatei com a coleta de dados, que há dificuldades nos discentes, tanto na leitura quanto na escrita, que está relacionado ao convívio da realidade interna e externa dos alunos, professor, escola, família e o meio. Sabe-se que ensinar é necessário, principalmente duas coisas: gostar de aprender e amar o aprendente. Só aprendemos quando aquilo que aprendemos é significativo para nós, esta é uma visão Piagentina.

É necessário, que as professoras busquem meios, que atraiam a clientela, de modo especial, as que apresentam dificuldades para aprender a ler e a escrever, mesmo com métodos e caminhos relacionados a melhorar leitura e escrita, o problema ainda apresenta nos anos iniciais do Fundamental I. Fica evidente que é preciso mais empenhos por parte dos professores das Escolas entrevistadas e de todo o corpo docente para que essas crianças possam sair do anonimato com relação a leitura e escrita, tornando-se cidadãos conscientes dos seus direitos, principalmente o de poder aprender.

Por preparados e experientes que sejam os facilitadores da aprendizagem das Escolas Josefa Bezerra de Vasconcelos, e Grupo Escolar Rural de Poços, zona rural de Cumaru-Pe. Faz-se necessário buscar caminhos que entendam as necessidades encontradas nas aprendizagens da leitura e escrita, colaborando e despertando para novas estratégias facilitadoras que passam subsidiar nas ações pedagógicas para que acrescentem nos conhecimentos da aprendizagem pertinente a função cooperadora do professor na função ao mesmo.

A família é o primeiro grupo social com o qual a criança tem contato, é ali que ela constrói seus primeiros saberes e experiências vivenciadas que serão levadas para a Escola e serão ampliadas neste novo grupo social. As crianças que crescem em famílias onde as pessoas são alfabetizadas e onde ler e escrever, são atividades cotidianas, neste ponto o que cabe a escola é estar atenta às diferenças de conhecimento de leitura e escrita. O hábito de ler pode aproximar as crianças ao mundo letrado. A realização dessa pesquisa demonstrou a necessidade dos professores reverem sua maneira de como aplicar práticas de leitura em sala de aula, pois é no processo educativo que buscamos através de pesquisas, soluções que venham priorizar o ato de leitura para todos.

Dificuldades sempre existiram e sempre existirão, mas que não sirvam de estímulo para priorizar uma política efetiva de construção de leitores. É que essa responsabilidade não fique apenas a cargo dos professores de língua portuguesa, uma vez que essa é uma competência que deva contaminar a todos os docentes sem exclusão. Enfim, para que o processo de conhecimento aconteça de forma eficaz, faz-se necessário promover práticas constantes de leitura visando uma aprendizagem significativa. Portanto, precisamos rever a nossa própria maneira de ver a educação, principalmente no que diz respeito a formar leitores. É importante trabalhar a expressividade, a oralidade, instrumentos que ofereçam ações e atividades para os mesmos estarem aptos a atribuírem significados na aprendizagem, proporcionando atividades criativas e motivadoras para o prazer de ler por prazer. O importante é que as crianças não percam o contato prazeroso com o mundo da leitura e da escrita, onde as mesmas estejam ligadas aos diferentes contextos de letramento.

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1. Pedagoga, Mestre em Educação. E email de contato: celenesilvadeazevedo@gmail.com

2. Pedagoga, Mestre em Educação. E email de contato: margaretetabosa@hotmail.com

3. Pedagoga, Mestre em Educação. E email de contato: hilde.2009@hotmail.com

4. Biólogo, doutor em Biologia pela UFPE. E email de contato: gusmao.diogenes@gmail.com


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 41 (Nº 18) Ano 2020

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