Espacios. Vol. 36 (Nº 11) Año 2015. Pág. E-1

Violência escolar: relações entre bullying e a educação física

An analysis of pedagogical practice on the body in motion in early childhood education

Joselaine Aparecida CAMPOS 1; Khaled Omar Mohamad El TASSA 2; Gilmar de Carvalho CRUZ 3

Recibido: 15/02/2015 • Aprobado: 02/04/2015


Contenido

1. Introdução

2. Método

3. Resultados e Discussões

4. Conclusões

Referências


RESUMO:

O bullying é um conjunto de atitudes que se caracterizam pela agressividade, intencionalidade e repetitividade. Interpretado muitas vezes como brincadeiras entre escolares, o bullying gera consequências negativas na vida dos envolvidos, tanto a curto como em longo prazo, interferindo na vida social, emocional, estudantil e legal dos envolvidos, de acordo a intensidade, duração e frequência dos atos. A Educação Física desenvolve no contexto escolar conceitos e práticas relacionados à cultura corporal, que conforme a seleção do conteúdo e estratégia metodológica adotada pode favorecer a exposição dos alunos e consequentemente a vitimização entre pares. No entanto, a disciplina pode contribuir no contexto escolar na identificação, prevenção e combate a este tipo de violência. O presente estudo teve por objetivo analisar se o bullying pode ser considerado elemento responsável pela exclusão de alunos nas aulas de Educação Física. A pesquisa de caráter qualitativo foi realizada utilizando-se dois instrumentos, a observação das aulas de Educação Física e entrevista semi estruturada, que foi realizada com os alunos não participantes das aulas de Educação Física. O estudo evidencia que o bullying não foi responsável pela exclusão dos alunos que não participavam das aulas de Educação Física.
Palavras-chave: Bullying. Educação Física. Educação.

ABSTRACT:

Bullying is a set of attitudes that are characterized by aggressiveness, intentionality and repeatability. Often interpreted as banter between school, bullying creates negative consequences in the lives of those involved, both in the short and long term, interfering with social, emotional, and legal student of life involved, according to intensity, duration and frequency of acts.  Physical Education develops in the school context concepts and practices related to body culture, which according to the selection of content and methodological strategy adopted may favor the exposure of students and hence the peer victimization. However, discipline can contribute to the school context in identifying, preventing and combating such violence. The present study aimed to examine whether bullying can be deemed responsible for the exclusion of students in physical education classes element. A qualitative research study was conducted using two instruments, the observation of physical education classes and semi-structured interview, which was performed with non-participating students in physical education classes. The study shows that bullying was not responsible for the exclusion of students who did not attend physical education classes.
Keywords: Bullying. Physical Education. Education.

1. Introdução

A violência esta cada vez mais presente no ambiente escolar, diferente em cada período histórico em que vivemos, seu conceito nas últimas décadas vem passando por mudanças. O conceito de violência antes utilizado para caracterizar crimes hediondos passou também pertencer ao âmbito educacional. Para Tigre (2009) a palavra violência tem associação à criminalidade e seus autores, e não aos alunos. Para a mesma autora, no âmbito escolar conflitos escolares eram denominados atos de indisciplina.

O bullying é uma subcategoria de violência que vem preocupando não só a comunidade escolar, mas toda a sociedade. Os protagonistas desta história são crianças e adolescentes ainda em processo de formação, e, em busca de identidade afirmada pelas interações entre iguais. As consequências a curto e longo prazo estão associadas a problemas de saúde física e mental. A violência é confundida em alguns momentos de forma silenciosa, com uma brincadeira entre escolares, que por vezes levam a rotular, caracterizando-se de bullying sem o ser, o que dificulta a identificação do problema. Olweus (1993) citado por Levandoski (2009) define bullying como sendo,

 

[...] um conjunto de "atitudes agressivas, intencionais e repetitivas" que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra um ou outros, causando dor, angústia e terrível sofrimento, que fere a alma e o âmago, dessas vítimas, gerando como consequências, bloqueios psicológicos (p.30).

A Educação Física assume posição privilegiada no contexto escolar, sendo uma das aulas mais esperadas pelos alunos. A dinâmica com que os conteúdos relacionados à cultura corporal são desenvolvidos, a relação entre professor e aluno, bem como o espaço onde os conteúdos são apresentados, se constituem atrativos interessantes para a disciplina.

Diante do exposto, o presente estudo se propôs investigar se o bullying pode ser considerado responsável pela exclusão nas aulas de Educação Física.

2. Método

Este estudo é caracterizado pelo método de pesquisa de campo, com abordagem qualitativa. A análise dos dados coletados foi permeada pelo diálogo com a temática em foco, através de uma revisão de literatura.  De acordo com Gil (2008) a pesquisa de campo permite amplo detalhamento dos fatos que acontecem espontaneamente, estudando um único grupo ressaltando a interação do mesmo. A análise qualitativa revela particularidades do fenômeno (Barbosa; Lourenço; Pereira, 2011).

Amostra

A pesquisa foi realizada em uma Escola da Rede Pública de Ensino de Ponta Grossa- PR, em 2013, situada no Campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa em Uvaranas. De um universo de, 97 alunos do Ensino Fundamental II (8° e 9° ano), fez-se um recorte de cinco alunos, que por relato da professora de Educação Física e Coordenadora Pedagógica da escola, não participavam regularmente das aulas de Educação Física. Antes de iniciar a pesquisa, todas as informações sobre objetivos, procedimentos, avaliações e questões legais do estudo foram apresentados aos alunos, pais e/ou responsáveis, professores envolvidos e, aqueles que optaram por participar da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram tomados os devidos cuidados éticos na realização da pesquisa, sendo garantidos o anonimato e confidencialidade dos dados.

Os alunos selecionados para análise possuem um perfil socioeconômico de classe média a alta, pelo fato de uma grande maioria caracterizar-se como filhos de funcionários da UEPG, com especificidades conforme a região que se encontram no entorno, área de abrangência 1, 2 e 3 (proximidade) da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, sendo esta em ascensão devido à ampliação da Instituição de Ensino Superior (IES).

O perfil do professor, alvo desta pesquisa, está identificado com a escolaridade em nível de Especialização e Mestrado, como também, formação continuada por meio de horas-aulas específicas para atividades de qualificação, demonstrando a qualidade dos profissionais da educação.

Em relação ao perfil da gestora há de se considerar cursos ofertados pela IES (parceria com o Estado), como também, do próprio governo do Estado por meio do Núcleo Regional de Educação (NRE). A formação inicial da gestora é na área de Licenciatura em Matemática, especializando-se na área de Arte em Educação, assumindo cargo de confiança por meio de indicação da UEPG/NRE.

Instrumentos

Foram realizadas sete observações de aulas de Educação Física, sendo registradas e categorizadas em Diário de Campo, e entrevista semiestruturada com cinco alunos não participantes das aulas de Educação Física do Ensino Fundamental II, do período matutino, baseada no questionário da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e a Adolescência (ABRAPIA), que buscou informações como o número de envolvidos, agressores, vítimas, vítimas /agressores e testemunhas, os tipos de bullying, locais onde ocorrem, reações das vítimas, sentimentos das testemunhas durante a vitimização e sentimentos admitidos pelos autores.

Antes de iniciar a pesquisa a direção e a professora responsável pelas turmas foram informadas sobre o procedimento, os pais e os alunos não foram informados da pesquisa para que os mesmos não mudassem o comportamento perante a observação, buscando um resultado mais próximo da realidade. A pesquisa não oferece riscos à saúde e a integridade física e moral dos sujeitos envolvidos.

No decorrer das análises de campo foram realizadas 7 (sete) observações entre o mês de agosto e outubro caracterizando-se ao final por meio de um Diário de Campo, que são descrições do comportamento dos alunos e professor nas aulas de Educação Física. Os olhares dessas análises aconteceram por meio de registros em que se observou a perspectiva do bullying em ambiente escolar, as inter-relações que fizeram parte desta pesquisa foram essenciais para transcrever os relatos dos alunos e professora.

Análise estatística

A análise dos dados qualitativos inspirou-se nos pressupostos da análise de conteúdo (Bardin, 2008). Essa análise permite a reinterpretação do conteúdo de documentos e textos, conduzindo a uma compreensão de significados que supera uma leitura comum, seja nos textos documentais, nos registros no diário de campo, nas transcrições das entrevistas ou nos questionários.

3. Resultados e Discussões

Bullying: desvendando um conceito

O termo bullying é de origem inglesa e vem do adjetivo bully que tem como tradução valentão, brigão. Sem tradução para o português, bullying é um comportamento agressivo, intencional e repetitivo, exercido por um individuo ou grupo sobre outro, incapaz de se defender, causando dor, angústia (Levandoski, 2009; Lopes Neto, 2005; Olweus, 1993).

O bullying tem sido classificado como: a) físico: que inclui socos, empurrões, pontapés e roubar os pertences; b) verbal: que se dá através de apelidos humilhantes, comentários maldosos, sendo o mais utilizado por adolescentes; c) relacional: que seria ignorar, excluir um colega; d) ciberbullying: que ocorre no meio eletrônico (Barbosa; Lourenço; Pereira, 2011).  Os ataques podem ser classificados como diretos, por exemplo, agressões físicas onde a vitima sabe quem é o agressor, e indireto através de boatos fofocas. Catini (2004) verificou em suas pesquisas que meninos se envolvem mais nas agressões físicas, e, que estas decrescem de acordo com a idade, enquanto que meninas utilizam mais o bullying verbal.

Os possíveis motivos para as agressões podem ser atributos relacionados à vítima, cor da pele, boas notas, vestuário, religião, classe social, local onde reside, deficiência física ou mental, por exemplo. O alvo ou vítima como também é chamada, é a criança ou aluno exposto ao comportamento agressivo intencional e repetitivo, que sentem dificuldades em reagir, são vulneráveis, e na sua maioria apresentam-se pouco sociáveis, inseguros, retraídos, rejeitados, impopulares e tem poucos amigos ou nenhum (Lopes Neto, 2005).

A superproteção dos pais para com seus filhos pode vir a torná-la uma vitima. Barbosa, Lourenço e Pereira (2011) colocam que o controle intrusivo pode gerar na criança falta de confiança e dificuldade em se relacionar. A relação entre agressor e vítima mascara o bullying, dificultando a interpretação das agressões que podem ser confundidas como brincadeiras entre pares.

O comportamento da vítima favorece as ações do agressor, que de acordo com Catini (2004) sinalizam que não relatariam as agressões. As vítimas envergonham-se da situação e temem futuras retaliações. Pereira (2011) afirma que as vítimas são mal compreendidas quando relatam as situações. Em relação à punição, Pozolli (2006) enfatiza que as agressões diretas recebem punição, enquanto que as agressões indiretas, apelidos, exclusão, ameaças, além das fofocas entre outros serem confundidas com indisciplina e não recebendo advertências ou punições.

No ambiente escolar o professor pode vir a agravar o problema, quando os mesmos não são os próprios agressores. Conforme Sabino, "[...] alguns conflitos velados ou explícitos entre professores e alunos podem influenciar na ocorrência de massacres escolar, brigas, agressões morais e verbais além de poder repercutir em perturbações sociais, afetivas e psicológicas aos envolvidos" (2010: p. 15).

De acordo com Almeida (2009), as violências nas escolas podem ser acarretadas por meio de aulas repetitivas e sem significado para o aluno, baseadas em uma educação bancária (Paulo Freire), por meio de provas e avaliações com "pegadinhas" para minimizar a capacidade cognitiva dos estudantes e mantê-los calmos e respeitosos nas aulas posteriores. A figura do gestor neste processo é visto como essencial pela sua capacidade de liderança que faz a diferença. Nessa situação o diretor fica atento ao estilo de ensino e estratégias para orientar os professores na condução de suas aulas, pensando no contexto de valorização dos sujeitos aprendizes. 

A vítima pode elencar uma série de sintomas, aos quais os familiares devem estar atentos, como indica Lopes Neto,

Enurese noturna, alterações do sono, cefaléia, dor epigástrica, desmaios, vômitos, dores em extremidades, paralisias, hiperventilação, queixas visuais, síndrome do intestino irritável, anorexia, bulimia, isolamento, tentativas de suicídio, irritabilidade, agressividade, ansiedade, perda de memória, histeria, depressão, pânico, relatos de medo, resistência em ir à escola, demonstrações de tristeza, insegurança por estar na escola, mau rendimento escolar e atos deliberados de autoagressão (2005: p. 169).

Já a vítima/agressor é aquela que oscila os papéis, ora vítima ora agressora, distinto em comportamento agressivo proativo e reativo. Com relação a estratégias utilizadas pelos autores do bullying, Gini; Pozoli indicam que "[...] o comportamento agressivo proativo envolve tentativas de influenciar os outros por meios aversivos, em situação que não foi provocada" (2006: p. 57). O comportamento agressivo reativo é uma resposta impulsiva em defesa às agressões.

A vítima/agressor tem por características comportamentais atitudes agressivas, ansiosas, inseguras, depressivas, impopulares, além de apresentar baixa autoestima, e responderem as provocações sem sucesso. Lopes Neto (2005) descreve que os agressores apresentam altos índices de rejeição e humilham os colegas para encobrir suas próprias limitações. Olweus (1993) acrescenta que estes alunos podem ser hiperativos, inquietos e dispersos.

Estudos indicam que entre os envolvidos, os agressores se constituem em grupo que tem maiores chances de desenvolver problemas de comportamento (Liang; Flisher; Lombard, 2007; Rigby, 2003; Olweus, 1993). É indicado que os agressores apresentam número maior de problemas de conduta nas escolas, com seus pares, comportamentos antissociais, sintomas psicossomáticos, psicológicos e pensamento suicida.

O agressor por sua vez, é popular entre seus pares, geralmente é mais forte que suas vitimas, pode ser da mesma idade ou mais velhos faltam-lhe empatia, é impulsivo, apresenta comportamento antissocial, vê a agressividade como uma qualidade, sente necessidade de dominar e gosta de fazer seus alvos sofrerem, procurando o melhor momento para atacar (Lopes Nesto, 2005).

De acordo com Rigby (2003) o agressor pode vir a realizar as agressões por meio de assistentes. Lopes Neto acrescenta que nesta ação conjunta o grupo age da seguinte forma:

[...] o autor dilui a responsabilidade por todos ou a transfere para os seus liderados. Esses alunos, identificados como assistentes ou seguidores, raramente tomam a iniciativa da agressão, são inseguros ou ansiosos e se subordinam à liderança do autor para se proteger ou pelo prazer de pertencer ao grupo dominante (2005: p. 167).

Pesquisas indicam que os alunos que não estão envolvidos diretamente, temem serem as próximas vitimas, e também, o último grupo dos envolvidos nas práticas de bullying também demonstra este comportamento, sendo considerados seus integrantes testemunhas (Liang; Flisher; Lombard, 2007; Rigby, 2003; Olweus, 1993). Espectadores como também são chamados, são os que presenciam as práticas e permanecem neutros, por temerem serem as próximas vítimas e/ou por não saberem como proceder na situação. Quando as testemunhas defendem a vítima elas são classificadas como defensores, se instigam os agressores são denominados incentivadores, e por fim os auxiliares, que participam efetivamente do bullying (Lopes Neto, 2005). As atitudes passivas dos expectadores fortalecem ainda mais afirmação de poder dos agressores.

As consequências do bullying na vida dos envolvidos, a curto e em longo prazo provoca fatores que modificam a vida social, cognitiva, emocional e legal, que podem ser acarretadas conforme a intensidade, duração e frequência dos atos. Diante disso os fatores repetitivos do comportamento agressivo estão em algumas situações, relacionadas com a interação do sujeito e o ambiente físico, social, cultural que durante o decorrer do tempo podem influenciar sua vida.

A pessoa reproduz o comportamento que vivencia em casa, em uma família sem estrutura, com pouco diálogo, carinho, supervisão, com a violência física sendo utilizada como instrumento disciplinador, as possibilidades em resultar em um individuo agressivo é maior, que pode vir acompanhado do meio que conhece mais, no caso a violência, para conseguir o que almeja. 

Educação Física: medidas de prevenção e combate ao bullying

A disciplina de Educação Física pode vir a ser um espaço favorável às práticas de bullying, dependendo da forma como os conteúdos são abordados. Conforme enfatiza, Santos, a proposta de trabalho em equipe pode gerar conflitos, sendo que,

[...] as crianças estão mais suscetíveis a expressar seus sentimentos devido à exposição a situações de conflitos, desafios e, além disso, exigem-se constantemente atividades em equipe, o que gera uma necessidade de ser aceito pelo grupo, de identificar-se, mesmo que, para isso, seja necessário excluir um colega (2012: p. 23).

As aulas de Educação Física podem contribuir para a constituição de um espaço/ambiente competitivo, agressivo e de discriminação, que despertem práticas de exclusão como, por exemplo, escolher os mais aptos para compor o time, falar mal do colega com menos destreza nas modalidades, caçoar do desempenho do outro durante a aula, são atitudes que associadas à intencionalidade, a repetitividade e a assimetria de poder enquadram-se no comportamento de vitimização entre pares. Para Santos (2012) a exposição dos alunos por consequência da aula favorece a identificação dos envolvidos.

Dentre os princípios que são observados na prática pedagógica da Educação Física, destacam-se a inclusão e a diversidade. O primeiro tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal, buscando reverter o quadro de seleção de indivíduos aptos e inaptos, resultantes da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência, sendo este o eixo fundamental que norteia a concepção pedagógica da Educação Física Escolar. E o segundo, visa ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal e os sujeitos da aprendizagem, considerando as dimensões cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos (BRASIL, 1998).

Desta forma, a Educação Física deve abordar os conteúdos ligados à cultura corporal com diversidade, de modo que possibilitem "[...] análise crítica dos valores sociais, como os padrões de beleza e saúde, desempenho, competição exacerbada, que se tornaram dominantes na sociedade, e do seu papel como instrumento de exclusão e discriminação social" (BRASIL, 1998: p. 31).

A Educação Física pode colaborar no combate ao bullying, promovendo um espaço mais lúdico, com a implementação de propostas, como jogos cooperativos, jogos coletivos com regras adaptadas, bem como a incorporação de valores humanos nas práticas. Muitos autores propõem jogos cooperativos nas aulas de Educação Física como proposta de intervenção e combate ao bullying (Brougére, 2003; Brotto, 2002; Brotto, 1999). Correia ressalta que:

[...] valores como a cooperação, a solidariedade, a preocupação com a ecologia estão ganhando destaque nos discursos de diversos setores da sociedade. Assim, é possível que a educação física descubra outras práticas corporais além do esporte e que este e o jogo incorporem os novos valores eminentes. Nesse contexto e nesse momento, os jogos cooperativos tornam-se a proposta mais adequada para atender o chamado da cooperação (2006: p. 38).

Cabe ressaltar, que a proposta de uma única disciplina pode não contemplar toda a comunidade escolar, é preciso conhecer, compreender e aceitar que o fenômeno está presente nas escolas, e possibilidades de superação dependem de esforço coletivo. Silva (2010) reforça que além do bullying existir nas instituições escolares públicas e privadas, a primeira mostra-se mais efetiva no combate, por contarem com o apoio dos Conselhos Tutelares, Secretarias de Educação, entre outros. Já nas instituições privadas, os casos tendem a ser abafados, uma vez que podem representar um "aspecto negativo" na boa imagem das escolas particulares.

De acordo com Barbosa, Lourenço e Pereira (2011), os trabalhos de Olweus (Escandinávia, 1993), Whitney e Smith (Reino Unido, 1993), Pereira, Almeida, Valente e Mendonça (Portugal, 1996), demonstraram que há bullying em todas as escolas, e que as práticas são mais evidentes nos recreios, pelas características de se constituir em espaço de lazer, interação e pela pouca fiscalização.

Conforme Nunes (2011) indica alguns problemas nas escolas que podem favorecer a prática do bullying, comoo número excessivo de alunos em sala de aula, dificuldade em solucionar problemas das famílias dos alunos, falta de preparo dos professores em educar sem o uso de coerção e agressão e também a falta de espaços para que os alunos expressem suas dificuldades pessoais.

Reconhecer e identificar o problema devem ser as primeiras providências a serem tomadas. Pereira e colaboradores (1996) classificam quatro modelos de escola de acordo com a identificação e resolução de problemas relacionados ao bullying, conforme Quadro 1.

QUADRO 1 – Modelos de Escola

Escola A

Não identifica o problema, identificando somente nas outras.

Escola B

Identifica o problema, mas não intervém nas situações.

Escola C

Identifica o problema e utiliza de meios sensatos, que não refletem na situação investigada.

Escola D

Identifica o problema e procura solucionar com o estado atual de evolução da ciência.

FONTE: Pereira et al. (1996)

A segunda providência é a identificação dos envolvidos e do papel que estes desempenham, para após verificar as situações que tornaram alunos em vítimas, e que favoreçam os agressores (Botelho; Souza, 2007).  Incentivar e criar meios para que os alunos denunciem os casos de violência, como um disque denúncia, sendo preservada identidade do aluno denunciante, para evitar represálias por partes dos agressores, além da criação de espaços para ouvir os alunos, se constituem em estratégias para minimizar situações de bullying nas escolas (Nunes, 2011).

No enfrentamento do bullying, a escola pode promover palestras sobre o tema, discutir em sala sobre as consequências, com exposição de relatos de casos, tendo a clareza que o bullying está longe de ser uma brincadeira. Munarin (2007) ressalta que as estratégias mais utilizadas no combate são a conscientização dos alunos e intervenção imediata nos conflitos interpessoais.  A prevenção e intervenção do bullying nas escolas devem envolver a comunidade escolar e a família. Santos (2012) destaca que para o combate ser mais efetivo é necessária colaboração de especialistas, tais como psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais.

O cuidado com a prevenção é importante, antes que os grupos sejam formados e as crianças desenvolvam agressividade. Silva (2010) salienta que é interessante a parceria da instituição órgão públicos ligados à educação e ao direito como os Conselhos Tutelares, Delegacia da Criança e do Adolescente, Promotorias Públicas, Varas da Infância e Juventude, Promotorias da Educação, para aumentar a eficácia da proposta. Desta forma, a escola pode desenvolver estratégias de acordo com a realidade escolar, da comunidade, com possibilidades ampliadas de proporcionar um ambiente de aprendizado, respeito e segurança a todos.

Entrevista semiestruturada realizada com os alunos não participantes das aulas de Educação Física

O instrumento de pesquisa selecionado foi a entrevista semiestruturada com dez questões direcionadas para os alunos que não participavam regularmente das aulas de Educação Física. Dentre as questões, cinco serão enfatizadas na análise e discussão do estudo, devido a riqueza das informações, e serão apresentadas nas Tabelas 1, 2, 3, 4 e 5.

TABELA 01 – Você gosta das aulas de Educação Física?

Aluno

Respostas

Análise

Aluna A – 9°B

Gosto das aulas

 

Resposta simplificada em que retrata a falta de interesse em explicar os motivos que o levam a gostar das aulas. No entanto é visível a motivação para participar das aulas em todos os momentos da aula, como introdução, desenvolvimento e síntese integradora.

Aluna B – 9°B

Sim, muito

Aluna C- 9°B

Gosto das aulas e da professora

Aluna D- 9°B

Sim

Aluna E – 9°B

Gosto

Educação Física desenvolve conteúdos da cultura corporal de forma dinâmica, proporcionando o desenvolvimento das áreas cognitiva, motora, social e afetiva. O espaço diferenciado da sala de aula e as propostas de intervenção da mesma promovem uma maior interação entre os alunos. Para Sedorko (2014) a utilização de atividades lúdicas aproxima o prazer da escola. Por isso há necessidade de pensar o processo pedagógico em função do sujeito que joga, tendo como foco a sua autonomia, criticidade e capacidade de interagir com o mundo.

TABELA 02 - Qual o motivo para não participar da atividade proposta pelo professor?

Aluno

Respostas

Análise

Aluna A – 9°B

Estou com dor nas pernas, mas quando não está doendo eu faço as aulas.

Percebe-se que esta aluna possui dificuldades para participar das aulas por possuir fortes dores musculares que a impedem de realizar as atividades propostas pela professora.

Aluna B – 9°B

Estou com dificuldade para respirar, eu tenho bronquite.

A dificuldade de respirar impede que aluna realize a aula de forma integral, inviabilizando a processo pedagógico.

Aluna C- 9°B

Machuquei o meu pé.

Situação esporádica em que o aluno mesmo machucado tem interesse em participar das aulas.

Aluna D- 9°B

Estou cansada.

Situação corriqueira nas aulas de Educação Física em que o professor precisa estar preparado com estratégias pedagógicas para incentivar o aluno em suas aulas.

Aluna E- 9°B

Eu me machuquei.

Situação esporádica em que o aluno faz uso do fato para justificar sua falta de interesse em participar das aulas.

A exclusão das alunas não foi motivada por ações de bullying, mas por motivos de saúde como o caso das Alunas A e B, por acidentes durante a aula no caso das Alunas C e E, e, cansaço pela Aluna D.

De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) a proposta da aula deve desafiar os alunos e não ameaça-los, a disciplina oferece alguns riscos físicos durante a execução de alguma atividade inerente ao ato de se movimentar. No entanto, considerando que estes incidentes possam vir a acontecer o professor (a) deve organizar seu planejamento pedagógico diminuindo os riscos expostos aos alunos. Ainda segundo Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998: p. 54) "[...] a segurança física é motivo suficiente para que ele se negue a participar de uma atividade, e em hipótese alguma o aluno deve ser obrigado ou constrangido a realizar qualquer atividade".

TABELA 03 - Frequência e justificativas de não participar das aulas de Educação Física.

Aluno

Respostas

Análise

Aluna A – 9°B

Estou com dor nas pernas, mas quando não está doendo eu faço as aulas.

Essa aluna retrata suas dificuldades devido às dores justificando a sua não participação nas aulas. Destaca, ainda, a sua vontade na participação nas aulas.

Aluna B – 9°B

Estou com dificuldade para respirar, eu tenho bronquite.

Todas as vezes que realiza atividades de alta intensidade, a aluna tem o seu problema agravado.

Aluna C- 9°B

Nenhuma resposta

As atividades de Educação Física podem oferecer instabilidades, choques, escorregões, que podem ocasionar lesões nos alunos, impedindo-os de participar durante a aula, ou mais aulas se diagnosticadas a gravidade da lesão.

Aluna D- 9°B

Nenhuma resposta

Aluna E – 9°B

Nenhuma resposta

A terceira pergunta da entrevista semiestruturada está relacionada à frequência, pois para ser considerado bullying a ação deve ser repetitiva, no caso a exclusão. A entrevista para algumas alunas parou nesta questão. Nas primeiras observações, a professora esclareceu que em alguns casos, como das Alunas A e B, é necessário pausas no decorrer das aulas, recomendada por médicos e registradas em atestado médico, cuidado este que também destinado a uma aluna com necessidades educacionais especiais.

Segundo Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) a participação de alunos com necessidades educacionais especiais nas aulas de Educação Física traz inúmeros benefícios, como o desenvolvimento da capacidade perceptiva, afetiva, integração e autonomia.

TABELA 04 - Seus colegas ou professor (a) comentam sobre o seu desempenho nas aulas?

Aluno

Respostas

Análise

Aluna A – 9°B

Nenhuma resposta

A superficialidade das respostas demostra dificuldade em fazer uma autoanálise retratando seu desempenho nas aulas.

Aluna B – 9°B

Nenhuma resposta

Aluna C - 9°B

Nenhuma resposta

Aluna D - 9°B

Sobre mim não falam nada, mas falam e riem sempre de outra aluna. Ela ri de tudo.

O medo em estar inserido nos comentários independente se é positivo ou negativo. O aluno percebe o que acontece ao seu redor uma vez em que retrata a situação constrangedora de outro colega.

Aluna E – 9°B

Falam brincando que eu jogo mal, mas é brincadeira.

A aluna destaca a importância de estar atento ao bullying verbal que em alguns momentos acontecem de forma camuflada.

É possível verificar que o bullying verbal é caracterizado por comentários maldosos, apelidos humilhante, sendo mais utilizado por adolescentes. Durante uma das observações realizadas, durante o jogo adaptado de vôlei, a mesma aluna teve seu rosto acertado pela bola, quebrando seus óculos. De acordo com as concepções de Barbosa, Lourenço e Pereira (2011), percebe-se que a movimentação dos meninos falando sobre o que havia acontecido e rindo, reflete atitude coletiva, que representa a preocupação em fazer parte do grupo independente da situação.

De acordo com Catini (2004) as meninas realizam mais o bullying verbal enquanto que os meninos se envolvem mais agressões físicas. O bullying é uma violência de difícil identificação, podendo muitas vezes ser confundido com brincadeira. Os motivos para a agressão podem ser diversos, como cor da pele, religião, classe social e no caso a aluna com necessidades educacionais especiais, a deficiência.

TABELA 05 - Contou para a professora o que acontece nas aulas? Ela tomou alguma providência?

Aluno

Respostas

Análise

Aluna A - 9°B

Nenhuma resposta

Essas alunas não foram questionadas porque retornaram para as atividades de Educação Física, por que não houve nada para relatar.

Aluna B - 9°B

Nenhuma resposta

Aluna C - 9°B

Nenhuma resposta

Aluna D - 9°B

Nenhuma resposta

Aluna E - 9°B

Foi contado e a diretora foi na sala para conversar, que não era pra ninguém ficar rindo de ninguém.

Foi relatado que a gestora a partir do momento que tomou ciência do caso imediatamente realizou uma medida de intervenção.

Nas aulas observadas não foram verificadas situações de bullying, considerando que a Educação Física tem por objeto estudo/intervenção o corpo e o movimento, através da cultura corporal, e a exposição nas aulas podem levar a vitimização. De acordo com Barbosa, Lourenço e Pereira (2011) o bullying está presente em todas as escolas e ocorre com mais frequência em locais de pouca fiscalização. Segundo Lopes Neto (2005) o agressor procura o melhor momento para o ataque, assim dificultando que o professor identifique a situação.

Dentre as estratégias para o combate ao bullying, destaca-sea conscientização e a intervenção imediata (Munarin, 2007). Quando verifica-se que o bullying cometido é o verbal, através dos comentários maldosos, uma medida a se tomar é a identificação dos agressores. Pereira (2011) ressalta que as agressões físicas são punidas, enquanto que as indiretas, que seriam as fofocas, comentários maldosos são confundidas com indisciplina.

Observações das aulas de Educação Física registradas no diário de campo

Os encaminhamentos pedagógicos da professora contribuem para a participação dos alunos, mantendo a disciplina e o respeito na relação entre professora/alunos e alunos/alunos durante as aulas. A escolha dos grupos durante as atividades práticas é realizada de forma que os grupos de afinidade sejam separados, a fim de diminuir a conversa excessiva no momento da aula, e realizando trocas de elementos nos grupos, com a intenção que todos interajam na forma de rodízio. A professora adota algumas estratégias metodológicas indicadas por Callado (2004), como trocas constantes de colegas nas equipes, participação do aluno nas decisões da aula e comentários positivos sobre os alunos.

Ao final da aula os alunos são reunidos para a síntese integradora, momento em que a professora ressalta as dificuldades dos alunos, seus erros durante a execução das atividades, sempre através de apontamentos gerais, sem citar nomes, com a finalidade de não expor os alunos. Ainda escolhe seis alunos que se destacaram na aula pela habilidade, educação, alegria, companheirismo, participação entre outros atributos, para que os alunos se esforcem para serem destaques nas próximas aulas, com o intuito de motivar todos os alunos. Segundo a professora, após o elogio, os demais alunos aplaudem os alunos elogiados, sendo uma estratégia da educadora que procura escolher alunos que não foram citados nas outras aulas, fazendo com todos sejam elogiados.

O que se faz necessário aos professores de Educação Física é a demonstração de competência através de uma prática coerente e atraente. Para Tassa (2007) a prática da Educação Física nas escolas, desenvolvendo conteúdos e valores coerentes à faixa etária e aos interesses dos educandos, transforma-se em um momento rico da aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e atitudes democráticas. A Educação Física escolar pode abrir espaço para que se aprofundem discussões importantes, solidificando conceitos e contribuindo para pleno exercício da cidadania (Tassa, 2007).

A vivência de diferentes práticas corporais, a convivência com diferentes grupos étnicos e sociais, sociabilização com os portadores de necessidade educacionais especiais, atividades conjuntas entre meninas e meninos, contribui para o bem estar coletivo com a adoção de posturas não preconceituosas e discriminatórias diante das diferentes situações.

Apesar da limitação do número aulas observadas e da superficialidade das respostas obtidas na entrevista semiestruturada foi possível constatar que o bullying não foi responsável pela exclusão nas aulas de Educação Física. Os alunos apreciam a Educação Física, e, independente da motivação, os alunos participam das aulas, e os que não participam regularmente foram por indicação médica. Tal resultado reforça que na escola investigada não foi identificado casos de bullying nas aulas de Educação Física.

Este estudo teve algumas limitações. A amostra avaliada incluiu um número reduzido de participantes, o que pôde ter comprometido o poder das análises interpretativas realizadas. Entretanto, deve-se considerar que a composição de três turmas de alunos do Ensino Fundamental foi feita a partir de critérios de inclusão e exclusão, adotando-se como referência a não participação nas aulas de Educação Física.

4. Conclusões

O Bullying é um tipo de violência característica do ambiente escolar e não deve ser encarado como indisciplina ou brincadeira de criança. Sabe-se que as consequências desta violência repercutem na vida social, afetiva, cognitiva e moral das crianças e adolescentes. No contexto escolar, a Educação Física pode contribuir na prevenção e combate ao bullying, através do cooperativismo, na transmissão de valores nas aulas, nas atividades lúdicas e discussões sobre o assunto, mas uma única disciplina não será o suficiente para intervir o problema.

De acordo com o exposto, foi identificado na investigação que o bullying não pode ser considerado elemento responsável pela exclusão de alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental nas aulas de Educação Física. No entanto, cabe à escola proporcionar ambiente de aprendizagem seguro para os alunos, onde ele possa andar pelos corredores sem o receio de ser agredido e ridicularizado. A instituição que investe no aperfeiçoamento dos profissionais, que promove estratégias de prevenção, intervenção, através de palestras, discussões, com os alunos e com toda a comunidade escolar, está favorecendo o nível de aprendizado, na preservação do patrimônio e nas relações dentro e fora da escola. É necessário que a gestão escolar reconheça que o bullying está presente nas escolas, e, que ações devem ser tomadas antes que comportamentos agressivos ocorram, sem que as devidas medidas de intervenção se efetivem.

Nas observações realizadas e registradas no diário de campo pode-se perceber que a presença da professora foi essencial para que a situação bullying não fosse evidenciada, de forma que pudesse prejudicar o decorrer das aulas, como também, o ensino e aprendizagem dos alunos. É de fundamental importância que o profissional de Educação Física assuma o seu papel perante a sociedade, demonstre conhecimentos e competências, a fim de legitimar não apenas legalmente a sua necessidade, mas também como fonte de informações e práticas que propiciem uma qualidade de vida melhor à população.

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1.Pedagoga da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Mestre em Educação – UEPG. jacampos@uepg.br. Paraná, Brasil
2. Professor do Curso de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO. Doutor em Educação Física – UFPR. khaledunicentro@hotmail.com. Paraná, Brasil.
3. Professor do Curso de Educação Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Doutor em Educação Física – UNICAMP. gilmailcruz@gmail.com. Paraná, Brasil.


Vol. 36 (Nº 11) Año 2015
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